Luisa Stefani exalta superação após obstáculos e Rafael Matos celebra sonho de criança


Dupla se tornou a primeira totalmente brasileira a levantar um troféu de Grand Slam ao ganhar o Aberto da Austrália

Por Felipe Rosa Mendes
Atualização:

Luisa Stefani e Rafael Matos fizeram história no tênis brasileiro no Aberto da Austrália. Em Melbourne, eles se tornaram a primeira dupla totalmente nacional a levantar um troféu de Grand Slam. O feito marcou o retorno da brasileira às grandes conquistas, após uma série de obstáculos que superou nos últimos 14 meses. Para Matos, um sonho de criança foi realizado na noite desta quinta-feira (manhã de sexta, pelo horário local).

Após um jogo de altíssimo nível contra os experientes indianos Sania Mirza e Rohan Bopanna - 7/6 (7/2) e 6/2 -, Luisa desabafou diante da imprensa, em referência aos momentos difíceis que viveu nos últimos dois anos. A brasileira havia feito história na Olimpíada de Tóquio ao faturar o bronze com Laura Pigossi nas duplas femininas. Foi a primeira medalha olímpica da história do tênis brasileiro.

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O feito, um tanto inesperado, elevou ainda mais o tênis de Luisa, que voltou ao circuito com tudo. Emplacou uma série de finais importantes, venceu seu primeiro torneio de nível WTA 1000 e era favorita no US Open, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski. Tudo caminhava bem e com naturalidade até que Luisa sofreu uma grave lesão no joelho direito durante a semifinal. Precisou sair de quadra numa cadeira de rodas. Fez cirurgia e voltou apenas um ano depois.

La brasileña Luisa Stefani y su compatriota Rafael Matos posan con el trofeo de campeones de dobles mixtos del Abierto de Australia, el iernes 27 de enero de 2023 (AP Foto/Dita Alangkara) Foto: AP / AP

O retorno, nestes casos, costuma ser lento. Luisa voltou com título, em Chennai. Uma leve dor no pé atrapalhou seu rendimento. Mas ela levantou outros troféus na sequência no fim de 2022. O grande objetivo era brilhar no Aberto da Austrália. Mas, novamente, os planos não saíram como o esperado. Sua parceira, Caty McNally, desistiu da chave de duplas femininas horas antes da estreia.

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“Fiquei muito chateada, porque já fazia tempo que eu estava animada para voltar ao Aberto da Austrália. É o meu torneio favorito e, no ano passado, não pude vir por causa da lesão. Quando minha parceira falou que não iria jogar, pouco antes do jogo, foi um grande baque. Tive 24 horas para ‘resetar’ e voltar bem para as mistas, no dia seguinte. Chorei, fiquei triste e abalada. Mas, ao mesmo tempo, sabia que estava fora do meu controle”, comentou.

Sem poder jogar nas duplas femininas, a paulista guardou toda sua energia e preparo físico para a chave mista. “Fiz tudo o que eu podia fazer para voltar numa situação boa e bem preparada. Não foi nada diferente para a mista, mas estava com um parceiro muito fera. Estávamos muito confiantes desde o início. Sofri o que podia naquele dia, tirei tudo que precisava colocar para fora. E levei essa vontade toda de jogar para a mista.”

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Ao seu lado na entrevista coletiva, Matos celebrava sua primeira grande conquista. O tenista de 27 anos soma seis títulos de nível ATP nas duplas masculinas, mas ainda não havia brilhado em palcos maiores, como os dos Grand Slams.

“Desde pequeno tu sonha com momentos assim. Quando se torna realidade é difícil colocar em palavras. É muito gratificante, é uma satisfação muito grande. É um prazer e uma felicidade em olhar para trás e ver tudo o que tu trabalhou e sempre sonhou. E ver o objetivo se tornar realidade”, afirmou o gaúcho de Porto Alegre.

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Luisa e Rafael começaram a jogar juntos na United Cup, torneio entre equipes e preparatório para o Aberto da Austrália, no início do ano. Foram duas partidas e duas vitórias. E mais cinco em Melbourne. Jogando juntos, os brasileiros ainda não perderam. E parte do sucesso da parceria pode ser atribuído à combinação da maior experiência de Luisa em torneios maiores e a grande fase vivida por Rafael desde o ano passado.

Com o troféu na mão, Luisa Stefani revelou outro aspecto importante desta combinação. “Vínhamos conversando sobre formar dupla desde o ano passado. Ele me perguntava sobre a minha recuperação, se eu estava bem, quando teria condições de jogar. Chegamos a pensar no US Open do ano passado, mas eu ainda não tinha voltado ao circuito. Mas eu fiquei muito animada porque, quando você está se reabilitando, e você vê que tem gente preocupada com você, querendo jogar com você, isso dá muita confiança. E é legal saber que você vai voltar e não estará sozinha. Isso me motivou muito!”

Luisa Stefani e Rafael Matos fizera história ao ganhar o Aberto da Austrália. Foto: AP Photo/Aaron Favila
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Sobre a final, a dupla brasileira exaltou a oportunidade de enfrentar duas lendas do tênis mundial, caso dos indianos. “Foi uma honra estar com duas lendas, como eles, supercampeões. Ver toda a experiência que eles têm... Até falava com o meu pai sobre como eu estava nervoso no início da partida. E ele me lembrou que o Bopanna, mesmo com 42 anos, perdeu um saque porque estava nervoso. Compartilhar esse momento com nomes tão grandes é importante para aprendizado próprio”, comentou Matos.

Sem dar maiores detalhes sobre seus planos, Luisa e Rafael indicaram que pretendem seguir jogando juntos nos Grand Slams, torneios dos poucos que têm chave de duplas mistas. Outra competição famosa que conta com essa disputa são os Jogos Olímpicos. E os brasileiros são se tornaram candidatos naturais a medalha em Paris-2024.

Luisa Stefani e Rafael Matos fizeram história no tênis brasileiro no Aberto da Austrália. Em Melbourne, eles se tornaram a primeira dupla totalmente nacional a levantar um troféu de Grand Slam. O feito marcou o retorno da brasileira às grandes conquistas, após uma série de obstáculos que superou nos últimos 14 meses. Para Matos, um sonho de criança foi realizado na noite desta quinta-feira (manhã de sexta, pelo horário local).

Após um jogo de altíssimo nível contra os experientes indianos Sania Mirza e Rohan Bopanna - 7/6 (7/2) e 6/2 -, Luisa desabafou diante da imprensa, em referência aos momentos difíceis que viveu nos últimos dois anos. A brasileira havia feito história na Olimpíada de Tóquio ao faturar o bronze com Laura Pigossi nas duplas femininas. Foi a primeira medalha olímpica da história do tênis brasileiro.

O feito, um tanto inesperado, elevou ainda mais o tênis de Luisa, que voltou ao circuito com tudo. Emplacou uma série de finais importantes, venceu seu primeiro torneio de nível WTA 1000 e era favorita no US Open, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski. Tudo caminhava bem e com naturalidade até que Luisa sofreu uma grave lesão no joelho direito durante a semifinal. Precisou sair de quadra numa cadeira de rodas. Fez cirurgia e voltou apenas um ano depois.

La brasileña Luisa Stefani y su compatriota Rafael Matos posan con el trofeo de campeones de dobles mixtos del Abierto de Australia, el iernes 27 de enero de 2023 (AP Foto/Dita Alangkara) Foto: AP / AP

O retorno, nestes casos, costuma ser lento. Luisa voltou com título, em Chennai. Uma leve dor no pé atrapalhou seu rendimento. Mas ela levantou outros troféus na sequência no fim de 2022. O grande objetivo era brilhar no Aberto da Austrália. Mas, novamente, os planos não saíram como o esperado. Sua parceira, Caty McNally, desistiu da chave de duplas femininas horas antes da estreia.

“Fiquei muito chateada, porque já fazia tempo que eu estava animada para voltar ao Aberto da Austrália. É o meu torneio favorito e, no ano passado, não pude vir por causa da lesão. Quando minha parceira falou que não iria jogar, pouco antes do jogo, foi um grande baque. Tive 24 horas para ‘resetar’ e voltar bem para as mistas, no dia seguinte. Chorei, fiquei triste e abalada. Mas, ao mesmo tempo, sabia que estava fora do meu controle”, comentou.

Sem poder jogar nas duplas femininas, a paulista guardou toda sua energia e preparo físico para a chave mista. “Fiz tudo o que eu podia fazer para voltar numa situação boa e bem preparada. Não foi nada diferente para a mista, mas estava com um parceiro muito fera. Estávamos muito confiantes desde o início. Sofri o que podia naquele dia, tirei tudo que precisava colocar para fora. E levei essa vontade toda de jogar para a mista.”

Ao seu lado na entrevista coletiva, Matos celebrava sua primeira grande conquista. O tenista de 27 anos soma seis títulos de nível ATP nas duplas masculinas, mas ainda não havia brilhado em palcos maiores, como os dos Grand Slams.

“Desde pequeno tu sonha com momentos assim. Quando se torna realidade é difícil colocar em palavras. É muito gratificante, é uma satisfação muito grande. É um prazer e uma felicidade em olhar para trás e ver tudo o que tu trabalhou e sempre sonhou. E ver o objetivo se tornar realidade”, afirmou o gaúcho de Porto Alegre.

Luisa e Rafael começaram a jogar juntos na United Cup, torneio entre equipes e preparatório para o Aberto da Austrália, no início do ano. Foram duas partidas e duas vitórias. E mais cinco em Melbourne. Jogando juntos, os brasileiros ainda não perderam. E parte do sucesso da parceria pode ser atribuído à combinação da maior experiência de Luisa em torneios maiores e a grande fase vivida por Rafael desde o ano passado.

Com o troféu na mão, Luisa Stefani revelou outro aspecto importante desta combinação. “Vínhamos conversando sobre formar dupla desde o ano passado. Ele me perguntava sobre a minha recuperação, se eu estava bem, quando teria condições de jogar. Chegamos a pensar no US Open do ano passado, mas eu ainda não tinha voltado ao circuito. Mas eu fiquei muito animada porque, quando você está se reabilitando, e você vê que tem gente preocupada com você, querendo jogar com você, isso dá muita confiança. E é legal saber que você vai voltar e não estará sozinha. Isso me motivou muito!”

Luisa Stefani e Rafael Matos fizera história ao ganhar o Aberto da Austrália. Foto: AP Photo/Aaron Favila

Sobre a final, a dupla brasileira exaltou a oportunidade de enfrentar duas lendas do tênis mundial, caso dos indianos. “Foi uma honra estar com duas lendas, como eles, supercampeões. Ver toda a experiência que eles têm... Até falava com o meu pai sobre como eu estava nervoso no início da partida. E ele me lembrou que o Bopanna, mesmo com 42 anos, perdeu um saque porque estava nervoso. Compartilhar esse momento com nomes tão grandes é importante para aprendizado próprio”, comentou Matos.

Sem dar maiores detalhes sobre seus planos, Luisa e Rafael indicaram que pretendem seguir jogando juntos nos Grand Slams, torneios dos poucos que têm chave de duplas mistas. Outra competição famosa que conta com essa disputa são os Jogos Olímpicos. E os brasileiros são se tornaram candidatos naturais a medalha em Paris-2024.

Luisa Stefani e Rafael Matos fizeram história no tênis brasileiro no Aberto da Austrália. Em Melbourne, eles se tornaram a primeira dupla totalmente nacional a levantar um troféu de Grand Slam. O feito marcou o retorno da brasileira às grandes conquistas, após uma série de obstáculos que superou nos últimos 14 meses. Para Matos, um sonho de criança foi realizado na noite desta quinta-feira (manhã de sexta, pelo horário local).

Após um jogo de altíssimo nível contra os experientes indianos Sania Mirza e Rohan Bopanna - 7/6 (7/2) e 6/2 -, Luisa desabafou diante da imprensa, em referência aos momentos difíceis que viveu nos últimos dois anos. A brasileira havia feito história na Olimpíada de Tóquio ao faturar o bronze com Laura Pigossi nas duplas femininas. Foi a primeira medalha olímpica da história do tênis brasileiro.

O feito, um tanto inesperado, elevou ainda mais o tênis de Luisa, que voltou ao circuito com tudo. Emplacou uma série de finais importantes, venceu seu primeiro torneio de nível WTA 1000 e era favorita no US Open, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski. Tudo caminhava bem e com naturalidade até que Luisa sofreu uma grave lesão no joelho direito durante a semifinal. Precisou sair de quadra numa cadeira de rodas. Fez cirurgia e voltou apenas um ano depois.

La brasileña Luisa Stefani y su compatriota Rafael Matos posan con el trofeo de campeones de dobles mixtos del Abierto de Australia, el iernes 27 de enero de 2023 (AP Foto/Dita Alangkara) Foto: AP / AP

O retorno, nestes casos, costuma ser lento. Luisa voltou com título, em Chennai. Uma leve dor no pé atrapalhou seu rendimento. Mas ela levantou outros troféus na sequência no fim de 2022. O grande objetivo era brilhar no Aberto da Austrália. Mas, novamente, os planos não saíram como o esperado. Sua parceira, Caty McNally, desistiu da chave de duplas femininas horas antes da estreia.

“Fiquei muito chateada, porque já fazia tempo que eu estava animada para voltar ao Aberto da Austrália. É o meu torneio favorito e, no ano passado, não pude vir por causa da lesão. Quando minha parceira falou que não iria jogar, pouco antes do jogo, foi um grande baque. Tive 24 horas para ‘resetar’ e voltar bem para as mistas, no dia seguinte. Chorei, fiquei triste e abalada. Mas, ao mesmo tempo, sabia que estava fora do meu controle”, comentou.

Sem poder jogar nas duplas femininas, a paulista guardou toda sua energia e preparo físico para a chave mista. “Fiz tudo o que eu podia fazer para voltar numa situação boa e bem preparada. Não foi nada diferente para a mista, mas estava com um parceiro muito fera. Estávamos muito confiantes desde o início. Sofri o que podia naquele dia, tirei tudo que precisava colocar para fora. E levei essa vontade toda de jogar para a mista.”

Ao seu lado na entrevista coletiva, Matos celebrava sua primeira grande conquista. O tenista de 27 anos soma seis títulos de nível ATP nas duplas masculinas, mas ainda não havia brilhado em palcos maiores, como os dos Grand Slams.

“Desde pequeno tu sonha com momentos assim. Quando se torna realidade é difícil colocar em palavras. É muito gratificante, é uma satisfação muito grande. É um prazer e uma felicidade em olhar para trás e ver tudo o que tu trabalhou e sempre sonhou. E ver o objetivo se tornar realidade”, afirmou o gaúcho de Porto Alegre.

Luisa e Rafael começaram a jogar juntos na United Cup, torneio entre equipes e preparatório para o Aberto da Austrália, no início do ano. Foram duas partidas e duas vitórias. E mais cinco em Melbourne. Jogando juntos, os brasileiros ainda não perderam. E parte do sucesso da parceria pode ser atribuído à combinação da maior experiência de Luisa em torneios maiores e a grande fase vivida por Rafael desde o ano passado.

Com o troféu na mão, Luisa Stefani revelou outro aspecto importante desta combinação. “Vínhamos conversando sobre formar dupla desde o ano passado. Ele me perguntava sobre a minha recuperação, se eu estava bem, quando teria condições de jogar. Chegamos a pensar no US Open do ano passado, mas eu ainda não tinha voltado ao circuito. Mas eu fiquei muito animada porque, quando você está se reabilitando, e você vê que tem gente preocupada com você, querendo jogar com você, isso dá muita confiança. E é legal saber que você vai voltar e não estará sozinha. Isso me motivou muito!”

Luisa Stefani e Rafael Matos fizera história ao ganhar o Aberto da Austrália. Foto: AP Photo/Aaron Favila

Sobre a final, a dupla brasileira exaltou a oportunidade de enfrentar duas lendas do tênis mundial, caso dos indianos. “Foi uma honra estar com duas lendas, como eles, supercampeões. Ver toda a experiência que eles têm... Até falava com o meu pai sobre como eu estava nervoso no início da partida. E ele me lembrou que o Bopanna, mesmo com 42 anos, perdeu um saque porque estava nervoso. Compartilhar esse momento com nomes tão grandes é importante para aprendizado próprio”, comentou Matos.

Sem dar maiores detalhes sobre seus planos, Luisa e Rafael indicaram que pretendem seguir jogando juntos nos Grand Slams, torneios dos poucos que têm chave de duplas mistas. Outra competição famosa que conta com essa disputa são os Jogos Olímpicos. E os brasileiros são se tornaram candidatos naturais a medalha em Paris-2024.

Luisa Stefani e Rafael Matos fizeram história no tênis brasileiro no Aberto da Austrália. Em Melbourne, eles se tornaram a primeira dupla totalmente nacional a levantar um troféu de Grand Slam. O feito marcou o retorno da brasileira às grandes conquistas, após uma série de obstáculos que superou nos últimos 14 meses. Para Matos, um sonho de criança foi realizado na noite desta quinta-feira (manhã de sexta, pelo horário local).

Após um jogo de altíssimo nível contra os experientes indianos Sania Mirza e Rohan Bopanna - 7/6 (7/2) e 6/2 -, Luisa desabafou diante da imprensa, em referência aos momentos difíceis que viveu nos últimos dois anos. A brasileira havia feito história na Olimpíada de Tóquio ao faturar o bronze com Laura Pigossi nas duplas femininas. Foi a primeira medalha olímpica da história do tênis brasileiro.

O feito, um tanto inesperado, elevou ainda mais o tênis de Luisa, que voltou ao circuito com tudo. Emplacou uma série de finais importantes, venceu seu primeiro torneio de nível WTA 1000 e era favorita no US Open, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski. Tudo caminhava bem e com naturalidade até que Luisa sofreu uma grave lesão no joelho direito durante a semifinal. Precisou sair de quadra numa cadeira de rodas. Fez cirurgia e voltou apenas um ano depois.

La brasileña Luisa Stefani y su compatriota Rafael Matos posan con el trofeo de campeones de dobles mixtos del Abierto de Australia, el iernes 27 de enero de 2023 (AP Foto/Dita Alangkara) Foto: AP / AP

O retorno, nestes casos, costuma ser lento. Luisa voltou com título, em Chennai. Uma leve dor no pé atrapalhou seu rendimento. Mas ela levantou outros troféus na sequência no fim de 2022. O grande objetivo era brilhar no Aberto da Austrália. Mas, novamente, os planos não saíram como o esperado. Sua parceira, Caty McNally, desistiu da chave de duplas femininas horas antes da estreia.

“Fiquei muito chateada, porque já fazia tempo que eu estava animada para voltar ao Aberto da Austrália. É o meu torneio favorito e, no ano passado, não pude vir por causa da lesão. Quando minha parceira falou que não iria jogar, pouco antes do jogo, foi um grande baque. Tive 24 horas para ‘resetar’ e voltar bem para as mistas, no dia seguinte. Chorei, fiquei triste e abalada. Mas, ao mesmo tempo, sabia que estava fora do meu controle”, comentou.

Sem poder jogar nas duplas femininas, a paulista guardou toda sua energia e preparo físico para a chave mista. “Fiz tudo o que eu podia fazer para voltar numa situação boa e bem preparada. Não foi nada diferente para a mista, mas estava com um parceiro muito fera. Estávamos muito confiantes desde o início. Sofri o que podia naquele dia, tirei tudo que precisava colocar para fora. E levei essa vontade toda de jogar para a mista.”

Ao seu lado na entrevista coletiva, Matos celebrava sua primeira grande conquista. O tenista de 27 anos soma seis títulos de nível ATP nas duplas masculinas, mas ainda não havia brilhado em palcos maiores, como os dos Grand Slams.

“Desde pequeno tu sonha com momentos assim. Quando se torna realidade é difícil colocar em palavras. É muito gratificante, é uma satisfação muito grande. É um prazer e uma felicidade em olhar para trás e ver tudo o que tu trabalhou e sempre sonhou. E ver o objetivo se tornar realidade”, afirmou o gaúcho de Porto Alegre.

Luisa e Rafael começaram a jogar juntos na United Cup, torneio entre equipes e preparatório para o Aberto da Austrália, no início do ano. Foram duas partidas e duas vitórias. E mais cinco em Melbourne. Jogando juntos, os brasileiros ainda não perderam. E parte do sucesso da parceria pode ser atribuído à combinação da maior experiência de Luisa em torneios maiores e a grande fase vivida por Rafael desde o ano passado.

Com o troféu na mão, Luisa Stefani revelou outro aspecto importante desta combinação. “Vínhamos conversando sobre formar dupla desde o ano passado. Ele me perguntava sobre a minha recuperação, se eu estava bem, quando teria condições de jogar. Chegamos a pensar no US Open do ano passado, mas eu ainda não tinha voltado ao circuito. Mas eu fiquei muito animada porque, quando você está se reabilitando, e você vê que tem gente preocupada com você, querendo jogar com você, isso dá muita confiança. E é legal saber que você vai voltar e não estará sozinha. Isso me motivou muito!”

Luisa Stefani e Rafael Matos fizera história ao ganhar o Aberto da Austrália. Foto: AP Photo/Aaron Favila

Sobre a final, a dupla brasileira exaltou a oportunidade de enfrentar duas lendas do tênis mundial, caso dos indianos. “Foi uma honra estar com duas lendas, como eles, supercampeões. Ver toda a experiência que eles têm... Até falava com o meu pai sobre como eu estava nervoso no início da partida. E ele me lembrou que o Bopanna, mesmo com 42 anos, perdeu um saque porque estava nervoso. Compartilhar esse momento com nomes tão grandes é importante para aprendizado próprio”, comentou Matos.

Sem dar maiores detalhes sobre seus planos, Luisa e Rafael indicaram que pretendem seguir jogando juntos nos Grand Slams, torneios dos poucos que têm chave de duplas mistas. Outra competição famosa que conta com essa disputa são os Jogos Olímpicos. E os brasileiros são se tornaram candidatos naturais a medalha em Paris-2024.

Luisa Stefani e Rafael Matos fizeram história no tênis brasileiro no Aberto da Austrália. Em Melbourne, eles se tornaram a primeira dupla totalmente nacional a levantar um troféu de Grand Slam. O feito marcou o retorno da brasileira às grandes conquistas, após uma série de obstáculos que superou nos últimos 14 meses. Para Matos, um sonho de criança foi realizado na noite desta quinta-feira (manhã de sexta, pelo horário local).

Após um jogo de altíssimo nível contra os experientes indianos Sania Mirza e Rohan Bopanna - 7/6 (7/2) e 6/2 -, Luisa desabafou diante da imprensa, em referência aos momentos difíceis que viveu nos últimos dois anos. A brasileira havia feito história na Olimpíada de Tóquio ao faturar o bronze com Laura Pigossi nas duplas femininas. Foi a primeira medalha olímpica da história do tênis brasileiro.

O feito, um tanto inesperado, elevou ainda mais o tênis de Luisa, que voltou ao circuito com tudo. Emplacou uma série de finais importantes, venceu seu primeiro torneio de nível WTA 1000 e era favorita no US Open, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski. Tudo caminhava bem e com naturalidade até que Luisa sofreu uma grave lesão no joelho direito durante a semifinal. Precisou sair de quadra numa cadeira de rodas. Fez cirurgia e voltou apenas um ano depois.

La brasileña Luisa Stefani y su compatriota Rafael Matos posan con el trofeo de campeones de dobles mixtos del Abierto de Australia, el iernes 27 de enero de 2023 (AP Foto/Dita Alangkara) Foto: AP / AP

O retorno, nestes casos, costuma ser lento. Luisa voltou com título, em Chennai. Uma leve dor no pé atrapalhou seu rendimento. Mas ela levantou outros troféus na sequência no fim de 2022. O grande objetivo era brilhar no Aberto da Austrália. Mas, novamente, os planos não saíram como o esperado. Sua parceira, Caty McNally, desistiu da chave de duplas femininas horas antes da estreia.

“Fiquei muito chateada, porque já fazia tempo que eu estava animada para voltar ao Aberto da Austrália. É o meu torneio favorito e, no ano passado, não pude vir por causa da lesão. Quando minha parceira falou que não iria jogar, pouco antes do jogo, foi um grande baque. Tive 24 horas para ‘resetar’ e voltar bem para as mistas, no dia seguinte. Chorei, fiquei triste e abalada. Mas, ao mesmo tempo, sabia que estava fora do meu controle”, comentou.

Sem poder jogar nas duplas femininas, a paulista guardou toda sua energia e preparo físico para a chave mista. “Fiz tudo o que eu podia fazer para voltar numa situação boa e bem preparada. Não foi nada diferente para a mista, mas estava com um parceiro muito fera. Estávamos muito confiantes desde o início. Sofri o que podia naquele dia, tirei tudo que precisava colocar para fora. E levei essa vontade toda de jogar para a mista.”

Ao seu lado na entrevista coletiva, Matos celebrava sua primeira grande conquista. O tenista de 27 anos soma seis títulos de nível ATP nas duplas masculinas, mas ainda não havia brilhado em palcos maiores, como os dos Grand Slams.

“Desde pequeno tu sonha com momentos assim. Quando se torna realidade é difícil colocar em palavras. É muito gratificante, é uma satisfação muito grande. É um prazer e uma felicidade em olhar para trás e ver tudo o que tu trabalhou e sempre sonhou. E ver o objetivo se tornar realidade”, afirmou o gaúcho de Porto Alegre.

Luisa e Rafael começaram a jogar juntos na United Cup, torneio entre equipes e preparatório para o Aberto da Austrália, no início do ano. Foram duas partidas e duas vitórias. E mais cinco em Melbourne. Jogando juntos, os brasileiros ainda não perderam. E parte do sucesso da parceria pode ser atribuído à combinação da maior experiência de Luisa em torneios maiores e a grande fase vivida por Rafael desde o ano passado.

Com o troféu na mão, Luisa Stefani revelou outro aspecto importante desta combinação. “Vínhamos conversando sobre formar dupla desde o ano passado. Ele me perguntava sobre a minha recuperação, se eu estava bem, quando teria condições de jogar. Chegamos a pensar no US Open do ano passado, mas eu ainda não tinha voltado ao circuito. Mas eu fiquei muito animada porque, quando você está se reabilitando, e você vê que tem gente preocupada com você, querendo jogar com você, isso dá muita confiança. E é legal saber que você vai voltar e não estará sozinha. Isso me motivou muito!”

Luisa Stefani e Rafael Matos fizera história ao ganhar o Aberto da Austrália. Foto: AP Photo/Aaron Favila

Sobre a final, a dupla brasileira exaltou a oportunidade de enfrentar duas lendas do tênis mundial, caso dos indianos. “Foi uma honra estar com duas lendas, como eles, supercampeões. Ver toda a experiência que eles têm... Até falava com o meu pai sobre como eu estava nervoso no início da partida. E ele me lembrou que o Bopanna, mesmo com 42 anos, perdeu um saque porque estava nervoso. Compartilhar esse momento com nomes tão grandes é importante para aprendizado próprio”, comentou Matos.

Sem dar maiores detalhes sobre seus planos, Luisa e Rafael indicaram que pretendem seguir jogando juntos nos Grand Slams, torneios dos poucos que têm chave de duplas mistas. Outra competição famosa que conta com essa disputa são os Jogos Olímpicos. E os brasileiros são se tornaram candidatos naturais a medalha em Paris-2024.

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