Roger Federer anuncia aposentadoria aos 41 anos: ‘É o momento de encerrar minha carreira’


Dono de 20 títulos de Grand Slam e lenda do tênis, suíço dá adeus às quadras como um dos maiores da história

Por Felipe Rosa Mendes
Atualização:

Considerado por muitos como o maior tenista da história, Roger Federer surpreendeu nesta quinta-feira ao anunciar sua aposentadoria. O atleta de 41 anos afirmou que atingiu os limites do seu corpo, após uma série de cirurgias nos últimos anos, e decidiu que sua despedida será na Laver Cup, no fim deste mês, em Londres.

“Como muitos de vocês sabem, os últimos três anos me apresentaram muitos desafios na forma de lesões e cirurgias. Eu trabalhei duro para voltar a minha forma plena. Mas eu também conheço as capacidades e os limites do meu corpo, que enviou uma mensagem clara para mim recentemente. Eu tenho 41 anos de idade. Joguei mais de 1.500 partidas ao longo de 24 anos. O tênis me tratou de uma forma generosa de um jeito que jamais poderia imaginar. E agora eu preciso reconhecer que chegou o momento de encerrar a minha carreira de atleta”, declarou o suíço em suas redes sociais.

Ele anunciou que sua despedida será na Laver Cup, competição que ele mesmo criou e que foi incorporada ao calendário da ATP nos últimos anos. O torneio divide os tenistas em duas equipes: o Time Mundo e o Time Europa. E, pela primeira vez desde que a competição foi criada, Federer terá a oportunidade de jogar ao lado do espanhol Rafael Nadal e do sérvio Novak Djokovic, seus dois maiores rivais no circuito. Há a possibilidade até de formar duplas com eles.

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Roger Federer sai de cena como um dos maiores da história do tênis.  Foto: Action Images via Reuters/Tony O'Brien/File Photo

A aposentadoria do ídolo já era esperada nos últimos meses. Mas muitos aguardavam pelo anúncio somente em 2023. Especialistas apostavam que Federer iria testar seu corpo em seu retorno às quadras na Laver Cup para avaliar se valeria a pena voltar ao circuito na próxima temporada. Ele até havia confirmado presença no Torneio da Basileia, de nível ATP 500, marcado para o fim de outubro deste ano. Havia especulação de que anunciar sua aposentadoria nesta competição por jogar diante dos seus compatriotas, na cidade onde nasceu.

O anúncio desta quinta, portanto, surpreendeu os fãs e o mundo do tênis. “Esta é uma decisão agridoce porque eu vou sentir falta de tudo o que o circuito me deu. Mas, ao mesmo tempo, há muito a celebrar. Me considero uma das pessoas mais afortunadas da Terra. Eu recebi um talento especial para jogar tênis e eu o fiz num nível que jamais poderia ter imaginado e por muito mais tempo do que pensava ser possível”, declarou, em sua mensagem de despedida.

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Em uma carta de quatro páginas, Federer faz uma lista de agradecimentos, encabeçada pela esposa Mirka e por seus pais e irmã. Lembra também dos seus treinadores e cita Severin Lüthi, amigo e técnico, e o preparador físico Pierre Paganini, considerado por muitos como um dos maiores responsáveis pela carreira longeva do tenista.

Sem citar nomes, agradeceu aos rivais. “Eu tive sorte o suficiente de jogar tantas partidas épicas que nunca vou esquecer. Nós batalhamos de forma justa, com paixão e intensidade e eu sempre tentei dar o meu melhor para respeitar a história do tênis. Sou extremamente grato. Nós estimulamos um ao outro e juntos pudemos levar o tênis para novos patamares”, disse o suíço.

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Em entrevista recente ao ‘Estadão, um dos biógrafos do suíço, o americano Christopher Clarey, lembrou que Federer ficou marcado por perder algumas das partidas mais importantes que disputou em sua carreira. Uma delas é a final de Wimbledon de 2008, diante de Nadal. A partida é considerada uma das maiores da história, pelo altíssimo nível técnico.

Federer também agradeceu aos patrocinadores e fãs. “Os últimos 24 anos no circuito foram uma incrível aventura. Se às vezes parece que tudo aconteceu em apenas 24 horas, também foi algo profundo e mágico que faz parecer que já vivi uma vida plena. Eu tive a grande sorte de poder jogar diante de vocês em 40 países diferentes. Eu chorei e sorri, senti alegria e dor e, acima de tudo, me senti incrivelmente vivo.”

Problemas físicos

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A última partida oficial do tenista aconteceu em 7 de julho do ano passado, quando foi eliminado nas quartas de final de Wimbledon pelo surpreendente polonês Hubert Hurkacz, então número 18 do mundo. Desde então, o suíço tem dado entrevistas falando mais sobre cirurgias e possível aposentadoria do que em recordes e títulos, algo recorrente em sua vitoriosa carreira.

Federer vinha enfrentando problemas físicos desde 2020, quando seu afastamento das quadras coincidiu com a paralisação do circuito pela pandemia. Foram três cirurgias no joelho direito em apenas um ano e meio, o que acabou com o ritmo de jogo do atleta e colocou dúvidas sobre o seu futuro. Para efeito de comparação, Nadal, de 36 anos, já fala em aposentadoria.

Sem jogar nesta temporada, ele teve uma trajetória curta no circuito em 2021. Foram apenas cinco torneios, sem títulos ou finais. Seus últimos troféus foram conquistados em 2019, sem nenhum Grand Slam. Os quatro títulos vieram em competições de menor expressão. O último Major foi o Aberto da Austrália de 2018, quando ampliou o recorde de títulos deste nível para 20.

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A marca, então assombrosa, acabou sendo superada por Nadal (22) e Djokovic (21) nas últimas duas temporadas. Federer também viu seus principais recordes sendo derrubados gradualmente pelos dois rivais, embora ainda ostente marcas importantes do circuito, como o maior número de semanas seguidas na liderança do ranking.

Ainda sem contar os resultados da Laver Cup, o suíço encerra sua carreira com 103 títulos, 1.251 vitórias e 275 derrotas. Foram 28 troféus de Masters 1000, uma Copa Davis (2014), uma medalha de ouro em duplas na Olimpíada de Pequim-2008, com o compatriota Stan Wawrinka, e uma prata em simples em Londres-2012.

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Para muitos especialistas, Federer alcançou o auge do apuro técnico no circuito, superando Nadal, mas rivalizando com Djokovic neste aspecto. Por conta dos movimentos plásticos em quadra, é considerado o maior da história por boa parte do mundo do tênis, embora o assunto seja controverso.

Despedidas

A saída de Federer das quadras coincide com outra despedida de peso do circuito. Há menos de um mês, Serena Williams encerrou sua trajetória no US Open, aos 40 anos. Assim como Federer, a americana é considerada uma das grandes lendas do tênis, a maior de sua geração. Para os próximos meses, Nadal já indicou que pode seguir pelo mesmo caminho, após o desgaste causado por dezenas de lesões nos últimos anos.

Considerado por muitos como o maior tenista da história, Roger Federer surpreendeu nesta quinta-feira ao anunciar sua aposentadoria. O atleta de 41 anos afirmou que atingiu os limites do seu corpo, após uma série de cirurgias nos últimos anos, e decidiu que sua despedida será na Laver Cup, no fim deste mês, em Londres.

“Como muitos de vocês sabem, os últimos três anos me apresentaram muitos desafios na forma de lesões e cirurgias. Eu trabalhei duro para voltar a minha forma plena. Mas eu também conheço as capacidades e os limites do meu corpo, que enviou uma mensagem clara para mim recentemente. Eu tenho 41 anos de idade. Joguei mais de 1.500 partidas ao longo de 24 anos. O tênis me tratou de uma forma generosa de um jeito que jamais poderia imaginar. E agora eu preciso reconhecer que chegou o momento de encerrar a minha carreira de atleta”, declarou o suíço em suas redes sociais.

Ele anunciou que sua despedida será na Laver Cup, competição que ele mesmo criou e que foi incorporada ao calendário da ATP nos últimos anos. O torneio divide os tenistas em duas equipes: o Time Mundo e o Time Europa. E, pela primeira vez desde que a competição foi criada, Federer terá a oportunidade de jogar ao lado do espanhol Rafael Nadal e do sérvio Novak Djokovic, seus dois maiores rivais no circuito. Há a possibilidade até de formar duplas com eles.

Roger Federer sai de cena como um dos maiores da história do tênis.  Foto: Action Images via Reuters/Tony O'Brien/File Photo

A aposentadoria do ídolo já era esperada nos últimos meses. Mas muitos aguardavam pelo anúncio somente em 2023. Especialistas apostavam que Federer iria testar seu corpo em seu retorno às quadras na Laver Cup para avaliar se valeria a pena voltar ao circuito na próxima temporada. Ele até havia confirmado presença no Torneio da Basileia, de nível ATP 500, marcado para o fim de outubro deste ano. Havia especulação de que anunciar sua aposentadoria nesta competição por jogar diante dos seus compatriotas, na cidade onde nasceu.

O anúncio desta quinta, portanto, surpreendeu os fãs e o mundo do tênis. “Esta é uma decisão agridoce porque eu vou sentir falta de tudo o que o circuito me deu. Mas, ao mesmo tempo, há muito a celebrar. Me considero uma das pessoas mais afortunadas da Terra. Eu recebi um talento especial para jogar tênis e eu o fiz num nível que jamais poderia ter imaginado e por muito mais tempo do que pensava ser possível”, declarou, em sua mensagem de despedida.

Em uma carta de quatro páginas, Federer faz uma lista de agradecimentos, encabeçada pela esposa Mirka e por seus pais e irmã. Lembra também dos seus treinadores e cita Severin Lüthi, amigo e técnico, e o preparador físico Pierre Paganini, considerado por muitos como um dos maiores responsáveis pela carreira longeva do tenista.

Sem citar nomes, agradeceu aos rivais. “Eu tive sorte o suficiente de jogar tantas partidas épicas que nunca vou esquecer. Nós batalhamos de forma justa, com paixão e intensidade e eu sempre tentei dar o meu melhor para respeitar a história do tênis. Sou extremamente grato. Nós estimulamos um ao outro e juntos pudemos levar o tênis para novos patamares”, disse o suíço.

Em entrevista recente ao ‘Estadão, um dos biógrafos do suíço, o americano Christopher Clarey, lembrou que Federer ficou marcado por perder algumas das partidas mais importantes que disputou em sua carreira. Uma delas é a final de Wimbledon de 2008, diante de Nadal. A partida é considerada uma das maiores da história, pelo altíssimo nível técnico.

Federer também agradeceu aos patrocinadores e fãs. “Os últimos 24 anos no circuito foram uma incrível aventura. Se às vezes parece que tudo aconteceu em apenas 24 horas, também foi algo profundo e mágico que faz parecer que já vivi uma vida plena. Eu tive a grande sorte de poder jogar diante de vocês em 40 países diferentes. Eu chorei e sorri, senti alegria e dor e, acima de tudo, me senti incrivelmente vivo.”

Problemas físicos

A última partida oficial do tenista aconteceu em 7 de julho do ano passado, quando foi eliminado nas quartas de final de Wimbledon pelo surpreendente polonês Hubert Hurkacz, então número 18 do mundo. Desde então, o suíço tem dado entrevistas falando mais sobre cirurgias e possível aposentadoria do que em recordes e títulos, algo recorrente em sua vitoriosa carreira.

Federer vinha enfrentando problemas físicos desde 2020, quando seu afastamento das quadras coincidiu com a paralisação do circuito pela pandemia. Foram três cirurgias no joelho direito em apenas um ano e meio, o que acabou com o ritmo de jogo do atleta e colocou dúvidas sobre o seu futuro. Para efeito de comparação, Nadal, de 36 anos, já fala em aposentadoria.

Sem jogar nesta temporada, ele teve uma trajetória curta no circuito em 2021. Foram apenas cinco torneios, sem títulos ou finais. Seus últimos troféus foram conquistados em 2019, sem nenhum Grand Slam. Os quatro títulos vieram em competições de menor expressão. O último Major foi o Aberto da Austrália de 2018, quando ampliou o recorde de títulos deste nível para 20.

A marca, então assombrosa, acabou sendo superada por Nadal (22) e Djokovic (21) nas últimas duas temporadas. Federer também viu seus principais recordes sendo derrubados gradualmente pelos dois rivais, embora ainda ostente marcas importantes do circuito, como o maior número de semanas seguidas na liderança do ranking.

Ainda sem contar os resultados da Laver Cup, o suíço encerra sua carreira com 103 títulos, 1.251 vitórias e 275 derrotas. Foram 28 troféus de Masters 1000, uma Copa Davis (2014), uma medalha de ouro em duplas na Olimpíada de Pequim-2008, com o compatriota Stan Wawrinka, e uma prata em simples em Londres-2012.

Para muitos especialistas, Federer alcançou o auge do apuro técnico no circuito, superando Nadal, mas rivalizando com Djokovic neste aspecto. Por conta dos movimentos plásticos em quadra, é considerado o maior da história por boa parte do mundo do tênis, embora o assunto seja controverso.

Despedidas

A saída de Federer das quadras coincide com outra despedida de peso do circuito. Há menos de um mês, Serena Williams encerrou sua trajetória no US Open, aos 40 anos. Assim como Federer, a americana é considerada uma das grandes lendas do tênis, a maior de sua geração. Para os próximos meses, Nadal já indicou que pode seguir pelo mesmo caminho, após o desgaste causado por dezenas de lesões nos últimos anos.

Considerado por muitos como o maior tenista da história, Roger Federer surpreendeu nesta quinta-feira ao anunciar sua aposentadoria. O atleta de 41 anos afirmou que atingiu os limites do seu corpo, após uma série de cirurgias nos últimos anos, e decidiu que sua despedida será na Laver Cup, no fim deste mês, em Londres.

“Como muitos de vocês sabem, os últimos três anos me apresentaram muitos desafios na forma de lesões e cirurgias. Eu trabalhei duro para voltar a minha forma plena. Mas eu também conheço as capacidades e os limites do meu corpo, que enviou uma mensagem clara para mim recentemente. Eu tenho 41 anos de idade. Joguei mais de 1.500 partidas ao longo de 24 anos. O tênis me tratou de uma forma generosa de um jeito que jamais poderia imaginar. E agora eu preciso reconhecer que chegou o momento de encerrar a minha carreira de atleta”, declarou o suíço em suas redes sociais.

Ele anunciou que sua despedida será na Laver Cup, competição que ele mesmo criou e que foi incorporada ao calendário da ATP nos últimos anos. O torneio divide os tenistas em duas equipes: o Time Mundo e o Time Europa. E, pela primeira vez desde que a competição foi criada, Federer terá a oportunidade de jogar ao lado do espanhol Rafael Nadal e do sérvio Novak Djokovic, seus dois maiores rivais no circuito. Há a possibilidade até de formar duplas com eles.

Roger Federer sai de cena como um dos maiores da história do tênis.  Foto: Action Images via Reuters/Tony O'Brien/File Photo

A aposentadoria do ídolo já era esperada nos últimos meses. Mas muitos aguardavam pelo anúncio somente em 2023. Especialistas apostavam que Federer iria testar seu corpo em seu retorno às quadras na Laver Cup para avaliar se valeria a pena voltar ao circuito na próxima temporada. Ele até havia confirmado presença no Torneio da Basileia, de nível ATP 500, marcado para o fim de outubro deste ano. Havia especulação de que anunciar sua aposentadoria nesta competição por jogar diante dos seus compatriotas, na cidade onde nasceu.

O anúncio desta quinta, portanto, surpreendeu os fãs e o mundo do tênis. “Esta é uma decisão agridoce porque eu vou sentir falta de tudo o que o circuito me deu. Mas, ao mesmo tempo, há muito a celebrar. Me considero uma das pessoas mais afortunadas da Terra. Eu recebi um talento especial para jogar tênis e eu o fiz num nível que jamais poderia ter imaginado e por muito mais tempo do que pensava ser possível”, declarou, em sua mensagem de despedida.

Em uma carta de quatro páginas, Federer faz uma lista de agradecimentos, encabeçada pela esposa Mirka e por seus pais e irmã. Lembra também dos seus treinadores e cita Severin Lüthi, amigo e técnico, e o preparador físico Pierre Paganini, considerado por muitos como um dos maiores responsáveis pela carreira longeva do tenista.

Sem citar nomes, agradeceu aos rivais. “Eu tive sorte o suficiente de jogar tantas partidas épicas que nunca vou esquecer. Nós batalhamos de forma justa, com paixão e intensidade e eu sempre tentei dar o meu melhor para respeitar a história do tênis. Sou extremamente grato. Nós estimulamos um ao outro e juntos pudemos levar o tênis para novos patamares”, disse o suíço.

Em entrevista recente ao ‘Estadão, um dos biógrafos do suíço, o americano Christopher Clarey, lembrou que Federer ficou marcado por perder algumas das partidas mais importantes que disputou em sua carreira. Uma delas é a final de Wimbledon de 2008, diante de Nadal. A partida é considerada uma das maiores da história, pelo altíssimo nível técnico.

Federer também agradeceu aos patrocinadores e fãs. “Os últimos 24 anos no circuito foram uma incrível aventura. Se às vezes parece que tudo aconteceu em apenas 24 horas, também foi algo profundo e mágico que faz parecer que já vivi uma vida plena. Eu tive a grande sorte de poder jogar diante de vocês em 40 países diferentes. Eu chorei e sorri, senti alegria e dor e, acima de tudo, me senti incrivelmente vivo.”

Problemas físicos

A última partida oficial do tenista aconteceu em 7 de julho do ano passado, quando foi eliminado nas quartas de final de Wimbledon pelo surpreendente polonês Hubert Hurkacz, então número 18 do mundo. Desde então, o suíço tem dado entrevistas falando mais sobre cirurgias e possível aposentadoria do que em recordes e títulos, algo recorrente em sua vitoriosa carreira.

Federer vinha enfrentando problemas físicos desde 2020, quando seu afastamento das quadras coincidiu com a paralisação do circuito pela pandemia. Foram três cirurgias no joelho direito em apenas um ano e meio, o que acabou com o ritmo de jogo do atleta e colocou dúvidas sobre o seu futuro. Para efeito de comparação, Nadal, de 36 anos, já fala em aposentadoria.

Sem jogar nesta temporada, ele teve uma trajetória curta no circuito em 2021. Foram apenas cinco torneios, sem títulos ou finais. Seus últimos troféus foram conquistados em 2019, sem nenhum Grand Slam. Os quatro títulos vieram em competições de menor expressão. O último Major foi o Aberto da Austrália de 2018, quando ampliou o recorde de títulos deste nível para 20.

A marca, então assombrosa, acabou sendo superada por Nadal (22) e Djokovic (21) nas últimas duas temporadas. Federer também viu seus principais recordes sendo derrubados gradualmente pelos dois rivais, embora ainda ostente marcas importantes do circuito, como o maior número de semanas seguidas na liderança do ranking.

Ainda sem contar os resultados da Laver Cup, o suíço encerra sua carreira com 103 títulos, 1.251 vitórias e 275 derrotas. Foram 28 troféus de Masters 1000, uma Copa Davis (2014), uma medalha de ouro em duplas na Olimpíada de Pequim-2008, com o compatriota Stan Wawrinka, e uma prata em simples em Londres-2012.

Para muitos especialistas, Federer alcançou o auge do apuro técnico no circuito, superando Nadal, mas rivalizando com Djokovic neste aspecto. Por conta dos movimentos plásticos em quadra, é considerado o maior da história por boa parte do mundo do tênis, embora o assunto seja controverso.

Despedidas

A saída de Federer das quadras coincide com outra despedida de peso do circuito. Há menos de um mês, Serena Williams encerrou sua trajetória no US Open, aos 40 anos. Assim como Federer, a americana é considerada uma das grandes lendas do tênis, a maior de sua geração. Para os próximos meses, Nadal já indicou que pode seguir pelo mesmo caminho, após o desgaste causado por dezenas de lesões nos últimos anos.

Considerado por muitos como o maior tenista da história, Roger Federer surpreendeu nesta quinta-feira ao anunciar sua aposentadoria. O atleta de 41 anos afirmou que atingiu os limites do seu corpo, após uma série de cirurgias nos últimos anos, e decidiu que sua despedida será na Laver Cup, no fim deste mês, em Londres.

“Como muitos de vocês sabem, os últimos três anos me apresentaram muitos desafios na forma de lesões e cirurgias. Eu trabalhei duro para voltar a minha forma plena. Mas eu também conheço as capacidades e os limites do meu corpo, que enviou uma mensagem clara para mim recentemente. Eu tenho 41 anos de idade. Joguei mais de 1.500 partidas ao longo de 24 anos. O tênis me tratou de uma forma generosa de um jeito que jamais poderia imaginar. E agora eu preciso reconhecer que chegou o momento de encerrar a minha carreira de atleta”, declarou o suíço em suas redes sociais.

Ele anunciou que sua despedida será na Laver Cup, competição que ele mesmo criou e que foi incorporada ao calendário da ATP nos últimos anos. O torneio divide os tenistas em duas equipes: o Time Mundo e o Time Europa. E, pela primeira vez desde que a competição foi criada, Federer terá a oportunidade de jogar ao lado do espanhol Rafael Nadal e do sérvio Novak Djokovic, seus dois maiores rivais no circuito. Há a possibilidade até de formar duplas com eles.

Roger Federer sai de cena como um dos maiores da história do tênis.  Foto: Action Images via Reuters/Tony O'Brien/File Photo

A aposentadoria do ídolo já era esperada nos últimos meses. Mas muitos aguardavam pelo anúncio somente em 2023. Especialistas apostavam que Federer iria testar seu corpo em seu retorno às quadras na Laver Cup para avaliar se valeria a pena voltar ao circuito na próxima temporada. Ele até havia confirmado presença no Torneio da Basileia, de nível ATP 500, marcado para o fim de outubro deste ano. Havia especulação de que anunciar sua aposentadoria nesta competição por jogar diante dos seus compatriotas, na cidade onde nasceu.

O anúncio desta quinta, portanto, surpreendeu os fãs e o mundo do tênis. “Esta é uma decisão agridoce porque eu vou sentir falta de tudo o que o circuito me deu. Mas, ao mesmo tempo, há muito a celebrar. Me considero uma das pessoas mais afortunadas da Terra. Eu recebi um talento especial para jogar tênis e eu o fiz num nível que jamais poderia ter imaginado e por muito mais tempo do que pensava ser possível”, declarou, em sua mensagem de despedida.

Em uma carta de quatro páginas, Federer faz uma lista de agradecimentos, encabeçada pela esposa Mirka e por seus pais e irmã. Lembra também dos seus treinadores e cita Severin Lüthi, amigo e técnico, e o preparador físico Pierre Paganini, considerado por muitos como um dos maiores responsáveis pela carreira longeva do tenista.

Sem citar nomes, agradeceu aos rivais. “Eu tive sorte o suficiente de jogar tantas partidas épicas que nunca vou esquecer. Nós batalhamos de forma justa, com paixão e intensidade e eu sempre tentei dar o meu melhor para respeitar a história do tênis. Sou extremamente grato. Nós estimulamos um ao outro e juntos pudemos levar o tênis para novos patamares”, disse o suíço.

Em entrevista recente ao ‘Estadão, um dos biógrafos do suíço, o americano Christopher Clarey, lembrou que Federer ficou marcado por perder algumas das partidas mais importantes que disputou em sua carreira. Uma delas é a final de Wimbledon de 2008, diante de Nadal. A partida é considerada uma das maiores da história, pelo altíssimo nível técnico.

Federer também agradeceu aos patrocinadores e fãs. “Os últimos 24 anos no circuito foram uma incrível aventura. Se às vezes parece que tudo aconteceu em apenas 24 horas, também foi algo profundo e mágico que faz parecer que já vivi uma vida plena. Eu tive a grande sorte de poder jogar diante de vocês em 40 países diferentes. Eu chorei e sorri, senti alegria e dor e, acima de tudo, me senti incrivelmente vivo.”

Problemas físicos

A última partida oficial do tenista aconteceu em 7 de julho do ano passado, quando foi eliminado nas quartas de final de Wimbledon pelo surpreendente polonês Hubert Hurkacz, então número 18 do mundo. Desde então, o suíço tem dado entrevistas falando mais sobre cirurgias e possível aposentadoria do que em recordes e títulos, algo recorrente em sua vitoriosa carreira.

Federer vinha enfrentando problemas físicos desde 2020, quando seu afastamento das quadras coincidiu com a paralisação do circuito pela pandemia. Foram três cirurgias no joelho direito em apenas um ano e meio, o que acabou com o ritmo de jogo do atleta e colocou dúvidas sobre o seu futuro. Para efeito de comparação, Nadal, de 36 anos, já fala em aposentadoria.

Sem jogar nesta temporada, ele teve uma trajetória curta no circuito em 2021. Foram apenas cinco torneios, sem títulos ou finais. Seus últimos troféus foram conquistados em 2019, sem nenhum Grand Slam. Os quatro títulos vieram em competições de menor expressão. O último Major foi o Aberto da Austrália de 2018, quando ampliou o recorde de títulos deste nível para 20.

A marca, então assombrosa, acabou sendo superada por Nadal (22) e Djokovic (21) nas últimas duas temporadas. Federer também viu seus principais recordes sendo derrubados gradualmente pelos dois rivais, embora ainda ostente marcas importantes do circuito, como o maior número de semanas seguidas na liderança do ranking.

Ainda sem contar os resultados da Laver Cup, o suíço encerra sua carreira com 103 títulos, 1.251 vitórias e 275 derrotas. Foram 28 troféus de Masters 1000, uma Copa Davis (2014), uma medalha de ouro em duplas na Olimpíada de Pequim-2008, com o compatriota Stan Wawrinka, e uma prata em simples em Londres-2012.

Para muitos especialistas, Federer alcançou o auge do apuro técnico no circuito, superando Nadal, mas rivalizando com Djokovic neste aspecto. Por conta dos movimentos plásticos em quadra, é considerado o maior da história por boa parte do mundo do tênis, embora o assunto seja controverso.

Despedidas

A saída de Federer das quadras coincide com outra despedida de peso do circuito. Há menos de um mês, Serena Williams encerrou sua trajetória no US Open, aos 40 anos. Assim como Federer, a americana é considerada uma das grandes lendas do tênis, a maior de sua geração. Para os próximos meses, Nadal já indicou que pode seguir pelo mesmo caminho, após o desgaste causado por dezenas de lesões nos últimos anos.

Considerado por muitos como o maior tenista da história, Roger Federer surpreendeu nesta quinta-feira ao anunciar sua aposentadoria. O atleta de 41 anos afirmou que atingiu os limites do seu corpo, após uma série de cirurgias nos últimos anos, e decidiu que sua despedida será na Laver Cup, no fim deste mês, em Londres.

“Como muitos de vocês sabem, os últimos três anos me apresentaram muitos desafios na forma de lesões e cirurgias. Eu trabalhei duro para voltar a minha forma plena. Mas eu também conheço as capacidades e os limites do meu corpo, que enviou uma mensagem clara para mim recentemente. Eu tenho 41 anos de idade. Joguei mais de 1.500 partidas ao longo de 24 anos. O tênis me tratou de uma forma generosa de um jeito que jamais poderia imaginar. E agora eu preciso reconhecer que chegou o momento de encerrar a minha carreira de atleta”, declarou o suíço em suas redes sociais.

Ele anunciou que sua despedida será na Laver Cup, competição que ele mesmo criou e que foi incorporada ao calendário da ATP nos últimos anos. O torneio divide os tenistas em duas equipes: o Time Mundo e o Time Europa. E, pela primeira vez desde que a competição foi criada, Federer terá a oportunidade de jogar ao lado do espanhol Rafael Nadal e do sérvio Novak Djokovic, seus dois maiores rivais no circuito. Há a possibilidade até de formar duplas com eles.

Roger Federer sai de cena como um dos maiores da história do tênis.  Foto: Action Images via Reuters/Tony O'Brien/File Photo

A aposentadoria do ídolo já era esperada nos últimos meses. Mas muitos aguardavam pelo anúncio somente em 2023. Especialistas apostavam que Federer iria testar seu corpo em seu retorno às quadras na Laver Cup para avaliar se valeria a pena voltar ao circuito na próxima temporada. Ele até havia confirmado presença no Torneio da Basileia, de nível ATP 500, marcado para o fim de outubro deste ano. Havia especulação de que anunciar sua aposentadoria nesta competição por jogar diante dos seus compatriotas, na cidade onde nasceu.

O anúncio desta quinta, portanto, surpreendeu os fãs e o mundo do tênis. “Esta é uma decisão agridoce porque eu vou sentir falta de tudo o que o circuito me deu. Mas, ao mesmo tempo, há muito a celebrar. Me considero uma das pessoas mais afortunadas da Terra. Eu recebi um talento especial para jogar tênis e eu o fiz num nível que jamais poderia ter imaginado e por muito mais tempo do que pensava ser possível”, declarou, em sua mensagem de despedida.

Em uma carta de quatro páginas, Federer faz uma lista de agradecimentos, encabeçada pela esposa Mirka e por seus pais e irmã. Lembra também dos seus treinadores e cita Severin Lüthi, amigo e técnico, e o preparador físico Pierre Paganini, considerado por muitos como um dos maiores responsáveis pela carreira longeva do tenista.

Sem citar nomes, agradeceu aos rivais. “Eu tive sorte o suficiente de jogar tantas partidas épicas que nunca vou esquecer. Nós batalhamos de forma justa, com paixão e intensidade e eu sempre tentei dar o meu melhor para respeitar a história do tênis. Sou extremamente grato. Nós estimulamos um ao outro e juntos pudemos levar o tênis para novos patamares”, disse o suíço.

Em entrevista recente ao ‘Estadão, um dos biógrafos do suíço, o americano Christopher Clarey, lembrou que Federer ficou marcado por perder algumas das partidas mais importantes que disputou em sua carreira. Uma delas é a final de Wimbledon de 2008, diante de Nadal. A partida é considerada uma das maiores da história, pelo altíssimo nível técnico.

Federer também agradeceu aos patrocinadores e fãs. “Os últimos 24 anos no circuito foram uma incrível aventura. Se às vezes parece que tudo aconteceu em apenas 24 horas, também foi algo profundo e mágico que faz parecer que já vivi uma vida plena. Eu tive a grande sorte de poder jogar diante de vocês em 40 países diferentes. Eu chorei e sorri, senti alegria e dor e, acima de tudo, me senti incrivelmente vivo.”

Problemas físicos

A última partida oficial do tenista aconteceu em 7 de julho do ano passado, quando foi eliminado nas quartas de final de Wimbledon pelo surpreendente polonês Hubert Hurkacz, então número 18 do mundo. Desde então, o suíço tem dado entrevistas falando mais sobre cirurgias e possível aposentadoria do que em recordes e títulos, algo recorrente em sua vitoriosa carreira.

Federer vinha enfrentando problemas físicos desde 2020, quando seu afastamento das quadras coincidiu com a paralisação do circuito pela pandemia. Foram três cirurgias no joelho direito em apenas um ano e meio, o que acabou com o ritmo de jogo do atleta e colocou dúvidas sobre o seu futuro. Para efeito de comparação, Nadal, de 36 anos, já fala em aposentadoria.

Sem jogar nesta temporada, ele teve uma trajetória curta no circuito em 2021. Foram apenas cinco torneios, sem títulos ou finais. Seus últimos troféus foram conquistados em 2019, sem nenhum Grand Slam. Os quatro títulos vieram em competições de menor expressão. O último Major foi o Aberto da Austrália de 2018, quando ampliou o recorde de títulos deste nível para 20.

A marca, então assombrosa, acabou sendo superada por Nadal (22) e Djokovic (21) nas últimas duas temporadas. Federer também viu seus principais recordes sendo derrubados gradualmente pelos dois rivais, embora ainda ostente marcas importantes do circuito, como o maior número de semanas seguidas na liderança do ranking.

Ainda sem contar os resultados da Laver Cup, o suíço encerra sua carreira com 103 títulos, 1.251 vitórias e 275 derrotas. Foram 28 troféus de Masters 1000, uma Copa Davis (2014), uma medalha de ouro em duplas na Olimpíada de Pequim-2008, com o compatriota Stan Wawrinka, e uma prata em simples em Londres-2012.

Para muitos especialistas, Federer alcançou o auge do apuro técnico no circuito, superando Nadal, mas rivalizando com Djokovic neste aspecto. Por conta dos movimentos plásticos em quadra, é considerado o maior da história por boa parte do mundo do tênis, embora o assunto seja controverso.

Despedidas

A saída de Federer das quadras coincide com outra despedida de peso do circuito. Há menos de um mês, Serena Williams encerrou sua trajetória no US Open, aos 40 anos. Assim como Federer, a americana é considerada uma das grandes lendas do tênis, a maior de sua geração. Para os próximos meses, Nadal já indicou que pode seguir pelo mesmo caminho, após o desgaste causado por dezenas de lesões nos últimos anos.

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