Roger Federer fará mais uma cirurgia no joelho, pondo seu futuro no tênis em dúvida aos 40 anos


Vinte vezes campeão de Grand Slam, tenista perderá o U.S. Open e se submeterá à sua quarta operação no joelho desde 2016; ficará de muletas e fora das quadras 'por muitos meses'

Por Christopher Clarey

Nada de U.S. Open para Roger Federer este ano. E, depois de ele anunciar, no domingo, que passará por mais uma operação no joelho, está na hora de questionar se ele voltará a jogar o tour do tênis internacional. Por enquanto, Federer, um dos maiores atletas desta ou de qualquer época, não pretende se aposentar, mas, depois de completar 40 anos no último domingo e de duas operações no joelho direito em 2020, ele está bem ciente de que as probabilidades estão pesando contra ele. Sem dúvidas, ele é otimista, sempre propenso a ver o copo meio cheio. E vem lutando com sucesso contra a aposentadoria (e contra perguntas sobre aposentadoria) por mais de uma década, mas até mesmo ele pareceu e soou taciturno no domingo ao descrever sua situação num post de Instagram, mídia que não existia quando ele começou a jogar torneios de Grand Slam, no final da década de 1990.

Após ano ruim, Federer foca em retorno forte em 2022 Foto: Peter van den Berg/USA TODAY Sports

“Vou ficar de muletas por muitas semanas e também fora de jogo por muitos meses”, disse Federer. “Vai ser difícil por muitos motivos, mas, ao mesmo tempo, sei que é a coisa certa a fazer. Porque quero voltar a correr por aí e também quero me dar um vislumbre de esperança de retornar ao tour de alguma maneira. Mas sou realista, não me interpretem mal. Sei como é difícil, nesta idade agora, fazer mais uma cirurgia e tentar voltar, mas, olha, eu quero ficar bem”. Ao longo da maior parte de sua notável carreira, Federer pareceu levar uma existência mágica: livre de aborrecimentos e lesões graves num esporte darwiniano que pode esmagar o corpo e a psique dos jogadores. Onde outros viam inconveniências, ele viu oportunidades: abraçar o tour, a competição, as coletivas de imprensa e as viagens estafantes, mesmo quando ele e sua esposa, Mirka, estavam na estrada com os quatro filhos pequenos. “Tudo o que posso dizer depois de quatro anos viajando com ele é que ele era um dos melhores em não reclamar, em não deixar as pessoas saberem o que estava acontecendo quando ele estava com algum problema físico, em não usar qualquer coisa como desculpa”, disse Paul Annacone, seu ex-técnico, numa entrevista por telefone no domingo. Mas a sorte não tem andado ao seu lado ultimamente. Em 2019, ele tinha chegado a dois match points na final de Wimbledon contra Novak Djokovic, mas não conseguiu confirmar seu serviço e acabou perdendo em cinco sets. Em 2020, Federer precisou de duas operações no joelho direito. Perdeu mais de um ano de competição e, embora o primeiro estágio dessa pausa forçada tenha coincidido com o hiato pandêmico, ele sofreu para voltar ao seu nível habitual após o retorno, competindo esporadicamente.

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Federer comemorando seu 13º título de Grand Slam. Suíço passou pela quarta cirurgia desde 2016 e oretorno às quadras é incerto. Foto: Uli Seit/The New York Times

Ele jogou cinco torneios em 2021 e conseguiu chegar às quartas de final apenas em Wimbledon, onde foi derrotado por 6-3, 7-6 (4), 6-0 no mês passado por Hubert Hurkacz, um talentoso jogador polonês que ainda não chegou a uma final de simples de Grand Slam. Se esta foi mesmo a última partida de Federer no All England Club, ou sua última partida no tour, esteve longe de lhe fazer justiça. Mas o fato de não ter vencido um único game no terceiro set na quadra onde bateu o recorde masculino de oito títulos de simples também era um sinal de que algo estava errado. Ele o confirmou naquele domingo, deixando claro que sua temporada de 2021 havia acabado. “Eu me machuquei ainda mais durante a temporada de quadra de grama e Wimbledon”, disse ele. “Não há como continuar”. Ele sugeriu que os médicos haviam lhe dito que a cirurgia era sua melhor opção, não apenas para o tênis, mas para a vida depois do tênis. “Infelizmente, eles me disseram que, a médio e longo prazo, para me sentir melhor, precisarei de uma cirurgia, então decidi operar”, disse ele. Federer não explicou a natureza de sua cirurgia nem mesmo qual joelho seria operado. Seu agente, Tony Godsick, não respondeu imediatamente às mensagens pedindo esclarecimentos. Mas Nicholas DiNubile, cirurgião ortopédico na Filadélfia especializado em cirurgias no joelho, disse que o cronograma de Federer - “muitas semanas” de muletas e “muitos meses” longe das quadras - sugere que pode ser uma operação mais séria.Ken Rosewall, o australiano que é o único outro jogador da era dos Abertos a permanecer entre os top 10 depois dos 40 anos, não teve de superar grandes problemas médicos para fazê-lo. A principal preocupação de Rosewall enquanto ele ainda era competitivo na década de 1970 eram seus adversários mais jovens e mais sedentos. Federer precisa resolver uma equação mais complexa se quiser se despedir de um jeito mais apropriado do que uma derrota desequilibrada em Wimbledon. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Nada de U.S. Open para Roger Federer este ano. E, depois de ele anunciar, no domingo, que passará por mais uma operação no joelho, está na hora de questionar se ele voltará a jogar o tour do tênis internacional. Por enquanto, Federer, um dos maiores atletas desta ou de qualquer época, não pretende se aposentar, mas, depois de completar 40 anos no último domingo e de duas operações no joelho direito em 2020, ele está bem ciente de que as probabilidades estão pesando contra ele. Sem dúvidas, ele é otimista, sempre propenso a ver o copo meio cheio. E vem lutando com sucesso contra a aposentadoria (e contra perguntas sobre aposentadoria) por mais de uma década, mas até mesmo ele pareceu e soou taciturno no domingo ao descrever sua situação num post de Instagram, mídia que não existia quando ele começou a jogar torneios de Grand Slam, no final da década de 1990.

Após ano ruim, Federer foca em retorno forte em 2022 Foto: Peter van den Berg/USA TODAY Sports

“Vou ficar de muletas por muitas semanas e também fora de jogo por muitos meses”, disse Federer. “Vai ser difícil por muitos motivos, mas, ao mesmo tempo, sei que é a coisa certa a fazer. Porque quero voltar a correr por aí e também quero me dar um vislumbre de esperança de retornar ao tour de alguma maneira. Mas sou realista, não me interpretem mal. Sei como é difícil, nesta idade agora, fazer mais uma cirurgia e tentar voltar, mas, olha, eu quero ficar bem”. Ao longo da maior parte de sua notável carreira, Federer pareceu levar uma existência mágica: livre de aborrecimentos e lesões graves num esporte darwiniano que pode esmagar o corpo e a psique dos jogadores. Onde outros viam inconveniências, ele viu oportunidades: abraçar o tour, a competição, as coletivas de imprensa e as viagens estafantes, mesmo quando ele e sua esposa, Mirka, estavam na estrada com os quatro filhos pequenos. “Tudo o que posso dizer depois de quatro anos viajando com ele é que ele era um dos melhores em não reclamar, em não deixar as pessoas saberem o que estava acontecendo quando ele estava com algum problema físico, em não usar qualquer coisa como desculpa”, disse Paul Annacone, seu ex-técnico, numa entrevista por telefone no domingo. Mas a sorte não tem andado ao seu lado ultimamente. Em 2019, ele tinha chegado a dois match points na final de Wimbledon contra Novak Djokovic, mas não conseguiu confirmar seu serviço e acabou perdendo em cinco sets. Em 2020, Federer precisou de duas operações no joelho direito. Perdeu mais de um ano de competição e, embora o primeiro estágio dessa pausa forçada tenha coincidido com o hiato pandêmico, ele sofreu para voltar ao seu nível habitual após o retorno, competindo esporadicamente.

Federer comemorando seu 13º título de Grand Slam. Suíço passou pela quarta cirurgia desde 2016 e oretorno às quadras é incerto. Foto: Uli Seit/The New York Times

Ele jogou cinco torneios em 2021 e conseguiu chegar às quartas de final apenas em Wimbledon, onde foi derrotado por 6-3, 7-6 (4), 6-0 no mês passado por Hubert Hurkacz, um talentoso jogador polonês que ainda não chegou a uma final de simples de Grand Slam. Se esta foi mesmo a última partida de Federer no All England Club, ou sua última partida no tour, esteve longe de lhe fazer justiça. Mas o fato de não ter vencido um único game no terceiro set na quadra onde bateu o recorde masculino de oito títulos de simples também era um sinal de que algo estava errado. Ele o confirmou naquele domingo, deixando claro que sua temporada de 2021 havia acabado. “Eu me machuquei ainda mais durante a temporada de quadra de grama e Wimbledon”, disse ele. “Não há como continuar”. Ele sugeriu que os médicos haviam lhe dito que a cirurgia era sua melhor opção, não apenas para o tênis, mas para a vida depois do tênis. “Infelizmente, eles me disseram que, a médio e longo prazo, para me sentir melhor, precisarei de uma cirurgia, então decidi operar”, disse ele. Federer não explicou a natureza de sua cirurgia nem mesmo qual joelho seria operado. Seu agente, Tony Godsick, não respondeu imediatamente às mensagens pedindo esclarecimentos. Mas Nicholas DiNubile, cirurgião ortopédico na Filadélfia especializado em cirurgias no joelho, disse que o cronograma de Federer - “muitas semanas” de muletas e “muitos meses” longe das quadras - sugere que pode ser uma operação mais séria.Ken Rosewall, o australiano que é o único outro jogador da era dos Abertos a permanecer entre os top 10 depois dos 40 anos, não teve de superar grandes problemas médicos para fazê-lo. A principal preocupação de Rosewall enquanto ele ainda era competitivo na década de 1970 eram seus adversários mais jovens e mais sedentos. Federer precisa resolver uma equação mais complexa se quiser se despedir de um jeito mais apropriado do que uma derrota desequilibrada em Wimbledon. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Nada de U.S. Open para Roger Federer este ano. E, depois de ele anunciar, no domingo, que passará por mais uma operação no joelho, está na hora de questionar se ele voltará a jogar o tour do tênis internacional. Por enquanto, Federer, um dos maiores atletas desta ou de qualquer época, não pretende se aposentar, mas, depois de completar 40 anos no último domingo e de duas operações no joelho direito em 2020, ele está bem ciente de que as probabilidades estão pesando contra ele. Sem dúvidas, ele é otimista, sempre propenso a ver o copo meio cheio. E vem lutando com sucesso contra a aposentadoria (e contra perguntas sobre aposentadoria) por mais de uma década, mas até mesmo ele pareceu e soou taciturno no domingo ao descrever sua situação num post de Instagram, mídia que não existia quando ele começou a jogar torneios de Grand Slam, no final da década de 1990.

Após ano ruim, Federer foca em retorno forte em 2022 Foto: Peter van den Berg/USA TODAY Sports

“Vou ficar de muletas por muitas semanas e também fora de jogo por muitos meses”, disse Federer. “Vai ser difícil por muitos motivos, mas, ao mesmo tempo, sei que é a coisa certa a fazer. Porque quero voltar a correr por aí e também quero me dar um vislumbre de esperança de retornar ao tour de alguma maneira. Mas sou realista, não me interpretem mal. Sei como é difícil, nesta idade agora, fazer mais uma cirurgia e tentar voltar, mas, olha, eu quero ficar bem”. Ao longo da maior parte de sua notável carreira, Federer pareceu levar uma existência mágica: livre de aborrecimentos e lesões graves num esporte darwiniano que pode esmagar o corpo e a psique dos jogadores. Onde outros viam inconveniências, ele viu oportunidades: abraçar o tour, a competição, as coletivas de imprensa e as viagens estafantes, mesmo quando ele e sua esposa, Mirka, estavam na estrada com os quatro filhos pequenos. “Tudo o que posso dizer depois de quatro anos viajando com ele é que ele era um dos melhores em não reclamar, em não deixar as pessoas saberem o que estava acontecendo quando ele estava com algum problema físico, em não usar qualquer coisa como desculpa”, disse Paul Annacone, seu ex-técnico, numa entrevista por telefone no domingo. Mas a sorte não tem andado ao seu lado ultimamente. Em 2019, ele tinha chegado a dois match points na final de Wimbledon contra Novak Djokovic, mas não conseguiu confirmar seu serviço e acabou perdendo em cinco sets. Em 2020, Federer precisou de duas operações no joelho direito. Perdeu mais de um ano de competição e, embora o primeiro estágio dessa pausa forçada tenha coincidido com o hiato pandêmico, ele sofreu para voltar ao seu nível habitual após o retorno, competindo esporadicamente.

Federer comemorando seu 13º título de Grand Slam. Suíço passou pela quarta cirurgia desde 2016 e oretorno às quadras é incerto. Foto: Uli Seit/The New York Times

Ele jogou cinco torneios em 2021 e conseguiu chegar às quartas de final apenas em Wimbledon, onde foi derrotado por 6-3, 7-6 (4), 6-0 no mês passado por Hubert Hurkacz, um talentoso jogador polonês que ainda não chegou a uma final de simples de Grand Slam. Se esta foi mesmo a última partida de Federer no All England Club, ou sua última partida no tour, esteve longe de lhe fazer justiça. Mas o fato de não ter vencido um único game no terceiro set na quadra onde bateu o recorde masculino de oito títulos de simples também era um sinal de que algo estava errado. Ele o confirmou naquele domingo, deixando claro que sua temporada de 2021 havia acabado. “Eu me machuquei ainda mais durante a temporada de quadra de grama e Wimbledon”, disse ele. “Não há como continuar”. Ele sugeriu que os médicos haviam lhe dito que a cirurgia era sua melhor opção, não apenas para o tênis, mas para a vida depois do tênis. “Infelizmente, eles me disseram que, a médio e longo prazo, para me sentir melhor, precisarei de uma cirurgia, então decidi operar”, disse ele. Federer não explicou a natureza de sua cirurgia nem mesmo qual joelho seria operado. Seu agente, Tony Godsick, não respondeu imediatamente às mensagens pedindo esclarecimentos. Mas Nicholas DiNubile, cirurgião ortopédico na Filadélfia especializado em cirurgias no joelho, disse que o cronograma de Federer - “muitas semanas” de muletas e “muitos meses” longe das quadras - sugere que pode ser uma operação mais séria.Ken Rosewall, o australiano que é o único outro jogador da era dos Abertos a permanecer entre os top 10 depois dos 40 anos, não teve de superar grandes problemas médicos para fazê-lo. A principal preocupação de Rosewall enquanto ele ainda era competitivo na década de 1970 eram seus adversários mais jovens e mais sedentos. Federer precisa resolver uma equação mais complexa se quiser se despedir de um jeito mais apropriado do que uma derrota desequilibrada em Wimbledon. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

Nada de U.S. Open para Roger Federer este ano. E, depois de ele anunciar, no domingo, que passará por mais uma operação no joelho, está na hora de questionar se ele voltará a jogar o tour do tênis internacional. Por enquanto, Federer, um dos maiores atletas desta ou de qualquer época, não pretende se aposentar, mas, depois de completar 40 anos no último domingo e de duas operações no joelho direito em 2020, ele está bem ciente de que as probabilidades estão pesando contra ele. Sem dúvidas, ele é otimista, sempre propenso a ver o copo meio cheio. E vem lutando com sucesso contra a aposentadoria (e contra perguntas sobre aposentadoria) por mais de uma década, mas até mesmo ele pareceu e soou taciturno no domingo ao descrever sua situação num post de Instagram, mídia que não existia quando ele começou a jogar torneios de Grand Slam, no final da década de 1990.

Após ano ruim, Federer foca em retorno forte em 2022 Foto: Peter van den Berg/USA TODAY Sports

“Vou ficar de muletas por muitas semanas e também fora de jogo por muitos meses”, disse Federer. “Vai ser difícil por muitos motivos, mas, ao mesmo tempo, sei que é a coisa certa a fazer. Porque quero voltar a correr por aí e também quero me dar um vislumbre de esperança de retornar ao tour de alguma maneira. Mas sou realista, não me interpretem mal. Sei como é difícil, nesta idade agora, fazer mais uma cirurgia e tentar voltar, mas, olha, eu quero ficar bem”. Ao longo da maior parte de sua notável carreira, Federer pareceu levar uma existência mágica: livre de aborrecimentos e lesões graves num esporte darwiniano que pode esmagar o corpo e a psique dos jogadores. Onde outros viam inconveniências, ele viu oportunidades: abraçar o tour, a competição, as coletivas de imprensa e as viagens estafantes, mesmo quando ele e sua esposa, Mirka, estavam na estrada com os quatro filhos pequenos. “Tudo o que posso dizer depois de quatro anos viajando com ele é que ele era um dos melhores em não reclamar, em não deixar as pessoas saberem o que estava acontecendo quando ele estava com algum problema físico, em não usar qualquer coisa como desculpa”, disse Paul Annacone, seu ex-técnico, numa entrevista por telefone no domingo. Mas a sorte não tem andado ao seu lado ultimamente. Em 2019, ele tinha chegado a dois match points na final de Wimbledon contra Novak Djokovic, mas não conseguiu confirmar seu serviço e acabou perdendo em cinco sets. Em 2020, Federer precisou de duas operações no joelho direito. Perdeu mais de um ano de competição e, embora o primeiro estágio dessa pausa forçada tenha coincidido com o hiato pandêmico, ele sofreu para voltar ao seu nível habitual após o retorno, competindo esporadicamente.

Federer comemorando seu 13º título de Grand Slam. Suíço passou pela quarta cirurgia desde 2016 e oretorno às quadras é incerto. Foto: Uli Seit/The New York Times

Ele jogou cinco torneios em 2021 e conseguiu chegar às quartas de final apenas em Wimbledon, onde foi derrotado por 6-3, 7-6 (4), 6-0 no mês passado por Hubert Hurkacz, um talentoso jogador polonês que ainda não chegou a uma final de simples de Grand Slam. Se esta foi mesmo a última partida de Federer no All England Club, ou sua última partida no tour, esteve longe de lhe fazer justiça. Mas o fato de não ter vencido um único game no terceiro set na quadra onde bateu o recorde masculino de oito títulos de simples também era um sinal de que algo estava errado. Ele o confirmou naquele domingo, deixando claro que sua temporada de 2021 havia acabado. “Eu me machuquei ainda mais durante a temporada de quadra de grama e Wimbledon”, disse ele. “Não há como continuar”. Ele sugeriu que os médicos haviam lhe dito que a cirurgia era sua melhor opção, não apenas para o tênis, mas para a vida depois do tênis. “Infelizmente, eles me disseram que, a médio e longo prazo, para me sentir melhor, precisarei de uma cirurgia, então decidi operar”, disse ele. Federer não explicou a natureza de sua cirurgia nem mesmo qual joelho seria operado. Seu agente, Tony Godsick, não respondeu imediatamente às mensagens pedindo esclarecimentos. Mas Nicholas DiNubile, cirurgião ortopédico na Filadélfia especializado em cirurgias no joelho, disse que o cronograma de Federer - “muitas semanas” de muletas e “muitos meses” longe das quadras - sugere que pode ser uma operação mais séria.Ken Rosewall, o australiano que é o único outro jogador da era dos Abertos a permanecer entre os top 10 depois dos 40 anos, não teve de superar grandes problemas médicos para fazê-lo. A principal preocupação de Rosewall enquanto ele ainda era competitivo na década de 1970 eram seus adversários mais jovens e mais sedentos. Federer precisa resolver uma equação mais complexa se quiser se despedir de um jeito mais apropriado do que uma derrota desequilibrada em Wimbledon. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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