Zhang Gaoli tem aparência austera e tímida e era líder discreto do regime chinês


Conheça um pouco da história do ex-primeiro-ministro da China, de 75 anos, acusado pela tenista de seu país, Peng Shuai, de ter forçado relações sexuais com ela com a conivência de sua mulher

Por Patrick BAERT/AFP

De aparência austera e tímida, Zhang Gaoli era um dos líderes mais discretos do regime comunista chinês. Mas, aos 75 anos, o ex-vice-primeiro-ministro se vê no centro de um escândalo sexual com repercussão mundial. Vice-primeiro-ministro entre 2013 e 2018, Zhang foi acusado no início de novembro pela campeã de tênis Peng Shuai de tê-la forçado a uma relação sexual três anos atrás. Uma denúncia rapidamente censurada pelas redes sociais chinesas.

O mundo do tênis se preocupa com o destino da tenista, que ficou sumida por três semanas, mas Zhang Gaoli não deu sinais de vida nem mesmo para negar as acusações.

Zhang Gaoli foi vice-primeiro-ministro da China e é acusado de ter forçado relações sexuais com a tenista Peng Shuai Foto: JEWEL SAMAD/ AFP
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Nesta terça-feira, as autoridades chinesas afirmaram que o caso está sendo exagerado de maneira "maliciosa". "Eu penso que algumas pessoas foram conduzidas para exagerar de maneira deliberada e maliciosa, mas deveriam parar de politizar o tema", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian.

Nascido em novembro de 1946 em Jinjiang, na província de Fujian, Zhang Gaoli foi durante cinco anos membro da elite do regime chinês: o comitê permanente do Bureau Político do Partido Comunista, que tem sete membros, entre eles o presidente Xi Jinping. Último na hierarquia deste órgão, onde era responsável pela supervisão das grandes infraestruturas, ele era considerado o sétimo na linha de comando do país.

Por cinco anos "Zhang Gaoli manteve um perfil baixo", segundo o cientista político Willy Lam, da Universidade Chinesa de Hong Kong. "Ele não se distinguiu de alguma forma e seu nome não foi associado a nenhuma conquista em particular".

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Antes de deixar o poder em 2018, liderou um grupo de trabalho na preparação da Olimpíada de Inverno de Pequim, que terá início em fevereiro. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI)Thomas Bach, conversou por videoconferência no domingo com a tenista Peng Shuai, que lhe disse que tudo estava bem.

Zhang Gaoli é considerado próximo ao primeiro-ministro Li Keqiang e, acima de tudo, ao ex-presidente Jiang Zemin (1993-2003), que, apesar de seus 95 anos, mantém influência nas esferas do poder como líder da conhecida facção do Grupo de Xangai. "Ele foi capaz de subir na hierarquia graças ao apoio de líderes poderosos", disse Lam à AFP.

A explosão do escândalo poucos dias antes da abertura de uma grande reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês levou a supor que Zhang foi vítima de uma disputa entre Xi e seu antecessor Jiang Zemin. Na reunião, Xi Jinping aprovou uma resolução sobre os 100 anos de história do partido elogiando sua gestão e minimizando as contribuições de Jiang Zemin.

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É "possível" que Xi Jinping "tenha procurado lançar um aviso ao Grupo de Xangai", atacando um de seus membros pouco antes da reunião, segundo Willy Lam.

Embora suas conquistas sejam discretas, Zhang Gaoli não esteve até agora em assuntos financeiros como muitas outras autoridades chinesas ligadas a grandes empresas. Formado em economia, Zhang passou grande parte de sua carreira em uma empresa pública do setor de petróleo na província rica de Cantão (sul). Ali, ele começou sua ascensão política, primeiro como vice-governador da província (1988) e depois como número um do partido emergente da cidade de Shenzhen, às portas de Hong Kong. Depois ainda, assumiu a província de Shandong (leste) e mais tarde Tianjin (norte).

Na mensagem atribuída a ela, Peng Shuai afirma que teve um primeiro relacionamento íntimo com Zhang Gaoli, 40 anos mais velho, em Tianjin por volta de 2011. Quando encontrou o poder sete anos depois, ele a teria forçado a dormir com ele em sua casa após uma partida de tênis. A jogadora garantia que a esposa de Zhang estava consciente.

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Em sua mensagem, Peng Shuai evocou sentimentos por Zhang Gaoli e o censurou por tê-la arrastado para uma relação amorosa clandestina e tóxica, impondo uma convivência incômoda com sua mulher. "Sempre teve medo de que eu escondesse um gravador", escreveu. "Vai negar ou vai me atacar". De acordo com essa mensagem, o político aposentado e a jogadora permaneceram amantes até alguns dias antes de estourar o escândalo.

De aparência austera e tímida, Zhang Gaoli era um dos líderes mais discretos do regime comunista chinês. Mas, aos 75 anos, o ex-vice-primeiro-ministro se vê no centro de um escândalo sexual com repercussão mundial. Vice-primeiro-ministro entre 2013 e 2018, Zhang foi acusado no início de novembro pela campeã de tênis Peng Shuai de tê-la forçado a uma relação sexual três anos atrás. Uma denúncia rapidamente censurada pelas redes sociais chinesas.

O mundo do tênis se preocupa com o destino da tenista, que ficou sumida por três semanas, mas Zhang Gaoli não deu sinais de vida nem mesmo para negar as acusações.

Zhang Gaoli foi vice-primeiro-ministro da China e é acusado de ter forçado relações sexuais com a tenista Peng Shuai Foto: JEWEL SAMAD/ AFP

Nesta terça-feira, as autoridades chinesas afirmaram que o caso está sendo exagerado de maneira "maliciosa". "Eu penso que algumas pessoas foram conduzidas para exagerar de maneira deliberada e maliciosa, mas deveriam parar de politizar o tema", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian.

Nascido em novembro de 1946 em Jinjiang, na província de Fujian, Zhang Gaoli foi durante cinco anos membro da elite do regime chinês: o comitê permanente do Bureau Político do Partido Comunista, que tem sete membros, entre eles o presidente Xi Jinping. Último na hierarquia deste órgão, onde era responsável pela supervisão das grandes infraestruturas, ele era considerado o sétimo na linha de comando do país.

Por cinco anos "Zhang Gaoli manteve um perfil baixo", segundo o cientista político Willy Lam, da Universidade Chinesa de Hong Kong. "Ele não se distinguiu de alguma forma e seu nome não foi associado a nenhuma conquista em particular".

Antes de deixar o poder em 2018, liderou um grupo de trabalho na preparação da Olimpíada de Inverno de Pequim, que terá início em fevereiro. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI)Thomas Bach, conversou por videoconferência no domingo com a tenista Peng Shuai, que lhe disse que tudo estava bem.

Zhang Gaoli é considerado próximo ao primeiro-ministro Li Keqiang e, acima de tudo, ao ex-presidente Jiang Zemin (1993-2003), que, apesar de seus 95 anos, mantém influência nas esferas do poder como líder da conhecida facção do Grupo de Xangai. "Ele foi capaz de subir na hierarquia graças ao apoio de líderes poderosos", disse Lam à AFP.

A explosão do escândalo poucos dias antes da abertura de uma grande reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês levou a supor que Zhang foi vítima de uma disputa entre Xi e seu antecessor Jiang Zemin. Na reunião, Xi Jinping aprovou uma resolução sobre os 100 anos de história do partido elogiando sua gestão e minimizando as contribuições de Jiang Zemin.

É "possível" que Xi Jinping "tenha procurado lançar um aviso ao Grupo de Xangai", atacando um de seus membros pouco antes da reunião, segundo Willy Lam.

Embora suas conquistas sejam discretas, Zhang Gaoli não esteve até agora em assuntos financeiros como muitas outras autoridades chinesas ligadas a grandes empresas. Formado em economia, Zhang passou grande parte de sua carreira em uma empresa pública do setor de petróleo na província rica de Cantão (sul). Ali, ele começou sua ascensão política, primeiro como vice-governador da província (1988) e depois como número um do partido emergente da cidade de Shenzhen, às portas de Hong Kong. Depois ainda, assumiu a província de Shandong (leste) e mais tarde Tianjin (norte).

Na mensagem atribuída a ela, Peng Shuai afirma que teve um primeiro relacionamento íntimo com Zhang Gaoli, 40 anos mais velho, em Tianjin por volta de 2011. Quando encontrou o poder sete anos depois, ele a teria forçado a dormir com ele em sua casa após uma partida de tênis. A jogadora garantia que a esposa de Zhang estava consciente.

Em sua mensagem, Peng Shuai evocou sentimentos por Zhang Gaoli e o censurou por tê-la arrastado para uma relação amorosa clandestina e tóxica, impondo uma convivência incômoda com sua mulher. "Sempre teve medo de que eu escondesse um gravador", escreveu. "Vai negar ou vai me atacar". De acordo com essa mensagem, o político aposentado e a jogadora permaneceram amantes até alguns dias antes de estourar o escândalo.

De aparência austera e tímida, Zhang Gaoli era um dos líderes mais discretos do regime comunista chinês. Mas, aos 75 anos, o ex-vice-primeiro-ministro se vê no centro de um escândalo sexual com repercussão mundial. Vice-primeiro-ministro entre 2013 e 2018, Zhang foi acusado no início de novembro pela campeã de tênis Peng Shuai de tê-la forçado a uma relação sexual três anos atrás. Uma denúncia rapidamente censurada pelas redes sociais chinesas.

O mundo do tênis se preocupa com o destino da tenista, que ficou sumida por três semanas, mas Zhang Gaoli não deu sinais de vida nem mesmo para negar as acusações.

Zhang Gaoli foi vice-primeiro-ministro da China e é acusado de ter forçado relações sexuais com a tenista Peng Shuai Foto: JEWEL SAMAD/ AFP

Nesta terça-feira, as autoridades chinesas afirmaram que o caso está sendo exagerado de maneira "maliciosa". "Eu penso que algumas pessoas foram conduzidas para exagerar de maneira deliberada e maliciosa, mas deveriam parar de politizar o tema", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian.

Nascido em novembro de 1946 em Jinjiang, na província de Fujian, Zhang Gaoli foi durante cinco anos membro da elite do regime chinês: o comitê permanente do Bureau Político do Partido Comunista, que tem sete membros, entre eles o presidente Xi Jinping. Último na hierarquia deste órgão, onde era responsável pela supervisão das grandes infraestruturas, ele era considerado o sétimo na linha de comando do país.

Por cinco anos "Zhang Gaoli manteve um perfil baixo", segundo o cientista político Willy Lam, da Universidade Chinesa de Hong Kong. "Ele não se distinguiu de alguma forma e seu nome não foi associado a nenhuma conquista em particular".

Antes de deixar o poder em 2018, liderou um grupo de trabalho na preparação da Olimpíada de Inverno de Pequim, que terá início em fevereiro. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI)Thomas Bach, conversou por videoconferência no domingo com a tenista Peng Shuai, que lhe disse que tudo estava bem.

Zhang Gaoli é considerado próximo ao primeiro-ministro Li Keqiang e, acima de tudo, ao ex-presidente Jiang Zemin (1993-2003), que, apesar de seus 95 anos, mantém influência nas esferas do poder como líder da conhecida facção do Grupo de Xangai. "Ele foi capaz de subir na hierarquia graças ao apoio de líderes poderosos", disse Lam à AFP.

A explosão do escândalo poucos dias antes da abertura de uma grande reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês levou a supor que Zhang foi vítima de uma disputa entre Xi e seu antecessor Jiang Zemin. Na reunião, Xi Jinping aprovou uma resolução sobre os 100 anos de história do partido elogiando sua gestão e minimizando as contribuições de Jiang Zemin.

É "possível" que Xi Jinping "tenha procurado lançar um aviso ao Grupo de Xangai", atacando um de seus membros pouco antes da reunião, segundo Willy Lam.

Embora suas conquistas sejam discretas, Zhang Gaoli não esteve até agora em assuntos financeiros como muitas outras autoridades chinesas ligadas a grandes empresas. Formado em economia, Zhang passou grande parte de sua carreira em uma empresa pública do setor de petróleo na província rica de Cantão (sul). Ali, ele começou sua ascensão política, primeiro como vice-governador da província (1988) e depois como número um do partido emergente da cidade de Shenzhen, às portas de Hong Kong. Depois ainda, assumiu a província de Shandong (leste) e mais tarde Tianjin (norte).

Na mensagem atribuída a ela, Peng Shuai afirma que teve um primeiro relacionamento íntimo com Zhang Gaoli, 40 anos mais velho, em Tianjin por volta de 2011. Quando encontrou o poder sete anos depois, ele a teria forçado a dormir com ele em sua casa após uma partida de tênis. A jogadora garantia que a esposa de Zhang estava consciente.

Em sua mensagem, Peng Shuai evocou sentimentos por Zhang Gaoli e o censurou por tê-la arrastado para uma relação amorosa clandestina e tóxica, impondo uma convivência incômoda com sua mulher. "Sempre teve medo de que eu escondesse um gravador", escreveu. "Vai negar ou vai me atacar". De acordo com essa mensagem, o político aposentado e a jogadora permaneceram amantes até alguns dias antes de estourar o escândalo.

De aparência austera e tímida, Zhang Gaoli era um dos líderes mais discretos do regime comunista chinês. Mas, aos 75 anos, o ex-vice-primeiro-ministro se vê no centro de um escândalo sexual com repercussão mundial. Vice-primeiro-ministro entre 2013 e 2018, Zhang foi acusado no início de novembro pela campeã de tênis Peng Shuai de tê-la forçado a uma relação sexual três anos atrás. Uma denúncia rapidamente censurada pelas redes sociais chinesas.

O mundo do tênis se preocupa com o destino da tenista, que ficou sumida por três semanas, mas Zhang Gaoli não deu sinais de vida nem mesmo para negar as acusações.

Zhang Gaoli foi vice-primeiro-ministro da China e é acusado de ter forçado relações sexuais com a tenista Peng Shuai Foto: JEWEL SAMAD/ AFP

Nesta terça-feira, as autoridades chinesas afirmaram que o caso está sendo exagerado de maneira "maliciosa". "Eu penso que algumas pessoas foram conduzidas para exagerar de maneira deliberada e maliciosa, mas deveriam parar de politizar o tema", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian.

Nascido em novembro de 1946 em Jinjiang, na província de Fujian, Zhang Gaoli foi durante cinco anos membro da elite do regime chinês: o comitê permanente do Bureau Político do Partido Comunista, que tem sete membros, entre eles o presidente Xi Jinping. Último na hierarquia deste órgão, onde era responsável pela supervisão das grandes infraestruturas, ele era considerado o sétimo na linha de comando do país.

Por cinco anos "Zhang Gaoli manteve um perfil baixo", segundo o cientista político Willy Lam, da Universidade Chinesa de Hong Kong. "Ele não se distinguiu de alguma forma e seu nome não foi associado a nenhuma conquista em particular".

Antes de deixar o poder em 2018, liderou um grupo de trabalho na preparação da Olimpíada de Inverno de Pequim, que terá início em fevereiro. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI)Thomas Bach, conversou por videoconferência no domingo com a tenista Peng Shuai, que lhe disse que tudo estava bem.

Zhang Gaoli é considerado próximo ao primeiro-ministro Li Keqiang e, acima de tudo, ao ex-presidente Jiang Zemin (1993-2003), que, apesar de seus 95 anos, mantém influência nas esferas do poder como líder da conhecida facção do Grupo de Xangai. "Ele foi capaz de subir na hierarquia graças ao apoio de líderes poderosos", disse Lam à AFP.

A explosão do escândalo poucos dias antes da abertura de uma grande reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês levou a supor que Zhang foi vítima de uma disputa entre Xi e seu antecessor Jiang Zemin. Na reunião, Xi Jinping aprovou uma resolução sobre os 100 anos de história do partido elogiando sua gestão e minimizando as contribuições de Jiang Zemin.

É "possível" que Xi Jinping "tenha procurado lançar um aviso ao Grupo de Xangai", atacando um de seus membros pouco antes da reunião, segundo Willy Lam.

Embora suas conquistas sejam discretas, Zhang Gaoli não esteve até agora em assuntos financeiros como muitas outras autoridades chinesas ligadas a grandes empresas. Formado em economia, Zhang passou grande parte de sua carreira em uma empresa pública do setor de petróleo na província rica de Cantão (sul). Ali, ele começou sua ascensão política, primeiro como vice-governador da província (1988) e depois como número um do partido emergente da cidade de Shenzhen, às portas de Hong Kong. Depois ainda, assumiu a província de Shandong (leste) e mais tarde Tianjin (norte).

Na mensagem atribuída a ela, Peng Shuai afirma que teve um primeiro relacionamento íntimo com Zhang Gaoli, 40 anos mais velho, em Tianjin por volta de 2011. Quando encontrou o poder sete anos depois, ele a teria forçado a dormir com ele em sua casa após uma partida de tênis. A jogadora garantia que a esposa de Zhang estava consciente.

Em sua mensagem, Peng Shuai evocou sentimentos por Zhang Gaoli e o censurou por tê-la arrastado para uma relação amorosa clandestina e tóxica, impondo uma convivência incômoda com sua mulher. "Sempre teve medo de que eu escondesse um gravador", escreveu. "Vai negar ou vai me atacar". De acordo com essa mensagem, o político aposentado e a jogadora permaneceram amantes até alguns dias antes de estourar o escândalo.

De aparência austera e tímida, Zhang Gaoli era um dos líderes mais discretos do regime comunista chinês. Mas, aos 75 anos, o ex-vice-primeiro-ministro se vê no centro de um escândalo sexual com repercussão mundial. Vice-primeiro-ministro entre 2013 e 2018, Zhang foi acusado no início de novembro pela campeã de tênis Peng Shuai de tê-la forçado a uma relação sexual três anos atrás. Uma denúncia rapidamente censurada pelas redes sociais chinesas.

O mundo do tênis se preocupa com o destino da tenista, que ficou sumida por três semanas, mas Zhang Gaoli não deu sinais de vida nem mesmo para negar as acusações.

Zhang Gaoli foi vice-primeiro-ministro da China e é acusado de ter forçado relações sexuais com a tenista Peng Shuai Foto: JEWEL SAMAD/ AFP

Nesta terça-feira, as autoridades chinesas afirmaram que o caso está sendo exagerado de maneira "maliciosa". "Eu penso que algumas pessoas foram conduzidas para exagerar de maneira deliberada e maliciosa, mas deveriam parar de politizar o tema", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian.

Nascido em novembro de 1946 em Jinjiang, na província de Fujian, Zhang Gaoli foi durante cinco anos membro da elite do regime chinês: o comitê permanente do Bureau Político do Partido Comunista, que tem sete membros, entre eles o presidente Xi Jinping. Último na hierarquia deste órgão, onde era responsável pela supervisão das grandes infraestruturas, ele era considerado o sétimo na linha de comando do país.

Por cinco anos "Zhang Gaoli manteve um perfil baixo", segundo o cientista político Willy Lam, da Universidade Chinesa de Hong Kong. "Ele não se distinguiu de alguma forma e seu nome não foi associado a nenhuma conquista em particular".

Antes de deixar o poder em 2018, liderou um grupo de trabalho na preparação da Olimpíada de Inverno de Pequim, que terá início em fevereiro. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI)Thomas Bach, conversou por videoconferência no domingo com a tenista Peng Shuai, que lhe disse que tudo estava bem.

Zhang Gaoli é considerado próximo ao primeiro-ministro Li Keqiang e, acima de tudo, ao ex-presidente Jiang Zemin (1993-2003), que, apesar de seus 95 anos, mantém influência nas esferas do poder como líder da conhecida facção do Grupo de Xangai. "Ele foi capaz de subir na hierarquia graças ao apoio de líderes poderosos", disse Lam à AFP.

A explosão do escândalo poucos dias antes da abertura de uma grande reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês levou a supor que Zhang foi vítima de uma disputa entre Xi e seu antecessor Jiang Zemin. Na reunião, Xi Jinping aprovou uma resolução sobre os 100 anos de história do partido elogiando sua gestão e minimizando as contribuições de Jiang Zemin.

É "possível" que Xi Jinping "tenha procurado lançar um aviso ao Grupo de Xangai", atacando um de seus membros pouco antes da reunião, segundo Willy Lam.

Embora suas conquistas sejam discretas, Zhang Gaoli não esteve até agora em assuntos financeiros como muitas outras autoridades chinesas ligadas a grandes empresas. Formado em economia, Zhang passou grande parte de sua carreira em uma empresa pública do setor de petróleo na província rica de Cantão (sul). Ali, ele começou sua ascensão política, primeiro como vice-governador da província (1988) e depois como número um do partido emergente da cidade de Shenzhen, às portas de Hong Kong. Depois ainda, assumiu a província de Shandong (leste) e mais tarde Tianjin (norte).

Na mensagem atribuída a ela, Peng Shuai afirma que teve um primeiro relacionamento íntimo com Zhang Gaoli, 40 anos mais velho, em Tianjin por volta de 2011. Quando encontrou o poder sete anos depois, ele a teria forçado a dormir com ele em sua casa após uma partida de tênis. A jogadora garantia que a esposa de Zhang estava consciente.

Em sua mensagem, Peng Shuai evocou sentimentos por Zhang Gaoli e o censurou por tê-la arrastado para uma relação amorosa clandestina e tóxica, impondo uma convivência incômoda com sua mulher. "Sempre teve medo de que eu escondesse um gravador", escreveu. "Vai negar ou vai me atacar". De acordo com essa mensagem, o político aposentado e a jogadora permaneceram amantes até alguns dias antes de estourar o escândalo.

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