PRA CIMA, BRASIL!


Por brunoromano

Autógrafos de jogadores, casa cheia e mídia presente. Esse parece ser o novo cenário do rugby brasileiro em jogos da seleção nacional, que conquistou uma vitória importante sobre o Paraguai no último fim de semana. O triunfo por 35 a 22 garantiu o Brasil no Sul-Americano "A" do ano que vem, onde terá de bater Chile e Uruguai para continuar sonhando com uma vaga na Copa do Mundo de Rugby de 2015, na Inglaterra.

Mais do que o resultado, o rugby nacional deu um passo importante para a consolidação do esporte por aqui. O que se viu no estádio do clube Nacional, na Barra Funda (SP), acostumado a receber partidas de futebol, foi um amadurecimento do rugby brasileiro. Não só dentro de campo, com atletas jovens chamando a atenção e jogadores experientes dando conta do recado. Mas também fora dele, com apoio da torcida, gente nova experimentando a modalidade e repórteres traduzindo para o público todo esse recente sucesso.

Vencer o Paraguai não era tarefa tão fácil assim. Além da rivalidade entre os dois países, o jogo tinha um peso gigante, já que o perdedor estaria fora não apenas do Sul-Americano como das eliminatórias para a Copa. Tudo foi decido em um duelo único, onde o Brasil soube aproveitar bem o mando de campo. A expectativa também era grande para ver uma nova comissão técnica em ação - ainda mais quando a escalação confirmava uma equipe bastante nova em idade.

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 Foto: Estadão

A combinação de acertos, desde os treinos até as escolhas fora de campo, não podiam ter resultado melhor. O jogo foi duro, mas em nenhum momento o Brasil perdeu o controle da situação. Não há dúvida de que toda essa expectativa também aumenta a responsabilidade dos jogadores, o que poderia ter gerado um efeito reverso bastante perigoso.

Mais do que uma aula de atitude em campo, o rugby brasileiro deu lição de maturidade fora dele. Torcedores com cerveja nas mãos não causaram nenhum problema para o espetáculo. No próprio camarote da Heineken, patrocinadora da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), onde as bebidas eram servidas livremente, alguns torcedores paraguaios gritavam fervorosos para o time. Mesmo com uma brincadeira ou outra, não houve falta de respeito ou qualquer menção a brigas e xingamentos. Todos assistiram e torceram lado a lado, com bebida na mão, e nenhum problema registrado durante mais de 80 minutos.

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Claro, crianças também ajudaram a encher o estádio, muitas delas levadas por pais interessados na modalidade. Não há dúvidas de que este dia serviu para cativar futuros atletas e rugbiers que, assim como aqueles que honraram a camisa contra o Paraguai, nunca vão se esquecer deste sábado abafado em São Paulo.

É claro que o resultado não pode ser usado como motivo para grande alarde. Subir um degrau no rugby internacional ainda é um passo bem longo para nossa realidade. Chile e Uruguai são bem mais fortes. A vitória pode até ser esquecida, para não confundir a cabeça de ninguém, mas o ímpeto em campo e o apoio recebido não podem nunca sair da memória.

 Foto: Estadão
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Ao fim do jogo, outro fato comum no rugby, mas impossível de se pensar em outros esportes. Com os portões abertos os jogadores curtiram cada minuto, cada foto e cada autógrafo para essa crescente legião de admiradores do rugby. O espanto também chegou a grande parte da imprensa que explorou o fato e conseguiu transmitir bem o que isso significa no universo do esporte, que sempre procura cuidar de seus valores.

Cada jogador em destaque ali sabe muito bem que, no fundo, a vitória foi coletiva. Ele não é nada esportivamente se não puder contar com um rugby organizado, respeitoso e com ideais e projetos que visem um futuro vencedor. Por mais importante que possa ter sido dentro de campo - e realmente foi - quem ganha é o rugby brasileiro e aquela criança que vai poder viver daqui alguns anos um dia parecido, quem sabe do outro lado, com condições de ter chegado à seleção com muito mais apoio e estrutura. E se chegar lá, que faça por merecer.

ELIMINATÓRIAS COPA DO MUNDO DE RUGBY - 2015

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BRASIL 35 X 22 PARAGUAIESTÁDIO DO NACIONAL (27/10)

 Foto: Estadão

BRASIL RUGBY XV:

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Allan Martins (Careca) - Rio Branco RCBruno Garcia - Jacareí RCCarlos Oliveira (Carlão) - São José RCDaniel Danielewicz (Nativo) - Desterro RCDaniel Gregg - Niterói RFC - CAPITÃODanilo Lima (Vermelho) - Rio Branco RCDanilo Taino (Camisa) - Ilhabela RCDiego Lopez (Diegão) - Pasteur ACErick Cogliandro (Putim) - São José RCFelipe Claro (Alemão) - SPACFernando Portugal - Bandeirantes RCJardel de Mendonça (Cocão) - SPACJardel Vettorato - Novo Hamburgo RCJoão Luiz da Ros (Ige) - Desterro RCJônatas Paulo (Chabal) - Bandeirantes RCJúlio de Mendonça (Cocasso) - SPACLucas Abud - SPACLucas Croffi - Pasteur ACLucas Duque (Tanque) - São José RCLucas Piero (Bruxinho) - Desterro RCMartin Schaefer - Rio Branco RCMatheus Daniel (Matias) - Jacareí RCMatheus Silva (Tcheus) - Ilhabela RCMoisés Duque - Blagnac SCR (FRA)Nicholas Smith (Nick) - Stockport RUFC (ING)Thiago Maihara - Pasteur AC

FOTOS: RAFAEL SILVA / DIVULGAÇÃO ZDL

Autógrafos de jogadores, casa cheia e mídia presente. Esse parece ser o novo cenário do rugby brasileiro em jogos da seleção nacional, que conquistou uma vitória importante sobre o Paraguai no último fim de semana. O triunfo por 35 a 22 garantiu o Brasil no Sul-Americano "A" do ano que vem, onde terá de bater Chile e Uruguai para continuar sonhando com uma vaga na Copa do Mundo de Rugby de 2015, na Inglaterra.

Mais do que o resultado, o rugby nacional deu um passo importante para a consolidação do esporte por aqui. O que se viu no estádio do clube Nacional, na Barra Funda (SP), acostumado a receber partidas de futebol, foi um amadurecimento do rugby brasileiro. Não só dentro de campo, com atletas jovens chamando a atenção e jogadores experientes dando conta do recado. Mas também fora dele, com apoio da torcida, gente nova experimentando a modalidade e repórteres traduzindo para o público todo esse recente sucesso.

Vencer o Paraguai não era tarefa tão fácil assim. Além da rivalidade entre os dois países, o jogo tinha um peso gigante, já que o perdedor estaria fora não apenas do Sul-Americano como das eliminatórias para a Copa. Tudo foi decido em um duelo único, onde o Brasil soube aproveitar bem o mando de campo. A expectativa também era grande para ver uma nova comissão técnica em ação - ainda mais quando a escalação confirmava uma equipe bastante nova em idade.

 Foto: Estadão

A combinação de acertos, desde os treinos até as escolhas fora de campo, não podiam ter resultado melhor. O jogo foi duro, mas em nenhum momento o Brasil perdeu o controle da situação. Não há dúvida de que toda essa expectativa também aumenta a responsabilidade dos jogadores, o que poderia ter gerado um efeito reverso bastante perigoso.

Mais do que uma aula de atitude em campo, o rugby brasileiro deu lição de maturidade fora dele. Torcedores com cerveja nas mãos não causaram nenhum problema para o espetáculo. No próprio camarote da Heineken, patrocinadora da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), onde as bebidas eram servidas livremente, alguns torcedores paraguaios gritavam fervorosos para o time. Mesmo com uma brincadeira ou outra, não houve falta de respeito ou qualquer menção a brigas e xingamentos. Todos assistiram e torceram lado a lado, com bebida na mão, e nenhum problema registrado durante mais de 80 minutos.

Claro, crianças também ajudaram a encher o estádio, muitas delas levadas por pais interessados na modalidade. Não há dúvidas de que este dia serviu para cativar futuros atletas e rugbiers que, assim como aqueles que honraram a camisa contra o Paraguai, nunca vão se esquecer deste sábado abafado em São Paulo.

É claro que o resultado não pode ser usado como motivo para grande alarde. Subir um degrau no rugby internacional ainda é um passo bem longo para nossa realidade. Chile e Uruguai são bem mais fortes. A vitória pode até ser esquecida, para não confundir a cabeça de ninguém, mas o ímpeto em campo e o apoio recebido não podem nunca sair da memória.

 Foto: Estadão

Ao fim do jogo, outro fato comum no rugby, mas impossível de se pensar em outros esportes. Com os portões abertos os jogadores curtiram cada minuto, cada foto e cada autógrafo para essa crescente legião de admiradores do rugby. O espanto também chegou a grande parte da imprensa que explorou o fato e conseguiu transmitir bem o que isso significa no universo do esporte, que sempre procura cuidar de seus valores.

Cada jogador em destaque ali sabe muito bem que, no fundo, a vitória foi coletiva. Ele não é nada esportivamente se não puder contar com um rugby organizado, respeitoso e com ideais e projetos que visem um futuro vencedor. Por mais importante que possa ter sido dentro de campo - e realmente foi - quem ganha é o rugby brasileiro e aquela criança que vai poder viver daqui alguns anos um dia parecido, quem sabe do outro lado, com condições de ter chegado à seleção com muito mais apoio e estrutura. E se chegar lá, que faça por merecer.

ELIMINATÓRIAS COPA DO MUNDO DE RUGBY - 2015

BRASIL 35 X 22 PARAGUAIESTÁDIO DO NACIONAL (27/10)

 Foto: Estadão

BRASIL RUGBY XV:

Allan Martins (Careca) - Rio Branco RCBruno Garcia - Jacareí RCCarlos Oliveira (Carlão) - São José RCDaniel Danielewicz (Nativo) - Desterro RCDaniel Gregg - Niterói RFC - CAPITÃODanilo Lima (Vermelho) - Rio Branco RCDanilo Taino (Camisa) - Ilhabela RCDiego Lopez (Diegão) - Pasteur ACErick Cogliandro (Putim) - São José RCFelipe Claro (Alemão) - SPACFernando Portugal - Bandeirantes RCJardel de Mendonça (Cocão) - SPACJardel Vettorato - Novo Hamburgo RCJoão Luiz da Ros (Ige) - Desterro RCJônatas Paulo (Chabal) - Bandeirantes RCJúlio de Mendonça (Cocasso) - SPACLucas Abud - SPACLucas Croffi - Pasteur ACLucas Duque (Tanque) - São José RCLucas Piero (Bruxinho) - Desterro RCMartin Schaefer - Rio Branco RCMatheus Daniel (Matias) - Jacareí RCMatheus Silva (Tcheus) - Ilhabela RCMoisés Duque - Blagnac SCR (FRA)Nicholas Smith (Nick) - Stockport RUFC (ING)Thiago Maihara - Pasteur AC

FOTOS: RAFAEL SILVA / DIVULGAÇÃO ZDL

Autógrafos de jogadores, casa cheia e mídia presente. Esse parece ser o novo cenário do rugby brasileiro em jogos da seleção nacional, que conquistou uma vitória importante sobre o Paraguai no último fim de semana. O triunfo por 35 a 22 garantiu o Brasil no Sul-Americano "A" do ano que vem, onde terá de bater Chile e Uruguai para continuar sonhando com uma vaga na Copa do Mundo de Rugby de 2015, na Inglaterra.

Mais do que o resultado, o rugby nacional deu um passo importante para a consolidação do esporte por aqui. O que se viu no estádio do clube Nacional, na Barra Funda (SP), acostumado a receber partidas de futebol, foi um amadurecimento do rugby brasileiro. Não só dentro de campo, com atletas jovens chamando a atenção e jogadores experientes dando conta do recado. Mas também fora dele, com apoio da torcida, gente nova experimentando a modalidade e repórteres traduzindo para o público todo esse recente sucesso.

Vencer o Paraguai não era tarefa tão fácil assim. Além da rivalidade entre os dois países, o jogo tinha um peso gigante, já que o perdedor estaria fora não apenas do Sul-Americano como das eliminatórias para a Copa. Tudo foi decido em um duelo único, onde o Brasil soube aproveitar bem o mando de campo. A expectativa também era grande para ver uma nova comissão técnica em ação - ainda mais quando a escalação confirmava uma equipe bastante nova em idade.

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A combinação de acertos, desde os treinos até as escolhas fora de campo, não podiam ter resultado melhor. O jogo foi duro, mas em nenhum momento o Brasil perdeu o controle da situação. Não há dúvida de que toda essa expectativa também aumenta a responsabilidade dos jogadores, o que poderia ter gerado um efeito reverso bastante perigoso.

Mais do que uma aula de atitude em campo, o rugby brasileiro deu lição de maturidade fora dele. Torcedores com cerveja nas mãos não causaram nenhum problema para o espetáculo. No próprio camarote da Heineken, patrocinadora da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), onde as bebidas eram servidas livremente, alguns torcedores paraguaios gritavam fervorosos para o time. Mesmo com uma brincadeira ou outra, não houve falta de respeito ou qualquer menção a brigas e xingamentos. Todos assistiram e torceram lado a lado, com bebida na mão, e nenhum problema registrado durante mais de 80 minutos.

Claro, crianças também ajudaram a encher o estádio, muitas delas levadas por pais interessados na modalidade. Não há dúvidas de que este dia serviu para cativar futuros atletas e rugbiers que, assim como aqueles que honraram a camisa contra o Paraguai, nunca vão se esquecer deste sábado abafado em São Paulo.

É claro que o resultado não pode ser usado como motivo para grande alarde. Subir um degrau no rugby internacional ainda é um passo bem longo para nossa realidade. Chile e Uruguai são bem mais fortes. A vitória pode até ser esquecida, para não confundir a cabeça de ninguém, mas o ímpeto em campo e o apoio recebido não podem nunca sair da memória.

 Foto: Estadão

Ao fim do jogo, outro fato comum no rugby, mas impossível de se pensar em outros esportes. Com os portões abertos os jogadores curtiram cada minuto, cada foto e cada autógrafo para essa crescente legião de admiradores do rugby. O espanto também chegou a grande parte da imprensa que explorou o fato e conseguiu transmitir bem o que isso significa no universo do esporte, que sempre procura cuidar de seus valores.

Cada jogador em destaque ali sabe muito bem que, no fundo, a vitória foi coletiva. Ele não é nada esportivamente se não puder contar com um rugby organizado, respeitoso e com ideais e projetos que visem um futuro vencedor. Por mais importante que possa ter sido dentro de campo - e realmente foi - quem ganha é o rugby brasileiro e aquela criança que vai poder viver daqui alguns anos um dia parecido, quem sabe do outro lado, com condições de ter chegado à seleção com muito mais apoio e estrutura. E se chegar lá, que faça por merecer.

ELIMINATÓRIAS COPA DO MUNDO DE RUGBY - 2015

BRASIL 35 X 22 PARAGUAIESTÁDIO DO NACIONAL (27/10)

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BRASIL RUGBY XV:

Allan Martins (Careca) - Rio Branco RCBruno Garcia - Jacareí RCCarlos Oliveira (Carlão) - São José RCDaniel Danielewicz (Nativo) - Desterro RCDaniel Gregg - Niterói RFC - CAPITÃODanilo Lima (Vermelho) - Rio Branco RCDanilo Taino (Camisa) - Ilhabela RCDiego Lopez (Diegão) - Pasteur ACErick Cogliandro (Putim) - São José RCFelipe Claro (Alemão) - SPACFernando Portugal - Bandeirantes RCJardel de Mendonça (Cocão) - SPACJardel Vettorato - Novo Hamburgo RCJoão Luiz da Ros (Ige) - Desterro RCJônatas Paulo (Chabal) - Bandeirantes RCJúlio de Mendonça (Cocasso) - SPACLucas Abud - SPACLucas Croffi - Pasteur ACLucas Duque (Tanque) - São José RCLucas Piero (Bruxinho) - Desterro RCMartin Schaefer - Rio Branco RCMatheus Daniel (Matias) - Jacareí RCMatheus Silva (Tcheus) - Ilhabela RCMoisés Duque - Blagnac SCR (FRA)Nicholas Smith (Nick) - Stockport RUFC (ING)Thiago Maihara - Pasteur AC

FOTOS: RAFAEL SILVA / DIVULGAÇÃO ZDL

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