Ucrânia acusa Comitê Olímpico Internacional de atuar como ‘promotor da guerra’


Reação vem à tona após entidade anunciar que estuda a integração dos atletas russos aos Jogos de Paris-2024

Por AFP

A presidência da Ucrânia elevou o tom nesta segunda-feira contra o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o acusou de ser um “promotor da guerra”, depois que a entidade anunciou que examina a possibilidade de autorizar a participação de atletas russos sob uma bandeira neutra nos Jogos de Paris-2024.

“O COI é um promotor da guerra, do assassinato e da destruição. O COI observa com prazer a Rússia destruir a Ucrânia e oferece em seguida à Rússia uma plataforma para promover o genocídio e encorajar mais assassinatos”, escreveu no Twitter o conselheiro da presidência ucraniana, Mykhaylo Podolyak.

“Obviamente, o dinheiro russo que compra a hipocrisia olímpica não tem o cheiro do sangue ucraniano. Certo, sr. Bach?”, acrescentou, em uma referência direta ao presidente do COI, Thomas Bach.

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Thomas Bach conversa com Vladimir Putin antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, em 2014 - 14/02/2014 Foto: Mikhail Klimentyev/ AP

Desde a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, a Ucrânia pede a exclusão dos cidadãos da Rússia e de Belarus, um país aliado do Kremlin, dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris.

Mas o COI afirmou na semana passada que “examina” a possibilidade de autorizar a participação dos atletas russos e de Belarus, que estão vetados da maioria das competições internacionais desde o início do conflito, sob uma bandeira neutra. A possibilidade provocou indignação na Ucrânia.

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O COI, que “recomendou” no final de fevereiro de 2022 às federações internacionais a exclusão de russos e de Belarus de suas competições após a invasão da Ucrânia pela Rússia, não definiu nada até o momento e deixa para cada federação a decisão de reintegrá-los ou não às competições.

“Nenhum atleta deveria ser proibido de competir apenas por seu passaporte”, reafirmou a entidade olímpica em um comunicado, uma declaração de princípio apoiada no fim de semana pela Associação dos Comitês Nacionais Olímpicos.

Por outro lado, a organização com sede em Lausanne rejeitou “nos termos mais enérgicos possíveis a declaração do senhor Podoliak e outros comentários difamatórios”, que “não podem servir de base para nenhum debate construtivo”, disse um porta-voz do COI à AFP.

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Entre as federações internacionais, as únicas com poderes para decidir quem participa de suas competições, a ginástica e o judô - dois importantes esportes olímpicos - elogiaram na sexta-feira o princípio da “não discriminação” dos atletas e da “independência” do esporte diante da política.

“Há muitos obstáculos que precisam ser superados antes de permitir que ginastas da Rússia e de Belarus participem nas competições internacionais. Mas o esporte consiste em tornar o impossível em algo possível”, acrescentou a Federação Internacional de Ginástica.

Mas enquanto aguarda a decisão de cada federação esportiva, o COI concentra as críticas de Kiev, que ameaçou na quinta-feira boicotar os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris. O governo britânico e o Comitê Olímpico Dinamarquês também se declararam contrários à participação russa.

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Na sexta-feira, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky criticou a “hipocrisia” do COI e convidou Bach a visitar Bakhmut, um dos pontos mais violentos da guerra com a Rússia.

No domingo, ele afirmou que enviou uma carta ao presidente francês Emmanuel Macron para pedir que os atletas russos sejam excluídos de Paris-2024.

Nesta segunda-feira, o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, destacou que 45 das 71 medalhas obtidas pela Rússia nos Jogos de Tóquio-2020 (conquistadas sob bandeira neutra, já que o país foi excluído das competições pelo escândalo de doping), foram vencidas por atletas do CSKA, o clube do exército russo, ou seja, “o exército que comete atrocidades, mata, estupra e rouba”.

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“Isto é o que o COI, ignorante, quer colocar sob a bandeira branca para permitir que participem”, atacou o ministro.

De acordo com o site do Ministério da Defesa da Rússia dedicado ao CSKA, o clube tinha quase 10.000 integrantes em 2020 e conquistou 1.399 medalhas na história olímpica.

A presidência da Ucrânia elevou o tom nesta segunda-feira contra o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o acusou de ser um “promotor da guerra”, depois que a entidade anunciou que examina a possibilidade de autorizar a participação de atletas russos sob uma bandeira neutra nos Jogos de Paris-2024.

“O COI é um promotor da guerra, do assassinato e da destruição. O COI observa com prazer a Rússia destruir a Ucrânia e oferece em seguida à Rússia uma plataforma para promover o genocídio e encorajar mais assassinatos”, escreveu no Twitter o conselheiro da presidência ucraniana, Mykhaylo Podolyak.

“Obviamente, o dinheiro russo que compra a hipocrisia olímpica não tem o cheiro do sangue ucraniano. Certo, sr. Bach?”, acrescentou, em uma referência direta ao presidente do COI, Thomas Bach.

Thomas Bach conversa com Vladimir Putin antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, em 2014 - 14/02/2014 Foto: Mikhail Klimentyev/ AP

Desde a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, a Ucrânia pede a exclusão dos cidadãos da Rússia e de Belarus, um país aliado do Kremlin, dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris.

Mas o COI afirmou na semana passada que “examina” a possibilidade de autorizar a participação dos atletas russos e de Belarus, que estão vetados da maioria das competições internacionais desde o início do conflito, sob uma bandeira neutra. A possibilidade provocou indignação na Ucrânia.

O COI, que “recomendou” no final de fevereiro de 2022 às federações internacionais a exclusão de russos e de Belarus de suas competições após a invasão da Ucrânia pela Rússia, não definiu nada até o momento e deixa para cada federação a decisão de reintegrá-los ou não às competições.

“Nenhum atleta deveria ser proibido de competir apenas por seu passaporte”, reafirmou a entidade olímpica em um comunicado, uma declaração de princípio apoiada no fim de semana pela Associação dos Comitês Nacionais Olímpicos.

Por outro lado, a organização com sede em Lausanne rejeitou “nos termos mais enérgicos possíveis a declaração do senhor Podoliak e outros comentários difamatórios”, que “não podem servir de base para nenhum debate construtivo”, disse um porta-voz do COI à AFP.

Entre as federações internacionais, as únicas com poderes para decidir quem participa de suas competições, a ginástica e o judô - dois importantes esportes olímpicos - elogiaram na sexta-feira o princípio da “não discriminação” dos atletas e da “independência” do esporte diante da política.

“Há muitos obstáculos que precisam ser superados antes de permitir que ginastas da Rússia e de Belarus participem nas competições internacionais. Mas o esporte consiste em tornar o impossível em algo possível”, acrescentou a Federação Internacional de Ginástica.

Mas enquanto aguarda a decisão de cada federação esportiva, o COI concentra as críticas de Kiev, que ameaçou na quinta-feira boicotar os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris. O governo britânico e o Comitê Olímpico Dinamarquês também se declararam contrários à participação russa.

Na sexta-feira, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky criticou a “hipocrisia” do COI e convidou Bach a visitar Bakhmut, um dos pontos mais violentos da guerra com a Rússia.

No domingo, ele afirmou que enviou uma carta ao presidente francês Emmanuel Macron para pedir que os atletas russos sejam excluídos de Paris-2024.

Nesta segunda-feira, o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, destacou que 45 das 71 medalhas obtidas pela Rússia nos Jogos de Tóquio-2020 (conquistadas sob bandeira neutra, já que o país foi excluído das competições pelo escândalo de doping), foram vencidas por atletas do CSKA, o clube do exército russo, ou seja, “o exército que comete atrocidades, mata, estupra e rouba”.

“Isto é o que o COI, ignorante, quer colocar sob a bandeira branca para permitir que participem”, atacou o ministro.

De acordo com o site do Ministério da Defesa da Rússia dedicado ao CSKA, o clube tinha quase 10.000 integrantes em 2020 e conquistou 1.399 medalhas na história olímpica.

A presidência da Ucrânia elevou o tom nesta segunda-feira contra o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o acusou de ser um “promotor da guerra”, depois que a entidade anunciou que examina a possibilidade de autorizar a participação de atletas russos sob uma bandeira neutra nos Jogos de Paris-2024.

“O COI é um promotor da guerra, do assassinato e da destruição. O COI observa com prazer a Rússia destruir a Ucrânia e oferece em seguida à Rússia uma plataforma para promover o genocídio e encorajar mais assassinatos”, escreveu no Twitter o conselheiro da presidência ucraniana, Mykhaylo Podolyak.

“Obviamente, o dinheiro russo que compra a hipocrisia olímpica não tem o cheiro do sangue ucraniano. Certo, sr. Bach?”, acrescentou, em uma referência direta ao presidente do COI, Thomas Bach.

Thomas Bach conversa com Vladimir Putin antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, em 2014 - 14/02/2014 Foto: Mikhail Klimentyev/ AP

Desde a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, a Ucrânia pede a exclusão dos cidadãos da Rússia e de Belarus, um país aliado do Kremlin, dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris.

Mas o COI afirmou na semana passada que “examina” a possibilidade de autorizar a participação dos atletas russos e de Belarus, que estão vetados da maioria das competições internacionais desde o início do conflito, sob uma bandeira neutra. A possibilidade provocou indignação na Ucrânia.

O COI, que “recomendou” no final de fevereiro de 2022 às federações internacionais a exclusão de russos e de Belarus de suas competições após a invasão da Ucrânia pela Rússia, não definiu nada até o momento e deixa para cada federação a decisão de reintegrá-los ou não às competições.

“Nenhum atleta deveria ser proibido de competir apenas por seu passaporte”, reafirmou a entidade olímpica em um comunicado, uma declaração de princípio apoiada no fim de semana pela Associação dos Comitês Nacionais Olímpicos.

Por outro lado, a organização com sede em Lausanne rejeitou “nos termos mais enérgicos possíveis a declaração do senhor Podoliak e outros comentários difamatórios”, que “não podem servir de base para nenhum debate construtivo”, disse um porta-voz do COI à AFP.

Entre as federações internacionais, as únicas com poderes para decidir quem participa de suas competições, a ginástica e o judô - dois importantes esportes olímpicos - elogiaram na sexta-feira o princípio da “não discriminação” dos atletas e da “independência” do esporte diante da política.

“Há muitos obstáculos que precisam ser superados antes de permitir que ginastas da Rússia e de Belarus participem nas competições internacionais. Mas o esporte consiste em tornar o impossível em algo possível”, acrescentou a Federação Internacional de Ginástica.

Mas enquanto aguarda a decisão de cada federação esportiva, o COI concentra as críticas de Kiev, que ameaçou na quinta-feira boicotar os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris. O governo britânico e o Comitê Olímpico Dinamarquês também se declararam contrários à participação russa.

Na sexta-feira, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky criticou a “hipocrisia” do COI e convidou Bach a visitar Bakhmut, um dos pontos mais violentos da guerra com a Rússia.

No domingo, ele afirmou que enviou uma carta ao presidente francês Emmanuel Macron para pedir que os atletas russos sejam excluídos de Paris-2024.

Nesta segunda-feira, o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, destacou que 45 das 71 medalhas obtidas pela Rússia nos Jogos de Tóquio-2020 (conquistadas sob bandeira neutra, já que o país foi excluído das competições pelo escândalo de doping), foram vencidas por atletas do CSKA, o clube do exército russo, ou seja, “o exército que comete atrocidades, mata, estupra e rouba”.

“Isto é o que o COI, ignorante, quer colocar sob a bandeira branca para permitir que participem”, atacou o ministro.

De acordo com o site do Ministério da Defesa da Rússia dedicado ao CSKA, o clube tinha quase 10.000 integrantes em 2020 e conquistou 1.399 medalhas na história olímpica.

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