Conheça Amanda Lemos, ex-taxista e vendedora que pode suceder Amanda Nunes como campeã do UFC


Lutadora enfrenta Zhang Weili neste sábado pelo cinturão dos pesos-palhas; desde a aposentadoria da ‘Leoa’, País não tem campeãs na categoria

Por Murillo César Alves

“Pode falar a eles que eu vou lutar.” Foi com essa frase que Amanda Lemos entrou para o Ultimate Fighting Championship (UFC) em 2017. Natural de Belém, no Pará, a lutadora vivia entre o mundo do MMA e o expediente de trabalho “normal” antes de entrar para a organização. Já até tinha perdido as esperanças de estrear no octógono antes de receber o convite que mudou sua vida. Seis anos depois, pode colocar seu nome na história do esporte brasileiro, sucedendo outra Amanda, a Nunes, como campeã do UFC.

Aos 36 anos, Amanda Lemos pode conquistar o cinturão dos pesos palhas neste sábado. Com apenas duas derrotas desde que estreou em 2017, ela enfrenta a chinesa Zhang Weili, ampla favorita no combate dos EUA. É a primeira disputa pelo título da brasileira, que já havia marcado uma era no Jungle Fight. Pela idade, pode ser também, caso seja derrotada, a única que terá até o fim de sua carreira.

A conversa que levou Amanda ao UFC – e que seis anos depois pode lhe tornar a mais nova campeã do UFC – aconteceu no ponto de moto-táxi com seu empresário Wallid Ismail. Enquanto tentava ganhar a vida como lutadora de MMA, ela teve diversas experiências profissionais para sobreviver em sua cidade natal. “Já fiz um pouquinho de tudo”, conta ao Estadão. “Já vendi maçã na praça, fui motorista de moto-táxi, vigilante de empresa, ajudante de cozinha, garçonete... Quando apertavam as coisas, eu tinha de trabalhar mais e deixava de treinar.”

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Amanda Lemos luta pelo cinturão do UFC neste sábado Foto: Jeff Bottari / USA TODAY Sports

Quando recebeu a oportunidade de entrar para a organização, estava há quatro meses sem treinar e pouco mais de um ano sem lutar profissionalmente no Jungle. Mesmo assim, garantiu a Ismail que, assim que desligasse o telefone, voltaria à academia e aos treinos duros. A luta de estreia, contra Leslie Smith, ocorreria 20 dias depois.

Com pouco tempo de preparação, aquela luta terminou com uma derrota esperada de Amanda Lemos. Na sequência, precisou ficar dois anos fora de ação para se recuperar de uma lesão na lombar, que ela já havia percebido nos primeiros dias após o retorno aos treinamentos. “Fiz a cirurgia e o médico disse, depois da operação, que era para eu procurar outra profissão”, relata, como um dos destaques de sua trajetória. “Minha fé em Deus me permitiu continuar.”

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Quando resume sua carreira, Amanda sempre retorna neste ponto em específico: sua fé. É a palavra que, na sua opinião, melhor define sua jornada pelo MMA. “Quero construir um legado, colocar meu nome na história do esporte.”

‘Sucessora’ de Amanda Nunes

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Ao todo, 21 lutadores brasileiros já tiveram a honra de se sagrar campeão do UFC. Desses nomes, três são lutadoras: Cris Cyborg, Jessica Andrade e Amanda Nunes, a maior da história da organização, como o próprio Dana White, presidente da modalidade, destacou em entrevista ao Estadão antes da aposentadoria da “Leoa”, como era chamada. Amanda Lemos, xará, pode suceder a lendária lutadora e colocar novamente o Brasil com uma campeã na categoria feminina.

“Não considero uma pressão. Tento nem pensar nisso”, afirma a paraense. Aos 36 anos, tem oito lutas nos últimos quatro anos. Destas, só perdeu uma, justamente para Jéssica Andrade, ex-campeã do UFC. Depois da derrota, ela retornou imediatamente ao trabalho, para entender onde errou e em quais aspectos poderia melhorar em busca de seu objetivo.

O combate com a chinesa, que acontece neste sábado, pelo UFC 292, em Boston, foi um pedido de Amanda, quinta colocada no ranking dos palhas. Ela se sentia preparada e fez questão de mostrar isso para Dana White e os executivos da organização. “Não precisei mostrar minha força em outros combates. As pessoas vão se surpreender.” Desde que passou a lutar e ter um contrato, Amanda largou as outras profissões. Seu valor fixo varia de acordo com o que faz nas lutas. Estima-se que o mínimo seja R$ 200 mil.

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Confira o card completo do UFC 292

CARD PRINCIPAL – A PARTIR DAS 23H NO UFC FIGHT PASS

  • Cinturão peso-galo: Aljamain Sterling x Sean O’Malley
  • Cinturão peso-palha: Weili Zhang x Amanda Lemos
  • Peso meio-médio: Neil Magny x Ian Machado Garry
  • Peso-galo: Da’Mon Blackshear x Mario Bautista
  • Peso-galo: Marlon Vera x Pedro Munhoz
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CARD PRELIMINAR – A PARTIR DAS 19H30 NO UFC FIGHT PASS

  • Peso-médio: Chris Weidman x Brad Tavares
  • Peso-médio: Gregory Rodrigues x Denis Tiuliulin
  • Peso-leve: Austin Hubbard x Kurt Holobaugh
  • Peso-médio: Andre Petroski x Gerald Meerschaert
  • Peso-mosca: Andrea Lee x Natalia Silva
  • Peso-mosca: Karine Silva x Maryna Moroz

“Pode falar a eles que eu vou lutar.” Foi com essa frase que Amanda Lemos entrou para o Ultimate Fighting Championship (UFC) em 2017. Natural de Belém, no Pará, a lutadora vivia entre o mundo do MMA e o expediente de trabalho “normal” antes de entrar para a organização. Já até tinha perdido as esperanças de estrear no octógono antes de receber o convite que mudou sua vida. Seis anos depois, pode colocar seu nome na história do esporte brasileiro, sucedendo outra Amanda, a Nunes, como campeã do UFC.

Aos 36 anos, Amanda Lemos pode conquistar o cinturão dos pesos palhas neste sábado. Com apenas duas derrotas desde que estreou em 2017, ela enfrenta a chinesa Zhang Weili, ampla favorita no combate dos EUA. É a primeira disputa pelo título da brasileira, que já havia marcado uma era no Jungle Fight. Pela idade, pode ser também, caso seja derrotada, a única que terá até o fim de sua carreira.

A conversa que levou Amanda ao UFC – e que seis anos depois pode lhe tornar a mais nova campeã do UFC – aconteceu no ponto de moto-táxi com seu empresário Wallid Ismail. Enquanto tentava ganhar a vida como lutadora de MMA, ela teve diversas experiências profissionais para sobreviver em sua cidade natal. “Já fiz um pouquinho de tudo”, conta ao Estadão. “Já vendi maçã na praça, fui motorista de moto-táxi, vigilante de empresa, ajudante de cozinha, garçonete... Quando apertavam as coisas, eu tinha de trabalhar mais e deixava de treinar.”

Amanda Lemos luta pelo cinturão do UFC neste sábado Foto: Jeff Bottari / USA TODAY Sports

Quando recebeu a oportunidade de entrar para a organização, estava há quatro meses sem treinar e pouco mais de um ano sem lutar profissionalmente no Jungle. Mesmo assim, garantiu a Ismail que, assim que desligasse o telefone, voltaria à academia e aos treinos duros. A luta de estreia, contra Leslie Smith, ocorreria 20 dias depois.

Com pouco tempo de preparação, aquela luta terminou com uma derrota esperada de Amanda Lemos. Na sequência, precisou ficar dois anos fora de ação para se recuperar de uma lesão na lombar, que ela já havia percebido nos primeiros dias após o retorno aos treinamentos. “Fiz a cirurgia e o médico disse, depois da operação, que era para eu procurar outra profissão”, relata, como um dos destaques de sua trajetória. “Minha fé em Deus me permitiu continuar.”

Quando resume sua carreira, Amanda sempre retorna neste ponto em específico: sua fé. É a palavra que, na sua opinião, melhor define sua jornada pelo MMA. “Quero construir um legado, colocar meu nome na história do esporte.”

‘Sucessora’ de Amanda Nunes

Ao todo, 21 lutadores brasileiros já tiveram a honra de se sagrar campeão do UFC. Desses nomes, três são lutadoras: Cris Cyborg, Jessica Andrade e Amanda Nunes, a maior da história da organização, como o próprio Dana White, presidente da modalidade, destacou em entrevista ao Estadão antes da aposentadoria da “Leoa”, como era chamada. Amanda Lemos, xará, pode suceder a lendária lutadora e colocar novamente o Brasil com uma campeã na categoria feminina.

“Não considero uma pressão. Tento nem pensar nisso”, afirma a paraense. Aos 36 anos, tem oito lutas nos últimos quatro anos. Destas, só perdeu uma, justamente para Jéssica Andrade, ex-campeã do UFC. Depois da derrota, ela retornou imediatamente ao trabalho, para entender onde errou e em quais aspectos poderia melhorar em busca de seu objetivo.

O combate com a chinesa, que acontece neste sábado, pelo UFC 292, em Boston, foi um pedido de Amanda, quinta colocada no ranking dos palhas. Ela se sentia preparada e fez questão de mostrar isso para Dana White e os executivos da organização. “Não precisei mostrar minha força em outros combates. As pessoas vão se surpreender.” Desde que passou a lutar e ter um contrato, Amanda largou as outras profissões. Seu valor fixo varia de acordo com o que faz nas lutas. Estima-se que o mínimo seja R$ 200 mil.

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CARD PRINCIPAL – A PARTIR DAS 23H NO UFC FIGHT PASS

  • Cinturão peso-galo: Aljamain Sterling x Sean O’Malley
  • Cinturão peso-palha: Weili Zhang x Amanda Lemos
  • Peso meio-médio: Neil Magny x Ian Machado Garry
  • Peso-galo: Da’Mon Blackshear x Mario Bautista
  • Peso-galo: Marlon Vera x Pedro Munhoz

CARD PRELIMINAR – A PARTIR DAS 19H30 NO UFC FIGHT PASS

  • Peso-médio: Chris Weidman x Brad Tavares
  • Peso-médio: Gregory Rodrigues x Denis Tiuliulin
  • Peso-leve: Austin Hubbard x Kurt Holobaugh
  • Peso-médio: Andre Petroski x Gerald Meerschaert
  • Peso-mosca: Andrea Lee x Natalia Silva
  • Peso-mosca: Karine Silva x Maryna Moroz

“Pode falar a eles que eu vou lutar.” Foi com essa frase que Amanda Lemos entrou para o Ultimate Fighting Championship (UFC) em 2017. Natural de Belém, no Pará, a lutadora vivia entre o mundo do MMA e o expediente de trabalho “normal” antes de entrar para a organização. Já até tinha perdido as esperanças de estrear no octógono antes de receber o convite que mudou sua vida. Seis anos depois, pode colocar seu nome na história do esporte brasileiro, sucedendo outra Amanda, a Nunes, como campeã do UFC.

Aos 36 anos, Amanda Lemos pode conquistar o cinturão dos pesos palhas neste sábado. Com apenas duas derrotas desde que estreou em 2017, ela enfrenta a chinesa Zhang Weili, ampla favorita no combate dos EUA. É a primeira disputa pelo título da brasileira, que já havia marcado uma era no Jungle Fight. Pela idade, pode ser também, caso seja derrotada, a única que terá até o fim de sua carreira.

A conversa que levou Amanda ao UFC – e que seis anos depois pode lhe tornar a mais nova campeã do UFC – aconteceu no ponto de moto-táxi com seu empresário Wallid Ismail. Enquanto tentava ganhar a vida como lutadora de MMA, ela teve diversas experiências profissionais para sobreviver em sua cidade natal. “Já fiz um pouquinho de tudo”, conta ao Estadão. “Já vendi maçã na praça, fui motorista de moto-táxi, vigilante de empresa, ajudante de cozinha, garçonete... Quando apertavam as coisas, eu tinha de trabalhar mais e deixava de treinar.”

Amanda Lemos luta pelo cinturão do UFC neste sábado Foto: Jeff Bottari / USA TODAY Sports

Quando recebeu a oportunidade de entrar para a organização, estava há quatro meses sem treinar e pouco mais de um ano sem lutar profissionalmente no Jungle. Mesmo assim, garantiu a Ismail que, assim que desligasse o telefone, voltaria à academia e aos treinos duros. A luta de estreia, contra Leslie Smith, ocorreria 20 dias depois.

Com pouco tempo de preparação, aquela luta terminou com uma derrota esperada de Amanda Lemos. Na sequência, precisou ficar dois anos fora de ação para se recuperar de uma lesão na lombar, que ela já havia percebido nos primeiros dias após o retorno aos treinamentos. “Fiz a cirurgia e o médico disse, depois da operação, que era para eu procurar outra profissão”, relata, como um dos destaques de sua trajetória. “Minha fé em Deus me permitiu continuar.”

Quando resume sua carreira, Amanda sempre retorna neste ponto em específico: sua fé. É a palavra que, na sua opinião, melhor define sua jornada pelo MMA. “Quero construir um legado, colocar meu nome na história do esporte.”

‘Sucessora’ de Amanda Nunes

Ao todo, 21 lutadores brasileiros já tiveram a honra de se sagrar campeão do UFC. Desses nomes, três são lutadoras: Cris Cyborg, Jessica Andrade e Amanda Nunes, a maior da história da organização, como o próprio Dana White, presidente da modalidade, destacou em entrevista ao Estadão antes da aposentadoria da “Leoa”, como era chamada. Amanda Lemos, xará, pode suceder a lendária lutadora e colocar novamente o Brasil com uma campeã na categoria feminina.

“Não considero uma pressão. Tento nem pensar nisso”, afirma a paraense. Aos 36 anos, tem oito lutas nos últimos quatro anos. Destas, só perdeu uma, justamente para Jéssica Andrade, ex-campeã do UFC. Depois da derrota, ela retornou imediatamente ao trabalho, para entender onde errou e em quais aspectos poderia melhorar em busca de seu objetivo.

O combate com a chinesa, que acontece neste sábado, pelo UFC 292, em Boston, foi um pedido de Amanda, quinta colocada no ranking dos palhas. Ela se sentia preparada e fez questão de mostrar isso para Dana White e os executivos da organização. “Não precisei mostrar minha força em outros combates. As pessoas vão se surpreender.” Desde que passou a lutar e ter um contrato, Amanda largou as outras profissões. Seu valor fixo varia de acordo com o que faz nas lutas. Estima-se que o mínimo seja R$ 200 mil.

Confira o card completo do UFC 292

CARD PRINCIPAL – A PARTIR DAS 23H NO UFC FIGHT PASS

  • Cinturão peso-galo: Aljamain Sterling x Sean O’Malley
  • Cinturão peso-palha: Weili Zhang x Amanda Lemos
  • Peso meio-médio: Neil Magny x Ian Machado Garry
  • Peso-galo: Da’Mon Blackshear x Mario Bautista
  • Peso-galo: Marlon Vera x Pedro Munhoz

CARD PRELIMINAR – A PARTIR DAS 19H30 NO UFC FIGHT PASS

  • Peso-médio: Chris Weidman x Brad Tavares
  • Peso-médio: Gregory Rodrigues x Denis Tiuliulin
  • Peso-leve: Austin Hubbard x Kurt Holobaugh
  • Peso-médio: Andre Petroski x Gerald Meerschaert
  • Peso-mosca: Andrea Lee x Natalia Silva
  • Peso-mosca: Karine Silva x Maryna Moroz

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