UFC 307: como David Luiz ajudou José Aldo a voltar ao MMA após anunciar aposentadoria


Ex-campeão luta neste sábado em Salt Lake City buscando se aproximar de nova chance pelo cinturão

Por Gustavo Faldon

José Aldo volta ao octógono neste sábado, no UFC 307, onde irá enfrentar o norte-americano Mario Bautista num duelo que pode aproximar o brasileiro de uma chance pelo cinturão do peso-galo. Ninguém poderia prever, há 2 anos, quando anunciou sua aposentadoria do MMA e chegou até a ser introduzido no Hall da Fama do UFC, que Aldo estaria fazendo seu segundo combate desde que falou que tinha se retirado.

Nem mesmo poderiam imaginar como David Luiz, zagueiro do Flamengo, teve uma certa influência na decisão da lenda de 38 anos do MMA.

José Aldo veste a coroa de 'Rei do Rio' no UFC 301 Foto: Reprodução/X @UFCBrasil
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Em entrevista ao Estadão, José Aldo revelou como um encontro religioso transformou o que era pra ser uma aposentadoria em apenas um hiato.

“Recebi o convite do David Luiz, zagueiro do Flamengo, meu amigo. Num jogo que eu levei a Joana pra entrar no gramado, encontrei ele e ele me fez um convite de ir lá no culto que a gente vinha combinando, eu já tinha prometido pra ele. Ele me fez o convite, eu fui e naquela palavra, naquela noite que tocou meu coração, saí dali e liguei pro Dedé (Pederneiras, técnico) e falei pro Dedé que eu ia lutar MMA de novo”.

“Na primeira vez ele não acreditou pelo fato de estar no boxe, parado muito tempo e por ele me conhecer ele sabia que eu não tinha vontade nenhuma mais de lutar, de estar competindo dentro do UFC, principalmente dentro do MMA. No dia a dia eu falando com ele, aí mandei mensagem para o Dana (White) já e a gente pode fazer a luta em maio e a segunda agora”, completou.

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“Não teve nada a ver com isso (dinheiro), eu nem pensava em voltar para o MMA. Eu já vinha fazendo um boxe e depois ia parar de vez com tudo, mas foi muito mais uma coisa religiosa. É uma história muito grande que eu tive sobre isso, eu recebi chamado e vi e falei que ia fazer esse ano de MMA. Foi por isso, não pensei financeiramente, nada. Eu falo pra todo mundo que dinheiro é sombra, eu ando pra frente e deixo ele me seguir, não procuro a sombra. E a luta foi isso”.

Dinheiro é sombra, eu ando pra frente e deixo ele me seguir

José Aldo

Aldo voltou a lutar em maio deste ano, no UFC 301, no Rio de Janeiro e impressionou com uma vitória contundente contra Jonathan Martinez. “Todo mundo imaginou que eu estava muito tempo sem lutar, eu vinha treinando boxe de alto rendimento, treinando bastante, todo mundo achava que eu estaria gordo, aposentado, lento...mas não, eu já vinha na ponta dos casos, dei uma intensificada no treino de MMA e pude mostrar pra todo mundo a velocidade, reflexo e pegou todo mundo de surpresa”.

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Revanche com McGregor?

José Aldo já se aposentou, já voltou e fará sua segunda luta desde então. Neste mesmo período, seu eterno rival Conor McGregor ensaiou o retorno várias vezes, mas não tem sequer perspectiva de voltar a pisar num octógono.

Para o brasileiro, o irlandês não deve retornar às lutas, já que hoje em dia seu foco é outro.

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“Somos dois níveis de atleta, eu sempre fui atleta, sempre foquei no objetivo e fiz aquilo. Ele vinha como atleta, do nada se transforma numa coisa a mais que um atleta. Pra conciliar é muito difícil, não tem como abraçar os dois lados. Você quer ser ator e lutador, não tem como, tem que abrir mão de um lado. Eu não vejo se ele consegue voltar, tem que ter gana de novo. E se volta ele não é mais aquele atleta que ele foi, hoje em dia não treina mais no nível que treinava e faz as coisas que fizeram ele chegar onde ele chegou”, disse Aldo.

“Eu sou atleta, sou focado nisso, em lutar, competir, vencer. Isso é meu objetivo maior, não é porque vou fazer uma participação num filme ou fora disso, não deixo isso ultrapassar meu objetivo primeiro, que é ser atleta e campeão. Hoje pra mim é difícil, ele ganhou muito peso, ele deve treinar quando dá pra treinar. Isso impossibilita ele de voltar, teve lesão, isso agrava ainda mais ele querer voltar a lutar, perder o peso de novo, acordar cedo. Ele quando está à noite em casa ele pensa ‘vou voltar’, mas no outro dia ele faz um treino forte e vê que não tem mais aquela ambição porque ele tem outras coisas que dão dinheiro pra ele também”.

Nem mesmo uma revanche com o irlandês anima o brasileiro.

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“Não tem nem condições porque, querendo ou não, eu peso no máximo 71kg, são duas coisas totalmente diferente. Hoje em dia ele estava com 90kg. Nem se eu voltar para o 66kg. Então imagine...isso aí fica pra todo mundo mesmo, sempre vão comparar eu e ele. Não vejo isso acontecendo nem nos melhores sonhos. Eu poderia deixar meu corpo no máximo, nunca nem vou chegar a 70kg direito”.

José Aldo volta ao octógono neste sábado, no UFC 307, onde irá enfrentar o norte-americano Mario Bautista num duelo que pode aproximar o brasileiro de uma chance pelo cinturão do peso-galo. Ninguém poderia prever, há 2 anos, quando anunciou sua aposentadoria do MMA e chegou até a ser introduzido no Hall da Fama do UFC, que Aldo estaria fazendo seu segundo combate desde que falou que tinha se retirado.

Nem mesmo poderiam imaginar como David Luiz, zagueiro do Flamengo, teve uma certa influência na decisão da lenda de 38 anos do MMA.

José Aldo veste a coroa de 'Rei do Rio' no UFC 301 Foto: Reprodução/X @UFCBrasil

Em entrevista ao Estadão, José Aldo revelou como um encontro religioso transformou o que era pra ser uma aposentadoria em apenas um hiato.

“Recebi o convite do David Luiz, zagueiro do Flamengo, meu amigo. Num jogo que eu levei a Joana pra entrar no gramado, encontrei ele e ele me fez um convite de ir lá no culto que a gente vinha combinando, eu já tinha prometido pra ele. Ele me fez o convite, eu fui e naquela palavra, naquela noite que tocou meu coração, saí dali e liguei pro Dedé (Pederneiras, técnico) e falei pro Dedé que eu ia lutar MMA de novo”.

“Na primeira vez ele não acreditou pelo fato de estar no boxe, parado muito tempo e por ele me conhecer ele sabia que eu não tinha vontade nenhuma mais de lutar, de estar competindo dentro do UFC, principalmente dentro do MMA. No dia a dia eu falando com ele, aí mandei mensagem para o Dana (White) já e a gente pode fazer a luta em maio e a segunda agora”, completou.

“Não teve nada a ver com isso (dinheiro), eu nem pensava em voltar para o MMA. Eu já vinha fazendo um boxe e depois ia parar de vez com tudo, mas foi muito mais uma coisa religiosa. É uma história muito grande que eu tive sobre isso, eu recebi chamado e vi e falei que ia fazer esse ano de MMA. Foi por isso, não pensei financeiramente, nada. Eu falo pra todo mundo que dinheiro é sombra, eu ando pra frente e deixo ele me seguir, não procuro a sombra. E a luta foi isso”.

Dinheiro é sombra, eu ando pra frente e deixo ele me seguir

José Aldo

Aldo voltou a lutar em maio deste ano, no UFC 301, no Rio de Janeiro e impressionou com uma vitória contundente contra Jonathan Martinez. “Todo mundo imaginou que eu estava muito tempo sem lutar, eu vinha treinando boxe de alto rendimento, treinando bastante, todo mundo achava que eu estaria gordo, aposentado, lento...mas não, eu já vinha na ponta dos casos, dei uma intensificada no treino de MMA e pude mostrar pra todo mundo a velocidade, reflexo e pegou todo mundo de surpresa”.

Revanche com McGregor?

José Aldo já se aposentou, já voltou e fará sua segunda luta desde então. Neste mesmo período, seu eterno rival Conor McGregor ensaiou o retorno várias vezes, mas não tem sequer perspectiva de voltar a pisar num octógono.

Para o brasileiro, o irlandês não deve retornar às lutas, já que hoje em dia seu foco é outro.

“Somos dois níveis de atleta, eu sempre fui atleta, sempre foquei no objetivo e fiz aquilo. Ele vinha como atleta, do nada se transforma numa coisa a mais que um atleta. Pra conciliar é muito difícil, não tem como abraçar os dois lados. Você quer ser ator e lutador, não tem como, tem que abrir mão de um lado. Eu não vejo se ele consegue voltar, tem que ter gana de novo. E se volta ele não é mais aquele atleta que ele foi, hoje em dia não treina mais no nível que treinava e faz as coisas que fizeram ele chegar onde ele chegou”, disse Aldo.

“Eu sou atleta, sou focado nisso, em lutar, competir, vencer. Isso é meu objetivo maior, não é porque vou fazer uma participação num filme ou fora disso, não deixo isso ultrapassar meu objetivo primeiro, que é ser atleta e campeão. Hoje pra mim é difícil, ele ganhou muito peso, ele deve treinar quando dá pra treinar. Isso impossibilita ele de voltar, teve lesão, isso agrava ainda mais ele querer voltar a lutar, perder o peso de novo, acordar cedo. Ele quando está à noite em casa ele pensa ‘vou voltar’, mas no outro dia ele faz um treino forte e vê que não tem mais aquela ambição porque ele tem outras coisas que dão dinheiro pra ele também”.

Nem mesmo uma revanche com o irlandês anima o brasileiro.

“Não tem nem condições porque, querendo ou não, eu peso no máximo 71kg, são duas coisas totalmente diferente. Hoje em dia ele estava com 90kg. Nem se eu voltar para o 66kg. Então imagine...isso aí fica pra todo mundo mesmo, sempre vão comparar eu e ele. Não vejo isso acontecendo nem nos melhores sonhos. Eu poderia deixar meu corpo no máximo, nunca nem vou chegar a 70kg direito”.

José Aldo volta ao octógono neste sábado, no UFC 307, onde irá enfrentar o norte-americano Mario Bautista num duelo que pode aproximar o brasileiro de uma chance pelo cinturão do peso-galo. Ninguém poderia prever, há 2 anos, quando anunciou sua aposentadoria do MMA e chegou até a ser introduzido no Hall da Fama do UFC, que Aldo estaria fazendo seu segundo combate desde que falou que tinha se retirado.

Nem mesmo poderiam imaginar como David Luiz, zagueiro do Flamengo, teve uma certa influência na decisão da lenda de 38 anos do MMA.

José Aldo veste a coroa de 'Rei do Rio' no UFC 301 Foto: Reprodução/X @UFCBrasil

Em entrevista ao Estadão, José Aldo revelou como um encontro religioso transformou o que era pra ser uma aposentadoria em apenas um hiato.

“Recebi o convite do David Luiz, zagueiro do Flamengo, meu amigo. Num jogo que eu levei a Joana pra entrar no gramado, encontrei ele e ele me fez um convite de ir lá no culto que a gente vinha combinando, eu já tinha prometido pra ele. Ele me fez o convite, eu fui e naquela palavra, naquela noite que tocou meu coração, saí dali e liguei pro Dedé (Pederneiras, técnico) e falei pro Dedé que eu ia lutar MMA de novo”.

“Na primeira vez ele não acreditou pelo fato de estar no boxe, parado muito tempo e por ele me conhecer ele sabia que eu não tinha vontade nenhuma mais de lutar, de estar competindo dentro do UFC, principalmente dentro do MMA. No dia a dia eu falando com ele, aí mandei mensagem para o Dana (White) já e a gente pode fazer a luta em maio e a segunda agora”, completou.

“Não teve nada a ver com isso (dinheiro), eu nem pensava em voltar para o MMA. Eu já vinha fazendo um boxe e depois ia parar de vez com tudo, mas foi muito mais uma coisa religiosa. É uma história muito grande que eu tive sobre isso, eu recebi chamado e vi e falei que ia fazer esse ano de MMA. Foi por isso, não pensei financeiramente, nada. Eu falo pra todo mundo que dinheiro é sombra, eu ando pra frente e deixo ele me seguir, não procuro a sombra. E a luta foi isso”.

Dinheiro é sombra, eu ando pra frente e deixo ele me seguir

José Aldo

Aldo voltou a lutar em maio deste ano, no UFC 301, no Rio de Janeiro e impressionou com uma vitória contundente contra Jonathan Martinez. “Todo mundo imaginou que eu estava muito tempo sem lutar, eu vinha treinando boxe de alto rendimento, treinando bastante, todo mundo achava que eu estaria gordo, aposentado, lento...mas não, eu já vinha na ponta dos casos, dei uma intensificada no treino de MMA e pude mostrar pra todo mundo a velocidade, reflexo e pegou todo mundo de surpresa”.

Revanche com McGregor?

José Aldo já se aposentou, já voltou e fará sua segunda luta desde então. Neste mesmo período, seu eterno rival Conor McGregor ensaiou o retorno várias vezes, mas não tem sequer perspectiva de voltar a pisar num octógono.

Para o brasileiro, o irlandês não deve retornar às lutas, já que hoje em dia seu foco é outro.

“Somos dois níveis de atleta, eu sempre fui atleta, sempre foquei no objetivo e fiz aquilo. Ele vinha como atleta, do nada se transforma numa coisa a mais que um atleta. Pra conciliar é muito difícil, não tem como abraçar os dois lados. Você quer ser ator e lutador, não tem como, tem que abrir mão de um lado. Eu não vejo se ele consegue voltar, tem que ter gana de novo. E se volta ele não é mais aquele atleta que ele foi, hoje em dia não treina mais no nível que treinava e faz as coisas que fizeram ele chegar onde ele chegou”, disse Aldo.

“Eu sou atleta, sou focado nisso, em lutar, competir, vencer. Isso é meu objetivo maior, não é porque vou fazer uma participação num filme ou fora disso, não deixo isso ultrapassar meu objetivo primeiro, que é ser atleta e campeão. Hoje pra mim é difícil, ele ganhou muito peso, ele deve treinar quando dá pra treinar. Isso impossibilita ele de voltar, teve lesão, isso agrava ainda mais ele querer voltar a lutar, perder o peso de novo, acordar cedo. Ele quando está à noite em casa ele pensa ‘vou voltar’, mas no outro dia ele faz um treino forte e vê que não tem mais aquela ambição porque ele tem outras coisas que dão dinheiro pra ele também”.

Nem mesmo uma revanche com o irlandês anima o brasileiro.

“Não tem nem condições porque, querendo ou não, eu peso no máximo 71kg, são duas coisas totalmente diferente. Hoje em dia ele estava com 90kg. Nem se eu voltar para o 66kg. Então imagine...isso aí fica pra todo mundo mesmo, sempre vão comparar eu e ele. Não vejo isso acontecendo nem nos melhores sonhos. Eu poderia deixar meu corpo no máximo, nunca nem vou chegar a 70kg direito”.

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