Menos São Paulo


Esta semana desapareceu mais um pouco do antigo caderno Edição de Esportes, criado pelo Jornal da Tarde

Por Ugo Giorgetti
Atualização:

Esta semana desapareceu mais um pouco do antigo caderno Edição de Esportes, criado pelo Jornal da Tarde, ele também desaparecido. Foi a responsável por, pela primeira vez, revelar que o esporte tinha adquirido a mesma importância que a política ou a economia no interior dos jornais influentes. Eu, que fui leitor do JT desde de seu primeiro número, não tinha visto nada parecido antes. O esporte não estava mais limitado aos jornais especializados. Chegava na grande imprensa e conquistava seu espaço nela.  Lembro, entre muitos, de alguns dos jovens jornalistas dessa Edição de Esportes, a maioria, para não dizer todos, nascidos nesta cidade, segunda ou terceira geração de imigrantes de tanta influência na vida de São Paulo. Basta uma rápida olhada pelos seus sobrenomes: Bataglia, Baklanos, Avallone, Helena, talvez todos trazendo ainda as marcas da imigração original, isto é, audácia, irreverência, destemor e talento. Combativos, difíceis, briguentos, polêmicos, era uma delícia lê-los. Dava para sentir o cheiro da cidade que pulsava nos textos. De alguma forma, vagava por esses textos o eco de uma várzea paulista ainda presente em regiões quase centrais da cidade.

Ugo Giorgetti. Foto: Paulo Liebert/Estadão

O mundo era São Paulo, não havia mundo além desse. Real Madrid, Barcelona, Milan eram apenas noções incertas de uma geografia distante. Mesmo o Rio de Janeiro, ainda em sua pujança de capital cultural do País, não conseguia ocupar as preocupações da Edição de Esportes. Ela era anterior ao Campeonato brasileiro tal qual o conhecemos hoje. Era contemporânea do Campeonato Paulista, e para este voltava seus olhos. Nunca os times paulistas foram tão escrutinados, tão examinados de perto, e isso consolidou suas mitologias. Talvez somente as Copas se ombreassem com o Campeonato Paulista em interesse.  O desafio de introduzir o futebol como fonte de interesse igual às seções tradicionais dos jornais foi vencido pelo talento. Prêmios importantes foram conquistados, capas magníficas produzidas, fotos antológicas. O esporte tinha chegado lá.  O tempo passou e esse grupo excepcional se dispersou, principalmente quando as televisões passaram a ser o veículo por excelência do esporte, e não mais a palavra escrita. A marca, porém, ficou em cada um deles. Nunca mais se viu em suas carreiras algo tão brilhante, tão novo e tão cheio de charme e estilo do que durante aquele período do Jornal da Tarde. Pelo menos para mim, que sempre fui leitor fiel e constante.  Era um pessoal que tinha se colocado como missão concorrer com quem escrevia nas outras áreas do jornal. E havia muita gente boa escrevendo no JT. O abandono, ou diminuição, da importância da palavra escrita em suas vidas me parece que foi um trauma muitas vezes evidente. Continuaram seus caminhos por aí, claro. O nome que tinham conquistado lhes garantia respeito. Mas as coisas não foram mais as mesmas. Esta semana o grupo da Edição de Esportes do velho Jornal da Tarde, já tão desfalcado, sofreu uma baixa decisiva. O nome de Roberto Avallone foi se juntar ao de Sergio Baklanos entre os mortos. Avallone talvez seja o que mais tenha escrito, embora à sua própria maneira. Escrevia falando, auxiliando suas opiniões com invisíveis, mas bem colocados, sinais da palavra escrita. Pontos de exclamação, interrogação e vírgulas ilustravam suas frases e comentários na TV. Às vezes voltava tão literalmente para seu primeiro amor que dizia, ao se deparar com algo assombroso: “Parem as máquinas!”  Ficou daquele time Alberto Helena Jr., ainda a nos oferecer seu grande talento e seu aspecto aristocrático de um professor do College de France, e Vital Batalgia. Foi embora mais um pouco do Bom Retiro, da Casa Verde, do Tatuapé, da Pompeia, de uma São Paulo na qual, independentemente das dificuldades, valia a pena viver e ser jovem.

Esta semana desapareceu mais um pouco do antigo caderno Edição de Esportes, criado pelo Jornal da Tarde, ele também desaparecido. Foi a responsável por, pela primeira vez, revelar que o esporte tinha adquirido a mesma importância que a política ou a economia no interior dos jornais influentes. Eu, que fui leitor do JT desde de seu primeiro número, não tinha visto nada parecido antes. O esporte não estava mais limitado aos jornais especializados. Chegava na grande imprensa e conquistava seu espaço nela.  Lembro, entre muitos, de alguns dos jovens jornalistas dessa Edição de Esportes, a maioria, para não dizer todos, nascidos nesta cidade, segunda ou terceira geração de imigrantes de tanta influência na vida de São Paulo. Basta uma rápida olhada pelos seus sobrenomes: Bataglia, Baklanos, Avallone, Helena, talvez todos trazendo ainda as marcas da imigração original, isto é, audácia, irreverência, destemor e talento. Combativos, difíceis, briguentos, polêmicos, era uma delícia lê-los. Dava para sentir o cheiro da cidade que pulsava nos textos. De alguma forma, vagava por esses textos o eco de uma várzea paulista ainda presente em regiões quase centrais da cidade.

Ugo Giorgetti. Foto: Paulo Liebert/Estadão

O mundo era São Paulo, não havia mundo além desse. Real Madrid, Barcelona, Milan eram apenas noções incertas de uma geografia distante. Mesmo o Rio de Janeiro, ainda em sua pujança de capital cultural do País, não conseguia ocupar as preocupações da Edição de Esportes. Ela era anterior ao Campeonato brasileiro tal qual o conhecemos hoje. Era contemporânea do Campeonato Paulista, e para este voltava seus olhos. Nunca os times paulistas foram tão escrutinados, tão examinados de perto, e isso consolidou suas mitologias. Talvez somente as Copas se ombreassem com o Campeonato Paulista em interesse.  O desafio de introduzir o futebol como fonte de interesse igual às seções tradicionais dos jornais foi vencido pelo talento. Prêmios importantes foram conquistados, capas magníficas produzidas, fotos antológicas. O esporte tinha chegado lá.  O tempo passou e esse grupo excepcional se dispersou, principalmente quando as televisões passaram a ser o veículo por excelência do esporte, e não mais a palavra escrita. A marca, porém, ficou em cada um deles. Nunca mais se viu em suas carreiras algo tão brilhante, tão novo e tão cheio de charme e estilo do que durante aquele período do Jornal da Tarde. Pelo menos para mim, que sempre fui leitor fiel e constante.  Era um pessoal que tinha se colocado como missão concorrer com quem escrevia nas outras áreas do jornal. E havia muita gente boa escrevendo no JT. O abandono, ou diminuição, da importância da palavra escrita em suas vidas me parece que foi um trauma muitas vezes evidente. Continuaram seus caminhos por aí, claro. O nome que tinham conquistado lhes garantia respeito. Mas as coisas não foram mais as mesmas. Esta semana o grupo da Edição de Esportes do velho Jornal da Tarde, já tão desfalcado, sofreu uma baixa decisiva. O nome de Roberto Avallone foi se juntar ao de Sergio Baklanos entre os mortos. Avallone talvez seja o que mais tenha escrito, embora à sua própria maneira. Escrevia falando, auxiliando suas opiniões com invisíveis, mas bem colocados, sinais da palavra escrita. Pontos de exclamação, interrogação e vírgulas ilustravam suas frases e comentários na TV. Às vezes voltava tão literalmente para seu primeiro amor que dizia, ao se deparar com algo assombroso: “Parem as máquinas!”  Ficou daquele time Alberto Helena Jr., ainda a nos oferecer seu grande talento e seu aspecto aristocrático de um professor do College de France, e Vital Batalgia. Foi embora mais um pouco do Bom Retiro, da Casa Verde, do Tatuapé, da Pompeia, de uma São Paulo na qual, independentemente das dificuldades, valia a pena viver e ser jovem.

Esta semana desapareceu mais um pouco do antigo caderno Edição de Esportes, criado pelo Jornal da Tarde, ele também desaparecido. Foi a responsável por, pela primeira vez, revelar que o esporte tinha adquirido a mesma importância que a política ou a economia no interior dos jornais influentes. Eu, que fui leitor do JT desde de seu primeiro número, não tinha visto nada parecido antes. O esporte não estava mais limitado aos jornais especializados. Chegava na grande imprensa e conquistava seu espaço nela.  Lembro, entre muitos, de alguns dos jovens jornalistas dessa Edição de Esportes, a maioria, para não dizer todos, nascidos nesta cidade, segunda ou terceira geração de imigrantes de tanta influência na vida de São Paulo. Basta uma rápida olhada pelos seus sobrenomes: Bataglia, Baklanos, Avallone, Helena, talvez todos trazendo ainda as marcas da imigração original, isto é, audácia, irreverência, destemor e talento. Combativos, difíceis, briguentos, polêmicos, era uma delícia lê-los. Dava para sentir o cheiro da cidade que pulsava nos textos. De alguma forma, vagava por esses textos o eco de uma várzea paulista ainda presente em regiões quase centrais da cidade.

Ugo Giorgetti. Foto: Paulo Liebert/Estadão

O mundo era São Paulo, não havia mundo além desse. Real Madrid, Barcelona, Milan eram apenas noções incertas de uma geografia distante. Mesmo o Rio de Janeiro, ainda em sua pujança de capital cultural do País, não conseguia ocupar as preocupações da Edição de Esportes. Ela era anterior ao Campeonato brasileiro tal qual o conhecemos hoje. Era contemporânea do Campeonato Paulista, e para este voltava seus olhos. Nunca os times paulistas foram tão escrutinados, tão examinados de perto, e isso consolidou suas mitologias. Talvez somente as Copas se ombreassem com o Campeonato Paulista em interesse.  O desafio de introduzir o futebol como fonte de interesse igual às seções tradicionais dos jornais foi vencido pelo talento. Prêmios importantes foram conquistados, capas magníficas produzidas, fotos antológicas. O esporte tinha chegado lá.  O tempo passou e esse grupo excepcional se dispersou, principalmente quando as televisões passaram a ser o veículo por excelência do esporte, e não mais a palavra escrita. A marca, porém, ficou em cada um deles. Nunca mais se viu em suas carreiras algo tão brilhante, tão novo e tão cheio de charme e estilo do que durante aquele período do Jornal da Tarde. Pelo menos para mim, que sempre fui leitor fiel e constante.  Era um pessoal que tinha se colocado como missão concorrer com quem escrevia nas outras áreas do jornal. E havia muita gente boa escrevendo no JT. O abandono, ou diminuição, da importância da palavra escrita em suas vidas me parece que foi um trauma muitas vezes evidente. Continuaram seus caminhos por aí, claro. O nome que tinham conquistado lhes garantia respeito. Mas as coisas não foram mais as mesmas. Esta semana o grupo da Edição de Esportes do velho Jornal da Tarde, já tão desfalcado, sofreu uma baixa decisiva. O nome de Roberto Avallone foi se juntar ao de Sergio Baklanos entre os mortos. Avallone talvez seja o que mais tenha escrito, embora à sua própria maneira. Escrevia falando, auxiliando suas opiniões com invisíveis, mas bem colocados, sinais da palavra escrita. Pontos de exclamação, interrogação e vírgulas ilustravam suas frases e comentários na TV. Às vezes voltava tão literalmente para seu primeiro amor que dizia, ao se deparar com algo assombroso: “Parem as máquinas!”  Ficou daquele time Alberto Helena Jr., ainda a nos oferecer seu grande talento e seu aspecto aristocrático de um professor do College de France, e Vital Batalgia. Foi embora mais um pouco do Bom Retiro, da Casa Verde, do Tatuapé, da Pompeia, de uma São Paulo na qual, independentemente das dificuldades, valia a pena viver e ser jovem.

Esta semana desapareceu mais um pouco do antigo caderno Edição de Esportes, criado pelo Jornal da Tarde, ele também desaparecido. Foi a responsável por, pela primeira vez, revelar que o esporte tinha adquirido a mesma importância que a política ou a economia no interior dos jornais influentes. Eu, que fui leitor do JT desde de seu primeiro número, não tinha visto nada parecido antes. O esporte não estava mais limitado aos jornais especializados. Chegava na grande imprensa e conquistava seu espaço nela.  Lembro, entre muitos, de alguns dos jovens jornalistas dessa Edição de Esportes, a maioria, para não dizer todos, nascidos nesta cidade, segunda ou terceira geração de imigrantes de tanta influência na vida de São Paulo. Basta uma rápida olhada pelos seus sobrenomes: Bataglia, Baklanos, Avallone, Helena, talvez todos trazendo ainda as marcas da imigração original, isto é, audácia, irreverência, destemor e talento. Combativos, difíceis, briguentos, polêmicos, era uma delícia lê-los. Dava para sentir o cheiro da cidade que pulsava nos textos. De alguma forma, vagava por esses textos o eco de uma várzea paulista ainda presente em regiões quase centrais da cidade.

Ugo Giorgetti. Foto: Paulo Liebert/Estadão

O mundo era São Paulo, não havia mundo além desse. Real Madrid, Barcelona, Milan eram apenas noções incertas de uma geografia distante. Mesmo o Rio de Janeiro, ainda em sua pujança de capital cultural do País, não conseguia ocupar as preocupações da Edição de Esportes. Ela era anterior ao Campeonato brasileiro tal qual o conhecemos hoje. Era contemporânea do Campeonato Paulista, e para este voltava seus olhos. Nunca os times paulistas foram tão escrutinados, tão examinados de perto, e isso consolidou suas mitologias. Talvez somente as Copas se ombreassem com o Campeonato Paulista em interesse.  O desafio de introduzir o futebol como fonte de interesse igual às seções tradicionais dos jornais foi vencido pelo talento. Prêmios importantes foram conquistados, capas magníficas produzidas, fotos antológicas. O esporte tinha chegado lá.  O tempo passou e esse grupo excepcional se dispersou, principalmente quando as televisões passaram a ser o veículo por excelência do esporte, e não mais a palavra escrita. A marca, porém, ficou em cada um deles. Nunca mais se viu em suas carreiras algo tão brilhante, tão novo e tão cheio de charme e estilo do que durante aquele período do Jornal da Tarde. Pelo menos para mim, que sempre fui leitor fiel e constante.  Era um pessoal que tinha se colocado como missão concorrer com quem escrevia nas outras áreas do jornal. E havia muita gente boa escrevendo no JT. O abandono, ou diminuição, da importância da palavra escrita em suas vidas me parece que foi um trauma muitas vezes evidente. Continuaram seus caminhos por aí, claro. O nome que tinham conquistado lhes garantia respeito. Mas as coisas não foram mais as mesmas. Esta semana o grupo da Edição de Esportes do velho Jornal da Tarde, já tão desfalcado, sofreu uma baixa decisiva. O nome de Roberto Avallone foi se juntar ao de Sergio Baklanos entre os mortos. Avallone talvez seja o que mais tenha escrito, embora à sua própria maneira. Escrevia falando, auxiliando suas opiniões com invisíveis, mas bem colocados, sinais da palavra escrita. Pontos de exclamação, interrogação e vírgulas ilustravam suas frases e comentários na TV. Às vezes voltava tão literalmente para seu primeiro amor que dizia, ao se deparar com algo assombroso: “Parem as máquinas!”  Ficou daquele time Alberto Helena Jr., ainda a nos oferecer seu grande talento e seu aspecto aristocrático de um professor do College de France, e Vital Batalgia. Foi embora mais um pouco do Bom Retiro, da Casa Verde, do Tatuapé, da Pompeia, de uma São Paulo na qual, independentemente das dificuldades, valia a pena viver e ser jovem.

Esta semana desapareceu mais um pouco do antigo caderno Edição de Esportes, criado pelo Jornal da Tarde, ele também desaparecido. Foi a responsável por, pela primeira vez, revelar que o esporte tinha adquirido a mesma importância que a política ou a economia no interior dos jornais influentes. Eu, que fui leitor do JT desde de seu primeiro número, não tinha visto nada parecido antes. O esporte não estava mais limitado aos jornais especializados. Chegava na grande imprensa e conquistava seu espaço nela.  Lembro, entre muitos, de alguns dos jovens jornalistas dessa Edição de Esportes, a maioria, para não dizer todos, nascidos nesta cidade, segunda ou terceira geração de imigrantes de tanta influência na vida de São Paulo. Basta uma rápida olhada pelos seus sobrenomes: Bataglia, Baklanos, Avallone, Helena, talvez todos trazendo ainda as marcas da imigração original, isto é, audácia, irreverência, destemor e talento. Combativos, difíceis, briguentos, polêmicos, era uma delícia lê-los. Dava para sentir o cheiro da cidade que pulsava nos textos. De alguma forma, vagava por esses textos o eco de uma várzea paulista ainda presente em regiões quase centrais da cidade.

Ugo Giorgetti. Foto: Paulo Liebert/Estadão

O mundo era São Paulo, não havia mundo além desse. Real Madrid, Barcelona, Milan eram apenas noções incertas de uma geografia distante. Mesmo o Rio de Janeiro, ainda em sua pujança de capital cultural do País, não conseguia ocupar as preocupações da Edição de Esportes. Ela era anterior ao Campeonato brasileiro tal qual o conhecemos hoje. Era contemporânea do Campeonato Paulista, e para este voltava seus olhos. Nunca os times paulistas foram tão escrutinados, tão examinados de perto, e isso consolidou suas mitologias. Talvez somente as Copas se ombreassem com o Campeonato Paulista em interesse.  O desafio de introduzir o futebol como fonte de interesse igual às seções tradicionais dos jornais foi vencido pelo talento. Prêmios importantes foram conquistados, capas magníficas produzidas, fotos antológicas. O esporte tinha chegado lá.  O tempo passou e esse grupo excepcional se dispersou, principalmente quando as televisões passaram a ser o veículo por excelência do esporte, e não mais a palavra escrita. A marca, porém, ficou em cada um deles. Nunca mais se viu em suas carreiras algo tão brilhante, tão novo e tão cheio de charme e estilo do que durante aquele período do Jornal da Tarde. Pelo menos para mim, que sempre fui leitor fiel e constante.  Era um pessoal que tinha se colocado como missão concorrer com quem escrevia nas outras áreas do jornal. E havia muita gente boa escrevendo no JT. O abandono, ou diminuição, da importância da palavra escrita em suas vidas me parece que foi um trauma muitas vezes evidente. Continuaram seus caminhos por aí, claro. O nome que tinham conquistado lhes garantia respeito. Mas as coisas não foram mais as mesmas. Esta semana o grupo da Edição de Esportes do velho Jornal da Tarde, já tão desfalcado, sofreu uma baixa decisiva. O nome de Roberto Avallone foi se juntar ao de Sergio Baklanos entre os mortos. Avallone talvez seja o que mais tenha escrito, embora à sua própria maneira. Escrevia falando, auxiliando suas opiniões com invisíveis, mas bem colocados, sinais da palavra escrita. Pontos de exclamação, interrogação e vírgulas ilustravam suas frases e comentários na TV. Às vezes voltava tão literalmente para seu primeiro amor que dizia, ao se deparar com algo assombroso: “Parem as máquinas!”  Ficou daquele time Alberto Helena Jr., ainda a nos oferecer seu grande talento e seu aspecto aristocrático de um professor do College de France, e Vital Batalgia. Foi embora mais um pouco do Bom Retiro, da Casa Verde, do Tatuapé, da Pompeia, de uma São Paulo na qual, independentemente das dificuldades, valia a pena viver e ser jovem.

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