Para evitar icebergs no caminho ou que ondas gigantes dos mares do Sul atrapalhem a regata, os velejadores acreditam que é preciso tomar precauções, que vão além de ter um veleiro resistente, mas que não seja pesado para ser veloz. As superstições parecem integrar as normas da regata de volta ao mundo Volvo Ocean Race. Se depender dos organizadores do projeto do Brasil 1, nada atrairá má sorte ao veleiro do comandante Torben Grael. O dia do batizado do barco foi escolhido com cuidado: 21 de junho, uma terça-feira. A data levou em conta a agenda do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva, e por não ser nem segunda, nem sexta-feira. "Os velejadores acham que batizar nesses dias atrai má sorte", explica Ênio Ribeiro, da Vela Brasil, empresa que cuida do projeto. A bebida usada no batismo tem de ser, necessariamente, borbulhante, e a garrafa precisa quebrar... tudo para dar sorte. "Já providenciamos a garrafa certa." Entre os velejadores comenta-se que o barco reconstruído após 500 anos para marcar o descobrimento do Brasil, a Nau Capitânia, não teve sucesso porque foi batizado com água do rio. O Brasil 1, que começou a ser construído em dezembro de 2004, deixará o estaleiro, em Indaiatuba, interior de São Paulo, dia 9, seguindo de caminhão, a 30 km por hora, para a Marina da Glória, no Rio. A Volvo Ocean Race larga em 5 de novembro, em Sanxenxo, na Espanha.
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