‘Dinheiro não é o problema’: empresário diz o que falta para Drugovich entrar na F-1


Piloto espera vaga de titular na próxima temporada e quebrar tabu na categoria, que não conta com brasileiros desde 2017

Por Felipe Rosa Mendes
Atualização:

Após três temporadas como piloto reserva, Felipe Drugovich acredita que chegou a hora de virar titular na Fórmula 1 em 2025. Reserva da Aston Martin, o brasileiro atende a todos os pré-requisitos, como títulos nas categorias de acesso, conhecimento técnico e patrocinadores, algo fundamental na realidade atual da F-1. Mas o que falta para Drugovich encerrar um jejum de pilotos nacionais no grid mais prestigiado do automobilismo mundial?

“Patrocinador não é problema. Temos até mais do que o suficiente. Temos parceiros leais, sólidos, que vão com a gente para onde for”, afirma Amir Nasr, empresário do piloto, em entrevista ao Estadão - Drugovich conta atualmente com o apoio de empresas como XP, Porto Seguro, Banco Master e Localiza. “O problema mesmo é a escassez de vagas. Na minha opinião, tinha que ter pelo menos 24 carros, com 12 equipes na F1”.

Amir explica que a concorrência por assentos no grid da categoria cresce a cada ano. E o motivo é a entrada do campeonato em novos mercados. “Hoje aumentou a procura por vagas. Temos, por exemplo, pilotos chineses, que não estavam no radar da F1 há cinco ou seis anos. Tem gente do mundo inteiro. Muita gente boa está ficando de fora. Temos cada vez mais pilotos bem preparados desde o kart”.

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Felipe Drugovich completa três temporadas de piloto reserva na Fórmula 1, com expectativa de uma vaga para si. Foto: Felipe Rau/Estadão

À concorrência de fora, principalmente do mercado asiático de pilotos, soma-se o reforço dos veteranos, aqueles que já estão na F1, mas protagonizam a famosa “dança das cadeiras” nas trocas de equipe. Foi o que aconteceu na Williams, no mês passado. O time britânico reduziu o número de assentos disponíveis ao contratar o espanhol Carlos Sainz Jr.

A decisão afetou diretamente Drugovich, ao reduzir as vagas disponíveis. No momento, ele briga por um dos quatro assentos restantes no grid de 2025 nas equipes Alpine, Mercedes, RB e Sauber.

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Ao Estadão, Drugovich admitiu que estava na disputa pela vaga na equipe que vem brigando pelas últimas posições no Mundial de Construtores. “Estive na briga ali. Sempre estivemos em contato com o pessoal da Williams. Acho que, desde que eu ganhei a Fórmula 2, em 2022, sempre foi uma opção para mim e para eles também. Mas a gente nunca conseguiu chegar em um acordo”, lamenta.

O piloto de 24 anos também demonstrou surpresa com a contratação de Sainz pela Williams. O piloto espanhol acertou com o time britânico após ser preterido pela Ferrari em favor de Lewis Hamilton. “Acho que este acerto surpreendeu a todos. Para quem vê de fora, é difícil entender uma decisão assim. Mas ele não é bobo, tem informação de tudo quanto é lugar e, com certeza, teve alguma informação de que a equipe vai melhorar.”

Questionado pela reportagem, Amir revelou negociar com as quatro equipes que ainda não anunciaram suas duplas de pilotos para 2025. “Esse trabalho é feito ao longo do ano, o tempo inteiro. Então estou em contato com todas as equipes, mas não começou agora. Isso nós vamos trabalhando o ano inteiro. É um trabalho permanente de relacionamento dentro do paddock. Conversamos com todas as equipes, mesmo aquelas que não tem assento, vendo onde pode abrir uma porta. Você nunca sabe o futuro, né?”.

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Drugovich em Interlagos no GP de São Paulo de 2023 Foto: Felipe Rau/Estadão

‘Uma maneira de ter sucesso é não vazar negociação’, diz empresário

Amir e Drugovich são cautelosos ao falar sobre as negociações por conta de outro obstáculo na definição do futuro do brasileiro: o vazamento de informações. “Uma maneira de ter sucesso é não vazar nenhuma negociação. Se você quer estragar uma negociação, é só vazar. Quando vaza, você tem ataque de todos os lados e isso é muito complicado para um piloto. Tenho essa experiência: toda vez que vazou, numa situação em que estávamos perto de fechar, estragou. Não falta gente para estragar uma negociação. Tem muita gente brigando por essas vagas. Então quanto menos as pessoas souberem da sua estratégia, melhor”.

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Apesar do discurso prudente, empresário e piloto mantêm a confiança elevada para um acerto para a próxima temporada. “É difícil falar, mas hoje eu diria que seria 50% de chance. De 0 a 10, seria cinco”, estima Amir Nasr.

“Existe chance, sim. Não sei dizer quão grande essa chance é, mas estamos conversando com todas as equipes. Para o momento, temos que continuar conversando, sondando as outras equipes para, se tiver uma oportunidade para mim, conseguir abraçar. Talvez essa chance exista para mim e mais outros 10 pilotos”, pondera Drugovich, mais forte candidato brasileiro a quebrar um jejum que existe desde o fim de 2017, quando Felipe Massa deixou a categoria.

Para o futuro imediato, Drugovich terá ao menos mais duas oportunidades para mostrar serviço na F-1 na segunda metade do campeonato. Ele vai participar de dois treinos livres em GPs que ainda não foram confirmados pela Aston Martin, equipe da qual é piloto reserva desde 2022. Ao mesmo tempo, segue competindo no Mundial de Endurance.

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Nos últimos meses, o brasileiro chegou a participar de testes na Fórmula E, categoria de carros elétricos. “Curti bastante. Ao contrário do que muita gente pensa, é um carro até divertido de pilotar, principalmente por ser pista de rua”, comenta o piloto, sem perder o objetivo. “Mas no momento o meu foco principal é virar titular da Fórmula 1. Vamos continuar focados na F-1 e deixar a Fórmula E mais para o futuro”.

Após três temporadas como piloto reserva, Felipe Drugovich acredita que chegou a hora de virar titular na Fórmula 1 em 2025. Reserva da Aston Martin, o brasileiro atende a todos os pré-requisitos, como títulos nas categorias de acesso, conhecimento técnico e patrocinadores, algo fundamental na realidade atual da F-1. Mas o que falta para Drugovich encerrar um jejum de pilotos nacionais no grid mais prestigiado do automobilismo mundial?

“Patrocinador não é problema. Temos até mais do que o suficiente. Temos parceiros leais, sólidos, que vão com a gente para onde for”, afirma Amir Nasr, empresário do piloto, em entrevista ao Estadão - Drugovich conta atualmente com o apoio de empresas como XP, Porto Seguro, Banco Master e Localiza. “O problema mesmo é a escassez de vagas. Na minha opinião, tinha que ter pelo menos 24 carros, com 12 equipes na F1”.

Amir explica que a concorrência por assentos no grid da categoria cresce a cada ano. E o motivo é a entrada do campeonato em novos mercados. “Hoje aumentou a procura por vagas. Temos, por exemplo, pilotos chineses, que não estavam no radar da F1 há cinco ou seis anos. Tem gente do mundo inteiro. Muita gente boa está ficando de fora. Temos cada vez mais pilotos bem preparados desde o kart”.

Felipe Drugovich completa três temporadas de piloto reserva na Fórmula 1, com expectativa de uma vaga para si. Foto: Felipe Rau/Estadão

À concorrência de fora, principalmente do mercado asiático de pilotos, soma-se o reforço dos veteranos, aqueles que já estão na F1, mas protagonizam a famosa “dança das cadeiras” nas trocas de equipe. Foi o que aconteceu na Williams, no mês passado. O time britânico reduziu o número de assentos disponíveis ao contratar o espanhol Carlos Sainz Jr.

A decisão afetou diretamente Drugovich, ao reduzir as vagas disponíveis. No momento, ele briga por um dos quatro assentos restantes no grid de 2025 nas equipes Alpine, Mercedes, RB e Sauber.

Ao Estadão, Drugovich admitiu que estava na disputa pela vaga na equipe que vem brigando pelas últimas posições no Mundial de Construtores. “Estive na briga ali. Sempre estivemos em contato com o pessoal da Williams. Acho que, desde que eu ganhei a Fórmula 2, em 2022, sempre foi uma opção para mim e para eles também. Mas a gente nunca conseguiu chegar em um acordo”, lamenta.

O piloto de 24 anos também demonstrou surpresa com a contratação de Sainz pela Williams. O piloto espanhol acertou com o time britânico após ser preterido pela Ferrari em favor de Lewis Hamilton. “Acho que este acerto surpreendeu a todos. Para quem vê de fora, é difícil entender uma decisão assim. Mas ele não é bobo, tem informação de tudo quanto é lugar e, com certeza, teve alguma informação de que a equipe vai melhorar.”

Questionado pela reportagem, Amir revelou negociar com as quatro equipes que ainda não anunciaram suas duplas de pilotos para 2025. “Esse trabalho é feito ao longo do ano, o tempo inteiro. Então estou em contato com todas as equipes, mas não começou agora. Isso nós vamos trabalhando o ano inteiro. É um trabalho permanente de relacionamento dentro do paddock. Conversamos com todas as equipes, mesmo aquelas que não tem assento, vendo onde pode abrir uma porta. Você nunca sabe o futuro, né?”.

Drugovich em Interlagos no GP de São Paulo de 2023 Foto: Felipe Rau/Estadão

‘Uma maneira de ter sucesso é não vazar negociação’, diz empresário

Amir e Drugovich são cautelosos ao falar sobre as negociações por conta de outro obstáculo na definição do futuro do brasileiro: o vazamento de informações. “Uma maneira de ter sucesso é não vazar nenhuma negociação. Se você quer estragar uma negociação, é só vazar. Quando vaza, você tem ataque de todos os lados e isso é muito complicado para um piloto. Tenho essa experiência: toda vez que vazou, numa situação em que estávamos perto de fechar, estragou. Não falta gente para estragar uma negociação. Tem muita gente brigando por essas vagas. Então quanto menos as pessoas souberem da sua estratégia, melhor”.

Apesar do discurso prudente, empresário e piloto mantêm a confiança elevada para um acerto para a próxima temporada. “É difícil falar, mas hoje eu diria que seria 50% de chance. De 0 a 10, seria cinco”, estima Amir Nasr.

“Existe chance, sim. Não sei dizer quão grande essa chance é, mas estamos conversando com todas as equipes. Para o momento, temos que continuar conversando, sondando as outras equipes para, se tiver uma oportunidade para mim, conseguir abraçar. Talvez essa chance exista para mim e mais outros 10 pilotos”, pondera Drugovich, mais forte candidato brasileiro a quebrar um jejum que existe desde o fim de 2017, quando Felipe Massa deixou a categoria.

Para o futuro imediato, Drugovich terá ao menos mais duas oportunidades para mostrar serviço na F-1 na segunda metade do campeonato. Ele vai participar de dois treinos livres em GPs que ainda não foram confirmados pela Aston Martin, equipe da qual é piloto reserva desde 2022. Ao mesmo tempo, segue competindo no Mundial de Endurance.

Nos últimos meses, o brasileiro chegou a participar de testes na Fórmula E, categoria de carros elétricos. “Curti bastante. Ao contrário do que muita gente pensa, é um carro até divertido de pilotar, principalmente por ser pista de rua”, comenta o piloto, sem perder o objetivo. “Mas no momento o meu foco principal é virar titular da Fórmula 1. Vamos continuar focados na F-1 e deixar a Fórmula E mais para o futuro”.

Após três temporadas como piloto reserva, Felipe Drugovich acredita que chegou a hora de virar titular na Fórmula 1 em 2025. Reserva da Aston Martin, o brasileiro atende a todos os pré-requisitos, como títulos nas categorias de acesso, conhecimento técnico e patrocinadores, algo fundamental na realidade atual da F-1. Mas o que falta para Drugovich encerrar um jejum de pilotos nacionais no grid mais prestigiado do automobilismo mundial?

“Patrocinador não é problema. Temos até mais do que o suficiente. Temos parceiros leais, sólidos, que vão com a gente para onde for”, afirma Amir Nasr, empresário do piloto, em entrevista ao Estadão - Drugovich conta atualmente com o apoio de empresas como XP, Porto Seguro, Banco Master e Localiza. “O problema mesmo é a escassez de vagas. Na minha opinião, tinha que ter pelo menos 24 carros, com 12 equipes na F1”.

Amir explica que a concorrência por assentos no grid da categoria cresce a cada ano. E o motivo é a entrada do campeonato em novos mercados. “Hoje aumentou a procura por vagas. Temos, por exemplo, pilotos chineses, que não estavam no radar da F1 há cinco ou seis anos. Tem gente do mundo inteiro. Muita gente boa está ficando de fora. Temos cada vez mais pilotos bem preparados desde o kart”.

Felipe Drugovich completa três temporadas de piloto reserva na Fórmula 1, com expectativa de uma vaga para si. Foto: Felipe Rau/Estadão

À concorrência de fora, principalmente do mercado asiático de pilotos, soma-se o reforço dos veteranos, aqueles que já estão na F1, mas protagonizam a famosa “dança das cadeiras” nas trocas de equipe. Foi o que aconteceu na Williams, no mês passado. O time britânico reduziu o número de assentos disponíveis ao contratar o espanhol Carlos Sainz Jr.

A decisão afetou diretamente Drugovich, ao reduzir as vagas disponíveis. No momento, ele briga por um dos quatro assentos restantes no grid de 2025 nas equipes Alpine, Mercedes, RB e Sauber.

Ao Estadão, Drugovich admitiu que estava na disputa pela vaga na equipe que vem brigando pelas últimas posições no Mundial de Construtores. “Estive na briga ali. Sempre estivemos em contato com o pessoal da Williams. Acho que, desde que eu ganhei a Fórmula 2, em 2022, sempre foi uma opção para mim e para eles também. Mas a gente nunca conseguiu chegar em um acordo”, lamenta.

O piloto de 24 anos também demonstrou surpresa com a contratação de Sainz pela Williams. O piloto espanhol acertou com o time britânico após ser preterido pela Ferrari em favor de Lewis Hamilton. “Acho que este acerto surpreendeu a todos. Para quem vê de fora, é difícil entender uma decisão assim. Mas ele não é bobo, tem informação de tudo quanto é lugar e, com certeza, teve alguma informação de que a equipe vai melhorar.”

Questionado pela reportagem, Amir revelou negociar com as quatro equipes que ainda não anunciaram suas duplas de pilotos para 2025. “Esse trabalho é feito ao longo do ano, o tempo inteiro. Então estou em contato com todas as equipes, mas não começou agora. Isso nós vamos trabalhando o ano inteiro. É um trabalho permanente de relacionamento dentro do paddock. Conversamos com todas as equipes, mesmo aquelas que não tem assento, vendo onde pode abrir uma porta. Você nunca sabe o futuro, né?”.

Drugovich em Interlagos no GP de São Paulo de 2023 Foto: Felipe Rau/Estadão

‘Uma maneira de ter sucesso é não vazar negociação’, diz empresário

Amir e Drugovich são cautelosos ao falar sobre as negociações por conta de outro obstáculo na definição do futuro do brasileiro: o vazamento de informações. “Uma maneira de ter sucesso é não vazar nenhuma negociação. Se você quer estragar uma negociação, é só vazar. Quando vaza, você tem ataque de todos os lados e isso é muito complicado para um piloto. Tenho essa experiência: toda vez que vazou, numa situação em que estávamos perto de fechar, estragou. Não falta gente para estragar uma negociação. Tem muita gente brigando por essas vagas. Então quanto menos as pessoas souberem da sua estratégia, melhor”.

Apesar do discurso prudente, empresário e piloto mantêm a confiança elevada para um acerto para a próxima temporada. “É difícil falar, mas hoje eu diria que seria 50% de chance. De 0 a 10, seria cinco”, estima Amir Nasr.

“Existe chance, sim. Não sei dizer quão grande essa chance é, mas estamos conversando com todas as equipes. Para o momento, temos que continuar conversando, sondando as outras equipes para, se tiver uma oportunidade para mim, conseguir abraçar. Talvez essa chance exista para mim e mais outros 10 pilotos”, pondera Drugovich, mais forte candidato brasileiro a quebrar um jejum que existe desde o fim de 2017, quando Felipe Massa deixou a categoria.

Para o futuro imediato, Drugovich terá ao menos mais duas oportunidades para mostrar serviço na F-1 na segunda metade do campeonato. Ele vai participar de dois treinos livres em GPs que ainda não foram confirmados pela Aston Martin, equipe da qual é piloto reserva desde 2022. Ao mesmo tempo, segue competindo no Mundial de Endurance.

Nos últimos meses, o brasileiro chegou a participar de testes na Fórmula E, categoria de carros elétricos. “Curti bastante. Ao contrário do que muita gente pensa, é um carro até divertido de pilotar, principalmente por ser pista de rua”, comenta o piloto, sem perder o objetivo. “Mas no momento o meu foco principal é virar titular da Fórmula 1. Vamos continuar focados na F-1 e deixar a Fórmula E mais para o futuro”.

Após três temporadas como piloto reserva, Felipe Drugovich acredita que chegou a hora de virar titular na Fórmula 1 em 2025. Reserva da Aston Martin, o brasileiro atende a todos os pré-requisitos, como títulos nas categorias de acesso, conhecimento técnico e patrocinadores, algo fundamental na realidade atual da F-1. Mas o que falta para Drugovich encerrar um jejum de pilotos nacionais no grid mais prestigiado do automobilismo mundial?

“Patrocinador não é problema. Temos até mais do que o suficiente. Temos parceiros leais, sólidos, que vão com a gente para onde for”, afirma Amir Nasr, empresário do piloto, em entrevista ao Estadão - Drugovich conta atualmente com o apoio de empresas como XP, Porto Seguro, Banco Master e Localiza. “O problema mesmo é a escassez de vagas. Na minha opinião, tinha que ter pelo menos 24 carros, com 12 equipes na F1”.

Amir explica que a concorrência por assentos no grid da categoria cresce a cada ano. E o motivo é a entrada do campeonato em novos mercados. “Hoje aumentou a procura por vagas. Temos, por exemplo, pilotos chineses, que não estavam no radar da F1 há cinco ou seis anos. Tem gente do mundo inteiro. Muita gente boa está ficando de fora. Temos cada vez mais pilotos bem preparados desde o kart”.

Felipe Drugovich completa três temporadas de piloto reserva na Fórmula 1, com expectativa de uma vaga para si. Foto: Felipe Rau/Estadão

À concorrência de fora, principalmente do mercado asiático de pilotos, soma-se o reforço dos veteranos, aqueles que já estão na F1, mas protagonizam a famosa “dança das cadeiras” nas trocas de equipe. Foi o que aconteceu na Williams, no mês passado. O time britânico reduziu o número de assentos disponíveis ao contratar o espanhol Carlos Sainz Jr.

A decisão afetou diretamente Drugovich, ao reduzir as vagas disponíveis. No momento, ele briga por um dos quatro assentos restantes no grid de 2025 nas equipes Alpine, Mercedes, RB e Sauber.

Ao Estadão, Drugovich admitiu que estava na disputa pela vaga na equipe que vem brigando pelas últimas posições no Mundial de Construtores. “Estive na briga ali. Sempre estivemos em contato com o pessoal da Williams. Acho que, desde que eu ganhei a Fórmula 2, em 2022, sempre foi uma opção para mim e para eles também. Mas a gente nunca conseguiu chegar em um acordo”, lamenta.

O piloto de 24 anos também demonstrou surpresa com a contratação de Sainz pela Williams. O piloto espanhol acertou com o time britânico após ser preterido pela Ferrari em favor de Lewis Hamilton. “Acho que este acerto surpreendeu a todos. Para quem vê de fora, é difícil entender uma decisão assim. Mas ele não é bobo, tem informação de tudo quanto é lugar e, com certeza, teve alguma informação de que a equipe vai melhorar.”

Questionado pela reportagem, Amir revelou negociar com as quatro equipes que ainda não anunciaram suas duplas de pilotos para 2025. “Esse trabalho é feito ao longo do ano, o tempo inteiro. Então estou em contato com todas as equipes, mas não começou agora. Isso nós vamos trabalhando o ano inteiro. É um trabalho permanente de relacionamento dentro do paddock. Conversamos com todas as equipes, mesmo aquelas que não tem assento, vendo onde pode abrir uma porta. Você nunca sabe o futuro, né?”.

Drugovich em Interlagos no GP de São Paulo de 2023 Foto: Felipe Rau/Estadão

‘Uma maneira de ter sucesso é não vazar negociação’, diz empresário

Amir e Drugovich são cautelosos ao falar sobre as negociações por conta de outro obstáculo na definição do futuro do brasileiro: o vazamento de informações. “Uma maneira de ter sucesso é não vazar nenhuma negociação. Se você quer estragar uma negociação, é só vazar. Quando vaza, você tem ataque de todos os lados e isso é muito complicado para um piloto. Tenho essa experiência: toda vez que vazou, numa situação em que estávamos perto de fechar, estragou. Não falta gente para estragar uma negociação. Tem muita gente brigando por essas vagas. Então quanto menos as pessoas souberem da sua estratégia, melhor”.

Apesar do discurso prudente, empresário e piloto mantêm a confiança elevada para um acerto para a próxima temporada. “É difícil falar, mas hoje eu diria que seria 50% de chance. De 0 a 10, seria cinco”, estima Amir Nasr.

“Existe chance, sim. Não sei dizer quão grande essa chance é, mas estamos conversando com todas as equipes. Para o momento, temos que continuar conversando, sondando as outras equipes para, se tiver uma oportunidade para mim, conseguir abraçar. Talvez essa chance exista para mim e mais outros 10 pilotos”, pondera Drugovich, mais forte candidato brasileiro a quebrar um jejum que existe desde o fim de 2017, quando Felipe Massa deixou a categoria.

Para o futuro imediato, Drugovich terá ao menos mais duas oportunidades para mostrar serviço na F-1 na segunda metade do campeonato. Ele vai participar de dois treinos livres em GPs que ainda não foram confirmados pela Aston Martin, equipe da qual é piloto reserva desde 2022. Ao mesmo tempo, segue competindo no Mundial de Endurance.

Nos últimos meses, o brasileiro chegou a participar de testes na Fórmula E, categoria de carros elétricos. “Curti bastante. Ao contrário do que muita gente pensa, é um carro até divertido de pilotar, principalmente por ser pista de rua”, comenta o piloto, sem perder o objetivo. “Mas no momento o meu foco principal é virar titular da Fórmula 1. Vamos continuar focados na F-1 e deixar a Fórmula E mais para o futuro”.

Após três temporadas como piloto reserva, Felipe Drugovich acredita que chegou a hora de virar titular na Fórmula 1 em 2025. Reserva da Aston Martin, o brasileiro atende a todos os pré-requisitos, como títulos nas categorias de acesso, conhecimento técnico e patrocinadores, algo fundamental na realidade atual da F-1. Mas o que falta para Drugovich encerrar um jejum de pilotos nacionais no grid mais prestigiado do automobilismo mundial?

“Patrocinador não é problema. Temos até mais do que o suficiente. Temos parceiros leais, sólidos, que vão com a gente para onde for”, afirma Amir Nasr, empresário do piloto, em entrevista ao Estadão - Drugovich conta atualmente com o apoio de empresas como XP, Porto Seguro, Banco Master e Localiza. “O problema mesmo é a escassez de vagas. Na minha opinião, tinha que ter pelo menos 24 carros, com 12 equipes na F1”.

Amir explica que a concorrência por assentos no grid da categoria cresce a cada ano. E o motivo é a entrada do campeonato em novos mercados. “Hoje aumentou a procura por vagas. Temos, por exemplo, pilotos chineses, que não estavam no radar da F1 há cinco ou seis anos. Tem gente do mundo inteiro. Muita gente boa está ficando de fora. Temos cada vez mais pilotos bem preparados desde o kart”.

Felipe Drugovich completa três temporadas de piloto reserva na Fórmula 1, com expectativa de uma vaga para si. Foto: Felipe Rau/Estadão

À concorrência de fora, principalmente do mercado asiático de pilotos, soma-se o reforço dos veteranos, aqueles que já estão na F1, mas protagonizam a famosa “dança das cadeiras” nas trocas de equipe. Foi o que aconteceu na Williams, no mês passado. O time britânico reduziu o número de assentos disponíveis ao contratar o espanhol Carlos Sainz Jr.

A decisão afetou diretamente Drugovich, ao reduzir as vagas disponíveis. No momento, ele briga por um dos quatro assentos restantes no grid de 2025 nas equipes Alpine, Mercedes, RB e Sauber.

Ao Estadão, Drugovich admitiu que estava na disputa pela vaga na equipe que vem brigando pelas últimas posições no Mundial de Construtores. “Estive na briga ali. Sempre estivemos em contato com o pessoal da Williams. Acho que, desde que eu ganhei a Fórmula 2, em 2022, sempre foi uma opção para mim e para eles também. Mas a gente nunca conseguiu chegar em um acordo”, lamenta.

O piloto de 24 anos também demonstrou surpresa com a contratação de Sainz pela Williams. O piloto espanhol acertou com o time britânico após ser preterido pela Ferrari em favor de Lewis Hamilton. “Acho que este acerto surpreendeu a todos. Para quem vê de fora, é difícil entender uma decisão assim. Mas ele não é bobo, tem informação de tudo quanto é lugar e, com certeza, teve alguma informação de que a equipe vai melhorar.”

Questionado pela reportagem, Amir revelou negociar com as quatro equipes que ainda não anunciaram suas duplas de pilotos para 2025. “Esse trabalho é feito ao longo do ano, o tempo inteiro. Então estou em contato com todas as equipes, mas não começou agora. Isso nós vamos trabalhando o ano inteiro. É um trabalho permanente de relacionamento dentro do paddock. Conversamos com todas as equipes, mesmo aquelas que não tem assento, vendo onde pode abrir uma porta. Você nunca sabe o futuro, né?”.

Drugovich em Interlagos no GP de São Paulo de 2023 Foto: Felipe Rau/Estadão

‘Uma maneira de ter sucesso é não vazar negociação’, diz empresário

Amir e Drugovich são cautelosos ao falar sobre as negociações por conta de outro obstáculo na definição do futuro do brasileiro: o vazamento de informações. “Uma maneira de ter sucesso é não vazar nenhuma negociação. Se você quer estragar uma negociação, é só vazar. Quando vaza, você tem ataque de todos os lados e isso é muito complicado para um piloto. Tenho essa experiência: toda vez que vazou, numa situação em que estávamos perto de fechar, estragou. Não falta gente para estragar uma negociação. Tem muita gente brigando por essas vagas. Então quanto menos as pessoas souberem da sua estratégia, melhor”.

Apesar do discurso prudente, empresário e piloto mantêm a confiança elevada para um acerto para a próxima temporada. “É difícil falar, mas hoje eu diria que seria 50% de chance. De 0 a 10, seria cinco”, estima Amir Nasr.

“Existe chance, sim. Não sei dizer quão grande essa chance é, mas estamos conversando com todas as equipes. Para o momento, temos que continuar conversando, sondando as outras equipes para, se tiver uma oportunidade para mim, conseguir abraçar. Talvez essa chance exista para mim e mais outros 10 pilotos”, pondera Drugovich, mais forte candidato brasileiro a quebrar um jejum que existe desde o fim de 2017, quando Felipe Massa deixou a categoria.

Para o futuro imediato, Drugovich terá ao menos mais duas oportunidades para mostrar serviço na F-1 na segunda metade do campeonato. Ele vai participar de dois treinos livres em GPs que ainda não foram confirmados pela Aston Martin, equipe da qual é piloto reserva desde 2022. Ao mesmo tempo, segue competindo no Mundial de Endurance.

Nos últimos meses, o brasileiro chegou a participar de testes na Fórmula E, categoria de carros elétricos. “Curti bastante. Ao contrário do que muita gente pensa, é um carro até divertido de pilotar, principalmente por ser pista de rua”, comenta o piloto, sem perder o objetivo. “Mas no momento o meu foco principal é virar titular da Fórmula 1. Vamos continuar focados na F-1 e deixar a Fórmula E mais para o futuro”.

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