Campeão da Fórmula 2 com uma etapa de antecedência no último domingo, o piloto brasileiro Felipe Drugovich foi anunciado nesta segunda-feira como primeiro membro do novo Programa de Desenvolvimento de Pilotos da Aston Martin. Com isso, ele se torna um dos pilotos reservas da escuderia e vai participar de treinos livres na Fórmula 1, com início programado já para este ano.
De acordo com o comunicado divulgado nesta manhã, o plano é que o brasileiro participe do primeiro treino livre do GP de Abu Dabi, etapa de encerramento da F-1, no dia 18 de novembro, substituindo o canadense Lance Stroll. Também deve fazer parte de um teste de jovens pilotos na capital dos Emirados Árabes ao fim da temporada.
“Tornar-se membro do Programa de Desenvolvimento de Pilotos AMF1 é uma oportunidade fantástica para mim, e só contribui para o que foi uma temporada de 2022 extremamente bem-sucedida”, disse Drugovich ao site oficial da Aston Martin. “Vencer na Fórmula 2 tem sido considerado o melhor ponto de partida possível para iniciar uma carreira na Fórmula 1, e vejo a Aston Martin me dando todas as ferramentas para dar o próximo passo crucial”, completou.
A equipe informou que, a partir de 2023, o paranaense de 22 anos realizará um “extenso programa de testes ao volante do carro AMR21 e participará de GPs selecionados como membro da equipe”. O contrato foi assinado ainda no domingo, logo após Drugovich vencer o Grande Prêmio da Itália da F-2, correndo pela holandesa MP Motorsport. Com o título, tornou-se o primeiro brasileiro campeão da categoria em 22 anos.
“Felipe mostrou incrível talento, determinação e consistência para vencer o Campeonato de Fórmula 2 da FIA deste ano. Lembro-me particularmente de suas fantásticas vitórias de Sprint e Feature em Barcelona em maio, que foram extremamente impressionantes Estamos muito satisfeitos por ele se juntar ao nosso Programa de Desenvolvimento de Pilotos e esperamos recebê-lo como parte de nossa equipe em Abu Dhabi em novembro”, afirmou Mike Krack, chefe de equipe da Aston Martin.
Até a estreia de Drugovich, a Fórmula 1 terá cinco GPs. O próximo é em Cingapura, no dia 2 de outubro. Depois, serão realizadas as etapas do Japão, Estados Unidos, México e Brasil, antes de, enfim, chegar a hora do derradeiro GP de Abu Dabi.
Entrevista Drugovich
Brasil poderá ter um piloto na F-1 em 2023? Veja o que pensa Felipe Drugovich. Ao Estadão, então líder da Fórmula 2 argumentou semanas atrás que, mais do que um patrocínio forte, corredores brasileiros têm de ter ‘hype dentro do paddock’ para voltar à categoria: Brasil não tem representante no grid desde a saída de Felipe Massa, em 2017. Veja a reportagem.