A sexta-feira de Fórmula 1 no Catar foi daquelas especiais: com classificação da corrida sprint. E, depois de um começo de dia animador, a Ferrari sucumbiu. Confirmado o que se esperava, os italianos sofreram com o traçado de Lusail, enquanto a McLaren marchou segura para uma pole que só foi verdadeiramente ameaçada por um intrépido George Russell.
Lando Norris sai da pole, curando um pouco da ressaca da perda oficial do título de pilotos, enquanto Oscar Piastri parte em terceiro, atrás de Russell. A Ferrari ainda minimizou o estrago com Carlos Sainz e Charles Leclerc no top-5, mas fatalmente vai precisar de uma virada firme no resto do fim de semana para chegar viva à final, em Abu Dhabi.
Max Verstappen foi sexto em outro dia complicado da Red Bull, Sergio Pérez, eliminado no Q1 de novo, que o diga. Lewis Hamilton ficou só em sétimo e saiu bastante desanimado, enquanto o resto do top-10 foi todo da briga ferrenha pelo G6 do Mundial de Construtores: Pierre Gasly, Nico Hülkenberg e Liam Lawson.
McLaren controla Ferrari na classificação da sprint e fica perto do título
Sem vencer desde o GP de Singapura, a McLaren tem uma chance real de reencontrar o caminho da glória e até de fechar o campeonato ainda no Catar. Os papaias cresceram na classificação da sprint e mostraram que têm o melhor carro da etapa. Agora é ver se Norris larga direito na corrida curta e se Piastri segura as Ferrari. Dá para chegar no domingo com mais de 30 pontos de vantagem aí.
Ferrari começa dia forte, mas toma choque de realidade no Catar à noite
Antes mesmo da corrida em Interlagos começar, a Ferrari já estava projetando drama total no Catar. O treino livre até disse outra coisa, mas a classificação foi choque de realidade. Sainz até foi um pouco melhor, Leclerc cometeu um erro no fim. Mas, sejamos sinceros, estava impossível bater de frente com Norris pela pole. E não há muita perspectiva de que o cenário melhore no resto da etapa, mas tem de melhorar. Simples. É a Ferrari quem corre atrás e precisa manter essa desvantagem ali perto dos 20 pontos. Ou virar vai ser impossível em Abu Dhabi.
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Russell se mete na brincadeira, enquanto Hamilton chora as pitangas
A sexta-feira teve mais uma ótima exibição de Russell em classificações. O inglês até flertou com a pole, mas o segundo lugar está de muito bom tamanho. A previsão do tempo indica um calor maior na sprint e na classificação de sábado, pode estar aí o grande problema para a polar Mercedes. Mas sonhar não custa nada e, de repente, uma largada feroz contra mais uma ruim de Norris, hein? Por outro lado, Hamilton teve mais uma sessão apagada e saiu completamente conformado, falando que foi uma classificação padrão 2024 e que é “apenas lento”. Uma pena, o Lewis da corrida de Las Vegas é bem mais interessante.
Verstappen entra no modo ressaca e pinta como figurante no Catar
Um dos dias mais discretos de Verstappen em toda a temporada. É claro que estamos brincando, Max não está de ressaca e quer vencer e bater recordes o tempo inteiro, mas não foi uma classificação de ouro dele, não. Mais importante, porém, é notar como a Red Bull continua com tantos problemas e, de novo, está lá Pérez caindo no Q1. Coisa impressionante.
Lawson vai ao Q3 e ganha ponto no vestibular da Red Bull
O grid de 2025 está fechado, mas não está. E tudo gira em torno do segundo carro da Red Bull, do companheiro de Verstappen. Aí parece que são quatro pilotos na briga: Pérez, que caiu de novo no Q1 com o carro do campeão do mundo, Franco Colapinto e a dupla da RB. O argentino não teve dia fácil e está absolutamente lento com um bólido remendado da Williams, cheio de peças velhas. Já nos garotos da RB, Yuki Tsunoda não conseguiu “destruir o companheiro” e morreu abraçado com Checo na primeira fase da classificação. Foi Lawson, o novato, quem brilhou do quarteto, pegando top-10 e mantendo a RB viva na briga por G6 do Mundial de Construtores.
A prova curta tem largada às 11h (horário de Brasília) no sábado. Em seguida, às 15h, os pilotos disputam a classificação. Por fim, a largada da corrida no Catar será no domingo, às 13h.