F-1, F-E e WEC em São Paulo: como cidade se tornou a única a sediar os maiores eventos da FIA


Três principais provas da Federação Internacional de Automobilismo têm a capital paulista como palco em 2024

Por Marcos Antomil
Atualização:

São Paulo será a única cidade do mundo a sediar os três maiores eventos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em 2024. Depois de abrigar pelo segundo ano consecutivo a Fórmula E (carros elétricos), no Complexo do Anhembi, a capital paulista volta a receber a WEC, o Mundial de Endurance (protótipos esportivos e carros de turismo), no Autódromo de Interlagos, entre os dias 12 e 14 de julho. A Fórmula 1 também é um evento carimbado no circuito de competições da cidade há 34 anos. Neste ano, o GP de São Paulo acontece entre os dias 1º e 3 de novembro.

Além do automobilismo, a cidade de São Paulo tem buscado investir em eventos de outros esportes, como o futebol americano. Em setembro, a Neo Química Arena, estádio do Corinthians, receberá uma partida da NFL, a liga americana da modalidade. Sem perder o foco na velocidade, a capital paulista também mantém conversas com a Indy para que a principal categoria dos EUA recoloque o País no seu calendário após mais de 10 anos.

Interlagos vai receber as provas de endurance e Fórmula 1 em 2024. Foto: Felipe Rau/Estadão
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No fim de março, a Praça das Artes, no centro da cidade, recebeu o evento de lançamento da etapa do Mundial de Endurance (WEC) em São Paulo. O evento contou com a presença de autoridades do poder municipal e da organização da WEC, teve apresentações artísticas, de cordas e dança, da Fundação do Theatro Municipal. A última vez em que a competição aconteceu na capital foi em 2014.

“Estou muito feliz em comemorar o retorno ao Brasil. Interlagos é um importante palco do automobilismo. Este ano, 37 carros vão participar, sendo 19 na classe dos Hipercars. Nossa categoria é cada vez mais popular. Estamos vivenciando uma era de ouro como nunca vimos. Estamos ansiosos pelo dia 14 de julho e convidamos nossos muitos fãs brasileiros a se juntarem a nós no que promete ser outra corrida excelente”, afirmou Pierre Fillon, presidente da ACO (Automóvel Clube do Oeste, associações francesa automobilística, responsável pela organização da prova).

Primeira etapa da WEC foi realizada no Catar em 2024. Ao fundo, um hypercar e, desfocado, um carro de turismo. Foto: Julien Delfosse/DPPI
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Grandes marcadas tomam conta da WEC

Um dos destaques da WEC é a massiva presença de importantes marcas. Na temporada de 2024, estão presentes no Mundial: Cadillac, Porsche, Toyota, BMW, Alpine, Ferrari, Lamborghini, Peugeot, McLaren, Corvette, Aston Martin, Ford, Isotta Fraschini e Lexus. “Nosso campeonato está mais forte do que nunca, com 14 dos fabricantes mais icônicos do mundo batalhando nas pistas e estamos muito entusiasmados em trazer o espírito de Le Mans de volta a São Paulo. As 6 Horas de São Paulo deste ano serão um evento verdadeiramente inesquecível”, disse Frederic Lequien, CEO da FIA WEC.

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A prova em Interlagos terá o máximo de seis horas de duração, com a participação dos hypercars, que são os protótipos esportivos, e dos carros de turismo. Com são etapas de longa duração, os pilotos revezam no mesmo carro. Dois brasileiros competem na categoria GT3, o curitibano Augusto Farfus (da equipe WRT-BMW) e o carioca Nicolas Costa (equipe United Autosports-McLaren).

“Le Mans é o ápice da temporada, espero poder chegar em Interlagos brigando pelo campeonato. No calendário da WEC, (Interlagos) é a melhor pista de todas”, disse Farfus ao Estadão. “Ter uma noção de onde está no campeonato é importante. Em cima disso é que vamos bolar nossa estratégia, sendo agressivo ou cauteloso”, afirmou Costa.

Investimento e retorno com a WEC, Fórmula 1 e Fórmula E em São Paulo

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Com contrato de cinco anos, a prefeitura de São Paulo estima que o impacto econômico do Mundial de Endurance na cidade seja de R$ 200 milhões aproximadamente. “A gente espera que sejam gerados 5 mil empregos. Trata-se de uma das provas mais charmosas do mundo. Com a WEC a cidade de São Paulo se diferencia mundialmente como a única a ter as três principais categorias da FIA”, destaca Gustavo Pires, presidente da SP Turis.

Com a Fórmula E, categoria de carros elétricos, a prefeitura investiu no primeiro ano do evento (2023) cerca de R$ 38 milhões para montagem do circuito no Anhembi. Para os anos subsequentes, o valor cai para R$ 22 milhões. Nesse caso, o poder municipal não precisou arcar com o pagamento do fee, taxa para receber eventos desse porte da FIA. Segundo a SPTuris, o impacto econômico da F-E em 2024 foi de R$ 180 milhões.

Carros elétricos aceleraram no Sambódromo do Anhmebi, em março. Foto: Sam Bagnall/Formula E
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“O Brasil sempre foi um parceiro histórico da Fórmula E e por fim conseguimos em 2023 trazer o E-Prix para São Paulo em um contrato de cinco anos. É de longo prazo! A corrida é uma das favoritas de pilotos, equipes e todo ecossistema da Fórmula E”, afirma Alberto Longo, cofundador da Fórmula E. Para a próxima temporada, a tendência é que a corrida de monopostos elétricos aconteça ainda em janeiro.

O holandês Max Verstappen, da Red Bull, ganhou o GP de São Paulo de Fórmula 1 de 2024. Foto: Felipe Rau/Estadão

Com relação à Fórmula 1, o contrato da capital paulista vai até 2030. O valor do fee foi de US$ 125 milhões (R$ 612 milhões, na cotação atual) pelo cinco primeiros anos. De acordo com o prefeito Ricardo Nunes, um valor equivalente será replicado pelo restante do vínculo com a Fórmula 1. A prefeitura também pagou R$ 100 milhões para a Mubadala para promover a organização do GP pelos cinco anos iniciais. A categoria máxima do automobilismo mundial movimentou R$ 1,64 bilhão em 2023, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

São Paulo será a única cidade do mundo a sediar os três maiores eventos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em 2024. Depois de abrigar pelo segundo ano consecutivo a Fórmula E (carros elétricos), no Complexo do Anhembi, a capital paulista volta a receber a WEC, o Mundial de Endurance (protótipos esportivos e carros de turismo), no Autódromo de Interlagos, entre os dias 12 e 14 de julho. A Fórmula 1 também é um evento carimbado no circuito de competições da cidade há 34 anos. Neste ano, o GP de São Paulo acontece entre os dias 1º e 3 de novembro.

Além do automobilismo, a cidade de São Paulo tem buscado investir em eventos de outros esportes, como o futebol americano. Em setembro, a Neo Química Arena, estádio do Corinthians, receberá uma partida da NFL, a liga americana da modalidade. Sem perder o foco na velocidade, a capital paulista também mantém conversas com a Indy para que a principal categoria dos EUA recoloque o País no seu calendário após mais de 10 anos.

Interlagos vai receber as provas de endurance e Fórmula 1 em 2024. Foto: Felipe Rau/Estadão

No fim de março, a Praça das Artes, no centro da cidade, recebeu o evento de lançamento da etapa do Mundial de Endurance (WEC) em São Paulo. O evento contou com a presença de autoridades do poder municipal e da organização da WEC, teve apresentações artísticas, de cordas e dança, da Fundação do Theatro Municipal. A última vez em que a competição aconteceu na capital foi em 2014.

“Estou muito feliz em comemorar o retorno ao Brasil. Interlagos é um importante palco do automobilismo. Este ano, 37 carros vão participar, sendo 19 na classe dos Hipercars. Nossa categoria é cada vez mais popular. Estamos vivenciando uma era de ouro como nunca vimos. Estamos ansiosos pelo dia 14 de julho e convidamos nossos muitos fãs brasileiros a se juntarem a nós no que promete ser outra corrida excelente”, afirmou Pierre Fillon, presidente da ACO (Automóvel Clube do Oeste, associações francesa automobilística, responsável pela organização da prova).

Primeira etapa da WEC foi realizada no Catar em 2024. Ao fundo, um hypercar e, desfocado, um carro de turismo. Foto: Julien Delfosse/DPPI

Grandes marcadas tomam conta da WEC

Um dos destaques da WEC é a massiva presença de importantes marcas. Na temporada de 2024, estão presentes no Mundial: Cadillac, Porsche, Toyota, BMW, Alpine, Ferrari, Lamborghini, Peugeot, McLaren, Corvette, Aston Martin, Ford, Isotta Fraschini e Lexus. “Nosso campeonato está mais forte do que nunca, com 14 dos fabricantes mais icônicos do mundo batalhando nas pistas e estamos muito entusiasmados em trazer o espírito de Le Mans de volta a São Paulo. As 6 Horas de São Paulo deste ano serão um evento verdadeiramente inesquecível”, disse Frederic Lequien, CEO da FIA WEC.

A prova em Interlagos terá o máximo de seis horas de duração, com a participação dos hypercars, que são os protótipos esportivos, e dos carros de turismo. Com são etapas de longa duração, os pilotos revezam no mesmo carro. Dois brasileiros competem na categoria GT3, o curitibano Augusto Farfus (da equipe WRT-BMW) e o carioca Nicolas Costa (equipe United Autosports-McLaren).

“Le Mans é o ápice da temporada, espero poder chegar em Interlagos brigando pelo campeonato. No calendário da WEC, (Interlagos) é a melhor pista de todas”, disse Farfus ao Estadão. “Ter uma noção de onde está no campeonato é importante. Em cima disso é que vamos bolar nossa estratégia, sendo agressivo ou cauteloso”, afirmou Costa.

Investimento e retorno com a WEC, Fórmula 1 e Fórmula E em São Paulo

Com contrato de cinco anos, a prefeitura de São Paulo estima que o impacto econômico do Mundial de Endurance na cidade seja de R$ 200 milhões aproximadamente. “A gente espera que sejam gerados 5 mil empregos. Trata-se de uma das provas mais charmosas do mundo. Com a WEC a cidade de São Paulo se diferencia mundialmente como a única a ter as três principais categorias da FIA”, destaca Gustavo Pires, presidente da SP Turis.

Com a Fórmula E, categoria de carros elétricos, a prefeitura investiu no primeiro ano do evento (2023) cerca de R$ 38 milhões para montagem do circuito no Anhembi. Para os anos subsequentes, o valor cai para R$ 22 milhões. Nesse caso, o poder municipal não precisou arcar com o pagamento do fee, taxa para receber eventos desse porte da FIA. Segundo a SPTuris, o impacto econômico da F-E em 2024 foi de R$ 180 milhões.

Carros elétricos aceleraram no Sambódromo do Anhmebi, em março. Foto: Sam Bagnall/Formula E

“O Brasil sempre foi um parceiro histórico da Fórmula E e por fim conseguimos em 2023 trazer o E-Prix para São Paulo em um contrato de cinco anos. É de longo prazo! A corrida é uma das favoritas de pilotos, equipes e todo ecossistema da Fórmula E”, afirma Alberto Longo, cofundador da Fórmula E. Para a próxima temporada, a tendência é que a corrida de monopostos elétricos aconteça ainda em janeiro.

O holandês Max Verstappen, da Red Bull, ganhou o GP de São Paulo de Fórmula 1 de 2024. Foto: Felipe Rau/Estadão

Com relação à Fórmula 1, o contrato da capital paulista vai até 2030. O valor do fee foi de US$ 125 milhões (R$ 612 milhões, na cotação atual) pelo cinco primeiros anos. De acordo com o prefeito Ricardo Nunes, um valor equivalente será replicado pelo restante do vínculo com a Fórmula 1. A prefeitura também pagou R$ 100 milhões para a Mubadala para promover a organização do GP pelos cinco anos iniciais. A categoria máxima do automobilismo mundial movimentou R$ 1,64 bilhão em 2023, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

São Paulo será a única cidade do mundo a sediar os três maiores eventos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em 2024. Depois de abrigar pelo segundo ano consecutivo a Fórmula E (carros elétricos), no Complexo do Anhembi, a capital paulista volta a receber a WEC, o Mundial de Endurance (protótipos esportivos e carros de turismo), no Autódromo de Interlagos, entre os dias 12 e 14 de julho. A Fórmula 1 também é um evento carimbado no circuito de competições da cidade há 34 anos. Neste ano, o GP de São Paulo acontece entre os dias 1º e 3 de novembro.

Além do automobilismo, a cidade de São Paulo tem buscado investir em eventos de outros esportes, como o futebol americano. Em setembro, a Neo Química Arena, estádio do Corinthians, receberá uma partida da NFL, a liga americana da modalidade. Sem perder o foco na velocidade, a capital paulista também mantém conversas com a Indy para que a principal categoria dos EUA recoloque o País no seu calendário após mais de 10 anos.

Interlagos vai receber as provas de endurance e Fórmula 1 em 2024. Foto: Felipe Rau/Estadão

No fim de março, a Praça das Artes, no centro da cidade, recebeu o evento de lançamento da etapa do Mundial de Endurance (WEC) em São Paulo. O evento contou com a presença de autoridades do poder municipal e da organização da WEC, teve apresentações artísticas, de cordas e dança, da Fundação do Theatro Municipal. A última vez em que a competição aconteceu na capital foi em 2014.

“Estou muito feliz em comemorar o retorno ao Brasil. Interlagos é um importante palco do automobilismo. Este ano, 37 carros vão participar, sendo 19 na classe dos Hipercars. Nossa categoria é cada vez mais popular. Estamos vivenciando uma era de ouro como nunca vimos. Estamos ansiosos pelo dia 14 de julho e convidamos nossos muitos fãs brasileiros a se juntarem a nós no que promete ser outra corrida excelente”, afirmou Pierre Fillon, presidente da ACO (Automóvel Clube do Oeste, associações francesa automobilística, responsável pela organização da prova).

Primeira etapa da WEC foi realizada no Catar em 2024. Ao fundo, um hypercar e, desfocado, um carro de turismo. Foto: Julien Delfosse/DPPI

Grandes marcadas tomam conta da WEC

Um dos destaques da WEC é a massiva presença de importantes marcas. Na temporada de 2024, estão presentes no Mundial: Cadillac, Porsche, Toyota, BMW, Alpine, Ferrari, Lamborghini, Peugeot, McLaren, Corvette, Aston Martin, Ford, Isotta Fraschini e Lexus. “Nosso campeonato está mais forte do que nunca, com 14 dos fabricantes mais icônicos do mundo batalhando nas pistas e estamos muito entusiasmados em trazer o espírito de Le Mans de volta a São Paulo. As 6 Horas de São Paulo deste ano serão um evento verdadeiramente inesquecível”, disse Frederic Lequien, CEO da FIA WEC.

A prova em Interlagos terá o máximo de seis horas de duração, com a participação dos hypercars, que são os protótipos esportivos, e dos carros de turismo. Com são etapas de longa duração, os pilotos revezam no mesmo carro. Dois brasileiros competem na categoria GT3, o curitibano Augusto Farfus (da equipe WRT-BMW) e o carioca Nicolas Costa (equipe United Autosports-McLaren).

“Le Mans é o ápice da temporada, espero poder chegar em Interlagos brigando pelo campeonato. No calendário da WEC, (Interlagos) é a melhor pista de todas”, disse Farfus ao Estadão. “Ter uma noção de onde está no campeonato é importante. Em cima disso é que vamos bolar nossa estratégia, sendo agressivo ou cauteloso”, afirmou Costa.

Investimento e retorno com a WEC, Fórmula 1 e Fórmula E em São Paulo

Com contrato de cinco anos, a prefeitura de São Paulo estima que o impacto econômico do Mundial de Endurance na cidade seja de R$ 200 milhões aproximadamente. “A gente espera que sejam gerados 5 mil empregos. Trata-se de uma das provas mais charmosas do mundo. Com a WEC a cidade de São Paulo se diferencia mundialmente como a única a ter as três principais categorias da FIA”, destaca Gustavo Pires, presidente da SP Turis.

Com a Fórmula E, categoria de carros elétricos, a prefeitura investiu no primeiro ano do evento (2023) cerca de R$ 38 milhões para montagem do circuito no Anhembi. Para os anos subsequentes, o valor cai para R$ 22 milhões. Nesse caso, o poder municipal não precisou arcar com o pagamento do fee, taxa para receber eventos desse porte da FIA. Segundo a SPTuris, o impacto econômico da F-E em 2024 foi de R$ 180 milhões.

Carros elétricos aceleraram no Sambódromo do Anhmebi, em março. Foto: Sam Bagnall/Formula E

“O Brasil sempre foi um parceiro histórico da Fórmula E e por fim conseguimos em 2023 trazer o E-Prix para São Paulo em um contrato de cinco anos. É de longo prazo! A corrida é uma das favoritas de pilotos, equipes e todo ecossistema da Fórmula E”, afirma Alberto Longo, cofundador da Fórmula E. Para a próxima temporada, a tendência é que a corrida de monopostos elétricos aconteça ainda em janeiro.

O holandês Max Verstappen, da Red Bull, ganhou o GP de São Paulo de Fórmula 1 de 2024. Foto: Felipe Rau/Estadão

Com relação à Fórmula 1, o contrato da capital paulista vai até 2030. O valor do fee foi de US$ 125 milhões (R$ 612 milhões, na cotação atual) pelo cinco primeiros anos. De acordo com o prefeito Ricardo Nunes, um valor equivalente será replicado pelo restante do vínculo com a Fórmula 1. A prefeitura também pagou R$ 100 milhões para a Mubadala para promover a organização do GP pelos cinco anos iniciais. A categoria máxima do automobilismo mundial movimentou R$ 1,64 bilhão em 2023, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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