F-1: McLaren tenta anular oportunista Mercedes para se livrar de Ferrari e Red Bull no Catar


Com pole de Lando Norris, escuderia reanima após desempenhos ruins em Las Vegas e em São Paulo

Por Evelyn Guimarães/GRANDE PRÊMIO

O Catar era tudo que a McLaren precisava depois do sofrível GP de Las Vegas e da lavada (em todos os sentidos) que tomou em São Paulo. É que o traçado de Lusail agrada demais o carro laranja, que gosta muito da velocidade cadenciada e das curvas de média velocidade. Portanto, não foi uma surpresa notar a facilidade com que a equipe inglesa levou a sexta-feira de treino livre único e classificação da sprint deste sábado. No fim, Lando Norris fez valer a força do MCL38 e cravou a pole da corrida curta, dominando as três fases da sessão que definiu o grid. Oscar Piastri sai em terceiro, corroborando a tese sobre o melhor entendimento da pista. Mas há uma ressalva: George Russell foi capaz de se colocar entre a dupla papaia, e isso é um problema para Andrea Stella e companhia.

Acontece que a Mercedes vem de um fim de semana altamente competitivo, em que o próprio Russell conquistou uma vitória poderosa, puxando o 1-2 das Flechas de Prata, em Las Vegas, e agora tenta surpreender novamente a concorrência. Isso porque o circuito catari não parecia um palco tão eloquente, mas, a partir do momento que as temperaturas se mostraram mais amenas, na casa de incríveis 18ºC, o W15 renasceu, replicando a velocidade impressionante da semana passada, bem como uma melhor adaptação dos pneus a um piso bem mais emborrachado. E George tratou de aproveitar o cenário favorável para entrar na briga.

Ainda que a primeira tentativa de volta rápida no SQ3 não tenha sido espetacular, o giro decisivo foi mais ao seu estilo. Russell pulou para a primeira fila, ao ficar a apenas 0s063 de Norris, dono da posição de honra. “O carro parecia ótimo e este circuito é um dos melhores. Quando você encaixa um ritmo, é muito veloz. Fui ao máximo na minha volta final do SQ3, e isso confundiu um pouco o motor, então perdi um pouco de tempo nas saídas de curva, mas acho que Lando estava um pouquinho melhor”, disse o britânico.

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Lando Norris garantiu a pole da corrida sprint, com largada no sábado. Foto: Darko Bandic/AP

“Eles (McLaren) estão em uma briga pelo campeonato, nós não temos nada a perder. Vamos tentar bons resultados, vamos tentar uma boa largada.”

Esse é o receio da McLaren: ter um Russell ao lado e sem nada a perder. Mas a esquadra papaia também tem lá uma carta que pode se tornar interessante neste sábado. Até para entender onde reside mesmo a força da Mercedes, que não demonstrou, importante dizer, um ritmo de corrida tão sensacional. O caso é que a sprint será disputada em um horário diferente da classificação. A corrida curta ocorre no fim da tarde no Catar, diante de um clima um pouco mais quente. Então, o desgaste dos pneus será crucial. E é aí que mora a esperança dos ingleses, que apresentaram um desempenho em condição de corrida bem mais sólido que o da Mercedes — que, aliás, parece ter o quarto melhor carro em ritmo de prova.

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“Primeiro e terceiro – melhor do que em Las Vegas. Oscar perdeu um pouco de tempo de volta, mas o carro tem sido competitivo, especialmente com os pneus médios, o que é importante para a sprint e para a corrida em si. Mas a Mercedes está apenas 0s1 atrás e a Ferrari está muito próxima também”, declarou um cauteloso Andrea Stella.

O italiano tem razão em tomar cuidado, porque nesse cenário a Ferrari não está só próxima, está colada, principalmente na performance de corrida. A diferença entre as duas postulantes ao título é insignificante. Mas os italianos vão precisar trabalhar melhor em cima da granulação dos pneus, algo que foi crítico na semana passada, nos EUA. Esse é o único ponto de maior preocupação dos homens de Maranello, que também tiveram de lidar com um carro mais arisco, especialmente na dianteira. Ainda assim, a SF-24 não perdeu a velocidade.

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George Russell acredita que pode fazer uma boa largada ao lado da McLaren de Norris. Foto: Darko Bandic/AFP

E apesar de exibir um desempenho consistente, a dupla da Ferrari também preferiu uma postura menos otimista. Ao falar sobre a possibilidade de encarar a McLaren, para tentar adiar a decisão do título, Charles Leclerc, quinto no grid, foi direto. “Se olharmos para o primeiro treino, claramente, sim, há chance. Agora se olhar para a classificação, não. Por enquanto, a sessão mais representativa é a classificação. Não estamos na melhor posição. Mas nunca se sabe. É sempre diferente nas corridas.”

“Acho que amanhã temos potencial para melhorar muito o carro, especialmente com os pneus macios, e isso significa que podemos dar alguns passos à frente”, completou Carlos Sainz, que sai uma colocação à frente do companheiro de garagem.

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Por fim, não há como tirar a Red Bull de Max Verstappen da equação — apesar da sexta posição do grid. Embora o novo tetracampeão tenha enfrentado problemas com os pneus e vivido um dia mais discreto, a performance em corrida segue forte, só perde mesmo para as duas ponteiras.

Dito isso, as 19 voltas da sprint deste sábado já vão responder boa parte das perguntas para o restante do fim de semana, em que a McLaren tenta já se livrar da Mercedes e se afastar de Ferrari e dos taurinos, para enfim comemorar algo e salvar sua temporada 2024.

A prova curta tem largada às 11h (horário de Brasília) no sábado. Em seguida, às 15h, os pilotos disputam a classificação. Por fim, a largada da corrida no Catar será no domingo, às 13h.

O Catar era tudo que a McLaren precisava depois do sofrível GP de Las Vegas e da lavada (em todos os sentidos) que tomou em São Paulo. É que o traçado de Lusail agrada demais o carro laranja, que gosta muito da velocidade cadenciada e das curvas de média velocidade. Portanto, não foi uma surpresa notar a facilidade com que a equipe inglesa levou a sexta-feira de treino livre único e classificação da sprint deste sábado. No fim, Lando Norris fez valer a força do MCL38 e cravou a pole da corrida curta, dominando as três fases da sessão que definiu o grid. Oscar Piastri sai em terceiro, corroborando a tese sobre o melhor entendimento da pista. Mas há uma ressalva: George Russell foi capaz de se colocar entre a dupla papaia, e isso é um problema para Andrea Stella e companhia.

Acontece que a Mercedes vem de um fim de semana altamente competitivo, em que o próprio Russell conquistou uma vitória poderosa, puxando o 1-2 das Flechas de Prata, em Las Vegas, e agora tenta surpreender novamente a concorrência. Isso porque o circuito catari não parecia um palco tão eloquente, mas, a partir do momento que as temperaturas se mostraram mais amenas, na casa de incríveis 18ºC, o W15 renasceu, replicando a velocidade impressionante da semana passada, bem como uma melhor adaptação dos pneus a um piso bem mais emborrachado. E George tratou de aproveitar o cenário favorável para entrar na briga.

Ainda que a primeira tentativa de volta rápida no SQ3 não tenha sido espetacular, o giro decisivo foi mais ao seu estilo. Russell pulou para a primeira fila, ao ficar a apenas 0s063 de Norris, dono da posição de honra. “O carro parecia ótimo e este circuito é um dos melhores. Quando você encaixa um ritmo, é muito veloz. Fui ao máximo na minha volta final do SQ3, e isso confundiu um pouco o motor, então perdi um pouco de tempo nas saídas de curva, mas acho que Lando estava um pouquinho melhor”, disse o britânico.

Lando Norris garantiu a pole da corrida sprint, com largada no sábado. Foto: Darko Bandic/AP

“Eles (McLaren) estão em uma briga pelo campeonato, nós não temos nada a perder. Vamos tentar bons resultados, vamos tentar uma boa largada.”

Esse é o receio da McLaren: ter um Russell ao lado e sem nada a perder. Mas a esquadra papaia também tem lá uma carta que pode se tornar interessante neste sábado. Até para entender onde reside mesmo a força da Mercedes, que não demonstrou, importante dizer, um ritmo de corrida tão sensacional. O caso é que a sprint será disputada em um horário diferente da classificação. A corrida curta ocorre no fim da tarde no Catar, diante de um clima um pouco mais quente. Então, o desgaste dos pneus será crucial. E é aí que mora a esperança dos ingleses, que apresentaram um desempenho em condição de corrida bem mais sólido que o da Mercedes — que, aliás, parece ter o quarto melhor carro em ritmo de prova.

“Primeiro e terceiro – melhor do que em Las Vegas. Oscar perdeu um pouco de tempo de volta, mas o carro tem sido competitivo, especialmente com os pneus médios, o que é importante para a sprint e para a corrida em si. Mas a Mercedes está apenas 0s1 atrás e a Ferrari está muito próxima também”, declarou um cauteloso Andrea Stella.

O italiano tem razão em tomar cuidado, porque nesse cenário a Ferrari não está só próxima, está colada, principalmente na performance de corrida. A diferença entre as duas postulantes ao título é insignificante. Mas os italianos vão precisar trabalhar melhor em cima da granulação dos pneus, algo que foi crítico na semana passada, nos EUA. Esse é o único ponto de maior preocupação dos homens de Maranello, que também tiveram de lidar com um carro mais arisco, especialmente na dianteira. Ainda assim, a SF-24 não perdeu a velocidade.

George Russell acredita que pode fazer uma boa largada ao lado da McLaren de Norris. Foto: Darko Bandic/AFP

E apesar de exibir um desempenho consistente, a dupla da Ferrari também preferiu uma postura menos otimista. Ao falar sobre a possibilidade de encarar a McLaren, para tentar adiar a decisão do título, Charles Leclerc, quinto no grid, foi direto. “Se olharmos para o primeiro treino, claramente, sim, há chance. Agora se olhar para a classificação, não. Por enquanto, a sessão mais representativa é a classificação. Não estamos na melhor posição. Mas nunca se sabe. É sempre diferente nas corridas.”

“Acho que amanhã temos potencial para melhorar muito o carro, especialmente com os pneus macios, e isso significa que podemos dar alguns passos à frente”, completou Carlos Sainz, que sai uma colocação à frente do companheiro de garagem.

Por fim, não há como tirar a Red Bull de Max Verstappen da equação — apesar da sexta posição do grid. Embora o novo tetracampeão tenha enfrentado problemas com os pneus e vivido um dia mais discreto, a performance em corrida segue forte, só perde mesmo para as duas ponteiras.

Dito isso, as 19 voltas da sprint deste sábado já vão responder boa parte das perguntas para o restante do fim de semana, em que a McLaren tenta já se livrar da Mercedes e se afastar de Ferrari e dos taurinos, para enfim comemorar algo e salvar sua temporada 2024.

A prova curta tem largada às 11h (horário de Brasília) no sábado. Em seguida, às 15h, os pilotos disputam a classificação. Por fim, a largada da corrida no Catar será no domingo, às 13h.

O Catar era tudo que a McLaren precisava depois do sofrível GP de Las Vegas e da lavada (em todos os sentidos) que tomou em São Paulo. É que o traçado de Lusail agrada demais o carro laranja, que gosta muito da velocidade cadenciada e das curvas de média velocidade. Portanto, não foi uma surpresa notar a facilidade com que a equipe inglesa levou a sexta-feira de treino livre único e classificação da sprint deste sábado. No fim, Lando Norris fez valer a força do MCL38 e cravou a pole da corrida curta, dominando as três fases da sessão que definiu o grid. Oscar Piastri sai em terceiro, corroborando a tese sobre o melhor entendimento da pista. Mas há uma ressalva: George Russell foi capaz de se colocar entre a dupla papaia, e isso é um problema para Andrea Stella e companhia.

Acontece que a Mercedes vem de um fim de semana altamente competitivo, em que o próprio Russell conquistou uma vitória poderosa, puxando o 1-2 das Flechas de Prata, em Las Vegas, e agora tenta surpreender novamente a concorrência. Isso porque o circuito catari não parecia um palco tão eloquente, mas, a partir do momento que as temperaturas se mostraram mais amenas, na casa de incríveis 18ºC, o W15 renasceu, replicando a velocidade impressionante da semana passada, bem como uma melhor adaptação dos pneus a um piso bem mais emborrachado. E George tratou de aproveitar o cenário favorável para entrar na briga.

Ainda que a primeira tentativa de volta rápida no SQ3 não tenha sido espetacular, o giro decisivo foi mais ao seu estilo. Russell pulou para a primeira fila, ao ficar a apenas 0s063 de Norris, dono da posição de honra. “O carro parecia ótimo e este circuito é um dos melhores. Quando você encaixa um ritmo, é muito veloz. Fui ao máximo na minha volta final do SQ3, e isso confundiu um pouco o motor, então perdi um pouco de tempo nas saídas de curva, mas acho que Lando estava um pouquinho melhor”, disse o britânico.

Lando Norris garantiu a pole da corrida sprint, com largada no sábado. Foto: Darko Bandic/AP

“Eles (McLaren) estão em uma briga pelo campeonato, nós não temos nada a perder. Vamos tentar bons resultados, vamos tentar uma boa largada.”

Esse é o receio da McLaren: ter um Russell ao lado e sem nada a perder. Mas a esquadra papaia também tem lá uma carta que pode se tornar interessante neste sábado. Até para entender onde reside mesmo a força da Mercedes, que não demonstrou, importante dizer, um ritmo de corrida tão sensacional. O caso é que a sprint será disputada em um horário diferente da classificação. A corrida curta ocorre no fim da tarde no Catar, diante de um clima um pouco mais quente. Então, o desgaste dos pneus será crucial. E é aí que mora a esperança dos ingleses, que apresentaram um desempenho em condição de corrida bem mais sólido que o da Mercedes — que, aliás, parece ter o quarto melhor carro em ritmo de prova.

“Primeiro e terceiro – melhor do que em Las Vegas. Oscar perdeu um pouco de tempo de volta, mas o carro tem sido competitivo, especialmente com os pneus médios, o que é importante para a sprint e para a corrida em si. Mas a Mercedes está apenas 0s1 atrás e a Ferrari está muito próxima também”, declarou um cauteloso Andrea Stella.

O italiano tem razão em tomar cuidado, porque nesse cenário a Ferrari não está só próxima, está colada, principalmente na performance de corrida. A diferença entre as duas postulantes ao título é insignificante. Mas os italianos vão precisar trabalhar melhor em cima da granulação dos pneus, algo que foi crítico na semana passada, nos EUA. Esse é o único ponto de maior preocupação dos homens de Maranello, que também tiveram de lidar com um carro mais arisco, especialmente na dianteira. Ainda assim, a SF-24 não perdeu a velocidade.

George Russell acredita que pode fazer uma boa largada ao lado da McLaren de Norris. Foto: Darko Bandic/AFP

E apesar de exibir um desempenho consistente, a dupla da Ferrari também preferiu uma postura menos otimista. Ao falar sobre a possibilidade de encarar a McLaren, para tentar adiar a decisão do título, Charles Leclerc, quinto no grid, foi direto. “Se olharmos para o primeiro treino, claramente, sim, há chance. Agora se olhar para a classificação, não. Por enquanto, a sessão mais representativa é a classificação. Não estamos na melhor posição. Mas nunca se sabe. É sempre diferente nas corridas.”

“Acho que amanhã temos potencial para melhorar muito o carro, especialmente com os pneus macios, e isso significa que podemos dar alguns passos à frente”, completou Carlos Sainz, que sai uma colocação à frente do companheiro de garagem.

Por fim, não há como tirar a Red Bull de Max Verstappen da equação — apesar da sexta posição do grid. Embora o novo tetracampeão tenha enfrentado problemas com os pneus e vivido um dia mais discreto, a performance em corrida segue forte, só perde mesmo para as duas ponteiras.

Dito isso, as 19 voltas da sprint deste sábado já vão responder boa parte das perguntas para o restante do fim de semana, em que a McLaren tenta já se livrar da Mercedes e se afastar de Ferrari e dos taurinos, para enfim comemorar algo e salvar sua temporada 2024.

A prova curta tem largada às 11h (horário de Brasília) no sábado. Em seguida, às 15h, os pilotos disputam a classificação. Por fim, a largada da corrida no Catar será no domingo, às 13h.

O Catar era tudo que a McLaren precisava depois do sofrível GP de Las Vegas e da lavada (em todos os sentidos) que tomou em São Paulo. É que o traçado de Lusail agrada demais o carro laranja, que gosta muito da velocidade cadenciada e das curvas de média velocidade. Portanto, não foi uma surpresa notar a facilidade com que a equipe inglesa levou a sexta-feira de treino livre único e classificação da sprint deste sábado. No fim, Lando Norris fez valer a força do MCL38 e cravou a pole da corrida curta, dominando as três fases da sessão que definiu o grid. Oscar Piastri sai em terceiro, corroborando a tese sobre o melhor entendimento da pista. Mas há uma ressalva: George Russell foi capaz de se colocar entre a dupla papaia, e isso é um problema para Andrea Stella e companhia.

Acontece que a Mercedes vem de um fim de semana altamente competitivo, em que o próprio Russell conquistou uma vitória poderosa, puxando o 1-2 das Flechas de Prata, em Las Vegas, e agora tenta surpreender novamente a concorrência. Isso porque o circuito catari não parecia um palco tão eloquente, mas, a partir do momento que as temperaturas se mostraram mais amenas, na casa de incríveis 18ºC, o W15 renasceu, replicando a velocidade impressionante da semana passada, bem como uma melhor adaptação dos pneus a um piso bem mais emborrachado. E George tratou de aproveitar o cenário favorável para entrar na briga.

Ainda que a primeira tentativa de volta rápida no SQ3 não tenha sido espetacular, o giro decisivo foi mais ao seu estilo. Russell pulou para a primeira fila, ao ficar a apenas 0s063 de Norris, dono da posição de honra. “O carro parecia ótimo e este circuito é um dos melhores. Quando você encaixa um ritmo, é muito veloz. Fui ao máximo na minha volta final do SQ3, e isso confundiu um pouco o motor, então perdi um pouco de tempo nas saídas de curva, mas acho que Lando estava um pouquinho melhor”, disse o britânico.

Lando Norris garantiu a pole da corrida sprint, com largada no sábado. Foto: Darko Bandic/AP

“Eles (McLaren) estão em uma briga pelo campeonato, nós não temos nada a perder. Vamos tentar bons resultados, vamos tentar uma boa largada.”

Esse é o receio da McLaren: ter um Russell ao lado e sem nada a perder. Mas a esquadra papaia também tem lá uma carta que pode se tornar interessante neste sábado. Até para entender onde reside mesmo a força da Mercedes, que não demonstrou, importante dizer, um ritmo de corrida tão sensacional. O caso é que a sprint será disputada em um horário diferente da classificação. A corrida curta ocorre no fim da tarde no Catar, diante de um clima um pouco mais quente. Então, o desgaste dos pneus será crucial. E é aí que mora a esperança dos ingleses, que apresentaram um desempenho em condição de corrida bem mais sólido que o da Mercedes — que, aliás, parece ter o quarto melhor carro em ritmo de prova.

“Primeiro e terceiro – melhor do que em Las Vegas. Oscar perdeu um pouco de tempo de volta, mas o carro tem sido competitivo, especialmente com os pneus médios, o que é importante para a sprint e para a corrida em si. Mas a Mercedes está apenas 0s1 atrás e a Ferrari está muito próxima também”, declarou um cauteloso Andrea Stella.

O italiano tem razão em tomar cuidado, porque nesse cenário a Ferrari não está só próxima, está colada, principalmente na performance de corrida. A diferença entre as duas postulantes ao título é insignificante. Mas os italianos vão precisar trabalhar melhor em cima da granulação dos pneus, algo que foi crítico na semana passada, nos EUA. Esse é o único ponto de maior preocupação dos homens de Maranello, que também tiveram de lidar com um carro mais arisco, especialmente na dianteira. Ainda assim, a SF-24 não perdeu a velocidade.

George Russell acredita que pode fazer uma boa largada ao lado da McLaren de Norris. Foto: Darko Bandic/AFP

E apesar de exibir um desempenho consistente, a dupla da Ferrari também preferiu uma postura menos otimista. Ao falar sobre a possibilidade de encarar a McLaren, para tentar adiar a decisão do título, Charles Leclerc, quinto no grid, foi direto. “Se olharmos para o primeiro treino, claramente, sim, há chance. Agora se olhar para a classificação, não. Por enquanto, a sessão mais representativa é a classificação. Não estamos na melhor posição. Mas nunca se sabe. É sempre diferente nas corridas.”

“Acho que amanhã temos potencial para melhorar muito o carro, especialmente com os pneus macios, e isso significa que podemos dar alguns passos à frente”, completou Carlos Sainz, que sai uma colocação à frente do companheiro de garagem.

Por fim, não há como tirar a Red Bull de Max Verstappen da equação — apesar da sexta posição do grid. Embora o novo tetracampeão tenha enfrentado problemas com os pneus e vivido um dia mais discreto, a performance em corrida segue forte, só perde mesmo para as duas ponteiras.

Dito isso, as 19 voltas da sprint deste sábado já vão responder boa parte das perguntas para o restante do fim de semana, em que a McLaren tenta já se livrar da Mercedes e se afastar de Ferrari e dos taurinos, para enfim comemorar algo e salvar sua temporada 2024.

A prova curta tem largada às 11h (horário de Brasília) no sábado. Em seguida, às 15h, os pilotos disputam a classificação. Por fim, a largada da corrida no Catar será no domingo, às 13h.

O Catar era tudo que a McLaren precisava depois do sofrível GP de Las Vegas e da lavada (em todos os sentidos) que tomou em São Paulo. É que o traçado de Lusail agrada demais o carro laranja, que gosta muito da velocidade cadenciada e das curvas de média velocidade. Portanto, não foi uma surpresa notar a facilidade com que a equipe inglesa levou a sexta-feira de treino livre único e classificação da sprint deste sábado. No fim, Lando Norris fez valer a força do MCL38 e cravou a pole da corrida curta, dominando as três fases da sessão que definiu o grid. Oscar Piastri sai em terceiro, corroborando a tese sobre o melhor entendimento da pista. Mas há uma ressalva: George Russell foi capaz de se colocar entre a dupla papaia, e isso é um problema para Andrea Stella e companhia.

Acontece que a Mercedes vem de um fim de semana altamente competitivo, em que o próprio Russell conquistou uma vitória poderosa, puxando o 1-2 das Flechas de Prata, em Las Vegas, e agora tenta surpreender novamente a concorrência. Isso porque o circuito catari não parecia um palco tão eloquente, mas, a partir do momento que as temperaturas se mostraram mais amenas, na casa de incríveis 18ºC, o W15 renasceu, replicando a velocidade impressionante da semana passada, bem como uma melhor adaptação dos pneus a um piso bem mais emborrachado. E George tratou de aproveitar o cenário favorável para entrar na briga.

Ainda que a primeira tentativa de volta rápida no SQ3 não tenha sido espetacular, o giro decisivo foi mais ao seu estilo. Russell pulou para a primeira fila, ao ficar a apenas 0s063 de Norris, dono da posição de honra. “O carro parecia ótimo e este circuito é um dos melhores. Quando você encaixa um ritmo, é muito veloz. Fui ao máximo na minha volta final do SQ3, e isso confundiu um pouco o motor, então perdi um pouco de tempo nas saídas de curva, mas acho que Lando estava um pouquinho melhor”, disse o britânico.

Lando Norris garantiu a pole da corrida sprint, com largada no sábado. Foto: Darko Bandic/AP

“Eles (McLaren) estão em uma briga pelo campeonato, nós não temos nada a perder. Vamos tentar bons resultados, vamos tentar uma boa largada.”

Esse é o receio da McLaren: ter um Russell ao lado e sem nada a perder. Mas a esquadra papaia também tem lá uma carta que pode se tornar interessante neste sábado. Até para entender onde reside mesmo a força da Mercedes, que não demonstrou, importante dizer, um ritmo de corrida tão sensacional. O caso é que a sprint será disputada em um horário diferente da classificação. A corrida curta ocorre no fim da tarde no Catar, diante de um clima um pouco mais quente. Então, o desgaste dos pneus será crucial. E é aí que mora a esperança dos ingleses, que apresentaram um desempenho em condição de corrida bem mais sólido que o da Mercedes — que, aliás, parece ter o quarto melhor carro em ritmo de prova.

“Primeiro e terceiro – melhor do que em Las Vegas. Oscar perdeu um pouco de tempo de volta, mas o carro tem sido competitivo, especialmente com os pneus médios, o que é importante para a sprint e para a corrida em si. Mas a Mercedes está apenas 0s1 atrás e a Ferrari está muito próxima também”, declarou um cauteloso Andrea Stella.

O italiano tem razão em tomar cuidado, porque nesse cenário a Ferrari não está só próxima, está colada, principalmente na performance de corrida. A diferença entre as duas postulantes ao título é insignificante. Mas os italianos vão precisar trabalhar melhor em cima da granulação dos pneus, algo que foi crítico na semana passada, nos EUA. Esse é o único ponto de maior preocupação dos homens de Maranello, que também tiveram de lidar com um carro mais arisco, especialmente na dianteira. Ainda assim, a SF-24 não perdeu a velocidade.

George Russell acredita que pode fazer uma boa largada ao lado da McLaren de Norris. Foto: Darko Bandic/AFP

E apesar de exibir um desempenho consistente, a dupla da Ferrari também preferiu uma postura menos otimista. Ao falar sobre a possibilidade de encarar a McLaren, para tentar adiar a decisão do título, Charles Leclerc, quinto no grid, foi direto. “Se olharmos para o primeiro treino, claramente, sim, há chance. Agora se olhar para a classificação, não. Por enquanto, a sessão mais representativa é a classificação. Não estamos na melhor posição. Mas nunca se sabe. É sempre diferente nas corridas.”

“Acho que amanhã temos potencial para melhorar muito o carro, especialmente com os pneus macios, e isso significa que podemos dar alguns passos à frente”, completou Carlos Sainz, que sai uma colocação à frente do companheiro de garagem.

Por fim, não há como tirar a Red Bull de Max Verstappen da equação — apesar da sexta posição do grid. Embora o novo tetracampeão tenha enfrentado problemas com os pneus e vivido um dia mais discreto, a performance em corrida segue forte, só perde mesmo para as duas ponteiras.

Dito isso, as 19 voltas da sprint deste sábado já vão responder boa parte das perguntas para o restante do fim de semana, em que a McLaren tenta já se livrar da Mercedes e se afastar de Ferrari e dos taurinos, para enfim comemorar algo e salvar sua temporada 2024.

A prova curta tem largada às 11h (horário de Brasília) no sábado. Em seguida, às 15h, os pilotos disputam a classificação. Por fim, a largada da corrida no Catar será no domingo, às 13h.

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