F-1: Red Bull reage e joga fichas nas atualizações em dia de McLaren forte na Hungria


Etapa de Budapeste pode se tornar uma das mais decisivas do ano

Por Evelyn Guimarães/GRANDE PRÊMIO

A Fórmula 1 inicia na Hungria a segunda metade da temporada 2024, em um fim de semana que pode se tornar também um dos mais decisivos do ano — certamente, já o é para muita gente do grid. Dessa forma, não foi uma surpresa entender a opção da Red Bull em levar a Budapeste um robusto pacote de atualizações para o RB20. A ideia é tentar retomar o caminho de domínio do início do ano e neutralizar a cada vez mais forte McLaren. Por ora, apenas Max Verstappen recebeu todas as novidades e terminou os treinos livres desta sexta-feira, 19, com um sorriso no rosto, ainda que a melhor volta do dia tenha ficado com Lando Norris. Mais uma vez, o Mundial caminha para um embate entre as duas ponteiras.

A atual campeã do mundo conduziu uma profunda mudança para a Hungria. Parte das atualizações são muito particulares. Ou seja, elementos próprios para a melhor performance em um circuito travado como o de Hungaroring, porém a maior parte das alterações foi pensada para ampliar a condição geral do RB20, quando voltando ao conceito do bem-sucedido RB19 — vencedor de 21 das 22 etapas de 2023. De maneira global, os engenheiros comandados por Pierre Waché revisaram a cobertura do motor, o halo, entradas de ar traseira e dianteira e também na asa dianteira, além dos dutos de freios. Tudo em uma tentativa de melhorar o fluxo do ar e, portanto, chegar a uma maior eficiência aerodinâmica.

Houve também um trabalho delicado com relação ao sistema de resfriamento — esse é um elemento complexo desse modelo taurino e que atende muito bem à demanda do motor Honda. Não à toa, a equipe pensou em melhorias na Hungria, onde as temperaturas do verão europeu estão muito altas. A confiabilidade é palavra de ordem, especialmente diante da situação de Verstappen, que já está na quarta unidade de potência.

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Mesmo ficando atrás de Lando Norris, Verstappen ficou feliz com desempenho do seu carro em Budapeste. Foto: Ferenc Isza/AFP

O tricampeão da Red Bull aprovou as mudanças, embora ainda entenda que a esquadra precise de mais tempo de avaliação. Foi interessante perceber durante o segundo treino, especialmente, que a velocidade de reta e nos trechos mais rápidos do circuito segue intacta, enquanto o RB20 ainda perde para a McLaren nas curvas de baixa da pista húngara. Max também precisou de mais uma volta no pneu macio para chegar no tempo que lhe deu a segunda posição na tabela — o piloto pegou trânsito no giro inicial, mas, ainda assim, foi capaz de ficar a 0s2 de Norris. Agora, o ritmo de corrida impressionou, curiosamente com Sergio Pérez.

O mexicano, que vive sob a ameaça do desemprego na Red Bull, se mostrou mais à vontade — ele não tem todas as novidades no carro, mas também recebeu alguns componentes, além da asa e do assoalho. Checo fechou o dia em quarto, um pouco mais perto de Verstappen em desempenho de volta única e foi mais rápido que o colega de garagem nos ensaios em condição de corrida.

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Apesar de liderar nesse quesito, a vantagem da Red Bull é pequena na comparação com a McLaren: menos de 0s1. O problema aqui é que a equipe inglesa optou por usar os pneus duros com Norris, enquanto os taurinos calçaram os médios. Os pneus devem combinar a estratégia para o domingo. É importante também destacar que o time de Andrea Stella está muito bem, obrigada. Em uma pista diferente, o MCL38 apresentou de novo uma grande performance, especialmente em ritmo de classificação. Lando dominou a folha de tempos com 1min17s788 — foi o único a andar nessa marca.

O caso é que a McLaren parece bastante confortável nos trechos de baixa e média velocidade, além de se adaptar melhor às altas temperaturas. Mas há algumas ressalvas. A primeira delas é Oscar Piastri. O australiano viveu um dia agitado, marcado por problemas de confiabilidade e foi apenas o 13º. A decisão de usar os pneus duros na sexta-feira também inspira preocupação, pois será um composto importante para a corrida e agora há apenas um jogo. Diante disso, a classificação será fundamental.

Lando Norris, da McLaren, liderou segundo treino livre na Hungria. Foto: Attila Kibenedek/AFP
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Logo atrás das duas rivais, está a Mercedes. A equipe que venceu as duas últimas corridas tenta se encontrar em um circuito também difícil, levando em conta a natureza do revisado W15. Lewis Hamilton foi o sétimo colocado do dia e se queixou da configuração do carro. George Russell, quinto na tabela, foi na mesma linha, mas apontou para um problema maior: o calor. O calcanhar de Aquiles da esquadra alemã. E de fato, será um desafio.

Segundo a Pirelli, a sexta-feira em Budapeste registrou a terceira maior temperatura de pista desde que a fornecedora italiana retornou à Fórmula 1 em 2011. Os 59,7°C vistos no primeiro treino livre só foram superados pelos 60°C no GP da Hungria de 2018 e os 61°C no primeiro treino livre na Malásia de 2016.

“Houve uma diferença significativa entre 10 e 15°C entre as temperaturas nas duas sessões de hoje, amenizada pela cobertura parcial de nuvens na segunda hora. É um dado importante ao analisar os dados, também tendo em conta o fato de a classificação começar às 16h (locais) e a corrida de domingo às 15h, mesmo que a previsão meteorológica seja de uma ligeira queda na temperatura do ar para o sábado, antes de ver uma repetição dos números desta sexta no domingo”, explicou a Pirelli.

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Quer dizer, a Mercedes terá de encontrar uma forma de lidar melhor com o calor se quiser evoluir ao longo do fim de semana, mas já conta com uma boa notícia, ao menos para a definição das posições de largada. Em termos de performance em prova, Hamilton e Russell conduziram programas diferentes. Enquanto o heptacampeão andou com os pneus macios, o vencedor do GP da Áustria foi de médios. E de fato, como Lewis afirmou após o TL2, o desempenho é bem decente, embora sustente uma diferença de 0s3 para a Red Bull. Por outro lado, o time possui um ritmo 0s2 melhor que a Ferrari.

E falando nos italianos, a sexta-feira foi de sensações mistas. A escuderia também levou atualizações, sendo a mais importante o assoalho. O objetivo é voltar ao ponto em que estava em Mônaco. Afinal, circuitos travados parecem ser a força da SF-24. Carlos Sainz foi quem melhor se saiu nos treinos ao terminar o dia em terceiro, provando que há performance em volta única. No entanto, a equipe perdeu muito com a violenta pancada de Charles Leclerc na primeira parte do TL2. Quer dizer, Frédéric Vasseur e seus comandados terão trabalho em Budapeste.

Por fim, destaque positivo para a Haas, que colocou Kevin Magnussen na sexta colocação da tabela de tempos, comprovando a boa performance em classificação. O ponto negativo do dia vai para a Aston Martin. As atualizações não surtiram efeito neste primeiro momento, e Fernando Alonso já demonstra cada vez menos paciência.

A Fórmula 1 inicia na Hungria a segunda metade da temporada 2024, em um fim de semana que pode se tornar também um dos mais decisivos do ano — certamente, já o é para muita gente do grid. Dessa forma, não foi uma surpresa entender a opção da Red Bull em levar a Budapeste um robusto pacote de atualizações para o RB20. A ideia é tentar retomar o caminho de domínio do início do ano e neutralizar a cada vez mais forte McLaren. Por ora, apenas Max Verstappen recebeu todas as novidades e terminou os treinos livres desta sexta-feira, 19, com um sorriso no rosto, ainda que a melhor volta do dia tenha ficado com Lando Norris. Mais uma vez, o Mundial caminha para um embate entre as duas ponteiras.

A atual campeã do mundo conduziu uma profunda mudança para a Hungria. Parte das atualizações são muito particulares. Ou seja, elementos próprios para a melhor performance em um circuito travado como o de Hungaroring, porém a maior parte das alterações foi pensada para ampliar a condição geral do RB20, quando voltando ao conceito do bem-sucedido RB19 — vencedor de 21 das 22 etapas de 2023. De maneira global, os engenheiros comandados por Pierre Waché revisaram a cobertura do motor, o halo, entradas de ar traseira e dianteira e também na asa dianteira, além dos dutos de freios. Tudo em uma tentativa de melhorar o fluxo do ar e, portanto, chegar a uma maior eficiência aerodinâmica.

Houve também um trabalho delicado com relação ao sistema de resfriamento — esse é um elemento complexo desse modelo taurino e que atende muito bem à demanda do motor Honda. Não à toa, a equipe pensou em melhorias na Hungria, onde as temperaturas do verão europeu estão muito altas. A confiabilidade é palavra de ordem, especialmente diante da situação de Verstappen, que já está na quarta unidade de potência.

Mesmo ficando atrás de Lando Norris, Verstappen ficou feliz com desempenho do seu carro em Budapeste. Foto: Ferenc Isza/AFP

O tricampeão da Red Bull aprovou as mudanças, embora ainda entenda que a esquadra precise de mais tempo de avaliação. Foi interessante perceber durante o segundo treino, especialmente, que a velocidade de reta e nos trechos mais rápidos do circuito segue intacta, enquanto o RB20 ainda perde para a McLaren nas curvas de baixa da pista húngara. Max também precisou de mais uma volta no pneu macio para chegar no tempo que lhe deu a segunda posição na tabela — o piloto pegou trânsito no giro inicial, mas, ainda assim, foi capaz de ficar a 0s2 de Norris. Agora, o ritmo de corrida impressionou, curiosamente com Sergio Pérez.

O mexicano, que vive sob a ameaça do desemprego na Red Bull, se mostrou mais à vontade — ele não tem todas as novidades no carro, mas também recebeu alguns componentes, além da asa e do assoalho. Checo fechou o dia em quarto, um pouco mais perto de Verstappen em desempenho de volta única e foi mais rápido que o colega de garagem nos ensaios em condição de corrida.

Apesar de liderar nesse quesito, a vantagem da Red Bull é pequena na comparação com a McLaren: menos de 0s1. O problema aqui é que a equipe inglesa optou por usar os pneus duros com Norris, enquanto os taurinos calçaram os médios. Os pneus devem combinar a estratégia para o domingo. É importante também destacar que o time de Andrea Stella está muito bem, obrigada. Em uma pista diferente, o MCL38 apresentou de novo uma grande performance, especialmente em ritmo de classificação. Lando dominou a folha de tempos com 1min17s788 — foi o único a andar nessa marca.

O caso é que a McLaren parece bastante confortável nos trechos de baixa e média velocidade, além de se adaptar melhor às altas temperaturas. Mas há algumas ressalvas. A primeira delas é Oscar Piastri. O australiano viveu um dia agitado, marcado por problemas de confiabilidade e foi apenas o 13º. A decisão de usar os pneus duros na sexta-feira também inspira preocupação, pois será um composto importante para a corrida e agora há apenas um jogo. Diante disso, a classificação será fundamental.

Lando Norris, da McLaren, liderou segundo treino livre na Hungria. Foto: Attila Kibenedek/AFP

Logo atrás das duas rivais, está a Mercedes. A equipe que venceu as duas últimas corridas tenta se encontrar em um circuito também difícil, levando em conta a natureza do revisado W15. Lewis Hamilton foi o sétimo colocado do dia e se queixou da configuração do carro. George Russell, quinto na tabela, foi na mesma linha, mas apontou para um problema maior: o calor. O calcanhar de Aquiles da esquadra alemã. E de fato, será um desafio.

Segundo a Pirelli, a sexta-feira em Budapeste registrou a terceira maior temperatura de pista desde que a fornecedora italiana retornou à Fórmula 1 em 2011. Os 59,7°C vistos no primeiro treino livre só foram superados pelos 60°C no GP da Hungria de 2018 e os 61°C no primeiro treino livre na Malásia de 2016.

“Houve uma diferença significativa entre 10 e 15°C entre as temperaturas nas duas sessões de hoje, amenizada pela cobertura parcial de nuvens na segunda hora. É um dado importante ao analisar os dados, também tendo em conta o fato de a classificação começar às 16h (locais) e a corrida de domingo às 15h, mesmo que a previsão meteorológica seja de uma ligeira queda na temperatura do ar para o sábado, antes de ver uma repetição dos números desta sexta no domingo”, explicou a Pirelli.

Quer dizer, a Mercedes terá de encontrar uma forma de lidar melhor com o calor se quiser evoluir ao longo do fim de semana, mas já conta com uma boa notícia, ao menos para a definição das posições de largada. Em termos de performance em prova, Hamilton e Russell conduziram programas diferentes. Enquanto o heptacampeão andou com os pneus macios, o vencedor do GP da Áustria foi de médios. E de fato, como Lewis afirmou após o TL2, o desempenho é bem decente, embora sustente uma diferença de 0s3 para a Red Bull. Por outro lado, o time possui um ritmo 0s2 melhor que a Ferrari.

E falando nos italianos, a sexta-feira foi de sensações mistas. A escuderia também levou atualizações, sendo a mais importante o assoalho. O objetivo é voltar ao ponto em que estava em Mônaco. Afinal, circuitos travados parecem ser a força da SF-24. Carlos Sainz foi quem melhor se saiu nos treinos ao terminar o dia em terceiro, provando que há performance em volta única. No entanto, a equipe perdeu muito com a violenta pancada de Charles Leclerc na primeira parte do TL2. Quer dizer, Frédéric Vasseur e seus comandados terão trabalho em Budapeste.

Por fim, destaque positivo para a Haas, que colocou Kevin Magnussen na sexta colocação da tabela de tempos, comprovando a boa performance em classificação. O ponto negativo do dia vai para a Aston Martin. As atualizações não surtiram efeito neste primeiro momento, e Fernando Alonso já demonstra cada vez menos paciência.

A Fórmula 1 inicia na Hungria a segunda metade da temporada 2024, em um fim de semana que pode se tornar também um dos mais decisivos do ano — certamente, já o é para muita gente do grid. Dessa forma, não foi uma surpresa entender a opção da Red Bull em levar a Budapeste um robusto pacote de atualizações para o RB20. A ideia é tentar retomar o caminho de domínio do início do ano e neutralizar a cada vez mais forte McLaren. Por ora, apenas Max Verstappen recebeu todas as novidades e terminou os treinos livres desta sexta-feira, 19, com um sorriso no rosto, ainda que a melhor volta do dia tenha ficado com Lando Norris. Mais uma vez, o Mundial caminha para um embate entre as duas ponteiras.

A atual campeã do mundo conduziu uma profunda mudança para a Hungria. Parte das atualizações são muito particulares. Ou seja, elementos próprios para a melhor performance em um circuito travado como o de Hungaroring, porém a maior parte das alterações foi pensada para ampliar a condição geral do RB20, quando voltando ao conceito do bem-sucedido RB19 — vencedor de 21 das 22 etapas de 2023. De maneira global, os engenheiros comandados por Pierre Waché revisaram a cobertura do motor, o halo, entradas de ar traseira e dianteira e também na asa dianteira, além dos dutos de freios. Tudo em uma tentativa de melhorar o fluxo do ar e, portanto, chegar a uma maior eficiência aerodinâmica.

Houve também um trabalho delicado com relação ao sistema de resfriamento — esse é um elemento complexo desse modelo taurino e que atende muito bem à demanda do motor Honda. Não à toa, a equipe pensou em melhorias na Hungria, onde as temperaturas do verão europeu estão muito altas. A confiabilidade é palavra de ordem, especialmente diante da situação de Verstappen, que já está na quarta unidade de potência.

Mesmo ficando atrás de Lando Norris, Verstappen ficou feliz com desempenho do seu carro em Budapeste. Foto: Ferenc Isza/AFP

O tricampeão da Red Bull aprovou as mudanças, embora ainda entenda que a esquadra precise de mais tempo de avaliação. Foi interessante perceber durante o segundo treino, especialmente, que a velocidade de reta e nos trechos mais rápidos do circuito segue intacta, enquanto o RB20 ainda perde para a McLaren nas curvas de baixa da pista húngara. Max também precisou de mais uma volta no pneu macio para chegar no tempo que lhe deu a segunda posição na tabela — o piloto pegou trânsito no giro inicial, mas, ainda assim, foi capaz de ficar a 0s2 de Norris. Agora, o ritmo de corrida impressionou, curiosamente com Sergio Pérez.

O mexicano, que vive sob a ameaça do desemprego na Red Bull, se mostrou mais à vontade — ele não tem todas as novidades no carro, mas também recebeu alguns componentes, além da asa e do assoalho. Checo fechou o dia em quarto, um pouco mais perto de Verstappen em desempenho de volta única e foi mais rápido que o colega de garagem nos ensaios em condição de corrida.

Apesar de liderar nesse quesito, a vantagem da Red Bull é pequena na comparação com a McLaren: menos de 0s1. O problema aqui é que a equipe inglesa optou por usar os pneus duros com Norris, enquanto os taurinos calçaram os médios. Os pneus devem combinar a estratégia para o domingo. É importante também destacar que o time de Andrea Stella está muito bem, obrigada. Em uma pista diferente, o MCL38 apresentou de novo uma grande performance, especialmente em ritmo de classificação. Lando dominou a folha de tempos com 1min17s788 — foi o único a andar nessa marca.

O caso é que a McLaren parece bastante confortável nos trechos de baixa e média velocidade, além de se adaptar melhor às altas temperaturas. Mas há algumas ressalvas. A primeira delas é Oscar Piastri. O australiano viveu um dia agitado, marcado por problemas de confiabilidade e foi apenas o 13º. A decisão de usar os pneus duros na sexta-feira também inspira preocupação, pois será um composto importante para a corrida e agora há apenas um jogo. Diante disso, a classificação será fundamental.

Lando Norris, da McLaren, liderou segundo treino livre na Hungria. Foto: Attila Kibenedek/AFP

Logo atrás das duas rivais, está a Mercedes. A equipe que venceu as duas últimas corridas tenta se encontrar em um circuito também difícil, levando em conta a natureza do revisado W15. Lewis Hamilton foi o sétimo colocado do dia e se queixou da configuração do carro. George Russell, quinto na tabela, foi na mesma linha, mas apontou para um problema maior: o calor. O calcanhar de Aquiles da esquadra alemã. E de fato, será um desafio.

Segundo a Pirelli, a sexta-feira em Budapeste registrou a terceira maior temperatura de pista desde que a fornecedora italiana retornou à Fórmula 1 em 2011. Os 59,7°C vistos no primeiro treino livre só foram superados pelos 60°C no GP da Hungria de 2018 e os 61°C no primeiro treino livre na Malásia de 2016.

“Houve uma diferença significativa entre 10 e 15°C entre as temperaturas nas duas sessões de hoje, amenizada pela cobertura parcial de nuvens na segunda hora. É um dado importante ao analisar os dados, também tendo em conta o fato de a classificação começar às 16h (locais) e a corrida de domingo às 15h, mesmo que a previsão meteorológica seja de uma ligeira queda na temperatura do ar para o sábado, antes de ver uma repetição dos números desta sexta no domingo”, explicou a Pirelli.

Quer dizer, a Mercedes terá de encontrar uma forma de lidar melhor com o calor se quiser evoluir ao longo do fim de semana, mas já conta com uma boa notícia, ao menos para a definição das posições de largada. Em termos de performance em prova, Hamilton e Russell conduziram programas diferentes. Enquanto o heptacampeão andou com os pneus macios, o vencedor do GP da Áustria foi de médios. E de fato, como Lewis afirmou após o TL2, o desempenho é bem decente, embora sustente uma diferença de 0s3 para a Red Bull. Por outro lado, o time possui um ritmo 0s2 melhor que a Ferrari.

E falando nos italianos, a sexta-feira foi de sensações mistas. A escuderia também levou atualizações, sendo a mais importante o assoalho. O objetivo é voltar ao ponto em que estava em Mônaco. Afinal, circuitos travados parecem ser a força da SF-24. Carlos Sainz foi quem melhor se saiu nos treinos ao terminar o dia em terceiro, provando que há performance em volta única. No entanto, a equipe perdeu muito com a violenta pancada de Charles Leclerc na primeira parte do TL2. Quer dizer, Frédéric Vasseur e seus comandados terão trabalho em Budapeste.

Por fim, destaque positivo para a Haas, que colocou Kevin Magnussen na sexta colocação da tabela de tempos, comprovando a boa performance em classificação. O ponto negativo do dia vai para a Aston Martin. As atualizações não surtiram efeito neste primeiro momento, e Fernando Alonso já demonstra cada vez menos paciência.

A Fórmula 1 inicia na Hungria a segunda metade da temporada 2024, em um fim de semana que pode se tornar também um dos mais decisivos do ano — certamente, já o é para muita gente do grid. Dessa forma, não foi uma surpresa entender a opção da Red Bull em levar a Budapeste um robusto pacote de atualizações para o RB20. A ideia é tentar retomar o caminho de domínio do início do ano e neutralizar a cada vez mais forte McLaren. Por ora, apenas Max Verstappen recebeu todas as novidades e terminou os treinos livres desta sexta-feira, 19, com um sorriso no rosto, ainda que a melhor volta do dia tenha ficado com Lando Norris. Mais uma vez, o Mundial caminha para um embate entre as duas ponteiras.

A atual campeã do mundo conduziu uma profunda mudança para a Hungria. Parte das atualizações são muito particulares. Ou seja, elementos próprios para a melhor performance em um circuito travado como o de Hungaroring, porém a maior parte das alterações foi pensada para ampliar a condição geral do RB20, quando voltando ao conceito do bem-sucedido RB19 — vencedor de 21 das 22 etapas de 2023. De maneira global, os engenheiros comandados por Pierre Waché revisaram a cobertura do motor, o halo, entradas de ar traseira e dianteira e também na asa dianteira, além dos dutos de freios. Tudo em uma tentativa de melhorar o fluxo do ar e, portanto, chegar a uma maior eficiência aerodinâmica.

Houve também um trabalho delicado com relação ao sistema de resfriamento — esse é um elemento complexo desse modelo taurino e que atende muito bem à demanda do motor Honda. Não à toa, a equipe pensou em melhorias na Hungria, onde as temperaturas do verão europeu estão muito altas. A confiabilidade é palavra de ordem, especialmente diante da situação de Verstappen, que já está na quarta unidade de potência.

Mesmo ficando atrás de Lando Norris, Verstappen ficou feliz com desempenho do seu carro em Budapeste. Foto: Ferenc Isza/AFP

O tricampeão da Red Bull aprovou as mudanças, embora ainda entenda que a esquadra precise de mais tempo de avaliação. Foi interessante perceber durante o segundo treino, especialmente, que a velocidade de reta e nos trechos mais rápidos do circuito segue intacta, enquanto o RB20 ainda perde para a McLaren nas curvas de baixa da pista húngara. Max também precisou de mais uma volta no pneu macio para chegar no tempo que lhe deu a segunda posição na tabela — o piloto pegou trânsito no giro inicial, mas, ainda assim, foi capaz de ficar a 0s2 de Norris. Agora, o ritmo de corrida impressionou, curiosamente com Sergio Pérez.

O mexicano, que vive sob a ameaça do desemprego na Red Bull, se mostrou mais à vontade — ele não tem todas as novidades no carro, mas também recebeu alguns componentes, além da asa e do assoalho. Checo fechou o dia em quarto, um pouco mais perto de Verstappen em desempenho de volta única e foi mais rápido que o colega de garagem nos ensaios em condição de corrida.

Apesar de liderar nesse quesito, a vantagem da Red Bull é pequena na comparação com a McLaren: menos de 0s1. O problema aqui é que a equipe inglesa optou por usar os pneus duros com Norris, enquanto os taurinos calçaram os médios. Os pneus devem combinar a estratégia para o domingo. É importante também destacar que o time de Andrea Stella está muito bem, obrigada. Em uma pista diferente, o MCL38 apresentou de novo uma grande performance, especialmente em ritmo de classificação. Lando dominou a folha de tempos com 1min17s788 — foi o único a andar nessa marca.

O caso é que a McLaren parece bastante confortável nos trechos de baixa e média velocidade, além de se adaptar melhor às altas temperaturas. Mas há algumas ressalvas. A primeira delas é Oscar Piastri. O australiano viveu um dia agitado, marcado por problemas de confiabilidade e foi apenas o 13º. A decisão de usar os pneus duros na sexta-feira também inspira preocupação, pois será um composto importante para a corrida e agora há apenas um jogo. Diante disso, a classificação será fundamental.

Lando Norris, da McLaren, liderou segundo treino livre na Hungria. Foto: Attila Kibenedek/AFP

Logo atrás das duas rivais, está a Mercedes. A equipe que venceu as duas últimas corridas tenta se encontrar em um circuito também difícil, levando em conta a natureza do revisado W15. Lewis Hamilton foi o sétimo colocado do dia e se queixou da configuração do carro. George Russell, quinto na tabela, foi na mesma linha, mas apontou para um problema maior: o calor. O calcanhar de Aquiles da esquadra alemã. E de fato, será um desafio.

Segundo a Pirelli, a sexta-feira em Budapeste registrou a terceira maior temperatura de pista desde que a fornecedora italiana retornou à Fórmula 1 em 2011. Os 59,7°C vistos no primeiro treino livre só foram superados pelos 60°C no GP da Hungria de 2018 e os 61°C no primeiro treino livre na Malásia de 2016.

“Houve uma diferença significativa entre 10 e 15°C entre as temperaturas nas duas sessões de hoje, amenizada pela cobertura parcial de nuvens na segunda hora. É um dado importante ao analisar os dados, também tendo em conta o fato de a classificação começar às 16h (locais) e a corrida de domingo às 15h, mesmo que a previsão meteorológica seja de uma ligeira queda na temperatura do ar para o sábado, antes de ver uma repetição dos números desta sexta no domingo”, explicou a Pirelli.

Quer dizer, a Mercedes terá de encontrar uma forma de lidar melhor com o calor se quiser evoluir ao longo do fim de semana, mas já conta com uma boa notícia, ao menos para a definição das posições de largada. Em termos de performance em prova, Hamilton e Russell conduziram programas diferentes. Enquanto o heptacampeão andou com os pneus macios, o vencedor do GP da Áustria foi de médios. E de fato, como Lewis afirmou após o TL2, o desempenho é bem decente, embora sustente uma diferença de 0s3 para a Red Bull. Por outro lado, o time possui um ritmo 0s2 melhor que a Ferrari.

E falando nos italianos, a sexta-feira foi de sensações mistas. A escuderia também levou atualizações, sendo a mais importante o assoalho. O objetivo é voltar ao ponto em que estava em Mônaco. Afinal, circuitos travados parecem ser a força da SF-24. Carlos Sainz foi quem melhor se saiu nos treinos ao terminar o dia em terceiro, provando que há performance em volta única. No entanto, a equipe perdeu muito com a violenta pancada de Charles Leclerc na primeira parte do TL2. Quer dizer, Frédéric Vasseur e seus comandados terão trabalho em Budapeste.

Por fim, destaque positivo para a Haas, que colocou Kevin Magnussen na sexta colocação da tabela de tempos, comprovando a boa performance em classificação. O ponto negativo do dia vai para a Aston Martin. As atualizações não surtiram efeito neste primeiro momento, e Fernando Alonso já demonstra cada vez menos paciência.

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