FIA se exime de culpa e cita erro de Bianchi em acidente no Japão
Relatório divulgado pela entidade nesta quarta-feira diz que velocidade do carro não foi reduzida diante de bandeiras amarelas
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Por Redação
Quase dois meses depois do grave acidente sofrido por Jules Bianchi, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou nesta quarta-feira o relatório da investigação do incidente, que quase matou o piloto, internado em Nice, na França. No documento, a entidade se isentou da culpa pelo ocorrido e apontou erros do francês e da equipe Marussia.
A principal conclusão do relatório de 396 páginas é de que Bianchi não reduziu a velocidade do seu carro diante das bandeiras amarelas naquele trecho. Por causa da batida do alemão Adrian Sutil no mesmo trecho, momentos antes do acidente do francês, os pilotos deveriam diminuir a velocidade na pista molhada, durante aquele GP do Japão.
"Bianchi não desacelerou o suficiente para evitar a perda do controle do carro no mesmo ponto da pista em que Sutil [derrapou]", registrou no relatório os dez integrantes do painel que investigou o acidente - entre eles está o brasileiro Emerson Fittipaldi e o inglês Ross Brawn, ex-chefe da Mercedes e da Ferrari.
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Bianchi sofreu o grave acidente durante a corrida em Suzuka, debaixo de forte chuva, no dia 5 de outubro. Ele derrapou e saiu da pista, atingindo a base do guindaste que estava içando o carro de Sutil. "Se os pilotos tivessem aderido ao que as bandeiras amarelas exigem, tanto os competidores quanto os oficiais [pessoal de apoio] não teriam sido colocados em perigo", diz o relatório.
O painel também defende a entrada do guindaste na área de escape para remover a Sauber de Sutil. "As ações implementadas durante o acidente de Sutil são consistentes com o regulamento e sua interpretação. Não havia razão aparente para liberar a entrada do safety car na pista antes ou depois do acidente de Sutil", argumenta o documento.
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O relatório explica que Bianchi acionou o acelerador e o freio ao mesmo tempo ao derrapar na pista. O erro e uma característica do carro da Marussia, que neutraliza um dispositivo de segurança dos monopostos da Fórmula 1, chamado de FailSafe, foram decisivos para Bianchi acertar o guindaste e o muro de proteção com velocidade ainda maior do que tinha no início da área de escape. "O desenho único da Marussia provou ser incompatível com as configurações do FailSafe."
Por fim, o painel alegou que medidas cogitadas para aumentar a segurança dos pilotos dentro dos carros da F-1 não teria maior efeito em acidentes como o sofrido por Bianchi. "Não é viável para atenuar as lesões sofridas por Bianchi o fechamento dos cockpits e nem a colocação de saias nos guindastes. Nenhuma destas abordagens são práticas por causa das grandes forças envolvidas no acidente de um carro de 700kg atingindo um guindaste de 6.500kg a uma velocidade de 126km/h."
O relatório também traz sugestões de mudanças para evitar futuros acidentes na Fórmula 1. Enquanto isso, Bianchi segue internado em Nice após ser transferido do Japão no mês passado. Ele viajou para seu país após ser tirado do coma induzido, mas segue inconsciente, estável e sem previsão de alta.
Quase dois meses depois do grave acidente sofrido por Jules Bianchi, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou nesta quarta-feira o relatório da investigação do incidente, que quase matou o piloto, internado em Nice, na França. No documento, a entidade se isentou da culpa pelo ocorrido e apontou erros do francês e da equipe Marussia.
A principal conclusão do relatório de 396 páginas é de que Bianchi não reduziu a velocidade do seu carro diante das bandeiras amarelas naquele trecho. Por causa da batida do alemão Adrian Sutil no mesmo trecho, momentos antes do acidente do francês, os pilotos deveriam diminuir a velocidade na pista molhada, durante aquele GP do Japão.
"Bianchi não desacelerou o suficiente para evitar a perda do controle do carro no mesmo ponto da pista em que Sutil [derrapou]", registrou no relatório os dez integrantes do painel que investigou o acidente - entre eles está o brasileiro Emerson Fittipaldi e o inglês Ross Brawn, ex-chefe da Mercedes e da Ferrari.
Bianchi sofreu o grave acidente durante a corrida em Suzuka, debaixo de forte chuva, no dia 5 de outubro. Ele derrapou e saiu da pista, atingindo a base do guindaste que estava içando o carro de Sutil. "Se os pilotos tivessem aderido ao que as bandeiras amarelas exigem, tanto os competidores quanto os oficiais [pessoal de apoio] não teriam sido colocados em perigo", diz o relatório.
O painel também defende a entrada do guindaste na área de escape para remover a Sauber de Sutil. "As ações implementadas durante o acidente de Sutil são consistentes com o regulamento e sua interpretação. Não havia razão aparente para liberar a entrada do safety car na pista antes ou depois do acidente de Sutil", argumenta o documento.
O relatório explica que Bianchi acionou o acelerador e o freio ao mesmo tempo ao derrapar na pista. O erro e uma característica do carro da Marussia, que neutraliza um dispositivo de segurança dos monopostos da Fórmula 1, chamado de FailSafe, foram decisivos para Bianchi acertar o guindaste e o muro de proteção com velocidade ainda maior do que tinha no início da área de escape. "O desenho único da Marussia provou ser incompatível com as configurações do FailSafe."
Por fim, o painel alegou que medidas cogitadas para aumentar a segurança dos pilotos dentro dos carros da F-1 não teria maior efeito em acidentes como o sofrido por Bianchi. "Não é viável para atenuar as lesões sofridas por Bianchi o fechamento dos cockpits e nem a colocação de saias nos guindastes. Nenhuma destas abordagens são práticas por causa das grandes forças envolvidas no acidente de um carro de 700kg atingindo um guindaste de 6.500kg a uma velocidade de 126km/h."
O relatório também traz sugestões de mudanças para evitar futuros acidentes na Fórmula 1. Enquanto isso, Bianchi segue internado em Nice após ser transferido do Japão no mês passado. Ele viajou para seu país após ser tirado do coma induzido, mas segue inconsciente, estável e sem previsão de alta.
Quase dois meses depois do grave acidente sofrido por Jules Bianchi, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou nesta quarta-feira o relatório da investigação do incidente, que quase matou o piloto, internado em Nice, na França. No documento, a entidade se isentou da culpa pelo ocorrido e apontou erros do francês e da equipe Marussia.
A principal conclusão do relatório de 396 páginas é de que Bianchi não reduziu a velocidade do seu carro diante das bandeiras amarelas naquele trecho. Por causa da batida do alemão Adrian Sutil no mesmo trecho, momentos antes do acidente do francês, os pilotos deveriam diminuir a velocidade na pista molhada, durante aquele GP do Japão.
"Bianchi não desacelerou o suficiente para evitar a perda do controle do carro no mesmo ponto da pista em que Sutil [derrapou]", registrou no relatório os dez integrantes do painel que investigou o acidente - entre eles está o brasileiro Emerson Fittipaldi e o inglês Ross Brawn, ex-chefe da Mercedes e da Ferrari.
Bianchi sofreu o grave acidente durante a corrida em Suzuka, debaixo de forte chuva, no dia 5 de outubro. Ele derrapou e saiu da pista, atingindo a base do guindaste que estava içando o carro de Sutil. "Se os pilotos tivessem aderido ao que as bandeiras amarelas exigem, tanto os competidores quanto os oficiais [pessoal de apoio] não teriam sido colocados em perigo", diz o relatório.
O painel também defende a entrada do guindaste na área de escape para remover a Sauber de Sutil. "As ações implementadas durante o acidente de Sutil são consistentes com o regulamento e sua interpretação. Não havia razão aparente para liberar a entrada do safety car na pista antes ou depois do acidente de Sutil", argumenta o documento.
O relatório explica que Bianchi acionou o acelerador e o freio ao mesmo tempo ao derrapar na pista. O erro e uma característica do carro da Marussia, que neutraliza um dispositivo de segurança dos monopostos da Fórmula 1, chamado de FailSafe, foram decisivos para Bianchi acertar o guindaste e o muro de proteção com velocidade ainda maior do que tinha no início da área de escape. "O desenho único da Marussia provou ser incompatível com as configurações do FailSafe."
Por fim, o painel alegou que medidas cogitadas para aumentar a segurança dos pilotos dentro dos carros da F-1 não teria maior efeito em acidentes como o sofrido por Bianchi. "Não é viável para atenuar as lesões sofridas por Bianchi o fechamento dos cockpits e nem a colocação de saias nos guindastes. Nenhuma destas abordagens são práticas por causa das grandes forças envolvidas no acidente de um carro de 700kg atingindo um guindaste de 6.500kg a uma velocidade de 126km/h."
O relatório também traz sugestões de mudanças para evitar futuros acidentes na Fórmula 1. Enquanto isso, Bianchi segue internado em Nice após ser transferido do Japão no mês passado. Ele viajou para seu país após ser tirado do coma induzido, mas segue inconsciente, estável e sem previsão de alta.