Michael Schumacher rejeitou nesta segunda-feira perguntas sobre seu passado e disse que voltava à Fórmula 1 sem ter nada a provar a ninguém, exceto a si mesmo. O alemão de 41 anos se incomodou com um jornalista britânico quando ele perguntou se seu retorno era para demonstrar que poderia "ganhar da maneira correta" depois de uma carreira marcada tanto pela controvérsia como por seu sucesso sem precedentes. "Claro, 91 vitórias e sete títulos. Só se ganha de maneira errada", disse com contundência em uma apresentação da nova equipe da Mercedes GP, adquirida pelo o campeão Brawn. "Absolutamente. Tem razão, e preciso provar isso agora", acrescentou. Schumacher, que foi excluído da classificação do campeonato de 1997 por tentar tirar o canadense Jacques Villeneuve da pista em uma corrida e causou indignação depois de bloquear seus rivais na classificatória para o Grande Prêmio de Mônaco em 2006, se manteve focado em seu próximo desafio. "Não tenho nada a provar sobre minha idade ou outra coisa", declarou em sua primeira aparição pública para a Mercedes desde que anunciou seu retorno, em dezembro, depois de passar três anos fora da F1. "Só tenho que provar para mim mesmo que ainda posso, mas a principal razão por que estou fazendo isto é porque volto a me sentir emocionado com isto. Sinto grande emoção em pilotar e competir no nível mais alto do esporte", acrescentou. O diretor da equipe, Ross Brawn, que esteve por trás dos sete títulos de Schumacher na Benetton e na Ferrari, disse que o alemão estava em forma e poderia lidar com qualquer aspecto da F1. "Creio que, em primeiro lugar, o talento natural não desaparece", explicou. "O que normalmente ocorre com os pilotos é que perdem a habilidade física de competir e a F1 é um esporte muito físico", explicou. Brawn acrescentou que Schumacher, que expressou impaciência ao ter que esperar até o dia 1o de fevereiro para poder começar as provas, já havia mostrado uma incrível determinação e compromisso e também poderia usar sua inigualável experiência.
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