Fórmula 1: O que pode impedir Max Verstappen de bater os principais recordes da categoria?


Tricampeão neste sábado, antes mesmo do GP do Catar deste domingo, piloto holandês genro de Nelson Piquet abre caminho para se ‘imortalizar’ na categoria nos próximos anos

Por Felipe Rosa Mendes
Atualização:

Novo tricampeão mundial de Fórmula 1, Max Verstappen assombrou o mundo do automobilismo com sua performance dominante ao longo desta temporada. Foram 13 vitórias em 17 etapas, recorde de triunfos consecutivos e o título confirmado com seis corridas de antecedência, contando a do Catar, que acontece neste domingo - ele foi campeão no sprint deste sábado. A hegemonia, com os três títulos consecutivos, já faz os fãs e especialistas mais empolgados preverem novos recordes, incluindo o principal, de maior número de troféus da história da categoria.

O piloto de 26 anos, genro do também tricampeão Nelson Piquet, tem condições de sonhar com os sete títulos mundiais de Michael Schumacher e Lewis Hamilton? O que pode impedir Verstappen de alcançar os principais recordes da Fórmula 1? Em poucas palavras, os principais obstáculos à frente do holandês são a grande mudança dos motores da F-1 a partir de 2026 e a própria disposição do piloto em perseguir as marcas mais importantes da categoria. Verstappen já afirmou que não corre por recordes e até já indicou que poderia se aposentar precocemente.

“O plano é ficar aqui até 2028″, disse o holandês no ano passado, em referência ao contrato que tem com a Red Bull. “Não pretendo mudar de equipe. Estou feliz e eles estão felizes comigo. Mas não pensei no que vem depois, talvez eu pare. Estou na F-1 desde os 17, é muito tempo. Já fiz muitas temporadas, talvez um dia eu queria fazer outra coisa. Não sei se eu ainda estarei bem aos 31 anos ou se meu desempenho vai cair.”

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Red Bull driver Max Verstappen of the Netherlands walks near the starting grid prior to the start of sprint race ahead of the Qatar Formula One Grand Prix at the Lusail International Circuit, in Lusail, Qatar, Saturday, Oct. 7, 2023. (AP Photo/Darko Bandic) Foto: Darko Bandic/AP

A queda de rendimento, contudo, é improvável. O rival Hamilton já mostrou que a idade não precisa ser um obstáculo para os campeões. O inglês se sagrou heptacampeão mundial em 2020 aos 35 anos. Ao contrário de Hamilton, Verstappen parece ainda buscar o seu auge. Ele vem melhorando seu desempenho a cada ano, principalmente desde 2021, quando foi campeão pela primeira vez. No ano passado, foi campeão com quatro etapas de antecedência, uma das melhores marcas neste quesito na história da F-1. Neste ano, foi ainda mais precoce: garantiu o troféu com seis corridas a disputar. Assim, igualou o recorde de Schumacher, que havia obtido este feito em 2002. Veja o calendário.

Até os rivais admitem o espanto com a evolução do holandês. “O que mais me impressiona em Max não foi apenas as dez corridas que ele ganhou em sequência, mas o que vem fazendo nos últimos dois anos. Eu diria que ele não cometeu um erro sequer (neste período). Com certeza, é mais fácil não falhar quando você tem uma boa margem sobre os outros, mas, mesmo nestas circunstâncias, ele tem sido capaz de administrar as situações muito bem. Não cometer nem um pequeno erro em duas temporadas é simplesmente incrível”, opina Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari e um dos dirigentes mais experientes da F-1.

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O outro grande obstáculo à hegemonia de Verstappen é a alteração no regulamento da F-1 prevista para 2026. Estão previstos novos motores, ou unidades de potência, com maior carga elétrica e mais baratos, com um viés de sustentabilidade ambiental.

Mudanças deste tipo costumam acabar com o equilíbrio de forças momentâneo entre os times da categoria. Equipes e pilotos dominantes podem virar coadjuvantes e times medianos da atualidade podem ascender ao topo, se tiverem sucesso na interpretação e aplicação das novas regras. A Red Bull, por exemplo, voltou a dominar em 2022 a partir do regulamento que trouxe novidades drásticas para a aerodinâmica dos carros.

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RECORDES À VISTA?

Como tem contrato com a Red Bull até 2028, Verstappen tem ao menos mais cinco temporadas no grid da F-1. É tempo suficiente para alcançar marcas históricas e até mesmo impor hegemonia nas estatísticas da categoria. Se cumprir o contrato até o fim, mantiver o alta performance e contar com nível elevado da sua equipe, ele poderá sonhar com o octocampeonato, tornando-se o maior campeão de todos os tempos. Superaria, assim, Hamilton e Schumacher, atuais recordistas, com sete troféus cada.

O piloto inglês hoje é o dono das grandes marcas da F-1, como número de vitórias (103), pole positions (104) e pódios (196). Todos esses recordes podem ser alcançados por Verstappen se ele continuar dominante nas próximas cinco temporadas. Para tanto, teria de vencer de 10 a 11 vitórias por ano. Também precisa registrar entre 14 e 15 poles por temporada e ainda teria de frequentar o pódio em praticamente todas as etapas para reduzir a ampla vantagem de Hamilton neste tópico. No momento, o holandês tem 92 pódios e 30 poles, além de 48 vitórias.

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Obviamente, a tarefa se tornaria menos complicada se Verstappen vier a prolongar sua permanência na F-1 além do seu contrato atual com a Red Bull. Com mais tempo no grid, ele poderia dominar até estatísticas menos famosas, como as de pontuação total e voltas na liderança das corridas, pavimentando terreno para virar uma das grandes lendas de todos os esportes.

Novo tricampeão mundial de Fórmula 1, Max Verstappen assombrou o mundo do automobilismo com sua performance dominante ao longo desta temporada. Foram 13 vitórias em 17 etapas, recorde de triunfos consecutivos e o título confirmado com seis corridas de antecedência, contando a do Catar, que acontece neste domingo - ele foi campeão no sprint deste sábado. A hegemonia, com os três títulos consecutivos, já faz os fãs e especialistas mais empolgados preverem novos recordes, incluindo o principal, de maior número de troféus da história da categoria.

O piloto de 26 anos, genro do também tricampeão Nelson Piquet, tem condições de sonhar com os sete títulos mundiais de Michael Schumacher e Lewis Hamilton? O que pode impedir Verstappen de alcançar os principais recordes da Fórmula 1? Em poucas palavras, os principais obstáculos à frente do holandês são a grande mudança dos motores da F-1 a partir de 2026 e a própria disposição do piloto em perseguir as marcas mais importantes da categoria. Verstappen já afirmou que não corre por recordes e até já indicou que poderia se aposentar precocemente.

“O plano é ficar aqui até 2028″, disse o holandês no ano passado, em referência ao contrato que tem com a Red Bull. “Não pretendo mudar de equipe. Estou feliz e eles estão felizes comigo. Mas não pensei no que vem depois, talvez eu pare. Estou na F-1 desde os 17, é muito tempo. Já fiz muitas temporadas, talvez um dia eu queria fazer outra coisa. Não sei se eu ainda estarei bem aos 31 anos ou se meu desempenho vai cair.”

Red Bull driver Max Verstappen of the Netherlands walks near the starting grid prior to the start of sprint race ahead of the Qatar Formula One Grand Prix at the Lusail International Circuit, in Lusail, Qatar, Saturday, Oct. 7, 2023. (AP Photo/Darko Bandic) Foto: Darko Bandic/AP

A queda de rendimento, contudo, é improvável. O rival Hamilton já mostrou que a idade não precisa ser um obstáculo para os campeões. O inglês se sagrou heptacampeão mundial em 2020 aos 35 anos. Ao contrário de Hamilton, Verstappen parece ainda buscar o seu auge. Ele vem melhorando seu desempenho a cada ano, principalmente desde 2021, quando foi campeão pela primeira vez. No ano passado, foi campeão com quatro etapas de antecedência, uma das melhores marcas neste quesito na história da F-1. Neste ano, foi ainda mais precoce: garantiu o troféu com seis corridas a disputar. Assim, igualou o recorde de Schumacher, que havia obtido este feito em 2002. Veja o calendário.

Até os rivais admitem o espanto com a evolução do holandês. “O que mais me impressiona em Max não foi apenas as dez corridas que ele ganhou em sequência, mas o que vem fazendo nos últimos dois anos. Eu diria que ele não cometeu um erro sequer (neste período). Com certeza, é mais fácil não falhar quando você tem uma boa margem sobre os outros, mas, mesmo nestas circunstâncias, ele tem sido capaz de administrar as situações muito bem. Não cometer nem um pequeno erro em duas temporadas é simplesmente incrível”, opina Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari e um dos dirigentes mais experientes da F-1.

O outro grande obstáculo à hegemonia de Verstappen é a alteração no regulamento da F-1 prevista para 2026. Estão previstos novos motores, ou unidades de potência, com maior carga elétrica e mais baratos, com um viés de sustentabilidade ambiental.

Mudanças deste tipo costumam acabar com o equilíbrio de forças momentâneo entre os times da categoria. Equipes e pilotos dominantes podem virar coadjuvantes e times medianos da atualidade podem ascender ao topo, se tiverem sucesso na interpretação e aplicação das novas regras. A Red Bull, por exemplo, voltou a dominar em 2022 a partir do regulamento que trouxe novidades drásticas para a aerodinâmica dos carros.

RECORDES À VISTA?

Como tem contrato com a Red Bull até 2028, Verstappen tem ao menos mais cinco temporadas no grid da F-1. É tempo suficiente para alcançar marcas históricas e até mesmo impor hegemonia nas estatísticas da categoria. Se cumprir o contrato até o fim, mantiver o alta performance e contar com nível elevado da sua equipe, ele poderá sonhar com o octocampeonato, tornando-se o maior campeão de todos os tempos. Superaria, assim, Hamilton e Schumacher, atuais recordistas, com sete troféus cada.

O piloto inglês hoje é o dono das grandes marcas da F-1, como número de vitórias (103), pole positions (104) e pódios (196). Todos esses recordes podem ser alcançados por Verstappen se ele continuar dominante nas próximas cinco temporadas. Para tanto, teria de vencer de 10 a 11 vitórias por ano. Também precisa registrar entre 14 e 15 poles por temporada e ainda teria de frequentar o pódio em praticamente todas as etapas para reduzir a ampla vantagem de Hamilton neste tópico. No momento, o holandês tem 92 pódios e 30 poles, além de 48 vitórias.

Obviamente, a tarefa se tornaria menos complicada se Verstappen vier a prolongar sua permanência na F-1 além do seu contrato atual com a Red Bull. Com mais tempo no grid, ele poderia dominar até estatísticas menos famosas, como as de pontuação total e voltas na liderança das corridas, pavimentando terreno para virar uma das grandes lendas de todos os esportes.

Novo tricampeão mundial de Fórmula 1, Max Verstappen assombrou o mundo do automobilismo com sua performance dominante ao longo desta temporada. Foram 13 vitórias em 17 etapas, recorde de triunfos consecutivos e o título confirmado com seis corridas de antecedência, contando a do Catar, que acontece neste domingo - ele foi campeão no sprint deste sábado. A hegemonia, com os três títulos consecutivos, já faz os fãs e especialistas mais empolgados preverem novos recordes, incluindo o principal, de maior número de troféus da história da categoria.

O piloto de 26 anos, genro do também tricampeão Nelson Piquet, tem condições de sonhar com os sete títulos mundiais de Michael Schumacher e Lewis Hamilton? O que pode impedir Verstappen de alcançar os principais recordes da Fórmula 1? Em poucas palavras, os principais obstáculos à frente do holandês são a grande mudança dos motores da F-1 a partir de 2026 e a própria disposição do piloto em perseguir as marcas mais importantes da categoria. Verstappen já afirmou que não corre por recordes e até já indicou que poderia se aposentar precocemente.

“O plano é ficar aqui até 2028″, disse o holandês no ano passado, em referência ao contrato que tem com a Red Bull. “Não pretendo mudar de equipe. Estou feliz e eles estão felizes comigo. Mas não pensei no que vem depois, talvez eu pare. Estou na F-1 desde os 17, é muito tempo. Já fiz muitas temporadas, talvez um dia eu queria fazer outra coisa. Não sei se eu ainda estarei bem aos 31 anos ou se meu desempenho vai cair.”

Red Bull driver Max Verstappen of the Netherlands walks near the starting grid prior to the start of sprint race ahead of the Qatar Formula One Grand Prix at the Lusail International Circuit, in Lusail, Qatar, Saturday, Oct. 7, 2023. (AP Photo/Darko Bandic) Foto: Darko Bandic/AP

A queda de rendimento, contudo, é improvável. O rival Hamilton já mostrou que a idade não precisa ser um obstáculo para os campeões. O inglês se sagrou heptacampeão mundial em 2020 aos 35 anos. Ao contrário de Hamilton, Verstappen parece ainda buscar o seu auge. Ele vem melhorando seu desempenho a cada ano, principalmente desde 2021, quando foi campeão pela primeira vez. No ano passado, foi campeão com quatro etapas de antecedência, uma das melhores marcas neste quesito na história da F-1. Neste ano, foi ainda mais precoce: garantiu o troféu com seis corridas a disputar. Assim, igualou o recorde de Schumacher, que havia obtido este feito em 2002. Veja o calendário.

Até os rivais admitem o espanto com a evolução do holandês. “O que mais me impressiona em Max não foi apenas as dez corridas que ele ganhou em sequência, mas o que vem fazendo nos últimos dois anos. Eu diria que ele não cometeu um erro sequer (neste período). Com certeza, é mais fácil não falhar quando você tem uma boa margem sobre os outros, mas, mesmo nestas circunstâncias, ele tem sido capaz de administrar as situações muito bem. Não cometer nem um pequeno erro em duas temporadas é simplesmente incrível”, opina Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari e um dos dirigentes mais experientes da F-1.

O outro grande obstáculo à hegemonia de Verstappen é a alteração no regulamento da F-1 prevista para 2026. Estão previstos novos motores, ou unidades de potência, com maior carga elétrica e mais baratos, com um viés de sustentabilidade ambiental.

Mudanças deste tipo costumam acabar com o equilíbrio de forças momentâneo entre os times da categoria. Equipes e pilotos dominantes podem virar coadjuvantes e times medianos da atualidade podem ascender ao topo, se tiverem sucesso na interpretação e aplicação das novas regras. A Red Bull, por exemplo, voltou a dominar em 2022 a partir do regulamento que trouxe novidades drásticas para a aerodinâmica dos carros.

RECORDES À VISTA?

Como tem contrato com a Red Bull até 2028, Verstappen tem ao menos mais cinco temporadas no grid da F-1. É tempo suficiente para alcançar marcas históricas e até mesmo impor hegemonia nas estatísticas da categoria. Se cumprir o contrato até o fim, mantiver o alta performance e contar com nível elevado da sua equipe, ele poderá sonhar com o octocampeonato, tornando-se o maior campeão de todos os tempos. Superaria, assim, Hamilton e Schumacher, atuais recordistas, com sete troféus cada.

O piloto inglês hoje é o dono das grandes marcas da F-1, como número de vitórias (103), pole positions (104) e pódios (196). Todos esses recordes podem ser alcançados por Verstappen se ele continuar dominante nas próximas cinco temporadas. Para tanto, teria de vencer de 10 a 11 vitórias por ano. Também precisa registrar entre 14 e 15 poles por temporada e ainda teria de frequentar o pódio em praticamente todas as etapas para reduzir a ampla vantagem de Hamilton neste tópico. No momento, o holandês tem 92 pódios e 30 poles, além de 48 vitórias.

Obviamente, a tarefa se tornaria menos complicada se Verstappen vier a prolongar sua permanência na F-1 além do seu contrato atual com a Red Bull. Com mais tempo no grid, ele poderia dominar até estatísticas menos famosas, como as de pontuação total e voltas na liderança das corridas, pavimentando terreno para virar uma das grandes lendas de todos os esportes.

Novo tricampeão mundial de Fórmula 1, Max Verstappen assombrou o mundo do automobilismo com sua performance dominante ao longo desta temporada. Foram 13 vitórias em 17 etapas, recorde de triunfos consecutivos e o título confirmado com seis corridas de antecedência, contando a do Catar, que acontece neste domingo - ele foi campeão no sprint deste sábado. A hegemonia, com os três títulos consecutivos, já faz os fãs e especialistas mais empolgados preverem novos recordes, incluindo o principal, de maior número de troféus da história da categoria.

O piloto de 26 anos, genro do também tricampeão Nelson Piquet, tem condições de sonhar com os sete títulos mundiais de Michael Schumacher e Lewis Hamilton? O que pode impedir Verstappen de alcançar os principais recordes da Fórmula 1? Em poucas palavras, os principais obstáculos à frente do holandês são a grande mudança dos motores da F-1 a partir de 2026 e a própria disposição do piloto em perseguir as marcas mais importantes da categoria. Verstappen já afirmou que não corre por recordes e até já indicou que poderia se aposentar precocemente.

“O plano é ficar aqui até 2028″, disse o holandês no ano passado, em referência ao contrato que tem com a Red Bull. “Não pretendo mudar de equipe. Estou feliz e eles estão felizes comigo. Mas não pensei no que vem depois, talvez eu pare. Estou na F-1 desde os 17, é muito tempo. Já fiz muitas temporadas, talvez um dia eu queria fazer outra coisa. Não sei se eu ainda estarei bem aos 31 anos ou se meu desempenho vai cair.”

Red Bull driver Max Verstappen of the Netherlands walks near the starting grid prior to the start of sprint race ahead of the Qatar Formula One Grand Prix at the Lusail International Circuit, in Lusail, Qatar, Saturday, Oct. 7, 2023. (AP Photo/Darko Bandic) Foto: Darko Bandic/AP

A queda de rendimento, contudo, é improvável. O rival Hamilton já mostrou que a idade não precisa ser um obstáculo para os campeões. O inglês se sagrou heptacampeão mundial em 2020 aos 35 anos. Ao contrário de Hamilton, Verstappen parece ainda buscar o seu auge. Ele vem melhorando seu desempenho a cada ano, principalmente desde 2021, quando foi campeão pela primeira vez. No ano passado, foi campeão com quatro etapas de antecedência, uma das melhores marcas neste quesito na história da F-1. Neste ano, foi ainda mais precoce: garantiu o troféu com seis corridas a disputar. Assim, igualou o recorde de Schumacher, que havia obtido este feito em 2002. Veja o calendário.

Até os rivais admitem o espanto com a evolução do holandês. “O que mais me impressiona em Max não foi apenas as dez corridas que ele ganhou em sequência, mas o que vem fazendo nos últimos dois anos. Eu diria que ele não cometeu um erro sequer (neste período). Com certeza, é mais fácil não falhar quando você tem uma boa margem sobre os outros, mas, mesmo nestas circunstâncias, ele tem sido capaz de administrar as situações muito bem. Não cometer nem um pequeno erro em duas temporadas é simplesmente incrível”, opina Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari e um dos dirigentes mais experientes da F-1.

O outro grande obstáculo à hegemonia de Verstappen é a alteração no regulamento da F-1 prevista para 2026. Estão previstos novos motores, ou unidades de potência, com maior carga elétrica e mais baratos, com um viés de sustentabilidade ambiental.

Mudanças deste tipo costumam acabar com o equilíbrio de forças momentâneo entre os times da categoria. Equipes e pilotos dominantes podem virar coadjuvantes e times medianos da atualidade podem ascender ao topo, se tiverem sucesso na interpretação e aplicação das novas regras. A Red Bull, por exemplo, voltou a dominar em 2022 a partir do regulamento que trouxe novidades drásticas para a aerodinâmica dos carros.

RECORDES À VISTA?

Como tem contrato com a Red Bull até 2028, Verstappen tem ao menos mais cinco temporadas no grid da F-1. É tempo suficiente para alcançar marcas históricas e até mesmo impor hegemonia nas estatísticas da categoria. Se cumprir o contrato até o fim, mantiver o alta performance e contar com nível elevado da sua equipe, ele poderá sonhar com o octocampeonato, tornando-se o maior campeão de todos os tempos. Superaria, assim, Hamilton e Schumacher, atuais recordistas, com sete troféus cada.

O piloto inglês hoje é o dono das grandes marcas da F-1, como número de vitórias (103), pole positions (104) e pódios (196). Todos esses recordes podem ser alcançados por Verstappen se ele continuar dominante nas próximas cinco temporadas. Para tanto, teria de vencer de 10 a 11 vitórias por ano. Também precisa registrar entre 14 e 15 poles por temporada e ainda teria de frequentar o pódio em praticamente todas as etapas para reduzir a ampla vantagem de Hamilton neste tópico. No momento, o holandês tem 92 pódios e 30 poles, além de 48 vitórias.

Obviamente, a tarefa se tornaria menos complicada se Verstappen vier a prolongar sua permanência na F-1 além do seu contrato atual com a Red Bull. Com mais tempo no grid, ele poderia dominar até estatísticas menos famosas, como as de pontuação total e voltas na liderança das corridas, pavimentando terreno para virar uma das grandes lendas de todos os esportes.

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