Após período de férias ao lado da namorada Kelly Piquet, com viagens para a capital federal Brasília e Miami, nos Estados Unidos, Max Verstappen retomou seus treinamentos físicos mirando a temporada 2022 da Fórmula 1. Campeão mundial, o holandês vive cenário oposto ao do rival Lewis Hamilton, que segue ausente das redes sociais e com futuro incerto na categoria máxima do automobilismo.
Verstappen conquistou seu primeiro título mundial, aos 24 anos, após um decisão polêmica nas voltas finais do GP de Abu Dabi. Desde então, o experiente Hamilton, que viu o sonho do oitavo troféu naufragar, está ausente das redes sociais e teve raras aparições públicas, limitadas à festa de despedida de Valtteri Bottas da Mercedes e à sua condecoração como Cavaleiro da Ordem do Império Britânico, ambas em dezembro de 2021.
Os fãs da Fórmula 1 imaginam que a nova rivalidade entre Lewis Hamilton e Max Verstappen ganhe novos capítulos ao longo de 2022. Além da dúvida sobre a sequência do piloto britânico na categoria, outro fator impede qualquer previsibilidade: as condições das escuderias diante das alterações de regulamento que terão impacto significativo na aerodinâmica dos carros.
Para se adaptar o mais rápido possível ao novo monoposto da Red Bull, Verstappen deu início à sua preparação física no último fim de semana. Pelas redes sociais, o holandês compartilhou vídeos com seus exercícios e ganhou apoio de seus fãs. Verstappen visitou novamente o Brasil no fim de 2021 para passar o Natal com a família Piquet, sendo clicado algumas vezes ao lado do sogro e tricampeão mundial Nelson Piquet. Depois, acompanhou a namorada Kelly em Miami, nos Estados Unidos, onde aproveitou o Ano Novo.
HAMILTON FICA NA FÓRMULA 1?
O silêncio do heptacampeão dá margem para teorias e especulações. Quem deu origem às dúvidas sobre sua permanência foi Toto Wolff, chefe da Mercedes, ao afirmar que seria difícil que Hamilton continuasse diante do que aconteceu nos Emirados Árabes Unidos. Em recente entrevista ao periódico austríaco Kronen Zeitung, Wolff disse que espera ver o britânico de volta às pistas: "Eu realmente espero vê-lo na pista novamente. Ele é a parte mais importante da Fórmula 1. E se o melhor piloto decidir sair por causa de decisões escandalosas, toda a categoria será culpada."
A ausência do britânico na festa de premiação da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), em dezembro, ligou sinal de alerta nos organizadores da categoria. Houve muitas críticas e ameaças de punição por parte do novo presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem. O ex-piloto Ralf Schumacher, apesar de entender que Hamilton seguirá na Fórmula 1, disse que o britânico ter faltado à premiação não foi uma ação justa com Verstappen, que deveria ter seu título reconhecido pelo vice-campeão.
Já o polêmico Jacques Villeneuve, campeão em 1997, deu conselhos a Hamilton na última semana e afirmou esperar que ele volte mais agressivo. "(O modo como se concluiu a última temporada) É bom para o esporte de qualquer maneira, porque Lewis agora tem que voltar, tentar garantir seu oitavo título e ser agressivo para tentar derrotar Verstappen. Em última análise, foram faladas muitas coisas nos jornais. Foi um pouco controverso, mas sempre é quando estamos falando sobre a última corrida da temporada”, analisou o canadense.
A FIA promete anunciar em 18 de março - dois dias antes do GP do Bahrein, que inaugura a temporada 2022 - as conclusões de investigação sobre as decisões tomadas pelo diretor de prova Michael Masi no último GP de Abu Dabi. Entre os dias 23 e 25 de fevereiro, o circuito de Montmeló, na Espanha, recebe os primeiros treinos de pré-temporada. Assim, espera-se que Hamilton anuncie nas próximas semanas seu futuro e coloque ponto final nas especulações.