Vencer em Mônaco


Por REGINALDO LEME

E a Venezuela continua em alta no automobilismo. Menos de duas semanas após a vitória de Pastor Maldonado no GP da Espanha, o jovem Johnny Cecotto Jr. vence na GP2 em Mônaco e resgata a importância do sobrenome que já foi destaque no mundo do esporte a motor através das conquistas de seu pai, também Johnny, no motociclismo (14 vitórias e dois títulos mundiais). Cecotto pai tentou uma carreira também sobre quatro rodas, mas, depois de um ano na fraca Theodore, foi dividir a equipe Toleman com Ayrton Senna em 1984, e nos treinos para a décima corrida fraturou as duas pernas em um acidente em Brands Hatch. Depois, ainda correu mais sete anos de turismo na Alemanha.Vencer uma preliminar do GP de Mônaco nunca é pouca coisa. Desde 1964, com a Fórmula 3 e, mais tarde, Fórmula 3000, F-Renault e, atualmente, GP2, World Series e GP3, entre os vencedores aparecem Jackie Stewart, Peter Revson, Ronnie Peterson, Jacques Laffite, Alain Prost, Didier Pironi, Nick Heidfeld, Mark Webber, Lewis Hamilton e outros nomes importantes.Alguns venceram em mais de uma categoria, como Hamilton (F-3 e GP2, antes da F-1) e Maldonado, que acumula vitórias na World Series e duas na GP2. Três brasileiros ganharam preliminares aqui - Bruno Junqueira na F-3000 em 2000, Jaime Mello em 2003 correndo de F-Renault V6 e Bruno Senna em 2008 na GP2. Na vitória de Alain Prost de F-3 em 1979, Chico Serra estabeleceu o recorde da pista.Na F-1, o único a vencer foi Ayrton Senna. Emerson fez pole, mas chegou em segundo, assim como Piquet (duas vezes). Mais recentemente, Barrichello foi segundo quatro vezes e Massa, uma. Senna venceu por todos - seis vezes. Seriam sete - e consecutivas - se ele não tivesse batido em 1988, faltando 12 voltas para o final, quando liderava com 57 segundos de vantagem sobre Prost.Diz a lenda que Ayrton bateu naquela corrida porque estava andando forte para tentar botar uma volta em Prost. Ele passou aquele ano todo me prometendo que, ao final do campeonato, me contaria em entrevista o que aconteceu. Mas não conseguiu cumprir porque na semana que antecedeu à última corrida na Austrália nós estávamos jogando uma pelada de futebol no Club Med de Bali e ele, metido a goleiro, machucou a mão ao espalmar uma bola. Por causa disso, com o título já garantido, ele quase não correu. E não pôde fazer o que guardava para a última corrida. Eu não tenho dúvida que pretendia mesmo dar uma volta em Prost na Austrália e, então, confirmar que já havia tentado isso em Mônaco meses antes.A semana em Mônaco é de muito trabalho, mas bem agradável. Tem o futebol dos pilotos, a caminhada pela trilha de Cap d'Ail, o jantar que era na casa do Jayme Brito e, nos últimos anos, tem sido na do Galvão. E, pra completar, depois do GP ainda tem as 500 Milhas de Indianápolis. Me acostumei, nos últimos 19 anos, a ver a corrida na companhia de Rubinho Barrichello e outros pilotos. Ontem falei com ele por telefone. Desta vez ele estará lá, dentro da pista. E muito bem no grid - 10.º lugar, na estreia em circuito oval, e logo em Indianápolis. No telefone, ele brincou: "Esses ovais foram feitos pra mim".

E a Venezuela continua em alta no automobilismo. Menos de duas semanas após a vitória de Pastor Maldonado no GP da Espanha, o jovem Johnny Cecotto Jr. vence na GP2 em Mônaco e resgata a importância do sobrenome que já foi destaque no mundo do esporte a motor através das conquistas de seu pai, também Johnny, no motociclismo (14 vitórias e dois títulos mundiais). Cecotto pai tentou uma carreira também sobre quatro rodas, mas, depois de um ano na fraca Theodore, foi dividir a equipe Toleman com Ayrton Senna em 1984, e nos treinos para a décima corrida fraturou as duas pernas em um acidente em Brands Hatch. Depois, ainda correu mais sete anos de turismo na Alemanha.Vencer uma preliminar do GP de Mônaco nunca é pouca coisa. Desde 1964, com a Fórmula 3 e, mais tarde, Fórmula 3000, F-Renault e, atualmente, GP2, World Series e GP3, entre os vencedores aparecem Jackie Stewart, Peter Revson, Ronnie Peterson, Jacques Laffite, Alain Prost, Didier Pironi, Nick Heidfeld, Mark Webber, Lewis Hamilton e outros nomes importantes.Alguns venceram em mais de uma categoria, como Hamilton (F-3 e GP2, antes da F-1) e Maldonado, que acumula vitórias na World Series e duas na GP2. Três brasileiros ganharam preliminares aqui - Bruno Junqueira na F-3000 em 2000, Jaime Mello em 2003 correndo de F-Renault V6 e Bruno Senna em 2008 na GP2. Na vitória de Alain Prost de F-3 em 1979, Chico Serra estabeleceu o recorde da pista.Na F-1, o único a vencer foi Ayrton Senna. Emerson fez pole, mas chegou em segundo, assim como Piquet (duas vezes). Mais recentemente, Barrichello foi segundo quatro vezes e Massa, uma. Senna venceu por todos - seis vezes. Seriam sete - e consecutivas - se ele não tivesse batido em 1988, faltando 12 voltas para o final, quando liderava com 57 segundos de vantagem sobre Prost.Diz a lenda que Ayrton bateu naquela corrida porque estava andando forte para tentar botar uma volta em Prost. Ele passou aquele ano todo me prometendo que, ao final do campeonato, me contaria em entrevista o que aconteceu. Mas não conseguiu cumprir porque na semana que antecedeu à última corrida na Austrália nós estávamos jogando uma pelada de futebol no Club Med de Bali e ele, metido a goleiro, machucou a mão ao espalmar uma bola. Por causa disso, com o título já garantido, ele quase não correu. E não pôde fazer o que guardava para a última corrida. Eu não tenho dúvida que pretendia mesmo dar uma volta em Prost na Austrália e, então, confirmar que já havia tentado isso em Mônaco meses antes.A semana em Mônaco é de muito trabalho, mas bem agradável. Tem o futebol dos pilotos, a caminhada pela trilha de Cap d'Ail, o jantar que era na casa do Jayme Brito e, nos últimos anos, tem sido na do Galvão. E, pra completar, depois do GP ainda tem as 500 Milhas de Indianápolis. Me acostumei, nos últimos 19 anos, a ver a corrida na companhia de Rubinho Barrichello e outros pilotos. Ontem falei com ele por telefone. Desta vez ele estará lá, dentro da pista. E muito bem no grid - 10.º lugar, na estreia em circuito oval, e logo em Indianápolis. No telefone, ele brincou: "Esses ovais foram feitos pra mim".

E a Venezuela continua em alta no automobilismo. Menos de duas semanas após a vitória de Pastor Maldonado no GP da Espanha, o jovem Johnny Cecotto Jr. vence na GP2 em Mônaco e resgata a importância do sobrenome que já foi destaque no mundo do esporte a motor através das conquistas de seu pai, também Johnny, no motociclismo (14 vitórias e dois títulos mundiais). Cecotto pai tentou uma carreira também sobre quatro rodas, mas, depois de um ano na fraca Theodore, foi dividir a equipe Toleman com Ayrton Senna em 1984, e nos treinos para a décima corrida fraturou as duas pernas em um acidente em Brands Hatch. Depois, ainda correu mais sete anos de turismo na Alemanha.Vencer uma preliminar do GP de Mônaco nunca é pouca coisa. Desde 1964, com a Fórmula 3 e, mais tarde, Fórmula 3000, F-Renault e, atualmente, GP2, World Series e GP3, entre os vencedores aparecem Jackie Stewart, Peter Revson, Ronnie Peterson, Jacques Laffite, Alain Prost, Didier Pironi, Nick Heidfeld, Mark Webber, Lewis Hamilton e outros nomes importantes.Alguns venceram em mais de uma categoria, como Hamilton (F-3 e GP2, antes da F-1) e Maldonado, que acumula vitórias na World Series e duas na GP2. Três brasileiros ganharam preliminares aqui - Bruno Junqueira na F-3000 em 2000, Jaime Mello em 2003 correndo de F-Renault V6 e Bruno Senna em 2008 na GP2. Na vitória de Alain Prost de F-3 em 1979, Chico Serra estabeleceu o recorde da pista.Na F-1, o único a vencer foi Ayrton Senna. Emerson fez pole, mas chegou em segundo, assim como Piquet (duas vezes). Mais recentemente, Barrichello foi segundo quatro vezes e Massa, uma. Senna venceu por todos - seis vezes. Seriam sete - e consecutivas - se ele não tivesse batido em 1988, faltando 12 voltas para o final, quando liderava com 57 segundos de vantagem sobre Prost.Diz a lenda que Ayrton bateu naquela corrida porque estava andando forte para tentar botar uma volta em Prost. Ele passou aquele ano todo me prometendo que, ao final do campeonato, me contaria em entrevista o que aconteceu. Mas não conseguiu cumprir porque na semana que antecedeu à última corrida na Austrália nós estávamos jogando uma pelada de futebol no Club Med de Bali e ele, metido a goleiro, machucou a mão ao espalmar uma bola. Por causa disso, com o título já garantido, ele quase não correu. E não pôde fazer o que guardava para a última corrida. Eu não tenho dúvida que pretendia mesmo dar uma volta em Prost na Austrália e, então, confirmar que já havia tentado isso em Mônaco meses antes.A semana em Mônaco é de muito trabalho, mas bem agradável. Tem o futebol dos pilotos, a caminhada pela trilha de Cap d'Ail, o jantar que era na casa do Jayme Brito e, nos últimos anos, tem sido na do Galvão. E, pra completar, depois do GP ainda tem as 500 Milhas de Indianápolis. Me acostumei, nos últimos 19 anos, a ver a corrida na companhia de Rubinho Barrichello e outros pilotos. Ontem falei com ele por telefone. Desta vez ele estará lá, dentro da pista. E muito bem no grid - 10.º lugar, na estreia em circuito oval, e logo em Indianápolis. No telefone, ele brincou: "Esses ovais foram feitos pra mim".

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