Verstappen: bicampeão tem F-1 no sangue, é genro de Piquet e mescla perfil arrojado e ríspido


Holandês correu com sol a pino em 2022, sem que qualquer sombra pudesse aflorar seu lado hostil

Por Marcos Antomil
Atualização:

Max Verstappen carrega a aura de grande estrela do automobilismo mundial desde que despontou em categorias inferiores. De família de pilotos, o holandês de 25 anos se sagra bicampeão da Fórmula 1 em uma temporada em que foi soberano, soube se aproveitar das falhas da Ferrari e mostrou enorme competência especialmente nas corridas.

Em 2021, Verstappen desafiou o heptacampeão Lewis Hamilton e travou com ele um duelo que durou até a última volta da corrida derradeira em Abu Dabi. A decisão envolta em polêmicas por decisões do diretor de provas Michael Masi – que acabou desligado da FIA – trouxe à Red Bull um engajamento para que o holandês conquistasse mais um título sem questionamentos.

Na atual temporada, a Mercedes perdeu força e viu a Ferrari assumir o posto de maior concorrente da Red Bull. Os erros estratégicos da escuderia de Maranello, porém, facilitaram a vida de Max Verstappen. O holandês via o principal rival Charles Leclerc brilhar nos treinos classificatórios, mas a consistência de seu carro permitiu diversas mudanças de panorama durante as provas.

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Verstappen só deixou de ganhar seis provas até aqui (Bahrein, Austrália, Mônaco, Inglaterra, Áustria e Cingapura). Em um calendário com 22 Grandes Prêmios, o holandês experimentou uma soberania semelhante à de Lewis Hamilton em temporadas recentes. A sombra esboçada pela Ferrari se provou insuficiente em um ano em que Verstappen correu com sol a pino.

Esta é a oitava temporada de Max Verstappen na Fórmula 1. O holandês começou na Toro Rosso (atual AlphaTauri) e logo em seu segundo ano assumiu o cockpit na escuderia principal do grupo austríaco. Na Red Bull, em pouco tempo, empurrou Daniel Ricciardo ao lugar de segundo piloto. Em sua primeira corrida na escuderia já subiu ao lugar mais alto do pódio (na Espanha, em 2017).

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O piloto da Red Bull, Max Verstappen, da Holanda, comemora sua vitória durante o GP do Japão de Fórmula 1 no Circuito de Suzuka. Foto: Eugene Hoshiko/AP Foto: Eugene Hoshiko

NO SANGUE

Apesar de correr com a bandeira holandesa, Max Verstappen nasceu na Bélgica, na cidade de Hasselt, cidade-natal de sua mãe Sophie Kumpen, que foi campeã de kart, concorrendo com importantes nomes do automobilismo, como Jenson Button, Nick Heidfeld, Jarno Trulli e Giancarlo Fisichella. Sophie parou de correr em 1996, quando se casou com o pai de Max, Jos Verstappen, um ano antes do bicampeão mundial nascer.

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Jos Verstappen foi um modesto piloto de Fórmula 1. De perfil exigente, ele conseguiu realizar no filho o sonho de um título mundial. Jos Verstappen esteve na categoria máxima do automobilismo por nove temporadas, sendo titular em oito delas, entre 1994 e 2003. Sua melhor colocação em um campeonato foi um 10º lugar na temporada de estreia.

FAMÍLIA PIQUET

Max Verstappen tem um relacionamento de quase dois anos com a modelo Kelly Piquet, filha do tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet. O romance entre o holandês e a brasileira começou em outubro de 2020, mas só foi oficializado em janeiro de 2021, logo após os dois passarem férias nos Lençóis Maranhenses.

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Kelly Piquet namorava o piloto russo Daniil Kvyat desde 2017. Em 2019, tiveram Penelope, única filha do casal. O relacionamento, porém, durou apenas mais alguns meses. Verstappen, em seu início na Fórmula 1, foi colocado com uma espécie de carrasco de Kvyat. O desempenho do holandês da Toro Rosso fez com que, após somente cinco corridas em 2016, a Red Bull trocasse Kvyat por Verstappen, rebaixando o russo para a equipe secundária e levando o atual bicampeão ao time principal.

Verstappen se encontrou com Piquet em Brasília antes de GP de São Paulo Foto: Reprodução/Instagram

Com Nelson Piquet, Verstappen guarda relações protocolares. Os dois estiveram juntos presencialmente pela primeira vez em Brasília, pouco antes da última edição do Grande Prêmio de São Paulo. Eles voltaram a se reunir nas comemorações de Natal em 2021. À época, Verstappen revelou ao Estadão que não pedia conselhos a Piquet, porque o sogro sabe que o holandês não precisa disso. “Eu sei o que fazer no carro, então não preciso falar com ninguém sobre isso.”

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Nas polêmicas recentes após Nelson Piquet chamar Lewis Hamilton de “neguinho”, Verstappen preferiu se manter distante, afirmando que não se sentia na responsabilidade de cobrar o sogro por uma postura diferente. O bicampeão criticou o uso da palavra preconceituosa, mas afirmou que o sogro não é racista.

O piloto holandês de Fórmula 1 Max Verstappen da Red Bull Racing chega ao grid de largada do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Japão. Foto: Franck Robichon/EFE Foto: FRANCK ROBICHON

PERSONALIDADE

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Max Verstappen tem personalidades semelhantes dentro e fora das pistas. Quando está no cockpit, seu estilo arrojado permite arriscar em ultrapassagens e defesas de posição. O holandês não tem medo de toques e tampouco é fã de precauções. Ele não mede esforços para conquistar seus objetivos. O perfil intransigente rende críticas dos concorrentes e foi um dos responsáveis por elevar os níveis de tensão com Hamilton na disputa do título de 2021.

Verstappen não usa meias palavras. Ele é direto em suas falas e rotineiramente passa a impressão de rispidez. Por isso, o relacionamento com os demais pilotos, especialmente os companheiros de equipe, sempre foram tema de preocupação. Helmut Marko, consultor da Red Bull, admitiu que a parceria entre Verstappen e Carlos Sainz Jr., em 2015, guardava um ambiente tóxico.

Apesar da personalidade forte, Verstappen tem a seu favor o talento nato. Por isso, sua presença é muito valorizada na Red Bull. Tanto que a equipe austríaca toma grandes cuidados para encontrar um segundo piloto que não alimente disputas e preserve a devida distância de Verstappen. O mexicano Sergio Pérez cumpre todas as exigências.

MAR LARANJA

Por onde vai, Max Verstappen carrega consigo um mar laranja de fãs. A cor que representa a Holanda virou marca registrada entre os torcedores nos principais circuitos europeus.

Torcedores de Max Verstappen tomam conta do circuito de Spielberg. Foto: Florion Goga/ Reuters

Sinalizadores criam uma nuvem laranja que dá a Verstappen a confiança e apoio suficientes para provar na pista suas qualidades. Havia muitos anos que não se via uma torcida tão identificada com um piloto.

Max Verstappen carrega a aura de grande estrela do automobilismo mundial desde que despontou em categorias inferiores. De família de pilotos, o holandês de 25 anos se sagra bicampeão da Fórmula 1 em uma temporada em que foi soberano, soube se aproveitar das falhas da Ferrari e mostrou enorme competência especialmente nas corridas.

Em 2021, Verstappen desafiou o heptacampeão Lewis Hamilton e travou com ele um duelo que durou até a última volta da corrida derradeira em Abu Dabi. A decisão envolta em polêmicas por decisões do diretor de provas Michael Masi – que acabou desligado da FIA – trouxe à Red Bull um engajamento para que o holandês conquistasse mais um título sem questionamentos.

Na atual temporada, a Mercedes perdeu força e viu a Ferrari assumir o posto de maior concorrente da Red Bull. Os erros estratégicos da escuderia de Maranello, porém, facilitaram a vida de Max Verstappen. O holandês via o principal rival Charles Leclerc brilhar nos treinos classificatórios, mas a consistência de seu carro permitiu diversas mudanças de panorama durante as provas.

Verstappen só deixou de ganhar seis provas até aqui (Bahrein, Austrália, Mônaco, Inglaterra, Áustria e Cingapura). Em um calendário com 22 Grandes Prêmios, o holandês experimentou uma soberania semelhante à de Lewis Hamilton em temporadas recentes. A sombra esboçada pela Ferrari se provou insuficiente em um ano em que Verstappen correu com sol a pino.

Esta é a oitava temporada de Max Verstappen na Fórmula 1. O holandês começou na Toro Rosso (atual AlphaTauri) e logo em seu segundo ano assumiu o cockpit na escuderia principal do grupo austríaco. Na Red Bull, em pouco tempo, empurrou Daniel Ricciardo ao lugar de segundo piloto. Em sua primeira corrida na escuderia já subiu ao lugar mais alto do pódio (na Espanha, em 2017).

O piloto da Red Bull, Max Verstappen, da Holanda, comemora sua vitória durante o GP do Japão de Fórmula 1 no Circuito de Suzuka. Foto: Eugene Hoshiko/AP Foto: Eugene Hoshiko

NO SANGUE

Apesar de correr com a bandeira holandesa, Max Verstappen nasceu na Bélgica, na cidade de Hasselt, cidade-natal de sua mãe Sophie Kumpen, que foi campeã de kart, concorrendo com importantes nomes do automobilismo, como Jenson Button, Nick Heidfeld, Jarno Trulli e Giancarlo Fisichella. Sophie parou de correr em 1996, quando se casou com o pai de Max, Jos Verstappen, um ano antes do bicampeão mundial nascer.

Jos Verstappen foi um modesto piloto de Fórmula 1. De perfil exigente, ele conseguiu realizar no filho o sonho de um título mundial. Jos Verstappen esteve na categoria máxima do automobilismo por nove temporadas, sendo titular em oito delas, entre 1994 e 2003. Sua melhor colocação em um campeonato foi um 10º lugar na temporada de estreia.

FAMÍLIA PIQUET

Max Verstappen tem um relacionamento de quase dois anos com a modelo Kelly Piquet, filha do tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet. O romance entre o holandês e a brasileira começou em outubro de 2020, mas só foi oficializado em janeiro de 2021, logo após os dois passarem férias nos Lençóis Maranhenses.

Kelly Piquet namorava o piloto russo Daniil Kvyat desde 2017. Em 2019, tiveram Penelope, única filha do casal. O relacionamento, porém, durou apenas mais alguns meses. Verstappen, em seu início na Fórmula 1, foi colocado com uma espécie de carrasco de Kvyat. O desempenho do holandês da Toro Rosso fez com que, após somente cinco corridas em 2016, a Red Bull trocasse Kvyat por Verstappen, rebaixando o russo para a equipe secundária e levando o atual bicampeão ao time principal.

Verstappen se encontrou com Piquet em Brasília antes de GP de São Paulo Foto: Reprodução/Instagram

Com Nelson Piquet, Verstappen guarda relações protocolares. Os dois estiveram juntos presencialmente pela primeira vez em Brasília, pouco antes da última edição do Grande Prêmio de São Paulo. Eles voltaram a se reunir nas comemorações de Natal em 2021. À época, Verstappen revelou ao Estadão que não pedia conselhos a Piquet, porque o sogro sabe que o holandês não precisa disso. “Eu sei o que fazer no carro, então não preciso falar com ninguém sobre isso.”

Nas polêmicas recentes após Nelson Piquet chamar Lewis Hamilton de “neguinho”, Verstappen preferiu se manter distante, afirmando que não se sentia na responsabilidade de cobrar o sogro por uma postura diferente. O bicampeão criticou o uso da palavra preconceituosa, mas afirmou que o sogro não é racista.

O piloto holandês de Fórmula 1 Max Verstappen da Red Bull Racing chega ao grid de largada do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Japão. Foto: Franck Robichon/EFE Foto: FRANCK ROBICHON

PERSONALIDADE

Max Verstappen tem personalidades semelhantes dentro e fora das pistas. Quando está no cockpit, seu estilo arrojado permite arriscar em ultrapassagens e defesas de posição. O holandês não tem medo de toques e tampouco é fã de precauções. Ele não mede esforços para conquistar seus objetivos. O perfil intransigente rende críticas dos concorrentes e foi um dos responsáveis por elevar os níveis de tensão com Hamilton na disputa do título de 2021.

Verstappen não usa meias palavras. Ele é direto em suas falas e rotineiramente passa a impressão de rispidez. Por isso, o relacionamento com os demais pilotos, especialmente os companheiros de equipe, sempre foram tema de preocupação. Helmut Marko, consultor da Red Bull, admitiu que a parceria entre Verstappen e Carlos Sainz Jr., em 2015, guardava um ambiente tóxico.

Apesar da personalidade forte, Verstappen tem a seu favor o talento nato. Por isso, sua presença é muito valorizada na Red Bull. Tanto que a equipe austríaca toma grandes cuidados para encontrar um segundo piloto que não alimente disputas e preserve a devida distância de Verstappen. O mexicano Sergio Pérez cumpre todas as exigências.

MAR LARANJA

Por onde vai, Max Verstappen carrega consigo um mar laranja de fãs. A cor que representa a Holanda virou marca registrada entre os torcedores nos principais circuitos europeus.

Torcedores de Max Verstappen tomam conta do circuito de Spielberg. Foto: Florion Goga/ Reuters

Sinalizadores criam uma nuvem laranja que dá a Verstappen a confiança e apoio suficientes para provar na pista suas qualidades. Havia muitos anos que não se via uma torcida tão identificada com um piloto.

Max Verstappen carrega a aura de grande estrela do automobilismo mundial desde que despontou em categorias inferiores. De família de pilotos, o holandês de 25 anos se sagra bicampeão da Fórmula 1 em uma temporada em que foi soberano, soube se aproveitar das falhas da Ferrari e mostrou enorme competência especialmente nas corridas.

Em 2021, Verstappen desafiou o heptacampeão Lewis Hamilton e travou com ele um duelo que durou até a última volta da corrida derradeira em Abu Dabi. A decisão envolta em polêmicas por decisões do diretor de provas Michael Masi – que acabou desligado da FIA – trouxe à Red Bull um engajamento para que o holandês conquistasse mais um título sem questionamentos.

Na atual temporada, a Mercedes perdeu força e viu a Ferrari assumir o posto de maior concorrente da Red Bull. Os erros estratégicos da escuderia de Maranello, porém, facilitaram a vida de Max Verstappen. O holandês via o principal rival Charles Leclerc brilhar nos treinos classificatórios, mas a consistência de seu carro permitiu diversas mudanças de panorama durante as provas.

Verstappen só deixou de ganhar seis provas até aqui (Bahrein, Austrália, Mônaco, Inglaterra, Áustria e Cingapura). Em um calendário com 22 Grandes Prêmios, o holandês experimentou uma soberania semelhante à de Lewis Hamilton em temporadas recentes. A sombra esboçada pela Ferrari se provou insuficiente em um ano em que Verstappen correu com sol a pino.

Esta é a oitava temporada de Max Verstappen na Fórmula 1. O holandês começou na Toro Rosso (atual AlphaTauri) e logo em seu segundo ano assumiu o cockpit na escuderia principal do grupo austríaco. Na Red Bull, em pouco tempo, empurrou Daniel Ricciardo ao lugar de segundo piloto. Em sua primeira corrida na escuderia já subiu ao lugar mais alto do pódio (na Espanha, em 2017).

O piloto da Red Bull, Max Verstappen, da Holanda, comemora sua vitória durante o GP do Japão de Fórmula 1 no Circuito de Suzuka. Foto: Eugene Hoshiko/AP Foto: Eugene Hoshiko

NO SANGUE

Apesar de correr com a bandeira holandesa, Max Verstappen nasceu na Bélgica, na cidade de Hasselt, cidade-natal de sua mãe Sophie Kumpen, que foi campeã de kart, concorrendo com importantes nomes do automobilismo, como Jenson Button, Nick Heidfeld, Jarno Trulli e Giancarlo Fisichella. Sophie parou de correr em 1996, quando se casou com o pai de Max, Jos Verstappen, um ano antes do bicampeão mundial nascer.

Jos Verstappen foi um modesto piloto de Fórmula 1. De perfil exigente, ele conseguiu realizar no filho o sonho de um título mundial. Jos Verstappen esteve na categoria máxima do automobilismo por nove temporadas, sendo titular em oito delas, entre 1994 e 2003. Sua melhor colocação em um campeonato foi um 10º lugar na temporada de estreia.

FAMÍLIA PIQUET

Max Verstappen tem um relacionamento de quase dois anos com a modelo Kelly Piquet, filha do tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet. O romance entre o holandês e a brasileira começou em outubro de 2020, mas só foi oficializado em janeiro de 2021, logo após os dois passarem férias nos Lençóis Maranhenses.

Kelly Piquet namorava o piloto russo Daniil Kvyat desde 2017. Em 2019, tiveram Penelope, única filha do casal. O relacionamento, porém, durou apenas mais alguns meses. Verstappen, em seu início na Fórmula 1, foi colocado com uma espécie de carrasco de Kvyat. O desempenho do holandês da Toro Rosso fez com que, após somente cinco corridas em 2016, a Red Bull trocasse Kvyat por Verstappen, rebaixando o russo para a equipe secundária e levando o atual bicampeão ao time principal.

Verstappen se encontrou com Piquet em Brasília antes de GP de São Paulo Foto: Reprodução/Instagram

Com Nelson Piquet, Verstappen guarda relações protocolares. Os dois estiveram juntos presencialmente pela primeira vez em Brasília, pouco antes da última edição do Grande Prêmio de São Paulo. Eles voltaram a se reunir nas comemorações de Natal em 2021. À época, Verstappen revelou ao Estadão que não pedia conselhos a Piquet, porque o sogro sabe que o holandês não precisa disso. “Eu sei o que fazer no carro, então não preciso falar com ninguém sobre isso.”

Nas polêmicas recentes após Nelson Piquet chamar Lewis Hamilton de “neguinho”, Verstappen preferiu se manter distante, afirmando que não se sentia na responsabilidade de cobrar o sogro por uma postura diferente. O bicampeão criticou o uso da palavra preconceituosa, mas afirmou que o sogro não é racista.

O piloto holandês de Fórmula 1 Max Verstappen da Red Bull Racing chega ao grid de largada do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Japão. Foto: Franck Robichon/EFE Foto: FRANCK ROBICHON

PERSONALIDADE

Max Verstappen tem personalidades semelhantes dentro e fora das pistas. Quando está no cockpit, seu estilo arrojado permite arriscar em ultrapassagens e defesas de posição. O holandês não tem medo de toques e tampouco é fã de precauções. Ele não mede esforços para conquistar seus objetivos. O perfil intransigente rende críticas dos concorrentes e foi um dos responsáveis por elevar os níveis de tensão com Hamilton na disputa do título de 2021.

Verstappen não usa meias palavras. Ele é direto em suas falas e rotineiramente passa a impressão de rispidez. Por isso, o relacionamento com os demais pilotos, especialmente os companheiros de equipe, sempre foram tema de preocupação. Helmut Marko, consultor da Red Bull, admitiu que a parceria entre Verstappen e Carlos Sainz Jr., em 2015, guardava um ambiente tóxico.

Apesar da personalidade forte, Verstappen tem a seu favor o talento nato. Por isso, sua presença é muito valorizada na Red Bull. Tanto que a equipe austríaca toma grandes cuidados para encontrar um segundo piloto que não alimente disputas e preserve a devida distância de Verstappen. O mexicano Sergio Pérez cumpre todas as exigências.

MAR LARANJA

Por onde vai, Max Verstappen carrega consigo um mar laranja de fãs. A cor que representa a Holanda virou marca registrada entre os torcedores nos principais circuitos europeus.

Torcedores de Max Verstappen tomam conta do circuito de Spielberg. Foto: Florion Goga/ Reuters

Sinalizadores criam uma nuvem laranja que dá a Verstappen a confiança e apoio suficientes para provar na pista suas qualidades. Havia muitos anos que não se via uma torcida tão identificada com um piloto.

Max Verstappen carrega a aura de grande estrela do automobilismo mundial desde que despontou em categorias inferiores. De família de pilotos, o holandês de 25 anos se sagra bicampeão da Fórmula 1 em uma temporada em que foi soberano, soube se aproveitar das falhas da Ferrari e mostrou enorme competência especialmente nas corridas.

Em 2021, Verstappen desafiou o heptacampeão Lewis Hamilton e travou com ele um duelo que durou até a última volta da corrida derradeira em Abu Dabi. A decisão envolta em polêmicas por decisões do diretor de provas Michael Masi – que acabou desligado da FIA – trouxe à Red Bull um engajamento para que o holandês conquistasse mais um título sem questionamentos.

Na atual temporada, a Mercedes perdeu força e viu a Ferrari assumir o posto de maior concorrente da Red Bull. Os erros estratégicos da escuderia de Maranello, porém, facilitaram a vida de Max Verstappen. O holandês via o principal rival Charles Leclerc brilhar nos treinos classificatórios, mas a consistência de seu carro permitiu diversas mudanças de panorama durante as provas.

Verstappen só deixou de ganhar seis provas até aqui (Bahrein, Austrália, Mônaco, Inglaterra, Áustria e Cingapura). Em um calendário com 22 Grandes Prêmios, o holandês experimentou uma soberania semelhante à de Lewis Hamilton em temporadas recentes. A sombra esboçada pela Ferrari se provou insuficiente em um ano em que Verstappen correu com sol a pino.

Esta é a oitava temporada de Max Verstappen na Fórmula 1. O holandês começou na Toro Rosso (atual AlphaTauri) e logo em seu segundo ano assumiu o cockpit na escuderia principal do grupo austríaco. Na Red Bull, em pouco tempo, empurrou Daniel Ricciardo ao lugar de segundo piloto. Em sua primeira corrida na escuderia já subiu ao lugar mais alto do pódio (na Espanha, em 2017).

O piloto da Red Bull, Max Verstappen, da Holanda, comemora sua vitória durante o GP do Japão de Fórmula 1 no Circuito de Suzuka. Foto: Eugene Hoshiko/AP Foto: Eugene Hoshiko

NO SANGUE

Apesar de correr com a bandeira holandesa, Max Verstappen nasceu na Bélgica, na cidade de Hasselt, cidade-natal de sua mãe Sophie Kumpen, que foi campeã de kart, concorrendo com importantes nomes do automobilismo, como Jenson Button, Nick Heidfeld, Jarno Trulli e Giancarlo Fisichella. Sophie parou de correr em 1996, quando se casou com o pai de Max, Jos Verstappen, um ano antes do bicampeão mundial nascer.

Jos Verstappen foi um modesto piloto de Fórmula 1. De perfil exigente, ele conseguiu realizar no filho o sonho de um título mundial. Jos Verstappen esteve na categoria máxima do automobilismo por nove temporadas, sendo titular em oito delas, entre 1994 e 2003. Sua melhor colocação em um campeonato foi um 10º lugar na temporada de estreia.

FAMÍLIA PIQUET

Max Verstappen tem um relacionamento de quase dois anos com a modelo Kelly Piquet, filha do tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet. O romance entre o holandês e a brasileira começou em outubro de 2020, mas só foi oficializado em janeiro de 2021, logo após os dois passarem férias nos Lençóis Maranhenses.

Kelly Piquet namorava o piloto russo Daniil Kvyat desde 2017. Em 2019, tiveram Penelope, única filha do casal. O relacionamento, porém, durou apenas mais alguns meses. Verstappen, em seu início na Fórmula 1, foi colocado com uma espécie de carrasco de Kvyat. O desempenho do holandês da Toro Rosso fez com que, após somente cinco corridas em 2016, a Red Bull trocasse Kvyat por Verstappen, rebaixando o russo para a equipe secundária e levando o atual bicampeão ao time principal.

Verstappen se encontrou com Piquet em Brasília antes de GP de São Paulo Foto: Reprodução/Instagram

Com Nelson Piquet, Verstappen guarda relações protocolares. Os dois estiveram juntos presencialmente pela primeira vez em Brasília, pouco antes da última edição do Grande Prêmio de São Paulo. Eles voltaram a se reunir nas comemorações de Natal em 2021. À época, Verstappen revelou ao Estadão que não pedia conselhos a Piquet, porque o sogro sabe que o holandês não precisa disso. “Eu sei o que fazer no carro, então não preciso falar com ninguém sobre isso.”

Nas polêmicas recentes após Nelson Piquet chamar Lewis Hamilton de “neguinho”, Verstappen preferiu se manter distante, afirmando que não se sentia na responsabilidade de cobrar o sogro por uma postura diferente. O bicampeão criticou o uso da palavra preconceituosa, mas afirmou que o sogro não é racista.

O piloto holandês de Fórmula 1 Max Verstappen da Red Bull Racing chega ao grid de largada do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Japão. Foto: Franck Robichon/EFE Foto: FRANCK ROBICHON

PERSONALIDADE

Max Verstappen tem personalidades semelhantes dentro e fora das pistas. Quando está no cockpit, seu estilo arrojado permite arriscar em ultrapassagens e defesas de posição. O holandês não tem medo de toques e tampouco é fã de precauções. Ele não mede esforços para conquistar seus objetivos. O perfil intransigente rende críticas dos concorrentes e foi um dos responsáveis por elevar os níveis de tensão com Hamilton na disputa do título de 2021.

Verstappen não usa meias palavras. Ele é direto em suas falas e rotineiramente passa a impressão de rispidez. Por isso, o relacionamento com os demais pilotos, especialmente os companheiros de equipe, sempre foram tema de preocupação. Helmut Marko, consultor da Red Bull, admitiu que a parceria entre Verstappen e Carlos Sainz Jr., em 2015, guardava um ambiente tóxico.

Apesar da personalidade forte, Verstappen tem a seu favor o talento nato. Por isso, sua presença é muito valorizada na Red Bull. Tanto que a equipe austríaca toma grandes cuidados para encontrar um segundo piloto que não alimente disputas e preserve a devida distância de Verstappen. O mexicano Sergio Pérez cumpre todas as exigências.

MAR LARANJA

Por onde vai, Max Verstappen carrega consigo um mar laranja de fãs. A cor que representa a Holanda virou marca registrada entre os torcedores nos principais circuitos europeus.

Torcedores de Max Verstappen tomam conta do circuito de Spielberg. Foto: Florion Goga/ Reuters

Sinalizadores criam uma nuvem laranja que dá a Verstappen a confiança e apoio suficientes para provar na pista suas qualidades. Havia muitos anos que não se via uma torcida tão identificada com um piloto.

Max Verstappen carrega a aura de grande estrela do automobilismo mundial desde que despontou em categorias inferiores. De família de pilotos, o holandês de 25 anos se sagra bicampeão da Fórmula 1 em uma temporada em que foi soberano, soube se aproveitar das falhas da Ferrari e mostrou enorme competência especialmente nas corridas.

Em 2021, Verstappen desafiou o heptacampeão Lewis Hamilton e travou com ele um duelo que durou até a última volta da corrida derradeira em Abu Dabi. A decisão envolta em polêmicas por decisões do diretor de provas Michael Masi – que acabou desligado da FIA – trouxe à Red Bull um engajamento para que o holandês conquistasse mais um título sem questionamentos.

Na atual temporada, a Mercedes perdeu força e viu a Ferrari assumir o posto de maior concorrente da Red Bull. Os erros estratégicos da escuderia de Maranello, porém, facilitaram a vida de Max Verstappen. O holandês via o principal rival Charles Leclerc brilhar nos treinos classificatórios, mas a consistência de seu carro permitiu diversas mudanças de panorama durante as provas.

Verstappen só deixou de ganhar seis provas até aqui (Bahrein, Austrália, Mônaco, Inglaterra, Áustria e Cingapura). Em um calendário com 22 Grandes Prêmios, o holandês experimentou uma soberania semelhante à de Lewis Hamilton em temporadas recentes. A sombra esboçada pela Ferrari se provou insuficiente em um ano em que Verstappen correu com sol a pino.

Esta é a oitava temporada de Max Verstappen na Fórmula 1. O holandês começou na Toro Rosso (atual AlphaTauri) e logo em seu segundo ano assumiu o cockpit na escuderia principal do grupo austríaco. Na Red Bull, em pouco tempo, empurrou Daniel Ricciardo ao lugar de segundo piloto. Em sua primeira corrida na escuderia já subiu ao lugar mais alto do pódio (na Espanha, em 2017).

O piloto da Red Bull, Max Verstappen, da Holanda, comemora sua vitória durante o GP do Japão de Fórmula 1 no Circuito de Suzuka. Foto: Eugene Hoshiko/AP Foto: Eugene Hoshiko

NO SANGUE

Apesar de correr com a bandeira holandesa, Max Verstappen nasceu na Bélgica, na cidade de Hasselt, cidade-natal de sua mãe Sophie Kumpen, que foi campeã de kart, concorrendo com importantes nomes do automobilismo, como Jenson Button, Nick Heidfeld, Jarno Trulli e Giancarlo Fisichella. Sophie parou de correr em 1996, quando se casou com o pai de Max, Jos Verstappen, um ano antes do bicampeão mundial nascer.

Jos Verstappen foi um modesto piloto de Fórmula 1. De perfil exigente, ele conseguiu realizar no filho o sonho de um título mundial. Jos Verstappen esteve na categoria máxima do automobilismo por nove temporadas, sendo titular em oito delas, entre 1994 e 2003. Sua melhor colocação em um campeonato foi um 10º lugar na temporada de estreia.

FAMÍLIA PIQUET

Max Verstappen tem um relacionamento de quase dois anos com a modelo Kelly Piquet, filha do tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet. O romance entre o holandês e a brasileira começou em outubro de 2020, mas só foi oficializado em janeiro de 2021, logo após os dois passarem férias nos Lençóis Maranhenses.

Kelly Piquet namorava o piloto russo Daniil Kvyat desde 2017. Em 2019, tiveram Penelope, única filha do casal. O relacionamento, porém, durou apenas mais alguns meses. Verstappen, em seu início na Fórmula 1, foi colocado com uma espécie de carrasco de Kvyat. O desempenho do holandês da Toro Rosso fez com que, após somente cinco corridas em 2016, a Red Bull trocasse Kvyat por Verstappen, rebaixando o russo para a equipe secundária e levando o atual bicampeão ao time principal.

Verstappen se encontrou com Piquet em Brasília antes de GP de São Paulo Foto: Reprodução/Instagram

Com Nelson Piquet, Verstappen guarda relações protocolares. Os dois estiveram juntos presencialmente pela primeira vez em Brasília, pouco antes da última edição do Grande Prêmio de São Paulo. Eles voltaram a se reunir nas comemorações de Natal em 2021. À época, Verstappen revelou ao Estadão que não pedia conselhos a Piquet, porque o sogro sabe que o holandês não precisa disso. “Eu sei o que fazer no carro, então não preciso falar com ninguém sobre isso.”

Nas polêmicas recentes após Nelson Piquet chamar Lewis Hamilton de “neguinho”, Verstappen preferiu se manter distante, afirmando que não se sentia na responsabilidade de cobrar o sogro por uma postura diferente. O bicampeão criticou o uso da palavra preconceituosa, mas afirmou que o sogro não é racista.

O piloto holandês de Fórmula 1 Max Verstappen da Red Bull Racing chega ao grid de largada do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Japão. Foto: Franck Robichon/EFE Foto: FRANCK ROBICHON

PERSONALIDADE

Max Verstappen tem personalidades semelhantes dentro e fora das pistas. Quando está no cockpit, seu estilo arrojado permite arriscar em ultrapassagens e defesas de posição. O holandês não tem medo de toques e tampouco é fã de precauções. Ele não mede esforços para conquistar seus objetivos. O perfil intransigente rende críticas dos concorrentes e foi um dos responsáveis por elevar os níveis de tensão com Hamilton na disputa do título de 2021.

Verstappen não usa meias palavras. Ele é direto em suas falas e rotineiramente passa a impressão de rispidez. Por isso, o relacionamento com os demais pilotos, especialmente os companheiros de equipe, sempre foram tema de preocupação. Helmut Marko, consultor da Red Bull, admitiu que a parceria entre Verstappen e Carlos Sainz Jr., em 2015, guardava um ambiente tóxico.

Apesar da personalidade forte, Verstappen tem a seu favor o talento nato. Por isso, sua presença é muito valorizada na Red Bull. Tanto que a equipe austríaca toma grandes cuidados para encontrar um segundo piloto que não alimente disputas e preserve a devida distância de Verstappen. O mexicano Sergio Pérez cumpre todas as exigências.

MAR LARANJA

Por onde vai, Max Verstappen carrega consigo um mar laranja de fãs. A cor que representa a Holanda virou marca registrada entre os torcedores nos principais circuitos europeus.

Torcedores de Max Verstappen tomam conta do circuito de Spielberg. Foto: Florion Goga/ Reuters

Sinalizadores criam uma nuvem laranja que dá a Verstappen a confiança e apoio suficientes para provar na pista suas qualidades. Havia muitos anos que não se via uma torcida tão identificada com um piloto.

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