Olimpíadas 2024: Ana Patrícia e Duda conquistam o ouro e recolocam vôlei de praia brasileiro no topo


Técnica, concentração e empenho conduzem dupla do Brasil ao título olímpico, com vitória sobre as ‘catimbeiras’ canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson

Por Ricardo Magatti
Atualização:

PARIS - País com mais medalhas no vôlei de praia em Olimpíadas, agora com 14, o Brasil voltou ao topo da modalidade. Na final do feminino dos Jogos de Paris, Ana Patrícia e Duda derrotaram as “catimbeiras” canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson por 2 sets a 1 — parciais de 26/24, 12/21 e 15/10 — e subiram no lugar mais alto do pódio. Trata-se do terceiro ouro do Time Brasil na capital francesa, todos conquistados por mulheres — a judoca Bia Souza e a ginasta multimedalhista Rebeca Andrade haviam ganhado antes.

Em Tóquio-2020, o Brasil não subiu ao pódio no vôlei de praia. Foi a primeira e única vez desde que a modalidade entrou no programa olímpico em Atlanta-1996, Na capital francesa, as brasileiras coroaram trajetória perfeita, sem derrotas, com o ouro, conquistado graças à dura vitória sobre as canadenses. Foram apenas dois sets perdidos em sete partidas e um desempenho em alto nível na arena montada aos pés da Torre Eiffel mostrado pela dupla que lidera o ranking mundial.

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“É uma coisa surreal. A gente viveu, sonhou, lutou e conseguimos, depois de 28 anos. É inexplicável. A gente nunca mais vai esquecer desse momento”, comemorou Duda.

“Estou tentando processar ainda. Acho que a gente nunca se deslumbrou com esse número de ser a número 1 do ranking e sempre acreditamos muito nesse trabalho. Depois de (Tóquio) 2020 recebi tanta mensagem de julgamento, de pessoas que queriam que eu desistisse. Agora, eu queria agradecer a muitas pessoas, a Deus, mas especialmente a mim mesma. Muita gente fala muita coisa. Mas, agora quando forem falar, falem também que a gente deu o sangue para sermos campeãs olímpicas”, desabafou Ana Patrícia.

Ainda que tenha tradição no vôlei de praia, o Brasil só havia sido campeão olímpico no feminino na estreia do esporte, em Atlanta-1996, Jogos em que o País levou o ouro e a prata, com Jackie Silva/Sandra Pires e Mônica/Adriana Samuel, respectivamente.

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Ana Patrícia e Duda ganharam o ouro em Paris e recolocaram o vôlei de praia do Brasil no topo Foto: Jeff Pachoud/AFP

Juntas desde 2022, Duda e Ana Patrícia adicionam ao seus currículos o título mais importante da sua carreira. Já haviam sido campeãs mundiais em 2022 e vice no ano passado. Mas o ouro olímpico tem um sabor especial para Duda Lisboa, sergipense de Aracaju que começou bem pequena no vôlei de praia acompanhando a mãe e ex-jogadora Cida Lisboa, e Ana Patrícia, mineira de Espinosa que jogou handebol e também vôlei de quadra, mas se encontrou, mesmo, nas areias.

Ana Patrícia e Duda puseram o ouro no pescoço porque foram melhores. Fizeram campanha irretocável, com sete vitórias em sete partidas e apenas dois sets perdidos. Não sentiram a pressão em cima delas por serem as melhores do mundo, passando de fase com sobras e eliminando japonesas, letãs, australianas e canadenses.

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Sobraram empenho, concentração e técnica para a dupla brasileira, sobretudo no primeiro set, em que tiveram de tirar larga desvantagem. Começaram mal e viram as canadenses abrirem seis pontos (8 a 2) no início. No entanto, a melhor dupla do mundo pôs a cabeça no lugar e a bola no chão.

A dupla do Brasil foi protagonista de uma reviravolta empolgante nas areias de Paris depois de tomarem melhores decisões. O acirrado e estendido set foi fechado em 26 a 22 com um ponto de muito recurso de Duda, que passou de manchete para o outro lado para surpreender as rivais do Canadá. Houve, também, ace, bloqueio e uma defesa de cabeça da gigante Ana Patrícia.

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Duda e Ana Patrícia vibram com ponto na final olímpica do vôlei de praia em Paris Foto: Robert F. Bukaty/AP

O foco que sobrou no primeiro set às brasileiras faltou no segundo. O início foi equilibrado, com leve predomínio da dupla do Brasil, que chegou a abrir 12 a 10. Mas, depois disso, viram as canadenses reagir, com incríveis 13 pontos contra somente dois das brasileiras. Elas desgarram com saque forte e defesa segura, explorando erros de Ana Patrícia e Duda até ganhar com vantagem considerável, fechando em 21 a 12.

No tie-break, Ana Patrícia e Duda recuperaram a energia e a concentração. Voltaram a encaixar seu jogo e lideraram toda a parcial, sem deixar as oponentes encostarem. Até que aconteceu um bate-boca na parte final do set, quando o Brasil ganhava por 11 a 8.

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Porém, nem a discussão nem a catimba das canadenses tiraram o foco das brasileiras, que ouviram a torcida gritar mais alto nas arquibancadas e o DJ tentar aliviar a tensão com a pacífica “Imagine”, de John Lennon. Vitória confirmada por 15 a 10 e o terceiro ouro para o Brasil em Paris. Festejaram o título ao som de Ivete Sangalo e Ludmilla e foram agradecer ao apoio dos muitos brasileiros nas arquibancadas.

PARIS - País com mais medalhas no vôlei de praia em Olimpíadas, agora com 14, o Brasil voltou ao topo da modalidade. Na final do feminino dos Jogos de Paris, Ana Patrícia e Duda derrotaram as “catimbeiras” canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson por 2 sets a 1 — parciais de 26/24, 12/21 e 15/10 — e subiram no lugar mais alto do pódio. Trata-se do terceiro ouro do Time Brasil na capital francesa, todos conquistados por mulheres — a judoca Bia Souza e a ginasta multimedalhista Rebeca Andrade haviam ganhado antes.

Em Tóquio-2020, o Brasil não subiu ao pódio no vôlei de praia. Foi a primeira e única vez desde que a modalidade entrou no programa olímpico em Atlanta-1996, Na capital francesa, as brasileiras coroaram trajetória perfeita, sem derrotas, com o ouro, conquistado graças à dura vitória sobre as canadenses. Foram apenas dois sets perdidos em sete partidas e um desempenho em alto nível na arena montada aos pés da Torre Eiffel mostrado pela dupla que lidera o ranking mundial.

“É uma coisa surreal. A gente viveu, sonhou, lutou e conseguimos, depois de 28 anos. É inexplicável. A gente nunca mais vai esquecer desse momento”, comemorou Duda.

“Estou tentando processar ainda. Acho que a gente nunca se deslumbrou com esse número de ser a número 1 do ranking e sempre acreditamos muito nesse trabalho. Depois de (Tóquio) 2020 recebi tanta mensagem de julgamento, de pessoas que queriam que eu desistisse. Agora, eu queria agradecer a muitas pessoas, a Deus, mas especialmente a mim mesma. Muita gente fala muita coisa. Mas, agora quando forem falar, falem também que a gente deu o sangue para sermos campeãs olímpicas”, desabafou Ana Patrícia.

Ainda que tenha tradição no vôlei de praia, o Brasil só havia sido campeão olímpico no feminino na estreia do esporte, em Atlanta-1996, Jogos em que o País levou o ouro e a prata, com Jackie Silva/Sandra Pires e Mônica/Adriana Samuel, respectivamente.

Ana Patrícia e Duda ganharam o ouro em Paris e recolocaram o vôlei de praia do Brasil no topo Foto: Jeff Pachoud/AFP

Juntas desde 2022, Duda e Ana Patrícia adicionam ao seus currículos o título mais importante da sua carreira. Já haviam sido campeãs mundiais em 2022 e vice no ano passado. Mas o ouro olímpico tem um sabor especial para Duda Lisboa, sergipense de Aracaju que começou bem pequena no vôlei de praia acompanhando a mãe e ex-jogadora Cida Lisboa, e Ana Patrícia, mineira de Espinosa que jogou handebol e também vôlei de quadra, mas se encontrou, mesmo, nas areias.

Ana Patrícia e Duda puseram o ouro no pescoço porque foram melhores. Fizeram campanha irretocável, com sete vitórias em sete partidas e apenas dois sets perdidos. Não sentiram a pressão em cima delas por serem as melhores do mundo, passando de fase com sobras e eliminando japonesas, letãs, australianas e canadenses.

Sobraram empenho, concentração e técnica para a dupla brasileira, sobretudo no primeiro set, em que tiveram de tirar larga desvantagem. Começaram mal e viram as canadenses abrirem seis pontos (8 a 2) no início. No entanto, a melhor dupla do mundo pôs a cabeça no lugar e a bola no chão.

A dupla do Brasil foi protagonista de uma reviravolta empolgante nas areias de Paris depois de tomarem melhores decisões. O acirrado e estendido set foi fechado em 26 a 22 com um ponto de muito recurso de Duda, que passou de manchete para o outro lado para surpreender as rivais do Canadá. Houve, também, ace, bloqueio e uma defesa de cabeça da gigante Ana Patrícia.

Duda e Ana Patrícia vibram com ponto na final olímpica do vôlei de praia em Paris Foto: Robert F. Bukaty/AP

O foco que sobrou no primeiro set às brasileiras faltou no segundo. O início foi equilibrado, com leve predomínio da dupla do Brasil, que chegou a abrir 12 a 10. Mas, depois disso, viram as canadenses reagir, com incríveis 13 pontos contra somente dois das brasileiras. Elas desgarram com saque forte e defesa segura, explorando erros de Ana Patrícia e Duda até ganhar com vantagem considerável, fechando em 21 a 12.

No tie-break, Ana Patrícia e Duda recuperaram a energia e a concentração. Voltaram a encaixar seu jogo e lideraram toda a parcial, sem deixar as oponentes encostarem. Até que aconteceu um bate-boca na parte final do set, quando o Brasil ganhava por 11 a 8.

Porém, nem a discussão nem a catimba das canadenses tiraram o foco das brasileiras, que ouviram a torcida gritar mais alto nas arquibancadas e o DJ tentar aliviar a tensão com a pacífica “Imagine”, de John Lennon. Vitória confirmada por 15 a 10 e o terceiro ouro para o Brasil em Paris. Festejaram o título ao som de Ivete Sangalo e Ludmilla e foram agradecer ao apoio dos muitos brasileiros nas arquibancadas.

PARIS - País com mais medalhas no vôlei de praia em Olimpíadas, agora com 14, o Brasil voltou ao topo da modalidade. Na final do feminino dos Jogos de Paris, Ana Patrícia e Duda derrotaram as “catimbeiras” canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson por 2 sets a 1 — parciais de 26/24, 12/21 e 15/10 — e subiram no lugar mais alto do pódio. Trata-se do terceiro ouro do Time Brasil na capital francesa, todos conquistados por mulheres — a judoca Bia Souza e a ginasta multimedalhista Rebeca Andrade haviam ganhado antes.

Em Tóquio-2020, o Brasil não subiu ao pódio no vôlei de praia. Foi a primeira e única vez desde que a modalidade entrou no programa olímpico em Atlanta-1996, Na capital francesa, as brasileiras coroaram trajetória perfeita, sem derrotas, com o ouro, conquistado graças à dura vitória sobre as canadenses. Foram apenas dois sets perdidos em sete partidas e um desempenho em alto nível na arena montada aos pés da Torre Eiffel mostrado pela dupla que lidera o ranking mundial.

“É uma coisa surreal. A gente viveu, sonhou, lutou e conseguimos, depois de 28 anos. É inexplicável. A gente nunca mais vai esquecer desse momento”, comemorou Duda.

“Estou tentando processar ainda. Acho que a gente nunca se deslumbrou com esse número de ser a número 1 do ranking e sempre acreditamos muito nesse trabalho. Depois de (Tóquio) 2020 recebi tanta mensagem de julgamento, de pessoas que queriam que eu desistisse. Agora, eu queria agradecer a muitas pessoas, a Deus, mas especialmente a mim mesma. Muita gente fala muita coisa. Mas, agora quando forem falar, falem também que a gente deu o sangue para sermos campeãs olímpicas”, desabafou Ana Patrícia.

Ainda que tenha tradição no vôlei de praia, o Brasil só havia sido campeão olímpico no feminino na estreia do esporte, em Atlanta-1996, Jogos em que o País levou o ouro e a prata, com Jackie Silva/Sandra Pires e Mônica/Adriana Samuel, respectivamente.

Ana Patrícia e Duda ganharam o ouro em Paris e recolocaram o vôlei de praia do Brasil no topo Foto: Jeff Pachoud/AFP

Juntas desde 2022, Duda e Ana Patrícia adicionam ao seus currículos o título mais importante da sua carreira. Já haviam sido campeãs mundiais em 2022 e vice no ano passado. Mas o ouro olímpico tem um sabor especial para Duda Lisboa, sergipense de Aracaju que começou bem pequena no vôlei de praia acompanhando a mãe e ex-jogadora Cida Lisboa, e Ana Patrícia, mineira de Espinosa que jogou handebol e também vôlei de quadra, mas se encontrou, mesmo, nas areias.

Ana Patrícia e Duda puseram o ouro no pescoço porque foram melhores. Fizeram campanha irretocável, com sete vitórias em sete partidas e apenas dois sets perdidos. Não sentiram a pressão em cima delas por serem as melhores do mundo, passando de fase com sobras e eliminando japonesas, letãs, australianas e canadenses.

Sobraram empenho, concentração e técnica para a dupla brasileira, sobretudo no primeiro set, em que tiveram de tirar larga desvantagem. Começaram mal e viram as canadenses abrirem seis pontos (8 a 2) no início. No entanto, a melhor dupla do mundo pôs a cabeça no lugar e a bola no chão.

A dupla do Brasil foi protagonista de uma reviravolta empolgante nas areias de Paris depois de tomarem melhores decisões. O acirrado e estendido set foi fechado em 26 a 22 com um ponto de muito recurso de Duda, que passou de manchete para o outro lado para surpreender as rivais do Canadá. Houve, também, ace, bloqueio e uma defesa de cabeça da gigante Ana Patrícia.

Duda e Ana Patrícia vibram com ponto na final olímpica do vôlei de praia em Paris Foto: Robert F. Bukaty/AP

O foco que sobrou no primeiro set às brasileiras faltou no segundo. O início foi equilibrado, com leve predomínio da dupla do Brasil, que chegou a abrir 12 a 10. Mas, depois disso, viram as canadenses reagir, com incríveis 13 pontos contra somente dois das brasileiras. Elas desgarram com saque forte e defesa segura, explorando erros de Ana Patrícia e Duda até ganhar com vantagem considerável, fechando em 21 a 12.

No tie-break, Ana Patrícia e Duda recuperaram a energia e a concentração. Voltaram a encaixar seu jogo e lideraram toda a parcial, sem deixar as oponentes encostarem. Até que aconteceu um bate-boca na parte final do set, quando o Brasil ganhava por 11 a 8.

Porém, nem a discussão nem a catimba das canadenses tiraram o foco das brasileiras, que ouviram a torcida gritar mais alto nas arquibancadas e o DJ tentar aliviar a tensão com a pacífica “Imagine”, de John Lennon. Vitória confirmada por 15 a 10 e o terceiro ouro para o Brasil em Paris. Festejaram o título ao som de Ivete Sangalo e Ludmilla e foram agradecer ao apoio dos muitos brasileiros nas arquibancadas.

PARIS - País com mais medalhas no vôlei de praia em Olimpíadas, agora com 14, o Brasil voltou ao topo da modalidade. Na final do feminino dos Jogos de Paris, Ana Patrícia e Duda derrotaram as “catimbeiras” canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson por 2 sets a 1 — parciais de 26/24, 12/21 e 15/10 — e subiram no lugar mais alto do pódio. Trata-se do terceiro ouro do Time Brasil na capital francesa, todos conquistados por mulheres — a judoca Bia Souza e a ginasta multimedalhista Rebeca Andrade haviam ganhado antes.

Em Tóquio-2020, o Brasil não subiu ao pódio no vôlei de praia. Foi a primeira e única vez desde que a modalidade entrou no programa olímpico em Atlanta-1996, Na capital francesa, as brasileiras coroaram trajetória perfeita, sem derrotas, com o ouro, conquistado graças à dura vitória sobre as canadenses. Foram apenas dois sets perdidos em sete partidas e um desempenho em alto nível na arena montada aos pés da Torre Eiffel mostrado pela dupla que lidera o ranking mundial.

“É uma coisa surreal. A gente viveu, sonhou, lutou e conseguimos, depois de 28 anos. É inexplicável. A gente nunca mais vai esquecer desse momento”, comemorou Duda.

“Estou tentando processar ainda. Acho que a gente nunca se deslumbrou com esse número de ser a número 1 do ranking e sempre acreditamos muito nesse trabalho. Depois de (Tóquio) 2020 recebi tanta mensagem de julgamento, de pessoas que queriam que eu desistisse. Agora, eu queria agradecer a muitas pessoas, a Deus, mas especialmente a mim mesma. Muita gente fala muita coisa. Mas, agora quando forem falar, falem também que a gente deu o sangue para sermos campeãs olímpicas”, desabafou Ana Patrícia.

Ainda que tenha tradição no vôlei de praia, o Brasil só havia sido campeão olímpico no feminino na estreia do esporte, em Atlanta-1996, Jogos em que o País levou o ouro e a prata, com Jackie Silva/Sandra Pires e Mônica/Adriana Samuel, respectivamente.

Ana Patrícia e Duda ganharam o ouro em Paris e recolocaram o vôlei de praia do Brasil no topo Foto: Jeff Pachoud/AFP

Juntas desde 2022, Duda e Ana Patrícia adicionam ao seus currículos o título mais importante da sua carreira. Já haviam sido campeãs mundiais em 2022 e vice no ano passado. Mas o ouro olímpico tem um sabor especial para Duda Lisboa, sergipense de Aracaju que começou bem pequena no vôlei de praia acompanhando a mãe e ex-jogadora Cida Lisboa, e Ana Patrícia, mineira de Espinosa que jogou handebol e também vôlei de quadra, mas se encontrou, mesmo, nas areias.

Ana Patrícia e Duda puseram o ouro no pescoço porque foram melhores. Fizeram campanha irretocável, com sete vitórias em sete partidas e apenas dois sets perdidos. Não sentiram a pressão em cima delas por serem as melhores do mundo, passando de fase com sobras e eliminando japonesas, letãs, australianas e canadenses.

Sobraram empenho, concentração e técnica para a dupla brasileira, sobretudo no primeiro set, em que tiveram de tirar larga desvantagem. Começaram mal e viram as canadenses abrirem seis pontos (8 a 2) no início. No entanto, a melhor dupla do mundo pôs a cabeça no lugar e a bola no chão.

A dupla do Brasil foi protagonista de uma reviravolta empolgante nas areias de Paris depois de tomarem melhores decisões. O acirrado e estendido set foi fechado em 26 a 22 com um ponto de muito recurso de Duda, que passou de manchete para o outro lado para surpreender as rivais do Canadá. Houve, também, ace, bloqueio e uma defesa de cabeça da gigante Ana Patrícia.

Duda e Ana Patrícia vibram com ponto na final olímpica do vôlei de praia em Paris Foto: Robert F. Bukaty/AP

O foco que sobrou no primeiro set às brasileiras faltou no segundo. O início foi equilibrado, com leve predomínio da dupla do Brasil, que chegou a abrir 12 a 10. Mas, depois disso, viram as canadenses reagir, com incríveis 13 pontos contra somente dois das brasileiras. Elas desgarram com saque forte e defesa segura, explorando erros de Ana Patrícia e Duda até ganhar com vantagem considerável, fechando em 21 a 12.

No tie-break, Ana Patrícia e Duda recuperaram a energia e a concentração. Voltaram a encaixar seu jogo e lideraram toda a parcial, sem deixar as oponentes encostarem. Até que aconteceu um bate-boca na parte final do set, quando o Brasil ganhava por 11 a 8.

Porém, nem a discussão nem a catimba das canadenses tiraram o foco das brasileiras, que ouviram a torcida gritar mais alto nas arquibancadas e o DJ tentar aliviar a tensão com a pacífica “Imagine”, de John Lennon. Vitória confirmada por 15 a 10 e o terceiro ouro para o Brasil em Paris. Festejaram o título ao som de Ivete Sangalo e Ludmilla e foram agradecer ao apoio dos muitos brasileiros nas arquibancadas.

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