Adriana Samuel apoia jovens atletas enquanto atua na gestão de brasileiros que vão a Paris-2024


Medalhista olímpica inaugura dois novos centros para esporte e conversa com o ‘Estadão’ para avaliar os 20 anos dedicados a projetos sociais e expectativa para próxima edição dos Jogos

Por Leonardo Catto
Atualização:

A brasileira Adriana Samuel se aposentou das quadras de vôlei de areia em 2001. Três anos depois, ela começou o primeiro projeto social para cerca de 130 crianças de 8 a 14 anos que faziam aulas de vôlei de praia gratuitamente na orla de Copacabana. Desde então, a medalhista olímpica expandiu negócios e alcance. Agora, aos 58 anos, ela atende 800 crianças em iniciativas sociais e é gestora do Time Petrobras, com nomes como Flávia Saraiva, Darlan Romani, Marcus D’Almeida, Hugo Calderano e pelo menos mais 16 atletas que estarão em Paris-2024.

Os projetos sociais começaram com o vôlei de praia, mas hoje são diversificados e vão além do esporte. Há judô, atletismo, e-games e aprendizado de inglês, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Para 2024, a medalhista olímpica fechou com dois novos patrocinadores e vai inaugurar escolas de vôlei em Maricá e outra em Cabo Frio. As novas unidades começam a funcionar em maio e cada uma atenderá 100 alunos.

Os novos centros são também a comemoração de 20 anos de Adriana na atuação de projetos sociais. “Quanto mais o tempo passa, mais vou conseguindo realizar o que está acontecendo. Olho para o ano de 2024 e vejo que na área social terão sete projetos ao mesmo tempo. Vem na minha cabeça que tudo é uma construção. Primeiro com o esporte que é de origem, me deu tudo na vida, o voleibol. Com ele que comecei”, avalia a medalhista olímpica para o Estadão.

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Projeto Sem Barreiras, criado em 2008, expandiu trabalho de Adriana Samuel para ensino de atletismo e judô. Foto: Bruno Lorenzo/MTVZ Images

Com cautela de reiterar que “não é professora”, Adriana começou em 2004 com a Escola Adriana Samuel, buscando patrocínios que bancassem a contratações de instrutores para aulas gratuitas. Foram 10 anos até inaugurar um segundo núcleo, em Deodoro, saindo da zona sul do Rio e indo para a região oeste. “A gente acha que vai ensinar, mas é o contrário. Aprendemos muito mais do que ensina”, diz.

Em 2018, ela criou também o Sem Barreiras, que expandiu as aulas para outras modalidades. O mais recente é o Gaming Parque, que oferece aulas gratuitas de livestream, jogos mobiles e cursos complementares. “Fui me sentindo cada vez mais dona e proprietária da palavra empreendedora. É o que me vejo com mais capacidade. Talvez seja minha grande qualidade. Ter uma ideia e fazer a transição para tornar realidade. O fato de ter sido atleta a vida inteira. A medalha olímpica me ajuda muito para abrir as portas. Mas não que fechar patrocínio seja uma tarefa fácil. É difícil para todo mundo”, pontua.

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Adriana Samuel migrou das quadras para a areia em 1992, após ser cortada da seleção que foi aos Jogos de Seul-1988. Deu certo. Ela foi campeã dos Jogos Mundiais de Haia em 1993. Ela também conquistou prata e bronze nas olimpíadas de Atlanta 1996 e Sydney 2000, respectivamente, antes de se aposentar.

Ainda como jogadora, Adriana iniciou a função de gestora responsável por relações comerciais dela e de sua dupla, Mônica Rodrigues. Na busca por patrocínios, a ex-jogadora passou a ter destaque, ganhando outras duplas como clientes. Adriana Behar e Shelda, adversárias na areia, foram as primeiras, em uma parceria que durou sete anos desde janeiro de 2002. Ricardo e Emanuel, ouro em Atenas-2004, também passaram pela gestão de Adriana.

“Eu fui a primeira a parar (de jogar) na nossa geração. Sem saber, estava me tornando referência na função de fazer apresentações comerciais”, conta a ex-atleta. As experiências são replicadas também nos projetos sociais, que contam com oito empresas patrocinadoras.

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No Rio-2016, Adriana Samuel liderou o Time Petrobras pela primeira vez. Foto: Divulgação/Adriana Samuel

Em 2015, Adriana passou a liderar os atletas do Time Petrobras, com a missão de conduzi-los nos Jogos Olímpicos do Rio. Foi com a gestão dela que Isaquias Queiroz conseguiu o primeiro patrocínio além dos auxílios governamentais. O canoísta conquistou um bronze e duas pratas na Rio-2016 e foi campeão na Tóquio-2020.

Outro caso de sucesso da gestão da ex-jogadora é Marcus D’Almeida, que integra o grupo desde a primeira formação. O arqueiro conquistou o melhor resultado brasileiro na modalidade em Tóquio, chegando às oitavas de final. Em fevereiro de 2023, Marcus chegou ao topo do ranking mundial na categoria de arco recurvo.

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Atletas do Time Petrobras com vaga em Paris-2024

  • Ana Sátila (canoagem – slalom)
  • Caroline Almeida (boxe)
  • Darlan Romani (arremesso de peso)
  • Duda e Ana Patricia (vôlei de praia)
  • Flavia Saraiva (ginástica artística)
  • Guilherme Caribé (natação)
  • Guilherme Costa (natação)
  • Hugo Calderano (tênis de mesa)
  • Keno Marley (boxe)
  • Marcus D’Almeida (tiro com arco)
  • Viviane Jungblut (maratona aquática)
  • Mateus Isaac (Vela – Classe IQFoil)
  • Milena Titoneli (taekwondo)
  • Beatriz Rodrigues (judô)
  • Guilherme Schimdt (judô)
  • Laura Amaro (levantamento de peso)
  • Filipe Vinicius Vieira (canoagem de velocidade)
  • Izabela Rodrigues da Silva (lançamento de disco)
  • Ygor Coelho (badmínton)

São 20 atletas geridos por Adriana que já estão com ida garantida a Paris-2024. Nesta edição, foram priorizados quem ainda não tem medalha olímpica. “A expectativa já foi alcançada no sentido de que, para Paris, o projeto mudou de perfil. Olhamos para os atletas que foram bem em Tóquio, mas não chegaram na medalha”, explica Adriana.

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Ao todo, o Time Petrobras tem 45 atletas olímpicos e paralímpicos. Apesar de comemorar as 20 classificações, Adriana sabe que terá mais motivos para sorrir. “São atletas muito jovens, indo para a primeira Olimpíada. A meta era tentar classificar o maior número possível de atletas. E não vamos ficar só isso. Nomes que eram desconhecidos até 2022 são promessas até de medalha”, projeta.

Marcus D'Almeida é uma das esperanças de medalha do Brasil em Paris-2024. Foto: Divulgação/COB

No ano passado, a Petrobrás anunciou novos atletas e paratletas patrocinados pela companhia. O investimento previsto para esta edição do Time Petrobras foi de R$ 12,5 milhões, visando os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Santiago (Chile), entre outubro e novembro de 2023, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris. O valor do patrocínio pode ser destinado a melhorar condições de treino do atleta, equipe técnica, e acompanhamento médico, fisioterapêutico e nutricional. “É para viver. Todos precisam de patrocínio. É uma dificuldade sendo atleta”, defende Adriana.

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Os Jogos Olímpicos de Paris começam em 26 de julho e vão até 11 de agosto. Além dos 20 já classificados, o Time Petrobras tem chances de conquistar mais três vagas com Augusto Akio, no skate, e a dupla André e George, no vôlei de praia.

A brasileira Adriana Samuel se aposentou das quadras de vôlei de areia em 2001. Três anos depois, ela começou o primeiro projeto social para cerca de 130 crianças de 8 a 14 anos que faziam aulas de vôlei de praia gratuitamente na orla de Copacabana. Desde então, a medalhista olímpica expandiu negócios e alcance. Agora, aos 58 anos, ela atende 800 crianças em iniciativas sociais e é gestora do Time Petrobras, com nomes como Flávia Saraiva, Darlan Romani, Marcus D’Almeida, Hugo Calderano e pelo menos mais 16 atletas que estarão em Paris-2024.

Os projetos sociais começaram com o vôlei de praia, mas hoje são diversificados e vão além do esporte. Há judô, atletismo, e-games e aprendizado de inglês, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Para 2024, a medalhista olímpica fechou com dois novos patrocinadores e vai inaugurar escolas de vôlei em Maricá e outra em Cabo Frio. As novas unidades começam a funcionar em maio e cada uma atenderá 100 alunos.

Os novos centros são também a comemoração de 20 anos de Adriana na atuação de projetos sociais. “Quanto mais o tempo passa, mais vou conseguindo realizar o que está acontecendo. Olho para o ano de 2024 e vejo que na área social terão sete projetos ao mesmo tempo. Vem na minha cabeça que tudo é uma construção. Primeiro com o esporte que é de origem, me deu tudo na vida, o voleibol. Com ele que comecei”, avalia a medalhista olímpica para o Estadão.

Projeto Sem Barreiras, criado em 2008, expandiu trabalho de Adriana Samuel para ensino de atletismo e judô. Foto: Bruno Lorenzo/MTVZ Images

Com cautela de reiterar que “não é professora”, Adriana começou em 2004 com a Escola Adriana Samuel, buscando patrocínios que bancassem a contratações de instrutores para aulas gratuitas. Foram 10 anos até inaugurar um segundo núcleo, em Deodoro, saindo da zona sul do Rio e indo para a região oeste. “A gente acha que vai ensinar, mas é o contrário. Aprendemos muito mais do que ensina”, diz.

Em 2018, ela criou também o Sem Barreiras, que expandiu as aulas para outras modalidades. O mais recente é o Gaming Parque, que oferece aulas gratuitas de livestream, jogos mobiles e cursos complementares. “Fui me sentindo cada vez mais dona e proprietária da palavra empreendedora. É o que me vejo com mais capacidade. Talvez seja minha grande qualidade. Ter uma ideia e fazer a transição para tornar realidade. O fato de ter sido atleta a vida inteira. A medalha olímpica me ajuda muito para abrir as portas. Mas não que fechar patrocínio seja uma tarefa fácil. É difícil para todo mundo”, pontua.

Adriana Samuel migrou das quadras para a areia em 1992, após ser cortada da seleção que foi aos Jogos de Seul-1988. Deu certo. Ela foi campeã dos Jogos Mundiais de Haia em 1993. Ela também conquistou prata e bronze nas olimpíadas de Atlanta 1996 e Sydney 2000, respectivamente, antes de se aposentar.

Ainda como jogadora, Adriana iniciou a função de gestora responsável por relações comerciais dela e de sua dupla, Mônica Rodrigues. Na busca por patrocínios, a ex-jogadora passou a ter destaque, ganhando outras duplas como clientes. Adriana Behar e Shelda, adversárias na areia, foram as primeiras, em uma parceria que durou sete anos desde janeiro de 2002. Ricardo e Emanuel, ouro em Atenas-2004, também passaram pela gestão de Adriana.

“Eu fui a primeira a parar (de jogar) na nossa geração. Sem saber, estava me tornando referência na função de fazer apresentações comerciais”, conta a ex-atleta. As experiências são replicadas também nos projetos sociais, que contam com oito empresas patrocinadoras.

No Rio-2016, Adriana Samuel liderou o Time Petrobras pela primeira vez. Foto: Divulgação/Adriana Samuel

Em 2015, Adriana passou a liderar os atletas do Time Petrobras, com a missão de conduzi-los nos Jogos Olímpicos do Rio. Foi com a gestão dela que Isaquias Queiroz conseguiu o primeiro patrocínio além dos auxílios governamentais. O canoísta conquistou um bronze e duas pratas na Rio-2016 e foi campeão na Tóquio-2020.

Outro caso de sucesso da gestão da ex-jogadora é Marcus D’Almeida, que integra o grupo desde a primeira formação. O arqueiro conquistou o melhor resultado brasileiro na modalidade em Tóquio, chegando às oitavas de final. Em fevereiro de 2023, Marcus chegou ao topo do ranking mundial na categoria de arco recurvo.

Atletas do Time Petrobras com vaga em Paris-2024

  • Ana Sátila (canoagem – slalom)
  • Caroline Almeida (boxe)
  • Darlan Romani (arremesso de peso)
  • Duda e Ana Patricia (vôlei de praia)
  • Flavia Saraiva (ginástica artística)
  • Guilherme Caribé (natação)
  • Guilherme Costa (natação)
  • Hugo Calderano (tênis de mesa)
  • Keno Marley (boxe)
  • Marcus D’Almeida (tiro com arco)
  • Viviane Jungblut (maratona aquática)
  • Mateus Isaac (Vela – Classe IQFoil)
  • Milena Titoneli (taekwondo)
  • Beatriz Rodrigues (judô)
  • Guilherme Schimdt (judô)
  • Laura Amaro (levantamento de peso)
  • Filipe Vinicius Vieira (canoagem de velocidade)
  • Izabela Rodrigues da Silva (lançamento de disco)
  • Ygor Coelho (badmínton)

São 20 atletas geridos por Adriana que já estão com ida garantida a Paris-2024. Nesta edição, foram priorizados quem ainda não tem medalha olímpica. “A expectativa já foi alcançada no sentido de que, para Paris, o projeto mudou de perfil. Olhamos para os atletas que foram bem em Tóquio, mas não chegaram na medalha”, explica Adriana.

Ao todo, o Time Petrobras tem 45 atletas olímpicos e paralímpicos. Apesar de comemorar as 20 classificações, Adriana sabe que terá mais motivos para sorrir. “São atletas muito jovens, indo para a primeira Olimpíada. A meta era tentar classificar o maior número possível de atletas. E não vamos ficar só isso. Nomes que eram desconhecidos até 2022 são promessas até de medalha”, projeta.

Marcus D'Almeida é uma das esperanças de medalha do Brasil em Paris-2024. Foto: Divulgação/COB

No ano passado, a Petrobrás anunciou novos atletas e paratletas patrocinados pela companhia. O investimento previsto para esta edição do Time Petrobras foi de R$ 12,5 milhões, visando os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Santiago (Chile), entre outubro e novembro de 2023, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris. O valor do patrocínio pode ser destinado a melhorar condições de treino do atleta, equipe técnica, e acompanhamento médico, fisioterapêutico e nutricional. “É para viver. Todos precisam de patrocínio. É uma dificuldade sendo atleta”, defende Adriana.

Os Jogos Olímpicos de Paris começam em 26 de julho e vão até 11 de agosto. Além dos 20 já classificados, o Time Petrobras tem chances de conquistar mais três vagas com Augusto Akio, no skate, e a dupla André e George, no vôlei de praia.

A brasileira Adriana Samuel se aposentou das quadras de vôlei de areia em 2001. Três anos depois, ela começou o primeiro projeto social para cerca de 130 crianças de 8 a 14 anos que faziam aulas de vôlei de praia gratuitamente na orla de Copacabana. Desde então, a medalhista olímpica expandiu negócios e alcance. Agora, aos 58 anos, ela atende 800 crianças em iniciativas sociais e é gestora do Time Petrobras, com nomes como Flávia Saraiva, Darlan Romani, Marcus D’Almeida, Hugo Calderano e pelo menos mais 16 atletas que estarão em Paris-2024.

Os projetos sociais começaram com o vôlei de praia, mas hoje são diversificados e vão além do esporte. Há judô, atletismo, e-games e aprendizado de inglês, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Para 2024, a medalhista olímpica fechou com dois novos patrocinadores e vai inaugurar escolas de vôlei em Maricá e outra em Cabo Frio. As novas unidades começam a funcionar em maio e cada uma atenderá 100 alunos.

Os novos centros são também a comemoração de 20 anos de Adriana na atuação de projetos sociais. “Quanto mais o tempo passa, mais vou conseguindo realizar o que está acontecendo. Olho para o ano de 2024 e vejo que na área social terão sete projetos ao mesmo tempo. Vem na minha cabeça que tudo é uma construção. Primeiro com o esporte que é de origem, me deu tudo na vida, o voleibol. Com ele que comecei”, avalia a medalhista olímpica para o Estadão.

Projeto Sem Barreiras, criado em 2008, expandiu trabalho de Adriana Samuel para ensino de atletismo e judô. Foto: Bruno Lorenzo/MTVZ Images

Com cautela de reiterar que “não é professora”, Adriana começou em 2004 com a Escola Adriana Samuel, buscando patrocínios que bancassem a contratações de instrutores para aulas gratuitas. Foram 10 anos até inaugurar um segundo núcleo, em Deodoro, saindo da zona sul do Rio e indo para a região oeste. “A gente acha que vai ensinar, mas é o contrário. Aprendemos muito mais do que ensina”, diz.

Em 2018, ela criou também o Sem Barreiras, que expandiu as aulas para outras modalidades. O mais recente é o Gaming Parque, que oferece aulas gratuitas de livestream, jogos mobiles e cursos complementares. “Fui me sentindo cada vez mais dona e proprietária da palavra empreendedora. É o que me vejo com mais capacidade. Talvez seja minha grande qualidade. Ter uma ideia e fazer a transição para tornar realidade. O fato de ter sido atleta a vida inteira. A medalha olímpica me ajuda muito para abrir as portas. Mas não que fechar patrocínio seja uma tarefa fácil. É difícil para todo mundo”, pontua.

Adriana Samuel migrou das quadras para a areia em 1992, após ser cortada da seleção que foi aos Jogos de Seul-1988. Deu certo. Ela foi campeã dos Jogos Mundiais de Haia em 1993. Ela também conquistou prata e bronze nas olimpíadas de Atlanta 1996 e Sydney 2000, respectivamente, antes de se aposentar.

Ainda como jogadora, Adriana iniciou a função de gestora responsável por relações comerciais dela e de sua dupla, Mônica Rodrigues. Na busca por patrocínios, a ex-jogadora passou a ter destaque, ganhando outras duplas como clientes. Adriana Behar e Shelda, adversárias na areia, foram as primeiras, em uma parceria que durou sete anos desde janeiro de 2002. Ricardo e Emanuel, ouro em Atenas-2004, também passaram pela gestão de Adriana.

“Eu fui a primeira a parar (de jogar) na nossa geração. Sem saber, estava me tornando referência na função de fazer apresentações comerciais”, conta a ex-atleta. As experiências são replicadas também nos projetos sociais, que contam com oito empresas patrocinadoras.

No Rio-2016, Adriana Samuel liderou o Time Petrobras pela primeira vez. Foto: Divulgação/Adriana Samuel

Em 2015, Adriana passou a liderar os atletas do Time Petrobras, com a missão de conduzi-los nos Jogos Olímpicos do Rio. Foi com a gestão dela que Isaquias Queiroz conseguiu o primeiro patrocínio além dos auxílios governamentais. O canoísta conquistou um bronze e duas pratas na Rio-2016 e foi campeão na Tóquio-2020.

Outro caso de sucesso da gestão da ex-jogadora é Marcus D’Almeida, que integra o grupo desde a primeira formação. O arqueiro conquistou o melhor resultado brasileiro na modalidade em Tóquio, chegando às oitavas de final. Em fevereiro de 2023, Marcus chegou ao topo do ranking mundial na categoria de arco recurvo.

Atletas do Time Petrobras com vaga em Paris-2024

  • Ana Sátila (canoagem – slalom)
  • Caroline Almeida (boxe)
  • Darlan Romani (arremesso de peso)
  • Duda e Ana Patricia (vôlei de praia)
  • Flavia Saraiva (ginástica artística)
  • Guilherme Caribé (natação)
  • Guilherme Costa (natação)
  • Hugo Calderano (tênis de mesa)
  • Keno Marley (boxe)
  • Marcus D’Almeida (tiro com arco)
  • Viviane Jungblut (maratona aquática)
  • Mateus Isaac (Vela – Classe IQFoil)
  • Milena Titoneli (taekwondo)
  • Beatriz Rodrigues (judô)
  • Guilherme Schimdt (judô)
  • Laura Amaro (levantamento de peso)
  • Filipe Vinicius Vieira (canoagem de velocidade)
  • Izabela Rodrigues da Silva (lançamento de disco)
  • Ygor Coelho (badmínton)

São 20 atletas geridos por Adriana que já estão com ida garantida a Paris-2024. Nesta edição, foram priorizados quem ainda não tem medalha olímpica. “A expectativa já foi alcançada no sentido de que, para Paris, o projeto mudou de perfil. Olhamos para os atletas que foram bem em Tóquio, mas não chegaram na medalha”, explica Adriana.

Ao todo, o Time Petrobras tem 45 atletas olímpicos e paralímpicos. Apesar de comemorar as 20 classificações, Adriana sabe que terá mais motivos para sorrir. “São atletas muito jovens, indo para a primeira Olimpíada. A meta era tentar classificar o maior número possível de atletas. E não vamos ficar só isso. Nomes que eram desconhecidos até 2022 são promessas até de medalha”, projeta.

Marcus D'Almeida é uma das esperanças de medalha do Brasil em Paris-2024. Foto: Divulgação/COB

No ano passado, a Petrobrás anunciou novos atletas e paratletas patrocinados pela companhia. O investimento previsto para esta edição do Time Petrobras foi de R$ 12,5 milhões, visando os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Santiago (Chile), entre outubro e novembro de 2023, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris. O valor do patrocínio pode ser destinado a melhorar condições de treino do atleta, equipe técnica, e acompanhamento médico, fisioterapêutico e nutricional. “É para viver. Todos precisam de patrocínio. É uma dificuldade sendo atleta”, defende Adriana.

Os Jogos Olímpicos de Paris começam em 26 de julho e vão até 11 de agosto. Além dos 20 já classificados, o Time Petrobras tem chances de conquistar mais três vagas com Augusto Akio, no skate, e a dupla André e George, no vôlei de praia.

A brasileira Adriana Samuel se aposentou das quadras de vôlei de areia em 2001. Três anos depois, ela começou o primeiro projeto social para cerca de 130 crianças de 8 a 14 anos que faziam aulas de vôlei de praia gratuitamente na orla de Copacabana. Desde então, a medalhista olímpica expandiu negócios e alcance. Agora, aos 58 anos, ela atende 800 crianças em iniciativas sociais e é gestora do Time Petrobras, com nomes como Flávia Saraiva, Darlan Romani, Marcus D’Almeida, Hugo Calderano e pelo menos mais 16 atletas que estarão em Paris-2024.

Os projetos sociais começaram com o vôlei de praia, mas hoje são diversificados e vão além do esporte. Há judô, atletismo, e-games e aprendizado de inglês, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Para 2024, a medalhista olímpica fechou com dois novos patrocinadores e vai inaugurar escolas de vôlei em Maricá e outra em Cabo Frio. As novas unidades começam a funcionar em maio e cada uma atenderá 100 alunos.

Os novos centros são também a comemoração de 20 anos de Adriana na atuação de projetos sociais. “Quanto mais o tempo passa, mais vou conseguindo realizar o que está acontecendo. Olho para o ano de 2024 e vejo que na área social terão sete projetos ao mesmo tempo. Vem na minha cabeça que tudo é uma construção. Primeiro com o esporte que é de origem, me deu tudo na vida, o voleibol. Com ele que comecei”, avalia a medalhista olímpica para o Estadão.

Projeto Sem Barreiras, criado em 2008, expandiu trabalho de Adriana Samuel para ensino de atletismo e judô. Foto: Bruno Lorenzo/MTVZ Images

Com cautela de reiterar que “não é professora”, Adriana começou em 2004 com a Escola Adriana Samuel, buscando patrocínios que bancassem a contratações de instrutores para aulas gratuitas. Foram 10 anos até inaugurar um segundo núcleo, em Deodoro, saindo da zona sul do Rio e indo para a região oeste. “A gente acha que vai ensinar, mas é o contrário. Aprendemos muito mais do que ensina”, diz.

Em 2018, ela criou também o Sem Barreiras, que expandiu as aulas para outras modalidades. O mais recente é o Gaming Parque, que oferece aulas gratuitas de livestream, jogos mobiles e cursos complementares. “Fui me sentindo cada vez mais dona e proprietária da palavra empreendedora. É o que me vejo com mais capacidade. Talvez seja minha grande qualidade. Ter uma ideia e fazer a transição para tornar realidade. O fato de ter sido atleta a vida inteira. A medalha olímpica me ajuda muito para abrir as portas. Mas não que fechar patrocínio seja uma tarefa fácil. É difícil para todo mundo”, pontua.

Adriana Samuel migrou das quadras para a areia em 1992, após ser cortada da seleção que foi aos Jogos de Seul-1988. Deu certo. Ela foi campeã dos Jogos Mundiais de Haia em 1993. Ela também conquistou prata e bronze nas olimpíadas de Atlanta 1996 e Sydney 2000, respectivamente, antes de se aposentar.

Ainda como jogadora, Adriana iniciou a função de gestora responsável por relações comerciais dela e de sua dupla, Mônica Rodrigues. Na busca por patrocínios, a ex-jogadora passou a ter destaque, ganhando outras duplas como clientes. Adriana Behar e Shelda, adversárias na areia, foram as primeiras, em uma parceria que durou sete anos desde janeiro de 2002. Ricardo e Emanuel, ouro em Atenas-2004, também passaram pela gestão de Adriana.

“Eu fui a primeira a parar (de jogar) na nossa geração. Sem saber, estava me tornando referência na função de fazer apresentações comerciais”, conta a ex-atleta. As experiências são replicadas também nos projetos sociais, que contam com oito empresas patrocinadoras.

No Rio-2016, Adriana Samuel liderou o Time Petrobras pela primeira vez. Foto: Divulgação/Adriana Samuel

Em 2015, Adriana passou a liderar os atletas do Time Petrobras, com a missão de conduzi-los nos Jogos Olímpicos do Rio. Foi com a gestão dela que Isaquias Queiroz conseguiu o primeiro patrocínio além dos auxílios governamentais. O canoísta conquistou um bronze e duas pratas na Rio-2016 e foi campeão na Tóquio-2020.

Outro caso de sucesso da gestão da ex-jogadora é Marcus D’Almeida, que integra o grupo desde a primeira formação. O arqueiro conquistou o melhor resultado brasileiro na modalidade em Tóquio, chegando às oitavas de final. Em fevereiro de 2023, Marcus chegou ao topo do ranking mundial na categoria de arco recurvo.

Atletas do Time Petrobras com vaga em Paris-2024

  • Ana Sátila (canoagem – slalom)
  • Caroline Almeida (boxe)
  • Darlan Romani (arremesso de peso)
  • Duda e Ana Patricia (vôlei de praia)
  • Flavia Saraiva (ginástica artística)
  • Guilherme Caribé (natação)
  • Guilherme Costa (natação)
  • Hugo Calderano (tênis de mesa)
  • Keno Marley (boxe)
  • Marcus D’Almeida (tiro com arco)
  • Viviane Jungblut (maratona aquática)
  • Mateus Isaac (Vela – Classe IQFoil)
  • Milena Titoneli (taekwondo)
  • Beatriz Rodrigues (judô)
  • Guilherme Schimdt (judô)
  • Laura Amaro (levantamento de peso)
  • Filipe Vinicius Vieira (canoagem de velocidade)
  • Izabela Rodrigues da Silva (lançamento de disco)
  • Ygor Coelho (badmínton)

São 20 atletas geridos por Adriana que já estão com ida garantida a Paris-2024. Nesta edição, foram priorizados quem ainda não tem medalha olímpica. “A expectativa já foi alcançada no sentido de que, para Paris, o projeto mudou de perfil. Olhamos para os atletas que foram bem em Tóquio, mas não chegaram na medalha”, explica Adriana.

Ao todo, o Time Petrobras tem 45 atletas olímpicos e paralímpicos. Apesar de comemorar as 20 classificações, Adriana sabe que terá mais motivos para sorrir. “São atletas muito jovens, indo para a primeira Olimpíada. A meta era tentar classificar o maior número possível de atletas. E não vamos ficar só isso. Nomes que eram desconhecidos até 2022 são promessas até de medalha”, projeta.

Marcus D'Almeida é uma das esperanças de medalha do Brasil em Paris-2024. Foto: Divulgação/COB

No ano passado, a Petrobrás anunciou novos atletas e paratletas patrocinados pela companhia. O investimento previsto para esta edição do Time Petrobras foi de R$ 12,5 milhões, visando os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Santiago (Chile), entre outubro e novembro de 2023, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris. O valor do patrocínio pode ser destinado a melhorar condições de treino do atleta, equipe técnica, e acompanhamento médico, fisioterapêutico e nutricional. “É para viver. Todos precisam de patrocínio. É uma dificuldade sendo atleta”, defende Adriana.

Os Jogos Olímpicos de Paris começam em 26 de julho e vão até 11 de agosto. Além dos 20 já classificados, o Time Petrobras tem chances de conquistar mais três vagas com Augusto Akio, no skate, e a dupla André e George, no vôlei de praia.

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