Crise econômica atinge o vôlei brasileiro e enfraquece as equipes


Perda de patrocínios e de outras receitas por causa da pandemia vai trazer prejuízos técnicos

Por Leandro Silveira

As dificuldades para os participantes da Superliga Feminina começaram antes mesmo do primeiro jogo da temporada 2020/2021. Com a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, as equipes do vôlei nacional perderam patrocinadores e receitas relevantes. Isso as fará chegar ao torneio com graves problemas econômicos, o que coloca em dúvida a competitividade da disputada às vésperas da Olimpíada de Tóquio, marcada para 2021.

Os cortes de investimento no esporte brasileiro já vinham ocorrendo após a realização dos Jogos Olímpicos no Rio, em 2016. E aumentaram com a pandemia, atingindo o vôlei especialmente pelo modelo adotado na consolidação da modalidade desde a década de 1980, quando o seu crescimento se deu calcado no apoio de grandes patrocinadores, como Atlântica, Fiat e Pirelli. A maioria dos times, afinal, tem suas receitas restritas ao que é repassado pelos parceiros.

Para não acabar com as equipes, times femininos de vôlei de Flamengo e Sesc se uniram Foto: Flamengo
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“Esse é o nosso modelo, não temos a negociação do contrato como no futebol. E sempre tivemos patrocínio das empresas. Por sorte temos ajuda das leis de incentivo para as categorias de base”, diz José Roberto Guimarães, líder do projeto do Barueri/São Paulo, ao Estadão.

Com esse cenário, a definição dos 12 participantes não pôde seguir os protocolares acessos e rebaixamentos para a próxima temporada. Primeiro, o projeto do Sesc-RJ, capitaneado por Bernardinho e maior vencedor da Superliga, para seguir viabilizado e com uma formação competitiva, se uniu ao Flamengo, deixando a competição com um participante a menos.

Sobrou uma vaga, que poderia ser do penúltimo colocado – e rebaixado – Valinhos. A equipe recusou e o lugar foi herdado pelo São Caetano, lanterna da edição anterior e que decidiu atuar mesmo após perder o seu patrocinador principal. No acesso, o Brasília, com a melhor campanha, garantiu presença, mas Itajaí e Bradesco (SP), 2.º e 3.º, respectivamente, não quiseram jogar na elite. Aí o time de São José dos Pinhais completou a relação para o torneio.

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Foi assim que se garantiu a participação de 12 times, algo visto por especialistas como importante para o torneio ser rentável e atraente, mesmo que a situação competitiva e financeira das equipes não seja a ideal. “Seria ruim ter menos times, pelas entregas aos parceiros, com transmissões e eventos nas praças em que ocorrem os jogos”, diz Beto Ópice, gerente de marketing do Audax/Osasco.

Renato D’Avila, superintendente de competições de quadra da CBV avalia que as dificuldades enfrentadas pelos times refletem a crise econômica atravessada pelo País. “O Brasil passou por uma crise econômica recente, que conseguimos superar relativamente bem. Logo em seguida veio a pandemia, com todos os efeitos que vários setores sofreram. Não passaríamos incólumes. Muitos times tiveram dificuldades de renovação de patrocínio e apoio, de continuidade mesmo, e consequentemente, alguns encerraram suas atividades”, comenta.

O período em que eclodiu a crise do coronavírus no Brasil – o mês de março – também foi visto como o pior possível, pois se deu quando estava para começar o mata-mata da Superliga da temporada 2019/2020 e forçou o encerramento do torneio sem a realização dos playoffs e a definição de um campeão. “O momento foi prejudicial para a exposição das marcas, e logo no momento auge disso”, lamenta Ópice.

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Mas assegurar a participação na Superliga não termina com os problemas dos times. Os próximos passos das equipes envolvem a busca de investidores para que as obrigações possam ser cumpridas. O Barueri, de Zé Roberto, perdeu 50% do valor orçado para disputar a próxima Superliga, o que faz o treinador e gestor participar de seguidas reuniões em busca de novos apoiadores para um projeto que tem revelado talentos para o vôlei nacional.

“O que não pode é acabar. Investimos em atletas jovens. Não importa a posição, acrescentamos experiência para a garotada, que enfrenta as melhores jogadoras”, diz ele. “As empresas que ajudavam também tiveram cortes. E o nosso orçamento já estava no limite.”

Participante de todas as edições da Superliga, o São Caetano chegou a cogitar romper esse histórico, mas se inscreveu no torneio, ainda que reconhecendo dificuldades para ter um time competitivo. A avaliação é de que o esporte se tornou “caro”. “Você precisa de R$ 2 milhões a R$ 2,5 milhões para brigar por uma vaga nos playoffs”, disse o técnico Fernando Gomes. “Temos um time da base. E sempre tem atletas no mercado, jogadoras que estão sem time, voltando de outro país.”

As dificuldades para os participantes da Superliga Feminina começaram antes mesmo do primeiro jogo da temporada 2020/2021. Com a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, as equipes do vôlei nacional perderam patrocinadores e receitas relevantes. Isso as fará chegar ao torneio com graves problemas econômicos, o que coloca em dúvida a competitividade da disputada às vésperas da Olimpíada de Tóquio, marcada para 2021.

Os cortes de investimento no esporte brasileiro já vinham ocorrendo após a realização dos Jogos Olímpicos no Rio, em 2016. E aumentaram com a pandemia, atingindo o vôlei especialmente pelo modelo adotado na consolidação da modalidade desde a década de 1980, quando o seu crescimento se deu calcado no apoio de grandes patrocinadores, como Atlântica, Fiat e Pirelli. A maioria dos times, afinal, tem suas receitas restritas ao que é repassado pelos parceiros.

Para não acabar com as equipes, times femininos de vôlei de Flamengo e Sesc se uniram Foto: Flamengo

“Esse é o nosso modelo, não temos a negociação do contrato como no futebol. E sempre tivemos patrocínio das empresas. Por sorte temos ajuda das leis de incentivo para as categorias de base”, diz José Roberto Guimarães, líder do projeto do Barueri/São Paulo, ao Estadão.

Com esse cenário, a definição dos 12 participantes não pôde seguir os protocolares acessos e rebaixamentos para a próxima temporada. Primeiro, o projeto do Sesc-RJ, capitaneado por Bernardinho e maior vencedor da Superliga, para seguir viabilizado e com uma formação competitiva, se uniu ao Flamengo, deixando a competição com um participante a menos.

Sobrou uma vaga, que poderia ser do penúltimo colocado – e rebaixado – Valinhos. A equipe recusou e o lugar foi herdado pelo São Caetano, lanterna da edição anterior e que decidiu atuar mesmo após perder o seu patrocinador principal. No acesso, o Brasília, com a melhor campanha, garantiu presença, mas Itajaí e Bradesco (SP), 2.º e 3.º, respectivamente, não quiseram jogar na elite. Aí o time de São José dos Pinhais completou a relação para o torneio.

Foi assim que se garantiu a participação de 12 times, algo visto por especialistas como importante para o torneio ser rentável e atraente, mesmo que a situação competitiva e financeira das equipes não seja a ideal. “Seria ruim ter menos times, pelas entregas aos parceiros, com transmissões e eventos nas praças em que ocorrem os jogos”, diz Beto Ópice, gerente de marketing do Audax/Osasco.

Renato D’Avila, superintendente de competições de quadra da CBV avalia que as dificuldades enfrentadas pelos times refletem a crise econômica atravessada pelo País. “O Brasil passou por uma crise econômica recente, que conseguimos superar relativamente bem. Logo em seguida veio a pandemia, com todos os efeitos que vários setores sofreram. Não passaríamos incólumes. Muitos times tiveram dificuldades de renovação de patrocínio e apoio, de continuidade mesmo, e consequentemente, alguns encerraram suas atividades”, comenta.

O período em que eclodiu a crise do coronavírus no Brasil – o mês de março – também foi visto como o pior possível, pois se deu quando estava para começar o mata-mata da Superliga da temporada 2019/2020 e forçou o encerramento do torneio sem a realização dos playoffs e a definição de um campeão. “O momento foi prejudicial para a exposição das marcas, e logo no momento auge disso”, lamenta Ópice.

Mas assegurar a participação na Superliga não termina com os problemas dos times. Os próximos passos das equipes envolvem a busca de investidores para que as obrigações possam ser cumpridas. O Barueri, de Zé Roberto, perdeu 50% do valor orçado para disputar a próxima Superliga, o que faz o treinador e gestor participar de seguidas reuniões em busca de novos apoiadores para um projeto que tem revelado talentos para o vôlei nacional.

“O que não pode é acabar. Investimos em atletas jovens. Não importa a posição, acrescentamos experiência para a garotada, que enfrenta as melhores jogadoras”, diz ele. “As empresas que ajudavam também tiveram cortes. E o nosso orçamento já estava no limite.”

Participante de todas as edições da Superliga, o São Caetano chegou a cogitar romper esse histórico, mas se inscreveu no torneio, ainda que reconhecendo dificuldades para ter um time competitivo. A avaliação é de que o esporte se tornou “caro”. “Você precisa de R$ 2 milhões a R$ 2,5 milhões para brigar por uma vaga nos playoffs”, disse o técnico Fernando Gomes. “Temos um time da base. E sempre tem atletas no mercado, jogadoras que estão sem time, voltando de outro país.”

As dificuldades para os participantes da Superliga Feminina começaram antes mesmo do primeiro jogo da temporada 2020/2021. Com a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, as equipes do vôlei nacional perderam patrocinadores e receitas relevantes. Isso as fará chegar ao torneio com graves problemas econômicos, o que coloca em dúvida a competitividade da disputada às vésperas da Olimpíada de Tóquio, marcada para 2021.

Os cortes de investimento no esporte brasileiro já vinham ocorrendo após a realização dos Jogos Olímpicos no Rio, em 2016. E aumentaram com a pandemia, atingindo o vôlei especialmente pelo modelo adotado na consolidação da modalidade desde a década de 1980, quando o seu crescimento se deu calcado no apoio de grandes patrocinadores, como Atlântica, Fiat e Pirelli. A maioria dos times, afinal, tem suas receitas restritas ao que é repassado pelos parceiros.

Para não acabar com as equipes, times femininos de vôlei de Flamengo e Sesc se uniram Foto: Flamengo

“Esse é o nosso modelo, não temos a negociação do contrato como no futebol. E sempre tivemos patrocínio das empresas. Por sorte temos ajuda das leis de incentivo para as categorias de base”, diz José Roberto Guimarães, líder do projeto do Barueri/São Paulo, ao Estadão.

Com esse cenário, a definição dos 12 participantes não pôde seguir os protocolares acessos e rebaixamentos para a próxima temporada. Primeiro, o projeto do Sesc-RJ, capitaneado por Bernardinho e maior vencedor da Superliga, para seguir viabilizado e com uma formação competitiva, se uniu ao Flamengo, deixando a competição com um participante a menos.

Sobrou uma vaga, que poderia ser do penúltimo colocado – e rebaixado – Valinhos. A equipe recusou e o lugar foi herdado pelo São Caetano, lanterna da edição anterior e que decidiu atuar mesmo após perder o seu patrocinador principal. No acesso, o Brasília, com a melhor campanha, garantiu presença, mas Itajaí e Bradesco (SP), 2.º e 3.º, respectivamente, não quiseram jogar na elite. Aí o time de São José dos Pinhais completou a relação para o torneio.

Foi assim que se garantiu a participação de 12 times, algo visto por especialistas como importante para o torneio ser rentável e atraente, mesmo que a situação competitiva e financeira das equipes não seja a ideal. “Seria ruim ter menos times, pelas entregas aos parceiros, com transmissões e eventos nas praças em que ocorrem os jogos”, diz Beto Ópice, gerente de marketing do Audax/Osasco.

Renato D’Avila, superintendente de competições de quadra da CBV avalia que as dificuldades enfrentadas pelos times refletem a crise econômica atravessada pelo País. “O Brasil passou por uma crise econômica recente, que conseguimos superar relativamente bem. Logo em seguida veio a pandemia, com todos os efeitos que vários setores sofreram. Não passaríamos incólumes. Muitos times tiveram dificuldades de renovação de patrocínio e apoio, de continuidade mesmo, e consequentemente, alguns encerraram suas atividades”, comenta.

O período em que eclodiu a crise do coronavírus no Brasil – o mês de março – também foi visto como o pior possível, pois se deu quando estava para começar o mata-mata da Superliga da temporada 2019/2020 e forçou o encerramento do torneio sem a realização dos playoffs e a definição de um campeão. “O momento foi prejudicial para a exposição das marcas, e logo no momento auge disso”, lamenta Ópice.

Mas assegurar a participação na Superliga não termina com os problemas dos times. Os próximos passos das equipes envolvem a busca de investidores para que as obrigações possam ser cumpridas. O Barueri, de Zé Roberto, perdeu 50% do valor orçado para disputar a próxima Superliga, o que faz o treinador e gestor participar de seguidas reuniões em busca de novos apoiadores para um projeto que tem revelado talentos para o vôlei nacional.

“O que não pode é acabar. Investimos em atletas jovens. Não importa a posição, acrescentamos experiência para a garotada, que enfrenta as melhores jogadoras”, diz ele. “As empresas que ajudavam também tiveram cortes. E o nosso orçamento já estava no limite.”

Participante de todas as edições da Superliga, o São Caetano chegou a cogitar romper esse histórico, mas se inscreveu no torneio, ainda que reconhecendo dificuldades para ter um time competitivo. A avaliação é de que o esporte se tornou “caro”. “Você precisa de R$ 2 milhões a R$ 2,5 milhões para brigar por uma vaga nos playoffs”, disse o técnico Fernando Gomes. “Temos um time da base. E sempre tem atletas no mercado, jogadoras que estão sem time, voltando de outro país.”

As dificuldades para os participantes da Superliga Feminina começaram antes mesmo do primeiro jogo da temporada 2020/2021. Com a crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, as equipes do vôlei nacional perderam patrocinadores e receitas relevantes. Isso as fará chegar ao torneio com graves problemas econômicos, o que coloca em dúvida a competitividade da disputada às vésperas da Olimpíada de Tóquio, marcada para 2021.

Os cortes de investimento no esporte brasileiro já vinham ocorrendo após a realização dos Jogos Olímpicos no Rio, em 2016. E aumentaram com a pandemia, atingindo o vôlei especialmente pelo modelo adotado na consolidação da modalidade desde a década de 1980, quando o seu crescimento se deu calcado no apoio de grandes patrocinadores, como Atlântica, Fiat e Pirelli. A maioria dos times, afinal, tem suas receitas restritas ao que é repassado pelos parceiros.

Para não acabar com as equipes, times femininos de vôlei de Flamengo e Sesc se uniram Foto: Flamengo

“Esse é o nosso modelo, não temos a negociação do contrato como no futebol. E sempre tivemos patrocínio das empresas. Por sorte temos ajuda das leis de incentivo para as categorias de base”, diz José Roberto Guimarães, líder do projeto do Barueri/São Paulo, ao Estadão.

Com esse cenário, a definição dos 12 participantes não pôde seguir os protocolares acessos e rebaixamentos para a próxima temporada. Primeiro, o projeto do Sesc-RJ, capitaneado por Bernardinho e maior vencedor da Superliga, para seguir viabilizado e com uma formação competitiva, se uniu ao Flamengo, deixando a competição com um participante a menos.

Sobrou uma vaga, que poderia ser do penúltimo colocado – e rebaixado – Valinhos. A equipe recusou e o lugar foi herdado pelo São Caetano, lanterna da edição anterior e que decidiu atuar mesmo após perder o seu patrocinador principal. No acesso, o Brasília, com a melhor campanha, garantiu presença, mas Itajaí e Bradesco (SP), 2.º e 3.º, respectivamente, não quiseram jogar na elite. Aí o time de São José dos Pinhais completou a relação para o torneio.

Foi assim que se garantiu a participação de 12 times, algo visto por especialistas como importante para o torneio ser rentável e atraente, mesmo que a situação competitiva e financeira das equipes não seja a ideal. “Seria ruim ter menos times, pelas entregas aos parceiros, com transmissões e eventos nas praças em que ocorrem os jogos”, diz Beto Ópice, gerente de marketing do Audax/Osasco.

Renato D’Avila, superintendente de competições de quadra da CBV avalia que as dificuldades enfrentadas pelos times refletem a crise econômica atravessada pelo País. “O Brasil passou por uma crise econômica recente, que conseguimos superar relativamente bem. Logo em seguida veio a pandemia, com todos os efeitos que vários setores sofreram. Não passaríamos incólumes. Muitos times tiveram dificuldades de renovação de patrocínio e apoio, de continuidade mesmo, e consequentemente, alguns encerraram suas atividades”, comenta.

O período em que eclodiu a crise do coronavírus no Brasil – o mês de março – também foi visto como o pior possível, pois se deu quando estava para começar o mata-mata da Superliga da temporada 2019/2020 e forçou o encerramento do torneio sem a realização dos playoffs e a definição de um campeão. “O momento foi prejudicial para a exposição das marcas, e logo no momento auge disso”, lamenta Ópice.

Mas assegurar a participação na Superliga não termina com os problemas dos times. Os próximos passos das equipes envolvem a busca de investidores para que as obrigações possam ser cumpridas. O Barueri, de Zé Roberto, perdeu 50% do valor orçado para disputar a próxima Superliga, o que faz o treinador e gestor participar de seguidas reuniões em busca de novos apoiadores para um projeto que tem revelado talentos para o vôlei nacional.

“O que não pode é acabar. Investimos em atletas jovens. Não importa a posição, acrescentamos experiência para a garotada, que enfrenta as melhores jogadoras”, diz ele. “As empresas que ajudavam também tiveram cortes. E o nosso orçamento já estava no limite.”

Participante de todas as edições da Superliga, o São Caetano chegou a cogitar romper esse histórico, mas se inscreveu no torneio, ainda que reconhecendo dificuldades para ter um time competitivo. A avaliação é de que o esporte se tornou “caro”. “Você precisa de R$ 2 milhões a R$ 2,5 milhões para brigar por uma vaga nos playoffs”, disse o técnico Fernando Gomes. “Temos um time da base. E sempre tem atletas no mercado, jogadoras que estão sem time, voltando de outro país.”

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