Morreu nesta quinta-feira, aos 43 anos, a ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei Walewska Moreira de Oliveira. Ela foi campeã olímpica nos Jogos de Pequim e estava aposentada das quadras desde a temporada 2021/2022. Ela morreu em São Paulo quando. Dias antes, ela havia participado da gravação de um podcast a fim de contar sua trajetória no esporte e divulgar o seu livro.
As circunstâncias da morte estão sendo investigadas pela Polícia Civil de São Paulo. O velório será neste sábado, às 6h, no Bosque da Esperança, em Belo Horizonte. O enterro está programado para as 10h e será acompanhado somente por familiares e amigos.
Walewska nasceu no dia 1º de outubro de 1979, em Belo Horizonte. A central de 1,90m começou sua carreira profissional no vôlei em 1995, atuando pelo Minas Tênis Clube, equipe na qual ficou até 1998. Naquela temporada, foi convocada pelo técnico Bernardinho pela primeira vez para a seleção brasileira, aos 19 anos.
A jogadora conquistou a medalha de ouro com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999. No ano seguinte, ajudou o Brasil a ficar com o bronze na Olimpíada de Sydney. Depois de um período longe da seleção, ela voltou a ser convocada pelo técnico José Roberto Guimarães e fez parte do time que ficou com o quarto lugar nos Jogos de Atenas, em 2004.
Walewska viveu seu grande momento no esporte no ano de 2008, quando conquistou o tricampeonato do Grand Prix de vôlei e foi um dos destaques da seleção brasileira na campanha da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim. Naquele ano, foi eleita a melhor bloqueadora do mundo.
O lugar mais alto do pódio também marcou a sua despedida da equipe nacional, mas que voltou a servir em 2013 para a Copa dos Campeões antes da aposentadoria.
Além do Minas Tênis Clube, a jogadora atuou por Rio de Janeiro, São Caetano, Perugia, Murcia, Odintsovo, Vôlei Futuro, Campinas, Praia Clube e Osasco. Ela foi duas vezes campeã da Superliga Brasileira, três vezes da Supercopa e uma vez do Troféu Super Vôlei e do Campeonato Mineiro.
Depois que se aposentou, Wal, como era chamada, passou a ser “especialista em liderança e alta performance”, como ela mesmo se descrevia, e lançou a biografia Outras Redes, o documentário O Último Ato e️ o podcast OlympicMind.
Publicada em janeiro deste ano, a biografia, cujo prefácio foi escrito por Bernardinho, conta as memórias e desafios que a jogadora enfrentou na vida e no vôlei, ao qual se dedicou por 30 anos.