Olímpiadas 2024: Vingança guia Brasil contra os Estados Unidos no vôlei: ‘Estamos engasgadas’


Americanas tiraram da seleção feminina o ouro em Tóquio e estão no caminho das brasileiras novamente, agora nas semifinais dos Jogos de Paris

Por Ricardo Magatti
Atualização:

PARIS - José Roberto Guimarães deixou a Vila Olímpica na última terça-feira, 6, nervoso. Seu temor era de que a seleção brasileira feminina de vôlei fosse eliminada nas quartas de final das Olimpíadas de Paris, o estágio que ele considera mais perigoso dos Jogos Olímpicos. Não queria viver de novo tudo que ele sentiu oito anos atrás, no Rio, quando o Brasil caiu para a China nessa mesma fase.

“Saí da Vila pensando: ‘não estou preparado para ir embora. Não estou, não estou, não estou, não estou’”, repetiu o treinador, tricampeão olímpico e presente em sua nona edição de Jogos Olímpicos. “Estava caminhando para o ônibus e o batimento estava 106. Não é normal, não fico assim. É 76, 77. Estava estranho. Mas vim com este pensamento: ‘Vamos ficar, vamos ficar, vamos ficar”.

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E ficaram. A seleção passou com facilidade pela República Dominicana na Arena Paris Sul 1, ganhou seu quarto jogo seguido em Paris - todos sem perder set - e entrou na zona de medalha. Está a uma partida de mais uma decisão olímpica. Nas semifinais, vai enfrentar os Estados Unidos, rival que está “engasgado”.

Brazil's players celebrate during the women's preliminary round volleyball match between Brazil and Poland during the Paris 2024 Olympic Games at the South Paris Arena 1 in Paris on August 4, 2024. (Photo by Natalia KOLESNIKOVA / AFP) Foto: NATALIA KOLESNIKOVA

“A derrota ensina muito mais que a vitória. A gente aprende muito quando dói”, afirmou a central Thaisa, a mais experiente do grupo. Ela é uma das que estava no elenco vice-campeão olímpico em Tóquio, com derrota justamente para os Estados Unidos na final. Contudo, o Brasil ganhou recentemente das americanas. Na Liga das Nações, venceu por 3 a 1 em maio deste ano no último confronto entre as equipes.

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Bicampeã olímpica, a central disputa a sua quarta edição de Olimpíadas. São 16 anos servindo à seleção brasileira e mais de duas décadas no vôlei. Ela espera que suas colegas que ainda não têm medalha possam experimentar o sentimento que ela viveu. “Elas merecem muito viver isso”.

“Acreditamos umas nas outras e no trabalho que está sendo feito. Sinto olho no olho e conexão o tempo inteiro. Vai ter dificuldade, pois estamos em uma Olimpíada e não tem time bobo. É acreditar no trabalho e seguir firme no que estamos fazendo”, acrescentou a jogadora de 37 anos.

Brasil terá de passar pelos Estados Unidos para ir à final do vôlei feminino em Paris Foto: Luiza Moraes/COB
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Thaisa representa a experiência e Gabi Guimarães é a liderança técnica. A ponteira e capitã da equipe diz que não faltam energia e vontade de passar à final. “O que posso dizer é que a gente está engasgada. Na última edição, os Estados Unidos tiraram nosso ouro”, constata. “Temos pé no chão por saber que é uma equipe que já enfrentamos e nos trouxeram dificuldades”.

Em Paris, a seleção feminina arrasou seus quatro adversários - Quênia, Japão, Polônia e República Dominicana - e chegou às semifinais sem perder um set sequer. A campanha perfeita dá confiança, mas não gera soberba. “A gente teve uma lição grande na Liga das Nações. Viemos invictas, como estamos agora, e não conquistamos nada”, lembrou Gabi, citando as derrotas para Japão e Polônia que tiraram o Brasil do pódio na última Liga das Nações.

“Não vamos esquecer que, há três semanas e meia, nós perdemos e voltamos para casa com um sentimento muito ruim de que faltou e que a gente precisava mais. Todo mundo ainda está machucado pelo que aconteceu”, reforçou Zé Roberto. “Estamos fazendo muita coisa boa, mas precisamos ser testados e jogar uma final a cada dia”, acrescentou o técnico de 70 anos, satisfeito com o ambiente harmônico entre suas atletas.

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“O que me a chama atenção não é só o que estão fazendo dentro da quadra, nos treinos, jogos, mas fora da quadra. Como estão se cuidando, tendo o horário de descanso, como estão se alimentando, como encaram os estudos, porque recebem as informações. Não tem briga, não tem discussão. O ambiente está ótimo. Se vai ganhar ou não é outra coisa, mas eu não posso falar um ‘a’ de preocupação”.

PARIS - José Roberto Guimarães deixou a Vila Olímpica na última terça-feira, 6, nervoso. Seu temor era de que a seleção brasileira feminina de vôlei fosse eliminada nas quartas de final das Olimpíadas de Paris, o estágio que ele considera mais perigoso dos Jogos Olímpicos. Não queria viver de novo tudo que ele sentiu oito anos atrás, no Rio, quando o Brasil caiu para a China nessa mesma fase.

“Saí da Vila pensando: ‘não estou preparado para ir embora. Não estou, não estou, não estou, não estou’”, repetiu o treinador, tricampeão olímpico e presente em sua nona edição de Jogos Olímpicos. “Estava caminhando para o ônibus e o batimento estava 106. Não é normal, não fico assim. É 76, 77. Estava estranho. Mas vim com este pensamento: ‘Vamos ficar, vamos ficar, vamos ficar”.

E ficaram. A seleção passou com facilidade pela República Dominicana na Arena Paris Sul 1, ganhou seu quarto jogo seguido em Paris - todos sem perder set - e entrou na zona de medalha. Está a uma partida de mais uma decisão olímpica. Nas semifinais, vai enfrentar os Estados Unidos, rival que está “engasgado”.

Brazil's players celebrate during the women's preliminary round volleyball match between Brazil and Poland during the Paris 2024 Olympic Games at the South Paris Arena 1 in Paris on August 4, 2024. (Photo by Natalia KOLESNIKOVA / AFP) Foto: NATALIA KOLESNIKOVA

“A derrota ensina muito mais que a vitória. A gente aprende muito quando dói”, afirmou a central Thaisa, a mais experiente do grupo. Ela é uma das que estava no elenco vice-campeão olímpico em Tóquio, com derrota justamente para os Estados Unidos na final. Contudo, o Brasil ganhou recentemente das americanas. Na Liga das Nações, venceu por 3 a 1 em maio deste ano no último confronto entre as equipes.

Bicampeã olímpica, a central disputa a sua quarta edição de Olimpíadas. São 16 anos servindo à seleção brasileira e mais de duas décadas no vôlei. Ela espera que suas colegas que ainda não têm medalha possam experimentar o sentimento que ela viveu. “Elas merecem muito viver isso”.

“Acreditamos umas nas outras e no trabalho que está sendo feito. Sinto olho no olho e conexão o tempo inteiro. Vai ter dificuldade, pois estamos em uma Olimpíada e não tem time bobo. É acreditar no trabalho e seguir firme no que estamos fazendo”, acrescentou a jogadora de 37 anos.

Brasil terá de passar pelos Estados Unidos para ir à final do vôlei feminino em Paris Foto: Luiza Moraes/COB

Thaisa representa a experiência e Gabi Guimarães é a liderança técnica. A ponteira e capitã da equipe diz que não faltam energia e vontade de passar à final. “O que posso dizer é que a gente está engasgada. Na última edição, os Estados Unidos tiraram nosso ouro”, constata. “Temos pé no chão por saber que é uma equipe que já enfrentamos e nos trouxeram dificuldades”.

Em Paris, a seleção feminina arrasou seus quatro adversários - Quênia, Japão, Polônia e República Dominicana - e chegou às semifinais sem perder um set sequer. A campanha perfeita dá confiança, mas não gera soberba. “A gente teve uma lição grande na Liga das Nações. Viemos invictas, como estamos agora, e não conquistamos nada”, lembrou Gabi, citando as derrotas para Japão e Polônia que tiraram o Brasil do pódio na última Liga das Nações.

“Não vamos esquecer que, há três semanas e meia, nós perdemos e voltamos para casa com um sentimento muito ruim de que faltou e que a gente precisava mais. Todo mundo ainda está machucado pelo que aconteceu”, reforçou Zé Roberto. “Estamos fazendo muita coisa boa, mas precisamos ser testados e jogar uma final a cada dia”, acrescentou o técnico de 70 anos, satisfeito com o ambiente harmônico entre suas atletas.

“O que me a chama atenção não é só o que estão fazendo dentro da quadra, nos treinos, jogos, mas fora da quadra. Como estão se cuidando, tendo o horário de descanso, como estão se alimentando, como encaram os estudos, porque recebem as informações. Não tem briga, não tem discussão. O ambiente está ótimo. Se vai ganhar ou não é outra coisa, mas eu não posso falar um ‘a’ de preocupação”.

PARIS - José Roberto Guimarães deixou a Vila Olímpica na última terça-feira, 6, nervoso. Seu temor era de que a seleção brasileira feminina de vôlei fosse eliminada nas quartas de final das Olimpíadas de Paris, o estágio que ele considera mais perigoso dos Jogos Olímpicos. Não queria viver de novo tudo que ele sentiu oito anos atrás, no Rio, quando o Brasil caiu para a China nessa mesma fase.

“Saí da Vila pensando: ‘não estou preparado para ir embora. Não estou, não estou, não estou, não estou’”, repetiu o treinador, tricampeão olímpico e presente em sua nona edição de Jogos Olímpicos. “Estava caminhando para o ônibus e o batimento estava 106. Não é normal, não fico assim. É 76, 77. Estava estranho. Mas vim com este pensamento: ‘Vamos ficar, vamos ficar, vamos ficar”.

E ficaram. A seleção passou com facilidade pela República Dominicana na Arena Paris Sul 1, ganhou seu quarto jogo seguido em Paris - todos sem perder set - e entrou na zona de medalha. Está a uma partida de mais uma decisão olímpica. Nas semifinais, vai enfrentar os Estados Unidos, rival que está “engasgado”.

Brazil's players celebrate during the women's preliminary round volleyball match between Brazil and Poland during the Paris 2024 Olympic Games at the South Paris Arena 1 in Paris on August 4, 2024. (Photo by Natalia KOLESNIKOVA / AFP) Foto: NATALIA KOLESNIKOVA

“A derrota ensina muito mais que a vitória. A gente aprende muito quando dói”, afirmou a central Thaisa, a mais experiente do grupo. Ela é uma das que estava no elenco vice-campeão olímpico em Tóquio, com derrota justamente para os Estados Unidos na final. Contudo, o Brasil ganhou recentemente das americanas. Na Liga das Nações, venceu por 3 a 1 em maio deste ano no último confronto entre as equipes.

Bicampeã olímpica, a central disputa a sua quarta edição de Olimpíadas. São 16 anos servindo à seleção brasileira e mais de duas décadas no vôlei. Ela espera que suas colegas que ainda não têm medalha possam experimentar o sentimento que ela viveu. “Elas merecem muito viver isso”.

“Acreditamos umas nas outras e no trabalho que está sendo feito. Sinto olho no olho e conexão o tempo inteiro. Vai ter dificuldade, pois estamos em uma Olimpíada e não tem time bobo. É acreditar no trabalho e seguir firme no que estamos fazendo”, acrescentou a jogadora de 37 anos.

Brasil terá de passar pelos Estados Unidos para ir à final do vôlei feminino em Paris Foto: Luiza Moraes/COB

Thaisa representa a experiência e Gabi Guimarães é a liderança técnica. A ponteira e capitã da equipe diz que não faltam energia e vontade de passar à final. “O que posso dizer é que a gente está engasgada. Na última edição, os Estados Unidos tiraram nosso ouro”, constata. “Temos pé no chão por saber que é uma equipe que já enfrentamos e nos trouxeram dificuldades”.

Em Paris, a seleção feminina arrasou seus quatro adversários - Quênia, Japão, Polônia e República Dominicana - e chegou às semifinais sem perder um set sequer. A campanha perfeita dá confiança, mas não gera soberba. “A gente teve uma lição grande na Liga das Nações. Viemos invictas, como estamos agora, e não conquistamos nada”, lembrou Gabi, citando as derrotas para Japão e Polônia que tiraram o Brasil do pódio na última Liga das Nações.

“Não vamos esquecer que, há três semanas e meia, nós perdemos e voltamos para casa com um sentimento muito ruim de que faltou e que a gente precisava mais. Todo mundo ainda está machucado pelo que aconteceu”, reforçou Zé Roberto. “Estamos fazendo muita coisa boa, mas precisamos ser testados e jogar uma final a cada dia”, acrescentou o técnico de 70 anos, satisfeito com o ambiente harmônico entre suas atletas.

“O que me a chama atenção não é só o que estão fazendo dentro da quadra, nos treinos, jogos, mas fora da quadra. Como estão se cuidando, tendo o horário de descanso, como estão se alimentando, como encaram os estudos, porque recebem as informações. Não tem briga, não tem discussão. O ambiente está ótimo. Se vai ganhar ou não é outra coisa, mas eu não posso falar um ‘a’ de preocupação”.

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