Wallace de Souza é suspenso pelo COB após sugerir ‘tiro na cara’ de Lula em postagem nas redes


Segundo parecer divulgado nesta sexta-feira pela entidade, atleta ficará afastado das quadras e do seu Cruzeiro até o fim do processo

Por Redação
Atualização:

O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) suspendeu provisoriamente o jogador Wallace de Souza, medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei, por sugerir “tiro na cara” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o parecer divulgado nesta sexta-feira, o atleta deve ficar afastado das quadras até a última análise do processo e terá cinco dias úteis até ser notificado do parecer para apresentar sua defesa. Não há prazo definidos para o arrolamento do caso.

Veja o parecer oficial: “No caso em análise, as ofensas, as incitações ao crime e as ameaças - ainda que algumas delas veladas já que postas em forma de pergunta ou interpretáveis por se tratar de imagem - foram todas elas praticadas contra a autoridade máxima do País, que ocupa o posto em razão de processo eleitoral democrático e escorreito. Fica justificada processualmente, dessa forma, a intervenção da Advocacia Pública nesse feito. Assim, fica acolhida a participação processual da Advocacia Geral da União (AGU) nos termo solicitados. Demais disso, é importante analisar o ato - confessadamente praticado - para fins de aplicação de medida emergencial”, diz um trecho do despacho assinado por Ney Bello, relator do caso.

Ou seja, o COB atendeu ao pedido da AGU de suspensão do atleta por ter incitado a violência contra o presidente da República. Lula não se manifestou sobre o episódio. A ministra dos Esportes, Ana Moser, foi uma das primeiras pessoas do governo a comentar o caso. Foi ela, aliás, que pediu a intervenção da AGU. “Antes de ser atletas, Wallace é um cidadão brasileiro e deve responder às nossas leis e instituições”.

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Wallace de Souza abriu enquete para seguidores responderem se alguém 'daria tiro na cara de Lula'. Foto: Reprodução

O documento ressalta a responsabilidade de atletas olímpicos, sobretudo campeões, perante a sociedade, pois a sua conduta “exerce influência em toda a juventude” e deve estar de acordo com os “princípio éticos e morais de toda uma coletividade”. O parecer cita Pelé, Roberto Dinamite, Maria Esther Bueno e Maria Lenk como grandes exemplos de conduta.

“Sugerir, perguntar, incitar o uso de armas e, pior, a detonação no rosto da autoridade máxima do País - por nenhuma razão e sob nenhum critério - se amolda ao comportamento esperado, exigido e aguardado de um campeão olímpico. Em tempos de hipercomunicação através de redes sociais, muitas vezes sentimentos ruins e até criminosos saem dos teclados e ganham o mundo, não raro com consequências desastrosas. A sociedade civil, e mais que tudo, o mundo do olimpismo, necessita ficar distante da violência e da irracionalidade sugerida em postagens como essa”, diz outro trecho do documento.

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ENTENDA O CASO WALLACE DE SOUZA

No dia 31 de janeiro, Wallace de Souza fez uma série de postagens nos stories de sua conta no Instagram sobre a sua experiência em um stand de tiro, compartilhando inclusive a arma que mais gostou de usar. O atleta abriu a caixa de perguntas aos seguidores e foi questionado se “daria um tiro na cara do Lula”. O jogador respondeu com uma enquete: “Alguém faria isso: sim ou não?”. Publicou a pergunta junto de um emoji sorrindo com uma auréola sobre a cabeça, em tom irônico.

O atleta é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas pelo petista nas eleições de 2022, e entusiasta da ampliação do acesso a armas pela população. Após a publicação ganhar repercussão, ele apagou a enquete. Horas depois, o Sada Cruzeiro lamentou a atitude de Wallace e anunciou seu afastamento da equipe por tempo indeterminado.

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Paulo Pimenta (PT), ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, afirmou em publicação nas redes sociais que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) e que o Planalto vai tomar todas as atitudes necessárias. “Não vamos tolerar ameaças feitas por extremistas e golpistas!”

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) afirmou em nota que “repudia qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos, e entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade”. Em meio à repercussão negativa de sua fala, Wallace se desculpou por meio de um vídeo publicado em sua conta no Instagram. Ele classificou a postagem como “infeliz”.

“Quem me conhece sabe muito bem que eu jamais incitaria violência em hipótese alguma, contra qualquer pessoa, principalmente ao nosso presidente. Venho aqui pedir desculpas, foi um post infeliz”, afirmou Wallace no vídeo. “Quando você erra, tem que assumir o erro. Jamais tive a intenção de incitar a violência ou o ódio. Não foi isso que o esporte me ensinou.”

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Depois de anunciar a sua aposentadoria da seleção brasileira, Wallace de Souza retornou ao time nacional no ano passado, aos 35 anos, quando ajudou a equipe comandada por Renan Dal Zotto a conquistar a medalha de bronze no Mundial de Vôlei. O oposto também foi medalhista nas Olimpíadas do Rio, em 2016, e prata nos Jogos de Londres, em 2012. Com o Cruzeiro, o atleta foi campeão mineiro, da Supercopa, do Mundial de Clubes, do Sul-Americano e, por último, da Superliga.

O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) suspendeu provisoriamente o jogador Wallace de Souza, medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei, por sugerir “tiro na cara” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o parecer divulgado nesta sexta-feira, o atleta deve ficar afastado das quadras até a última análise do processo e terá cinco dias úteis até ser notificado do parecer para apresentar sua defesa. Não há prazo definidos para o arrolamento do caso.

Veja o parecer oficial: “No caso em análise, as ofensas, as incitações ao crime e as ameaças - ainda que algumas delas veladas já que postas em forma de pergunta ou interpretáveis por se tratar de imagem - foram todas elas praticadas contra a autoridade máxima do País, que ocupa o posto em razão de processo eleitoral democrático e escorreito. Fica justificada processualmente, dessa forma, a intervenção da Advocacia Pública nesse feito. Assim, fica acolhida a participação processual da Advocacia Geral da União (AGU) nos termo solicitados. Demais disso, é importante analisar o ato - confessadamente praticado - para fins de aplicação de medida emergencial”, diz um trecho do despacho assinado por Ney Bello, relator do caso.

Ou seja, o COB atendeu ao pedido da AGU de suspensão do atleta por ter incitado a violência contra o presidente da República. Lula não se manifestou sobre o episódio. A ministra dos Esportes, Ana Moser, foi uma das primeiras pessoas do governo a comentar o caso. Foi ela, aliás, que pediu a intervenção da AGU. “Antes de ser atletas, Wallace é um cidadão brasileiro e deve responder às nossas leis e instituições”.

Wallace de Souza abriu enquete para seguidores responderem se alguém 'daria tiro na cara de Lula'. Foto: Reprodução

O documento ressalta a responsabilidade de atletas olímpicos, sobretudo campeões, perante a sociedade, pois a sua conduta “exerce influência em toda a juventude” e deve estar de acordo com os “princípio éticos e morais de toda uma coletividade”. O parecer cita Pelé, Roberto Dinamite, Maria Esther Bueno e Maria Lenk como grandes exemplos de conduta.

“Sugerir, perguntar, incitar o uso de armas e, pior, a detonação no rosto da autoridade máxima do País - por nenhuma razão e sob nenhum critério - se amolda ao comportamento esperado, exigido e aguardado de um campeão olímpico. Em tempos de hipercomunicação através de redes sociais, muitas vezes sentimentos ruins e até criminosos saem dos teclados e ganham o mundo, não raro com consequências desastrosas. A sociedade civil, e mais que tudo, o mundo do olimpismo, necessita ficar distante da violência e da irracionalidade sugerida em postagens como essa”, diz outro trecho do documento.

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No dia 31 de janeiro, Wallace de Souza fez uma série de postagens nos stories de sua conta no Instagram sobre a sua experiência em um stand de tiro, compartilhando inclusive a arma que mais gostou de usar. O atleta abriu a caixa de perguntas aos seguidores e foi questionado se “daria um tiro na cara do Lula”. O jogador respondeu com uma enquete: “Alguém faria isso: sim ou não?”. Publicou a pergunta junto de um emoji sorrindo com uma auréola sobre a cabeça, em tom irônico.

O atleta é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas pelo petista nas eleições de 2022, e entusiasta da ampliação do acesso a armas pela população. Após a publicação ganhar repercussão, ele apagou a enquete. Horas depois, o Sada Cruzeiro lamentou a atitude de Wallace e anunciou seu afastamento da equipe por tempo indeterminado.

Paulo Pimenta (PT), ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, afirmou em publicação nas redes sociais que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) e que o Planalto vai tomar todas as atitudes necessárias. “Não vamos tolerar ameaças feitas por extremistas e golpistas!”

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) afirmou em nota que “repudia qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos, e entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade”. Em meio à repercussão negativa de sua fala, Wallace se desculpou por meio de um vídeo publicado em sua conta no Instagram. Ele classificou a postagem como “infeliz”.

“Quem me conhece sabe muito bem que eu jamais incitaria violência em hipótese alguma, contra qualquer pessoa, principalmente ao nosso presidente. Venho aqui pedir desculpas, foi um post infeliz”, afirmou Wallace no vídeo. “Quando você erra, tem que assumir o erro. Jamais tive a intenção de incitar a violência ou o ódio. Não foi isso que o esporte me ensinou.”

Depois de anunciar a sua aposentadoria da seleção brasileira, Wallace de Souza retornou ao time nacional no ano passado, aos 35 anos, quando ajudou a equipe comandada por Renan Dal Zotto a conquistar a medalha de bronze no Mundial de Vôlei. O oposto também foi medalhista nas Olimpíadas do Rio, em 2016, e prata nos Jogos de Londres, em 2012. Com o Cruzeiro, o atleta foi campeão mineiro, da Supercopa, do Mundial de Clubes, do Sul-Americano e, por último, da Superliga.

O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) suspendeu provisoriamente o jogador Wallace de Souza, medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei, por sugerir “tiro na cara” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o parecer divulgado nesta sexta-feira, o atleta deve ficar afastado das quadras até a última análise do processo e terá cinco dias úteis até ser notificado do parecer para apresentar sua defesa. Não há prazo definidos para o arrolamento do caso.

Veja o parecer oficial: “No caso em análise, as ofensas, as incitações ao crime e as ameaças - ainda que algumas delas veladas já que postas em forma de pergunta ou interpretáveis por se tratar de imagem - foram todas elas praticadas contra a autoridade máxima do País, que ocupa o posto em razão de processo eleitoral democrático e escorreito. Fica justificada processualmente, dessa forma, a intervenção da Advocacia Pública nesse feito. Assim, fica acolhida a participação processual da Advocacia Geral da União (AGU) nos termo solicitados. Demais disso, é importante analisar o ato - confessadamente praticado - para fins de aplicação de medida emergencial”, diz um trecho do despacho assinado por Ney Bello, relator do caso.

Ou seja, o COB atendeu ao pedido da AGU de suspensão do atleta por ter incitado a violência contra o presidente da República. Lula não se manifestou sobre o episódio. A ministra dos Esportes, Ana Moser, foi uma das primeiras pessoas do governo a comentar o caso. Foi ela, aliás, que pediu a intervenção da AGU. “Antes de ser atletas, Wallace é um cidadão brasileiro e deve responder às nossas leis e instituições”.

Wallace de Souza abriu enquete para seguidores responderem se alguém 'daria tiro na cara de Lula'. Foto: Reprodução

O documento ressalta a responsabilidade de atletas olímpicos, sobretudo campeões, perante a sociedade, pois a sua conduta “exerce influência em toda a juventude” e deve estar de acordo com os “princípio éticos e morais de toda uma coletividade”. O parecer cita Pelé, Roberto Dinamite, Maria Esther Bueno e Maria Lenk como grandes exemplos de conduta.

“Sugerir, perguntar, incitar o uso de armas e, pior, a detonação no rosto da autoridade máxima do País - por nenhuma razão e sob nenhum critério - se amolda ao comportamento esperado, exigido e aguardado de um campeão olímpico. Em tempos de hipercomunicação através de redes sociais, muitas vezes sentimentos ruins e até criminosos saem dos teclados e ganham o mundo, não raro com consequências desastrosas. A sociedade civil, e mais que tudo, o mundo do olimpismo, necessita ficar distante da violência e da irracionalidade sugerida em postagens como essa”, diz outro trecho do documento.

ENTENDA O CASO WALLACE DE SOUZA

No dia 31 de janeiro, Wallace de Souza fez uma série de postagens nos stories de sua conta no Instagram sobre a sua experiência em um stand de tiro, compartilhando inclusive a arma que mais gostou de usar. O atleta abriu a caixa de perguntas aos seguidores e foi questionado se “daria um tiro na cara do Lula”. O jogador respondeu com uma enquete: “Alguém faria isso: sim ou não?”. Publicou a pergunta junto de um emoji sorrindo com uma auréola sobre a cabeça, em tom irônico.

O atleta é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas pelo petista nas eleições de 2022, e entusiasta da ampliação do acesso a armas pela população. Após a publicação ganhar repercussão, ele apagou a enquete. Horas depois, o Sada Cruzeiro lamentou a atitude de Wallace e anunciou seu afastamento da equipe por tempo indeterminado.

Paulo Pimenta (PT), ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, afirmou em publicação nas redes sociais que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) e que o Planalto vai tomar todas as atitudes necessárias. “Não vamos tolerar ameaças feitas por extremistas e golpistas!”

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) afirmou em nota que “repudia qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos, e entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade”. Em meio à repercussão negativa de sua fala, Wallace se desculpou por meio de um vídeo publicado em sua conta no Instagram. Ele classificou a postagem como “infeliz”.

“Quem me conhece sabe muito bem que eu jamais incitaria violência em hipótese alguma, contra qualquer pessoa, principalmente ao nosso presidente. Venho aqui pedir desculpas, foi um post infeliz”, afirmou Wallace no vídeo. “Quando você erra, tem que assumir o erro. Jamais tive a intenção de incitar a violência ou o ódio. Não foi isso que o esporte me ensinou.”

Depois de anunciar a sua aposentadoria da seleção brasileira, Wallace de Souza retornou ao time nacional no ano passado, aos 35 anos, quando ajudou a equipe comandada por Renan Dal Zotto a conquistar a medalha de bronze no Mundial de Vôlei. O oposto também foi medalhista nas Olimpíadas do Rio, em 2016, e prata nos Jogos de Londres, em 2012. Com o Cruzeiro, o atleta foi campeão mineiro, da Supercopa, do Mundial de Clubes, do Sul-Americano e, por último, da Superliga.

O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) suspendeu provisoriamente o jogador Wallace de Souza, medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei, por sugerir “tiro na cara” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o parecer divulgado nesta sexta-feira, o atleta deve ficar afastado das quadras até a última análise do processo e terá cinco dias úteis até ser notificado do parecer para apresentar sua defesa. Não há prazo definidos para o arrolamento do caso.

Veja o parecer oficial: “No caso em análise, as ofensas, as incitações ao crime e as ameaças - ainda que algumas delas veladas já que postas em forma de pergunta ou interpretáveis por se tratar de imagem - foram todas elas praticadas contra a autoridade máxima do País, que ocupa o posto em razão de processo eleitoral democrático e escorreito. Fica justificada processualmente, dessa forma, a intervenção da Advocacia Pública nesse feito. Assim, fica acolhida a participação processual da Advocacia Geral da União (AGU) nos termo solicitados. Demais disso, é importante analisar o ato - confessadamente praticado - para fins de aplicação de medida emergencial”, diz um trecho do despacho assinado por Ney Bello, relator do caso.

Ou seja, o COB atendeu ao pedido da AGU de suspensão do atleta por ter incitado a violência contra o presidente da República. Lula não se manifestou sobre o episódio. A ministra dos Esportes, Ana Moser, foi uma das primeiras pessoas do governo a comentar o caso. Foi ela, aliás, que pediu a intervenção da AGU. “Antes de ser atletas, Wallace é um cidadão brasileiro e deve responder às nossas leis e instituições”.

Wallace de Souza abriu enquete para seguidores responderem se alguém 'daria tiro na cara de Lula'. Foto: Reprodução

O documento ressalta a responsabilidade de atletas olímpicos, sobretudo campeões, perante a sociedade, pois a sua conduta “exerce influência em toda a juventude” e deve estar de acordo com os “princípio éticos e morais de toda uma coletividade”. O parecer cita Pelé, Roberto Dinamite, Maria Esther Bueno e Maria Lenk como grandes exemplos de conduta.

“Sugerir, perguntar, incitar o uso de armas e, pior, a detonação no rosto da autoridade máxima do País - por nenhuma razão e sob nenhum critério - se amolda ao comportamento esperado, exigido e aguardado de um campeão olímpico. Em tempos de hipercomunicação através de redes sociais, muitas vezes sentimentos ruins e até criminosos saem dos teclados e ganham o mundo, não raro com consequências desastrosas. A sociedade civil, e mais que tudo, o mundo do olimpismo, necessita ficar distante da violência e da irracionalidade sugerida em postagens como essa”, diz outro trecho do documento.

ENTENDA O CASO WALLACE DE SOUZA

No dia 31 de janeiro, Wallace de Souza fez uma série de postagens nos stories de sua conta no Instagram sobre a sua experiência em um stand de tiro, compartilhando inclusive a arma que mais gostou de usar. O atleta abriu a caixa de perguntas aos seguidores e foi questionado se “daria um tiro na cara do Lula”. O jogador respondeu com uma enquete: “Alguém faria isso: sim ou não?”. Publicou a pergunta junto de um emoji sorrindo com uma auréola sobre a cabeça, em tom irônico.

O atleta é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas pelo petista nas eleições de 2022, e entusiasta da ampliação do acesso a armas pela população. Após a publicação ganhar repercussão, ele apagou a enquete. Horas depois, o Sada Cruzeiro lamentou a atitude de Wallace e anunciou seu afastamento da equipe por tempo indeterminado.

Paulo Pimenta (PT), ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, afirmou em publicação nas redes sociais que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) e que o Planalto vai tomar todas as atitudes necessárias. “Não vamos tolerar ameaças feitas por extremistas e golpistas!”

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) afirmou em nota que “repudia qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos, e entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade”. Em meio à repercussão negativa de sua fala, Wallace se desculpou por meio de um vídeo publicado em sua conta no Instagram. Ele classificou a postagem como “infeliz”.

“Quem me conhece sabe muito bem que eu jamais incitaria violência em hipótese alguma, contra qualquer pessoa, principalmente ao nosso presidente. Venho aqui pedir desculpas, foi um post infeliz”, afirmou Wallace no vídeo. “Quando você erra, tem que assumir o erro. Jamais tive a intenção de incitar a violência ou o ódio. Não foi isso que o esporte me ensinou.”

Depois de anunciar a sua aposentadoria da seleção brasileira, Wallace de Souza retornou ao time nacional no ano passado, aos 35 anos, quando ajudou a equipe comandada por Renan Dal Zotto a conquistar a medalha de bronze no Mundial de Vôlei. O oposto também foi medalhista nas Olimpíadas do Rio, em 2016, e prata nos Jogos de Londres, em 2012. Com o Cruzeiro, o atleta foi campeão mineiro, da Supercopa, do Mundial de Clubes, do Sul-Americano e, por último, da Superliga.

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