Vídeo cita número errado de pobres em 2008 para fazer crítica ao Bolsa Família


Pesquisas do IBGE e do Ipea mostram que população que vive na pobreza diminuiu, e não aumentou, nas últimas décadas

Por Luciana Marschall

O que estão compartilhando: vídeo em que um homem afirma que o Bolsa Família foi criado para acabar com a miséria, mas que em 2008 eram 3 milhões de pobres e hoje são 56 milhões no programa.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A população pobre do Brasil não era de 3 milhões em 2008. Naquele ano, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, uma estatística experimental do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a proporção de pessoas vivendo com algum grau de pobreza no País naquele período era de 44,2%, o equivalente a 84,126 milhões de habitantes. Dez anos depois, a mesma pesquisa apontou diminuição para 22,3%, ou seja, 46,219 milhões de brasileiros.

O número de pessoas que recebem Bolsa Família atualmente também está equivocado. À reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou que o programa alcançou 54,5 milhões de pessoas em agosto. Aproximadamente 20,7 milhões de famílias receberam o benefício no último mês.

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Vale lembrar ainda que o Bolsa Família foi criado em 2003, não 2008.

Pesquisa do IBGE apontou que em 2008 havia 84,126 milhões de habitantes na pobreza. Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: O conteúdo que circula no Facebook inventa dados referentes à pobreza da população brasileira em 2008. Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), naquele ano, mais de 11 milhões de pessoas tinham renda per capita igual ou inferior a meio salário mínimo – R$ 207,50 na época – apenas nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

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Outras duas pesquisas do IBGE, classificadas como experimentais, apontam que o número de pobres no País era bem maior naquele período do que o citado no post; o instituto também indica que a pobreza diminuiu uma década depois.

Conforme noticiou ano passado o Estadão, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 apontou que na pré-pandemia 46,219 milhões de brasileiros viviam com algum grau de pobreza não monetária, o equivalente a 22,3% da população. O levantamento registrou melhora nas condições de qualidade de vida da população em relação à POF 2008-2009, quando a proporção de pessoas vivendo com algum grau de pobreza era de 44,2%, o equivalente a 84,126 milhões de habitantes. Os dados são do estudo Evolução dos Indicadores não Monetários de Pobreza e Qualidade de Vida no Brasil.

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Além disso, no primeiro semestre deste ano, o Instituto Jones dos Santos Neves, repartição pública do Espírito Santo que realiza pesquisas para subsidiar políticas públicas no Estado, identificou que a taxa de pobreza no Brasil diminuiu no último ano, passando de aproximadamente 32% em 2022 para 27,5% em 2023. Em números absolutos, mais de 8,5 milhões de indivíduos melhoraram as condições de vida. O instituto usou como base de dados o levantamento sobre rendimentos divulgado este ano pelo IBGE, que é alimentado com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C).

No último mês, o Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades 2024 apontou queda de 40% na proporção de pessoas em extrema pobreza a partir de 42 indicadores que começaram a ser monitorados em 2023.

A fome também vem diminuindo. O Estadão Verifica demonstrou recentemente que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou ao governo brasileiro que a insegurança alimentar severa caiu 85% no Brasil entre 2022 e 2023. Em números absolutos, segundo o governo, 14,7 milhões deixaram de passar fome no País.

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Conforme a entidade, a insegurança alimentar severa atingia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, enquanto no ano passado eram 2,5 milhões. Percentualmente, a queda foi de 8% para 1,2% da população. A metodologia da FAO classifica como insegurança alimentar severa quando a pessoa está de fato sem acesso a alimentos e passa um dia inteiro ou mais sem comer.

Procurado pela reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome afirmou que “o Programa Bolsa Família é referência mundial no combate à fome e à pobreza, sendo um dos responsáveis pelo Brasil reduzir a extrema pobreza em 40% em 2023 e pelo País ter, em um ano, reduzido em 85% as pessoas que passavam fome, como atestam a ONU, o IBGE e outros”.

O que estão compartilhando: vídeo em que um homem afirma que o Bolsa Família foi criado para acabar com a miséria, mas que em 2008 eram 3 milhões de pobres e hoje são 56 milhões no programa.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A população pobre do Brasil não era de 3 milhões em 2008. Naquele ano, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, uma estatística experimental do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a proporção de pessoas vivendo com algum grau de pobreza no País naquele período era de 44,2%, o equivalente a 84,126 milhões de habitantes. Dez anos depois, a mesma pesquisa apontou diminuição para 22,3%, ou seja, 46,219 milhões de brasileiros.

O número de pessoas que recebem Bolsa Família atualmente também está equivocado. À reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou que o programa alcançou 54,5 milhões de pessoas em agosto. Aproximadamente 20,7 milhões de famílias receberam o benefício no último mês.

Vale lembrar ainda que o Bolsa Família foi criado em 2003, não 2008.

Pesquisa do IBGE apontou que em 2008 havia 84,126 milhões de habitantes na pobreza. Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: O conteúdo que circula no Facebook inventa dados referentes à pobreza da população brasileira em 2008. Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), naquele ano, mais de 11 milhões de pessoas tinham renda per capita igual ou inferior a meio salário mínimo – R$ 207,50 na época – apenas nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Outras duas pesquisas do IBGE, classificadas como experimentais, apontam que o número de pobres no País era bem maior naquele período do que o citado no post; o instituto também indica que a pobreza diminuiu uma década depois.

Conforme noticiou ano passado o Estadão, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 apontou que na pré-pandemia 46,219 milhões de brasileiros viviam com algum grau de pobreza não monetária, o equivalente a 22,3% da população. O levantamento registrou melhora nas condições de qualidade de vida da população em relação à POF 2008-2009, quando a proporção de pessoas vivendo com algum grau de pobreza era de 44,2%, o equivalente a 84,126 milhões de habitantes. Os dados são do estudo Evolução dos Indicadores não Monetários de Pobreza e Qualidade de Vida no Brasil.

Além disso, no primeiro semestre deste ano, o Instituto Jones dos Santos Neves, repartição pública do Espírito Santo que realiza pesquisas para subsidiar políticas públicas no Estado, identificou que a taxa de pobreza no Brasil diminuiu no último ano, passando de aproximadamente 32% em 2022 para 27,5% em 2023. Em números absolutos, mais de 8,5 milhões de indivíduos melhoraram as condições de vida. O instituto usou como base de dados o levantamento sobre rendimentos divulgado este ano pelo IBGE, que é alimentado com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C).

No último mês, o Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades 2024 apontou queda de 40% na proporção de pessoas em extrema pobreza a partir de 42 indicadores que começaram a ser monitorados em 2023.

A fome também vem diminuindo. O Estadão Verifica demonstrou recentemente que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou ao governo brasileiro que a insegurança alimentar severa caiu 85% no Brasil entre 2022 e 2023. Em números absolutos, segundo o governo, 14,7 milhões deixaram de passar fome no País.

Conforme a entidade, a insegurança alimentar severa atingia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, enquanto no ano passado eram 2,5 milhões. Percentualmente, a queda foi de 8% para 1,2% da população. A metodologia da FAO classifica como insegurança alimentar severa quando a pessoa está de fato sem acesso a alimentos e passa um dia inteiro ou mais sem comer.

Procurado pela reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome afirmou que “o Programa Bolsa Família é referência mundial no combate à fome e à pobreza, sendo um dos responsáveis pelo Brasil reduzir a extrema pobreza em 40% em 2023 e pelo País ter, em um ano, reduzido em 85% as pessoas que passavam fome, como atestam a ONU, o IBGE e outros”.

O que estão compartilhando: vídeo em que um homem afirma que o Bolsa Família foi criado para acabar com a miséria, mas que em 2008 eram 3 milhões de pobres e hoje são 56 milhões no programa.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A população pobre do Brasil não era de 3 milhões em 2008. Naquele ano, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, uma estatística experimental do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a proporção de pessoas vivendo com algum grau de pobreza no País naquele período era de 44,2%, o equivalente a 84,126 milhões de habitantes. Dez anos depois, a mesma pesquisa apontou diminuição para 22,3%, ou seja, 46,219 milhões de brasileiros.

O número de pessoas que recebem Bolsa Família atualmente também está equivocado. À reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou que o programa alcançou 54,5 milhões de pessoas em agosto. Aproximadamente 20,7 milhões de famílias receberam o benefício no último mês.

Vale lembrar ainda que o Bolsa Família foi criado em 2003, não 2008.

Pesquisa do IBGE apontou que em 2008 havia 84,126 milhões de habitantes na pobreza. Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: O conteúdo que circula no Facebook inventa dados referentes à pobreza da população brasileira em 2008. Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), naquele ano, mais de 11 milhões de pessoas tinham renda per capita igual ou inferior a meio salário mínimo – R$ 207,50 na época – apenas nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Outras duas pesquisas do IBGE, classificadas como experimentais, apontam que o número de pobres no País era bem maior naquele período do que o citado no post; o instituto também indica que a pobreza diminuiu uma década depois.

Conforme noticiou ano passado o Estadão, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 apontou que na pré-pandemia 46,219 milhões de brasileiros viviam com algum grau de pobreza não monetária, o equivalente a 22,3% da população. O levantamento registrou melhora nas condições de qualidade de vida da população em relação à POF 2008-2009, quando a proporção de pessoas vivendo com algum grau de pobreza era de 44,2%, o equivalente a 84,126 milhões de habitantes. Os dados são do estudo Evolução dos Indicadores não Monetários de Pobreza e Qualidade de Vida no Brasil.

Além disso, no primeiro semestre deste ano, o Instituto Jones dos Santos Neves, repartição pública do Espírito Santo que realiza pesquisas para subsidiar políticas públicas no Estado, identificou que a taxa de pobreza no Brasil diminuiu no último ano, passando de aproximadamente 32% em 2022 para 27,5% em 2023. Em números absolutos, mais de 8,5 milhões de indivíduos melhoraram as condições de vida. O instituto usou como base de dados o levantamento sobre rendimentos divulgado este ano pelo IBGE, que é alimentado com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C).

No último mês, o Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades 2024 apontou queda de 40% na proporção de pessoas em extrema pobreza a partir de 42 indicadores que começaram a ser monitorados em 2023.

A fome também vem diminuindo. O Estadão Verifica demonstrou recentemente que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou ao governo brasileiro que a insegurança alimentar severa caiu 85% no Brasil entre 2022 e 2023. Em números absolutos, segundo o governo, 14,7 milhões deixaram de passar fome no País.

Conforme a entidade, a insegurança alimentar severa atingia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, enquanto no ano passado eram 2,5 milhões. Percentualmente, a queda foi de 8% para 1,2% da população. A metodologia da FAO classifica como insegurança alimentar severa quando a pessoa está de fato sem acesso a alimentos e passa um dia inteiro ou mais sem comer.

Procurado pela reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome afirmou que “o Programa Bolsa Família é referência mundial no combate à fome e à pobreza, sendo um dos responsáveis pelo Brasil reduzir a extrema pobreza em 40% em 2023 e pelo País ter, em um ano, reduzido em 85% as pessoas que passavam fome, como atestam a ONU, o IBGE e outros”.

O que estão compartilhando: vídeo em que um homem afirma que o Bolsa Família foi criado para acabar com a miséria, mas que em 2008 eram 3 milhões de pobres e hoje são 56 milhões no programa.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A população pobre do Brasil não era de 3 milhões em 2008. Naquele ano, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, uma estatística experimental do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a proporção de pessoas vivendo com algum grau de pobreza no País naquele período era de 44,2%, o equivalente a 84,126 milhões de habitantes. Dez anos depois, a mesma pesquisa apontou diminuição para 22,3%, ou seja, 46,219 milhões de brasileiros.

O número de pessoas que recebem Bolsa Família atualmente também está equivocado. À reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou que o programa alcançou 54,5 milhões de pessoas em agosto. Aproximadamente 20,7 milhões de famílias receberam o benefício no último mês.

Vale lembrar ainda que o Bolsa Família foi criado em 2003, não 2008.

Pesquisa do IBGE apontou que em 2008 havia 84,126 milhões de habitantes na pobreza. Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: O conteúdo que circula no Facebook inventa dados referentes à pobreza da população brasileira em 2008. Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), naquele ano, mais de 11 milhões de pessoas tinham renda per capita igual ou inferior a meio salário mínimo – R$ 207,50 na época – apenas nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Outras duas pesquisas do IBGE, classificadas como experimentais, apontam que o número de pobres no País era bem maior naquele período do que o citado no post; o instituto também indica que a pobreza diminuiu uma década depois.

Conforme noticiou ano passado o Estadão, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018 apontou que na pré-pandemia 46,219 milhões de brasileiros viviam com algum grau de pobreza não monetária, o equivalente a 22,3% da população. O levantamento registrou melhora nas condições de qualidade de vida da população em relação à POF 2008-2009, quando a proporção de pessoas vivendo com algum grau de pobreza era de 44,2%, o equivalente a 84,126 milhões de habitantes. Os dados são do estudo Evolução dos Indicadores não Monetários de Pobreza e Qualidade de Vida no Brasil.

Além disso, no primeiro semestre deste ano, o Instituto Jones dos Santos Neves, repartição pública do Espírito Santo que realiza pesquisas para subsidiar políticas públicas no Estado, identificou que a taxa de pobreza no Brasil diminuiu no último ano, passando de aproximadamente 32% em 2022 para 27,5% em 2023. Em números absolutos, mais de 8,5 milhões de indivíduos melhoraram as condições de vida. O instituto usou como base de dados o levantamento sobre rendimentos divulgado este ano pelo IBGE, que é alimentado com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C).

No último mês, o Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades 2024 apontou queda de 40% na proporção de pessoas em extrema pobreza a partir de 42 indicadores que começaram a ser monitorados em 2023.

A fome também vem diminuindo. O Estadão Verifica demonstrou recentemente que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou ao governo brasileiro que a insegurança alimentar severa caiu 85% no Brasil entre 2022 e 2023. Em números absolutos, segundo o governo, 14,7 milhões deixaram de passar fome no País.

Conforme a entidade, a insegurança alimentar severa atingia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, enquanto no ano passado eram 2,5 milhões. Percentualmente, a queda foi de 8% para 1,2% da população. A metodologia da FAO classifica como insegurança alimentar severa quando a pessoa está de fato sem acesso a alimentos e passa um dia inteiro ou mais sem comer.

Procurado pela reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome afirmou que “o Programa Bolsa Família é referência mundial no combate à fome e à pobreza, sendo um dos responsáveis pelo Brasil reduzir a extrema pobreza em 40% em 2023 e pelo País ter, em um ano, reduzido em 85% as pessoas que passavam fome, como atestam a ONU, o IBGE e outros”.

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