Postagem engana ao associar vídeos antigos ao furacão Milton


Publicação usa oito registros que já circulavam na internet com pelo menos um mês de antecedência ao fenômeno climático na Flórida

Por Gabriel Belic

O que estão compartilhando: vídeos que mostrariam a destruição na Flórida, nos Estados Unidos, provocada pelo furacão Milton.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, pois todas as imagens usadas na publicação foram publicadas antes da chegada do furacão Milton à costa da Flórida nesta quarta-feira, 9. O fenômeno iniciou com força de categoria 3 e enfraqueceu para categoria 1 na madrugada desta quinta-feira, 10.

Postagem engana ao compilar vídeos antigos para associar ao furacão Milton Foto: Reprodução/Instagram
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Saiba mais: uma postagem no Instagram compila oito vídeos que supostamente mostrariam a devastação causada pelo furacão Milton na Flórida. O Estadão Verifica fez busca reversa de imagens em todos os registros e identificou que nenhum está relacionado ao desastre climático.

O primeiro deles, na realidade, foi gravado em Sumaré, município em São Paulo. O vídeo foi publicado no canal do UOL no YouTube em outubro de 2023. O segundo vídeo também não é recente, embora tenha sido gravado nos Estados Unidos. A filmagem foi feita na cidade de Andover, no Kansas, em abril de 2022.

A terceira gravação usada na postagem não foi localizada pela reportagem. No entanto, o Verifica identificou que o mesmo vídeo foi publicado no Facebook em 30 de julho deste ano, meses antes de o furacão Milton atingir a Flórida. A filmagem específica aparece a partir de 0:26 deste link.

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O material usado em sequência foi retirado do banco de imagens Shutterstock. A filmagem original está datada em 2017. O registro foi editado para inserir um grande espiral de vento e chuva. Esse mesmo vídeo foi checado esta semana pelo Estadão Verifica.

Comparação entre as imagens mostram que o vídeo foi alterado para criar um furacão ao fundo. Foto: Foto

Um outro vídeo, que mostra uma casa perdendo o telhado, também não está associado ao furacão Milton. A reportagem não conseguiu identificar o contexto ou local da gravação, mas ela circula na internet ao menos desde junho do ano passado. O canal que publicou o material se descreve como uma conta de edição de vídeos sobre eventos climáticos. As mesmas imagens também foram checadas pelo Verifica anteriormente.

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O compilado também atribui ao recente fenômeno na Flórida um vídeo publicado pela Ekol TV, da Turquia, no mês passado. De acordo com a emissora, o registro foi feito em Nebraska, nos Estados Unidos.

As imagens seguintes, que mostrariam um raio “derretendo”, não tiveram sua origem identificada. Não se trata, porém, de um material recente: o vídeo foi publicado em uma conta do Instagram em março deste ano. A gravação colocada em sequência, que exibe grandes ondas atingindo uma casa, também é antiga. Há registros da circulação do conteúdo pelo menos desde agosto de 2024.

A última filmagem que aparece na peça verificada ilustrou uma reportagem da BandNews em 30 de setembro. O veículo especificou que as imagens mostram a ação do furacão Helene nos Estados Unidos. Dessa forma, o vídeo também não tem relação com os vários tornados gerados pelo Milton.

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Furacão Milton atingiu Flórida e enfraqueceu horas depois

Como mostrou o Estadão, o furacão Milton chegou à costa da Flórida às 20h30 (21h30 no horário de Brasília) desta quarta-feira. Ele tocou o solo com força de categoria 3, caracterizando-o como um furacão de grande intensidade.

Na madrugada desta quinta-feira, ele enfraqueceu para a categoria 1. Os alertas, no entanto, permaneciam ativos. No momento, fortes chuvas e o risco de inundações ainda preocupam a região.

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Como lidar com postagens do tipo: tirar vídeos de contexto para associar a um assunto em evidência é uma tática comum de desinformação. Existem maneiras de evitar esses tipos de narrativas enganosas, como, por exemplo, a busca reversa de imagens. Trata-se de uma ferramenta que ajuda a descobrir se uma determinada mídia já foi compartilhada antes na internet, em quais sites e em qual contexto. O Estadão Verifica já produziu um passo a passo de como utilizar o mecanismo (veja aqui).

O que estão compartilhando: vídeos que mostrariam a destruição na Flórida, nos Estados Unidos, provocada pelo furacão Milton.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, pois todas as imagens usadas na publicação foram publicadas antes da chegada do furacão Milton à costa da Flórida nesta quarta-feira, 9. O fenômeno iniciou com força de categoria 3 e enfraqueceu para categoria 1 na madrugada desta quinta-feira, 10.

Postagem engana ao compilar vídeos antigos para associar ao furacão Milton Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: uma postagem no Instagram compila oito vídeos que supostamente mostrariam a devastação causada pelo furacão Milton na Flórida. O Estadão Verifica fez busca reversa de imagens em todos os registros e identificou que nenhum está relacionado ao desastre climático.

O primeiro deles, na realidade, foi gravado em Sumaré, município em São Paulo. O vídeo foi publicado no canal do UOL no YouTube em outubro de 2023. O segundo vídeo também não é recente, embora tenha sido gravado nos Estados Unidos. A filmagem foi feita na cidade de Andover, no Kansas, em abril de 2022.

A terceira gravação usada na postagem não foi localizada pela reportagem. No entanto, o Verifica identificou que o mesmo vídeo foi publicado no Facebook em 30 de julho deste ano, meses antes de o furacão Milton atingir a Flórida. A filmagem específica aparece a partir de 0:26 deste link.

O material usado em sequência foi retirado do banco de imagens Shutterstock. A filmagem original está datada em 2017. O registro foi editado para inserir um grande espiral de vento e chuva. Esse mesmo vídeo foi checado esta semana pelo Estadão Verifica.

Comparação entre as imagens mostram que o vídeo foi alterado para criar um furacão ao fundo. Foto: Foto

Um outro vídeo, que mostra uma casa perdendo o telhado, também não está associado ao furacão Milton. A reportagem não conseguiu identificar o contexto ou local da gravação, mas ela circula na internet ao menos desde junho do ano passado. O canal que publicou o material se descreve como uma conta de edição de vídeos sobre eventos climáticos. As mesmas imagens também foram checadas pelo Verifica anteriormente.

O compilado também atribui ao recente fenômeno na Flórida um vídeo publicado pela Ekol TV, da Turquia, no mês passado. De acordo com a emissora, o registro foi feito em Nebraska, nos Estados Unidos.

As imagens seguintes, que mostrariam um raio “derretendo”, não tiveram sua origem identificada. Não se trata, porém, de um material recente: o vídeo foi publicado em uma conta do Instagram em março deste ano. A gravação colocada em sequência, que exibe grandes ondas atingindo uma casa, também é antiga. Há registros da circulação do conteúdo pelo menos desde agosto de 2024.

A última filmagem que aparece na peça verificada ilustrou uma reportagem da BandNews em 30 de setembro. O veículo especificou que as imagens mostram a ação do furacão Helene nos Estados Unidos. Dessa forma, o vídeo também não tem relação com os vários tornados gerados pelo Milton.

Furacão Milton atingiu Flórida e enfraqueceu horas depois

Como mostrou o Estadão, o furacão Milton chegou à costa da Flórida às 20h30 (21h30 no horário de Brasília) desta quarta-feira. Ele tocou o solo com força de categoria 3, caracterizando-o como um furacão de grande intensidade.

Na madrugada desta quinta-feira, ele enfraqueceu para a categoria 1. Os alertas, no entanto, permaneciam ativos. No momento, fortes chuvas e o risco de inundações ainda preocupam a região.

Como lidar com postagens do tipo: tirar vídeos de contexto para associar a um assunto em evidência é uma tática comum de desinformação. Existem maneiras de evitar esses tipos de narrativas enganosas, como, por exemplo, a busca reversa de imagens. Trata-se de uma ferramenta que ajuda a descobrir se uma determinada mídia já foi compartilhada antes na internet, em quais sites e em qual contexto. O Estadão Verifica já produziu um passo a passo de como utilizar o mecanismo (veja aqui).

O que estão compartilhando: vídeos que mostrariam a destruição na Flórida, nos Estados Unidos, provocada pelo furacão Milton.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, pois todas as imagens usadas na publicação foram publicadas antes da chegada do furacão Milton à costa da Flórida nesta quarta-feira, 9. O fenômeno iniciou com força de categoria 3 e enfraqueceu para categoria 1 na madrugada desta quinta-feira, 10.

Postagem engana ao compilar vídeos antigos para associar ao furacão Milton Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: uma postagem no Instagram compila oito vídeos que supostamente mostrariam a devastação causada pelo furacão Milton na Flórida. O Estadão Verifica fez busca reversa de imagens em todos os registros e identificou que nenhum está relacionado ao desastre climático.

O primeiro deles, na realidade, foi gravado em Sumaré, município em São Paulo. O vídeo foi publicado no canal do UOL no YouTube em outubro de 2023. O segundo vídeo também não é recente, embora tenha sido gravado nos Estados Unidos. A filmagem foi feita na cidade de Andover, no Kansas, em abril de 2022.

A terceira gravação usada na postagem não foi localizada pela reportagem. No entanto, o Verifica identificou que o mesmo vídeo foi publicado no Facebook em 30 de julho deste ano, meses antes de o furacão Milton atingir a Flórida. A filmagem específica aparece a partir de 0:26 deste link.

O material usado em sequência foi retirado do banco de imagens Shutterstock. A filmagem original está datada em 2017. O registro foi editado para inserir um grande espiral de vento e chuva. Esse mesmo vídeo foi checado esta semana pelo Estadão Verifica.

Comparação entre as imagens mostram que o vídeo foi alterado para criar um furacão ao fundo. Foto: Foto

Um outro vídeo, que mostra uma casa perdendo o telhado, também não está associado ao furacão Milton. A reportagem não conseguiu identificar o contexto ou local da gravação, mas ela circula na internet ao menos desde junho do ano passado. O canal que publicou o material se descreve como uma conta de edição de vídeos sobre eventos climáticos. As mesmas imagens também foram checadas pelo Verifica anteriormente.

O compilado também atribui ao recente fenômeno na Flórida um vídeo publicado pela Ekol TV, da Turquia, no mês passado. De acordo com a emissora, o registro foi feito em Nebraska, nos Estados Unidos.

As imagens seguintes, que mostrariam um raio “derretendo”, não tiveram sua origem identificada. Não se trata, porém, de um material recente: o vídeo foi publicado em uma conta do Instagram em março deste ano. A gravação colocada em sequência, que exibe grandes ondas atingindo uma casa, também é antiga. Há registros da circulação do conteúdo pelo menos desde agosto de 2024.

A última filmagem que aparece na peça verificada ilustrou uma reportagem da BandNews em 30 de setembro. O veículo especificou que as imagens mostram a ação do furacão Helene nos Estados Unidos. Dessa forma, o vídeo também não tem relação com os vários tornados gerados pelo Milton.

Furacão Milton atingiu Flórida e enfraqueceu horas depois

Como mostrou o Estadão, o furacão Milton chegou à costa da Flórida às 20h30 (21h30 no horário de Brasília) desta quarta-feira. Ele tocou o solo com força de categoria 3, caracterizando-o como um furacão de grande intensidade.

Na madrugada desta quinta-feira, ele enfraqueceu para a categoria 1. Os alertas, no entanto, permaneciam ativos. No momento, fortes chuvas e o risco de inundações ainda preocupam a região.

Como lidar com postagens do tipo: tirar vídeos de contexto para associar a um assunto em evidência é uma tática comum de desinformação. Existem maneiras de evitar esses tipos de narrativas enganosas, como, por exemplo, a busca reversa de imagens. Trata-se de uma ferramenta que ajuda a descobrir se uma determinada mídia já foi compartilhada antes na internet, em quais sites e em qual contexto. O Estadão Verifica já produziu um passo a passo de como utilizar o mecanismo (veja aqui).

O que estão compartilhando: vídeos que mostrariam a destruição na Flórida, nos Estados Unidos, provocada pelo furacão Milton.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, pois todas as imagens usadas na publicação foram publicadas antes da chegada do furacão Milton à costa da Flórida nesta quarta-feira, 9. O fenômeno iniciou com força de categoria 3 e enfraqueceu para categoria 1 na madrugada desta quinta-feira, 10.

Postagem engana ao compilar vídeos antigos para associar ao furacão Milton Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: uma postagem no Instagram compila oito vídeos que supostamente mostrariam a devastação causada pelo furacão Milton na Flórida. O Estadão Verifica fez busca reversa de imagens em todos os registros e identificou que nenhum está relacionado ao desastre climático.

O primeiro deles, na realidade, foi gravado em Sumaré, município em São Paulo. O vídeo foi publicado no canal do UOL no YouTube em outubro de 2023. O segundo vídeo também não é recente, embora tenha sido gravado nos Estados Unidos. A filmagem foi feita na cidade de Andover, no Kansas, em abril de 2022.

A terceira gravação usada na postagem não foi localizada pela reportagem. No entanto, o Verifica identificou que o mesmo vídeo foi publicado no Facebook em 30 de julho deste ano, meses antes de o furacão Milton atingir a Flórida. A filmagem específica aparece a partir de 0:26 deste link.

O material usado em sequência foi retirado do banco de imagens Shutterstock. A filmagem original está datada em 2017. O registro foi editado para inserir um grande espiral de vento e chuva. Esse mesmo vídeo foi checado esta semana pelo Estadão Verifica.

Comparação entre as imagens mostram que o vídeo foi alterado para criar um furacão ao fundo. Foto: Foto

Um outro vídeo, que mostra uma casa perdendo o telhado, também não está associado ao furacão Milton. A reportagem não conseguiu identificar o contexto ou local da gravação, mas ela circula na internet ao menos desde junho do ano passado. O canal que publicou o material se descreve como uma conta de edição de vídeos sobre eventos climáticos. As mesmas imagens também foram checadas pelo Verifica anteriormente.

O compilado também atribui ao recente fenômeno na Flórida um vídeo publicado pela Ekol TV, da Turquia, no mês passado. De acordo com a emissora, o registro foi feito em Nebraska, nos Estados Unidos.

As imagens seguintes, que mostrariam um raio “derretendo”, não tiveram sua origem identificada. Não se trata, porém, de um material recente: o vídeo foi publicado em uma conta do Instagram em março deste ano. A gravação colocada em sequência, que exibe grandes ondas atingindo uma casa, também é antiga. Há registros da circulação do conteúdo pelo menos desde agosto de 2024.

A última filmagem que aparece na peça verificada ilustrou uma reportagem da BandNews em 30 de setembro. O veículo especificou que as imagens mostram a ação do furacão Helene nos Estados Unidos. Dessa forma, o vídeo também não tem relação com os vários tornados gerados pelo Milton.

Furacão Milton atingiu Flórida e enfraqueceu horas depois

Como mostrou o Estadão, o furacão Milton chegou à costa da Flórida às 20h30 (21h30 no horário de Brasília) desta quarta-feira. Ele tocou o solo com força de categoria 3, caracterizando-o como um furacão de grande intensidade.

Na madrugada desta quinta-feira, ele enfraqueceu para a categoria 1. Os alertas, no entanto, permaneciam ativos. No momento, fortes chuvas e o risco de inundações ainda preocupam a região.

Como lidar com postagens do tipo: tirar vídeos de contexto para associar a um assunto em evidência é uma tática comum de desinformação. Existem maneiras de evitar esses tipos de narrativas enganosas, como, por exemplo, a busca reversa de imagens. Trata-se de uma ferramenta que ajuda a descobrir se uma determinada mídia já foi compartilhada antes na internet, em quais sites e em qual contexto. O Estadão Verifica já produziu um passo a passo de como utilizar o mecanismo (veja aqui).

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