Vídeo sobre ‘abertura de cinco barragens’ é antigo e não tem relação com enchentes no RS


Aneel informou que as barragens do Rio das Antas e Rio Carreiro, citadas em vídeo do ano passado, não possuem comportas capazes de armazenar e regular o fluxo de água

Por Giovana Frioli

O que estão compartilhando: vídeo “prova” que a tragédia no Rio Grande do Sul foi causada pela abertura de comportas de cinco usinas no Rio das Antas e no Rio Carreiro.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso porque o conteúdo é antigo e as barragens citadas não têm capacidade de armazenamento ou regulação do fluxo de água. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que as usinas nos rios citados são do tipo soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens nos períodos de chuvas. As comportas laterais nas hidrelétricas de Monte Claro e 14 de Julho são abertas quando há cheias extremas, para preservar a estrutura das barragens.

É falso que enchentes no RS têm relação com abertura de comportas em cinco usinas hidrelétricas Foto: Foto
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Saiba mais: Em vídeo gravado às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, um homem diz que “cinco barragens foram abertas e causaram as enchentes”. O conteúdo foi compartilhado nos últimos dias como uma “prova” de que a tragédia climática no Estado ocorreu em decorrência da abertura de comportas. Porém, a gravação é de setembro de 2023 e a relação com as enchentes foi negada pelo órgão de fiscalização das hidrelétricas.

Em nota, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou que as cheias não poderiam ser agravadas por conta das usinas. Segundo a instituição, as estruturas são do tipo fio d’água ou vertedores de soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestas hidrelétricas, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

O Estadão Verifica mostrou ainda no ano passado que as represas no Rio das Antas não tinham comportas capazes de armazenar ou reter água para a produção de energia. O Estadão também explicou que a atual tragédia climática no Rio Grande do Sul, considerada a maior do Estado, é causada por diversos fatores, entre eles as particularidades da região, o El Niño e as mudanças climáticas.

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Gravação é antiga e nenhuma das usinas possui comportas que controlam o fluxo dos rios

Por meio de uma busca reversa de imagens (aprenda como usar aqui), a reportagem localizou que o vídeo original sobre as três barragens no Rio das Antas e duas do Rio Carreiro foi publicado em setembro de 2023. Na ocasião, o Rio Grande do Sul havia sido atingido por enchentes na região serrana e no Vale do Rio Taquari por conta de um ciclone extratropical que causou ventania intensa e muita chuva.

Vídeo original foi publicado no Tik Tok em 9 de setembro de 2023. Foto: Foto
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Na época, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), que opera as três usinas no Rio das Antas, explicou ao Verifica que as hidrelétricas não possuem reservatórios capazes de acumular água. Segundo a empresa, as comportas laterais das usinas 14 de Julho e Monte Claro permanecem abertas, em situações de alta afluência, para garantir a segurança da estrutura. A barragem de Castro Alves não possui comportas, apenas um extravasor que mantém o fluxo do rio.

A Aneel informou que há sete usinas no Rio Carreiro, citado pelo homem no vídeo. São elas as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) de Boa Fé, Linha Emília, Cotiporã, Caçador, São Paulo, Autódromo e Focchezan Energia. De acordo com a agência de energia elétrica, elas são usinas com tamanho e potência reduzidas e “não possuem capacidade de regularização das vazões, operando a fio d’água”.

Governo do RS monitora barragens com risco de rompimento

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No último boletim publicado ontem, 14, o governo do Rio Grande do Sul informou que a Usina Hidrelétrica (UHE) Bugres Barragem Salto, em São Francisco de Paula, e a Barragem Santa Lúcia, em Putinga, estão em situação de emergência com risco de ruptura iminente. O monitoramento das barragens é feito pela pela Aneel e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado.

No dia 2 de maio, foi confirmado um rompimento parcial da Usina 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, o que aumentou o alerta da Defesa Civil nos outros reservatórios. Na nota publicada no domingo, 12, a Ceran afirmou que as barragens no Rio das Antas estão em situação estável e segura, mesmo com a tendência de elevação devido às chuvas.

Como lidar com posts do tipo: Neste momento de calamidade pública no Rio Grande do Sul, uma grande quantidade de desinformação passou a ser compartilhada nas redes sociais. Antes de acreditar e compartilhar, pesquise pelas informações na imprensa e nos comunicados de órgãos públicos. Neste caso das barragens, o Estadão Verifica já havia mostrado em uma reportagem do ano passado e uma que armazenam ou retêm água. que não há comportas capazes que armazenam ou retêm água nas usinas citadas.

O que estão compartilhando: vídeo “prova” que a tragédia no Rio Grande do Sul foi causada pela abertura de comportas de cinco usinas no Rio das Antas e no Rio Carreiro.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso porque o conteúdo é antigo e as barragens citadas não têm capacidade de armazenamento ou regulação do fluxo de água. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que as usinas nos rios citados são do tipo soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens nos períodos de chuvas. As comportas laterais nas hidrelétricas de Monte Claro e 14 de Julho são abertas quando há cheias extremas, para preservar a estrutura das barragens.

É falso que enchentes no RS têm relação com abertura de comportas em cinco usinas hidrelétricas Foto: Foto

Saiba mais: Em vídeo gravado às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, um homem diz que “cinco barragens foram abertas e causaram as enchentes”. O conteúdo foi compartilhado nos últimos dias como uma “prova” de que a tragédia climática no Estado ocorreu em decorrência da abertura de comportas. Porém, a gravação é de setembro de 2023 e a relação com as enchentes foi negada pelo órgão de fiscalização das hidrelétricas.

Em nota, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou que as cheias não poderiam ser agravadas por conta das usinas. Segundo a instituição, as estruturas são do tipo fio d’água ou vertedores de soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestas hidrelétricas, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

O Estadão Verifica mostrou ainda no ano passado que as represas no Rio das Antas não tinham comportas capazes de armazenar ou reter água para a produção de energia. O Estadão também explicou que a atual tragédia climática no Rio Grande do Sul, considerada a maior do Estado, é causada por diversos fatores, entre eles as particularidades da região, o El Niño e as mudanças climáticas.

Gravação é antiga e nenhuma das usinas possui comportas que controlam o fluxo dos rios

Por meio de uma busca reversa de imagens (aprenda como usar aqui), a reportagem localizou que o vídeo original sobre as três barragens no Rio das Antas e duas do Rio Carreiro foi publicado em setembro de 2023. Na ocasião, o Rio Grande do Sul havia sido atingido por enchentes na região serrana e no Vale do Rio Taquari por conta de um ciclone extratropical que causou ventania intensa e muita chuva.

Vídeo original foi publicado no Tik Tok em 9 de setembro de 2023. Foto: Foto

Na época, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), que opera as três usinas no Rio das Antas, explicou ao Verifica que as hidrelétricas não possuem reservatórios capazes de acumular água. Segundo a empresa, as comportas laterais das usinas 14 de Julho e Monte Claro permanecem abertas, em situações de alta afluência, para garantir a segurança da estrutura. A barragem de Castro Alves não possui comportas, apenas um extravasor que mantém o fluxo do rio.

A Aneel informou que há sete usinas no Rio Carreiro, citado pelo homem no vídeo. São elas as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) de Boa Fé, Linha Emília, Cotiporã, Caçador, São Paulo, Autódromo e Focchezan Energia. De acordo com a agência de energia elétrica, elas são usinas com tamanho e potência reduzidas e “não possuem capacidade de regularização das vazões, operando a fio d’água”.

Governo do RS monitora barragens com risco de rompimento

No último boletim publicado ontem, 14, o governo do Rio Grande do Sul informou que a Usina Hidrelétrica (UHE) Bugres Barragem Salto, em São Francisco de Paula, e a Barragem Santa Lúcia, em Putinga, estão em situação de emergência com risco de ruptura iminente. O monitoramento das barragens é feito pela pela Aneel e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado.

No dia 2 de maio, foi confirmado um rompimento parcial da Usina 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, o que aumentou o alerta da Defesa Civil nos outros reservatórios. Na nota publicada no domingo, 12, a Ceran afirmou que as barragens no Rio das Antas estão em situação estável e segura, mesmo com a tendência de elevação devido às chuvas.

Como lidar com posts do tipo: Neste momento de calamidade pública no Rio Grande do Sul, uma grande quantidade de desinformação passou a ser compartilhada nas redes sociais. Antes de acreditar e compartilhar, pesquise pelas informações na imprensa e nos comunicados de órgãos públicos. Neste caso das barragens, o Estadão Verifica já havia mostrado em uma reportagem do ano passado e uma que armazenam ou retêm água. que não há comportas capazes que armazenam ou retêm água nas usinas citadas.

O que estão compartilhando: vídeo “prova” que a tragédia no Rio Grande do Sul foi causada pela abertura de comportas de cinco usinas no Rio das Antas e no Rio Carreiro.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso porque o conteúdo é antigo e as barragens citadas não têm capacidade de armazenamento ou regulação do fluxo de água. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que as usinas nos rios citados são do tipo soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens nos períodos de chuvas. As comportas laterais nas hidrelétricas de Monte Claro e 14 de Julho são abertas quando há cheias extremas, para preservar a estrutura das barragens.

É falso que enchentes no RS têm relação com abertura de comportas em cinco usinas hidrelétricas Foto: Foto

Saiba mais: Em vídeo gravado às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, um homem diz que “cinco barragens foram abertas e causaram as enchentes”. O conteúdo foi compartilhado nos últimos dias como uma “prova” de que a tragédia climática no Estado ocorreu em decorrência da abertura de comportas. Porém, a gravação é de setembro de 2023 e a relação com as enchentes foi negada pelo órgão de fiscalização das hidrelétricas.

Em nota, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou que as cheias não poderiam ser agravadas por conta das usinas. Segundo a instituição, as estruturas são do tipo fio d’água ou vertedores de soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestas hidrelétricas, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

O Estadão Verifica mostrou ainda no ano passado que as represas no Rio das Antas não tinham comportas capazes de armazenar ou reter água para a produção de energia. O Estadão também explicou que a atual tragédia climática no Rio Grande do Sul, considerada a maior do Estado, é causada por diversos fatores, entre eles as particularidades da região, o El Niño e as mudanças climáticas.

Gravação é antiga e nenhuma das usinas possui comportas que controlam o fluxo dos rios

Por meio de uma busca reversa de imagens (aprenda como usar aqui), a reportagem localizou que o vídeo original sobre as três barragens no Rio das Antas e duas do Rio Carreiro foi publicado em setembro de 2023. Na ocasião, o Rio Grande do Sul havia sido atingido por enchentes na região serrana e no Vale do Rio Taquari por conta de um ciclone extratropical que causou ventania intensa e muita chuva.

Vídeo original foi publicado no Tik Tok em 9 de setembro de 2023. Foto: Foto

Na época, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), que opera as três usinas no Rio das Antas, explicou ao Verifica que as hidrelétricas não possuem reservatórios capazes de acumular água. Segundo a empresa, as comportas laterais das usinas 14 de Julho e Monte Claro permanecem abertas, em situações de alta afluência, para garantir a segurança da estrutura. A barragem de Castro Alves não possui comportas, apenas um extravasor que mantém o fluxo do rio.

A Aneel informou que há sete usinas no Rio Carreiro, citado pelo homem no vídeo. São elas as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) de Boa Fé, Linha Emília, Cotiporã, Caçador, São Paulo, Autódromo e Focchezan Energia. De acordo com a agência de energia elétrica, elas são usinas com tamanho e potência reduzidas e “não possuem capacidade de regularização das vazões, operando a fio d’água”.

Governo do RS monitora barragens com risco de rompimento

No último boletim publicado ontem, 14, o governo do Rio Grande do Sul informou que a Usina Hidrelétrica (UHE) Bugres Barragem Salto, em São Francisco de Paula, e a Barragem Santa Lúcia, em Putinga, estão em situação de emergência com risco de ruptura iminente. O monitoramento das barragens é feito pela pela Aneel e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado.

No dia 2 de maio, foi confirmado um rompimento parcial da Usina 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, o que aumentou o alerta da Defesa Civil nos outros reservatórios. Na nota publicada no domingo, 12, a Ceran afirmou que as barragens no Rio das Antas estão em situação estável e segura, mesmo com a tendência de elevação devido às chuvas.

Como lidar com posts do tipo: Neste momento de calamidade pública no Rio Grande do Sul, uma grande quantidade de desinformação passou a ser compartilhada nas redes sociais. Antes de acreditar e compartilhar, pesquise pelas informações na imprensa e nos comunicados de órgãos públicos. Neste caso das barragens, o Estadão Verifica já havia mostrado em uma reportagem do ano passado e uma que armazenam ou retêm água. que não há comportas capazes que armazenam ou retêm água nas usinas citadas.

O que estão compartilhando: vídeo “prova” que a tragédia no Rio Grande do Sul foi causada pela abertura de comportas de cinco usinas no Rio das Antas e no Rio Carreiro.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso porque o conteúdo é antigo e as barragens citadas não têm capacidade de armazenamento ou regulação do fluxo de água. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que as usinas nos rios citados são do tipo soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens nos períodos de chuvas. As comportas laterais nas hidrelétricas de Monte Claro e 14 de Julho são abertas quando há cheias extremas, para preservar a estrutura das barragens.

É falso que enchentes no RS têm relação com abertura de comportas em cinco usinas hidrelétricas Foto: Foto

Saiba mais: Em vídeo gravado às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, um homem diz que “cinco barragens foram abertas e causaram as enchentes”. O conteúdo foi compartilhado nos últimos dias como uma “prova” de que a tragédia climática no Estado ocorreu em decorrência da abertura de comportas. Porém, a gravação é de setembro de 2023 e a relação com as enchentes foi negada pelo órgão de fiscalização das hidrelétricas.

Em nota, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou que as cheias não poderiam ser agravadas por conta das usinas. Segundo a instituição, as estruturas são do tipo fio d’água ou vertedores de soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestas hidrelétricas, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

O Estadão Verifica mostrou ainda no ano passado que as represas no Rio das Antas não tinham comportas capazes de armazenar ou reter água para a produção de energia. O Estadão também explicou que a atual tragédia climática no Rio Grande do Sul, considerada a maior do Estado, é causada por diversos fatores, entre eles as particularidades da região, o El Niño e as mudanças climáticas.

Gravação é antiga e nenhuma das usinas possui comportas que controlam o fluxo dos rios

Por meio de uma busca reversa de imagens (aprenda como usar aqui), a reportagem localizou que o vídeo original sobre as três barragens no Rio das Antas e duas do Rio Carreiro foi publicado em setembro de 2023. Na ocasião, o Rio Grande do Sul havia sido atingido por enchentes na região serrana e no Vale do Rio Taquari por conta de um ciclone extratropical que causou ventania intensa e muita chuva.

Vídeo original foi publicado no Tik Tok em 9 de setembro de 2023. Foto: Foto

Na época, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), que opera as três usinas no Rio das Antas, explicou ao Verifica que as hidrelétricas não possuem reservatórios capazes de acumular água. Segundo a empresa, as comportas laterais das usinas 14 de Julho e Monte Claro permanecem abertas, em situações de alta afluência, para garantir a segurança da estrutura. A barragem de Castro Alves não possui comportas, apenas um extravasor que mantém o fluxo do rio.

A Aneel informou que há sete usinas no Rio Carreiro, citado pelo homem no vídeo. São elas as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) de Boa Fé, Linha Emília, Cotiporã, Caçador, São Paulo, Autódromo e Focchezan Energia. De acordo com a agência de energia elétrica, elas são usinas com tamanho e potência reduzidas e “não possuem capacidade de regularização das vazões, operando a fio d’água”.

Governo do RS monitora barragens com risco de rompimento

No último boletim publicado ontem, 14, o governo do Rio Grande do Sul informou que a Usina Hidrelétrica (UHE) Bugres Barragem Salto, em São Francisco de Paula, e a Barragem Santa Lúcia, em Putinga, estão em situação de emergência com risco de ruptura iminente. O monitoramento das barragens é feito pela pela Aneel e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado.

No dia 2 de maio, foi confirmado um rompimento parcial da Usina 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, o que aumentou o alerta da Defesa Civil nos outros reservatórios. Na nota publicada no domingo, 12, a Ceran afirmou que as barragens no Rio das Antas estão em situação estável e segura, mesmo com a tendência de elevação devido às chuvas.

Como lidar com posts do tipo: Neste momento de calamidade pública no Rio Grande do Sul, uma grande quantidade de desinformação passou a ser compartilhada nas redes sociais. Antes de acreditar e compartilhar, pesquise pelas informações na imprensa e nos comunicados de órgãos públicos. Neste caso das barragens, o Estadão Verifica já havia mostrado em uma reportagem do ano passado e uma que armazenam ou retêm água. que não há comportas capazes que armazenam ou retêm água nas usinas citadas.

O que estão compartilhando: vídeo “prova” que a tragédia no Rio Grande do Sul foi causada pela abertura de comportas de cinco usinas no Rio das Antas e no Rio Carreiro.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso porque o conteúdo é antigo e as barragens citadas não têm capacidade de armazenamento ou regulação do fluxo de água. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que as usinas nos rios citados são do tipo soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens nos períodos de chuvas. As comportas laterais nas hidrelétricas de Monte Claro e 14 de Julho são abertas quando há cheias extremas, para preservar a estrutura das barragens.

É falso que enchentes no RS têm relação com abertura de comportas em cinco usinas hidrelétricas Foto: Foto

Saiba mais: Em vídeo gravado às margens da Usina 14 de Julho no Rio Grande do Sul, um homem diz que “cinco barragens foram abertas e causaram as enchentes”. O conteúdo foi compartilhado nos últimos dias como uma “prova” de que a tragédia climática no Estado ocorreu em decorrência da abertura de comportas. Porém, a gravação é de setembro de 2023 e a relação com as enchentes foi negada pelo órgão de fiscalização das hidrelétricas.

Em nota, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou que as cheias não poderiam ser agravadas por conta das usinas. Segundo a instituição, as estruturas são do tipo fio d’água ou vertedores de soleira livre, em que a água excedente passa por cima das barragens. Nestas hidrelétricas, as vazões recebidas dos rios são totalmente escoadas.

O Estadão Verifica mostrou ainda no ano passado que as represas no Rio das Antas não tinham comportas capazes de armazenar ou reter água para a produção de energia. O Estadão também explicou que a atual tragédia climática no Rio Grande do Sul, considerada a maior do Estado, é causada por diversos fatores, entre eles as particularidades da região, o El Niño e as mudanças climáticas.

Gravação é antiga e nenhuma das usinas possui comportas que controlam o fluxo dos rios

Por meio de uma busca reversa de imagens (aprenda como usar aqui), a reportagem localizou que o vídeo original sobre as três barragens no Rio das Antas e duas do Rio Carreiro foi publicado em setembro de 2023. Na ocasião, o Rio Grande do Sul havia sido atingido por enchentes na região serrana e no Vale do Rio Taquari por conta de um ciclone extratropical que causou ventania intensa e muita chuva.

Vídeo original foi publicado no Tik Tok em 9 de setembro de 2023. Foto: Foto

Na época, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), que opera as três usinas no Rio das Antas, explicou ao Verifica que as hidrelétricas não possuem reservatórios capazes de acumular água. Segundo a empresa, as comportas laterais das usinas 14 de Julho e Monte Claro permanecem abertas, em situações de alta afluência, para garantir a segurança da estrutura. A barragem de Castro Alves não possui comportas, apenas um extravasor que mantém o fluxo do rio.

A Aneel informou que há sete usinas no Rio Carreiro, citado pelo homem no vídeo. São elas as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) de Boa Fé, Linha Emília, Cotiporã, Caçador, São Paulo, Autódromo e Focchezan Energia. De acordo com a agência de energia elétrica, elas são usinas com tamanho e potência reduzidas e “não possuem capacidade de regularização das vazões, operando a fio d’água”.

Governo do RS monitora barragens com risco de rompimento

No último boletim publicado ontem, 14, o governo do Rio Grande do Sul informou que a Usina Hidrelétrica (UHE) Bugres Barragem Salto, em São Francisco de Paula, e a Barragem Santa Lúcia, em Putinga, estão em situação de emergência com risco de ruptura iminente. O monitoramento das barragens é feito pela pela Aneel e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado.

No dia 2 de maio, foi confirmado um rompimento parcial da Usina 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, o que aumentou o alerta da Defesa Civil nos outros reservatórios. Na nota publicada no domingo, 12, a Ceran afirmou que as barragens no Rio das Antas estão em situação estável e segura, mesmo com a tendência de elevação devido às chuvas.

Como lidar com posts do tipo: Neste momento de calamidade pública no Rio Grande do Sul, uma grande quantidade de desinformação passou a ser compartilhada nas redes sociais. Antes de acreditar e compartilhar, pesquise pelas informações na imprensa e nos comunicados de órgãos públicos. Neste caso das barragens, o Estadão Verifica já havia mostrado em uma reportagem do ano passado e uma que armazenam ou retêm água. que não há comportas capazes que armazenam ou retêm água nas usinas citadas.

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