É falso que apenas Brasil use urnas eletrônicas; outros 16 países adotam esse tipo de votação


Postagem divulga dado incorreto para alegar que houve fraude na eleição de São Paulo; desde adoção das urnas não foi comprovada irregularidade

Por Talita Burbulhan
Atualização:

O que estão compartilhando: vídeo em que um homem afirma que somente o Brasil usa urnas eletrônicas e que isso faz as nossas eleições serem fraudulentas.

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é falso, porque além do Brasil outros 16 países, em alguma medida, usam urna eletrônica no processo eleitoral. Desde que os equipamentos passaram a ser usados no País, em 1996, não foram comprovadas fraudes no pleito.

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Brasil faz parte de um grupo de 17 países que usam urna eletrônica Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Viralizou no Instagram um vídeo em que o autor diz que somente o Brasil usa urnas eletrônicas nas eleições e que os equipamentos não são confiáveis. “Nenhum outro lugar do mundo aceita isso, porque sabe que é altamente fraudulento”, afirma ele. A postagem foi feita no domingo à noite, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter confirmado que Pablo Marçal (PRTB) estava fora do segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Na avaliação do autor do conteúdo, o resultado foi manipulado para evitar que o ex-coach chegasse ao poder. Mas isso é falso. A postagem acumula, até o momento, 246 mil visualizações.

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Urnas eletrônicas são usadas em outros países

Um levantamento feito pelo Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral (Idea), organização intergovernamental com sede em Estocolmo, na Suécia, com dados de fevereiro de 2023, contabiliza 17 países que utilizam, em alguma medida, urnas eletrônicas no processo eleitoral. São eles:

  1. Bangladesh
  2. Butão
  3. Brasil
  4. França
  5. Namíbia
  6. Albânia
  7. Bulgária
  8. Fiji
  9. Índia
  10. Irã
  11. México
  12. Omã
  13. Panamá
  14. Peru
  15. Rússia
  16. Venezuela
  17. Estados Unidos - em alguns estados
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O mapa abaixo, desenvolvido pelo Idea, mostra que há uma divisão nesse grupo de 17 países, entre os que usam urnas eletrônicas que imprimem um comprovante de voto (os que estão destacados em azul) e os que têm urnas sem comprovante de voto impresso (pintados de verde). Bangladesh, Butão, Brasil, França e Namíbia estão no primeiro grupo. Nos Estados Unidos os dois tipos de equipamentos são usados. Confira:

O mapa destaca 17 países que usam máquinas eletrônicas para registrar o voto dos eleitores, as chamadas DREs, na sigla em inglês. A reprodução da imagem foi autorizada pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral, mediante o alerta de que o posicionamento ou tamanho de qualquer país ou território, representado no mapa, não reflete a visão política deles. Foto: Reprodução/Idea

O Brasil destaca-se por fazer um uso mais amplo dos equipamentos. Aqui o registro dos votos dos eleitores é sempre feito por máquinas. A cédula de papel só é utilizada quando a urna eletrônica apresenta problemas técnicos. Em outros lugares, o equipamento é usado de forma parcial (em partes do território e em eleições menores).

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Em Bangladesh, por exemplo, as urnas eletrônicas foram implementadas em eleições municipais, em 2010. Os equipamentos foram usados pela primeira vez em uma eleição nacional em 2018. Naquele ano, o voto foi registrado eletronicamente em seis distritos eleitorais do País. Em 2023, as eleições foram com cédulas de papel após a oposição protestar contra o uso de Máquinas de Votação Eletrônica.

No Brasil, as urnas eletrônicas foram implementadas em 1996 como uma resposta às fraudes que ocorriam com a votação de papel. Desde então, nunca foi comprovada irregularidade no pleito.

O Verifica entrou em contato com o autor do vídeo, mas não tivemos retorno até a publicação da reportagem

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Como lidar com conteúdo do tipo: Recorrentemente, as urnas eletrônicas são alvo de desconfiança. Para que os eleitores não se deixem enganar, o Verifica listou 8 fakes sobre os equipamentos que circularam nas redes socais. Faça uma busca no Google por notícias como essa. Tanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável por realizar as eleições no País, quanto veículos profissionais de comunicação, produzem conteúdos explicativos sobre as máquinas de votação.

O que estão compartilhando: vídeo em que um homem afirma que somente o Brasil usa urnas eletrônicas e que isso faz as nossas eleições serem fraudulentas.

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é falso, porque além do Brasil outros 16 países, em alguma medida, usam urna eletrônica no processo eleitoral. Desde que os equipamentos passaram a ser usados no País, em 1996, não foram comprovadas fraudes no pleito.

Brasil faz parte de um grupo de 17 países que usam urna eletrônica Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Viralizou no Instagram um vídeo em que o autor diz que somente o Brasil usa urnas eletrônicas nas eleições e que os equipamentos não são confiáveis. “Nenhum outro lugar do mundo aceita isso, porque sabe que é altamente fraudulento”, afirma ele. A postagem foi feita no domingo à noite, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter confirmado que Pablo Marçal (PRTB) estava fora do segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Na avaliação do autor do conteúdo, o resultado foi manipulado para evitar que o ex-coach chegasse ao poder. Mas isso é falso. A postagem acumula, até o momento, 246 mil visualizações.

Urnas eletrônicas são usadas em outros países

Um levantamento feito pelo Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral (Idea), organização intergovernamental com sede em Estocolmo, na Suécia, com dados de fevereiro de 2023, contabiliza 17 países que utilizam, em alguma medida, urnas eletrônicas no processo eleitoral. São eles:

  1. Bangladesh
  2. Butão
  3. Brasil
  4. França
  5. Namíbia
  6. Albânia
  7. Bulgária
  8. Fiji
  9. Índia
  10. Irã
  11. México
  12. Omã
  13. Panamá
  14. Peru
  15. Rússia
  16. Venezuela
  17. Estados Unidos - em alguns estados

O mapa abaixo, desenvolvido pelo Idea, mostra que há uma divisão nesse grupo de 17 países, entre os que usam urnas eletrônicas que imprimem um comprovante de voto (os que estão destacados em azul) e os que têm urnas sem comprovante de voto impresso (pintados de verde). Bangladesh, Butão, Brasil, França e Namíbia estão no primeiro grupo. Nos Estados Unidos os dois tipos de equipamentos são usados. Confira:

O mapa destaca 17 países que usam máquinas eletrônicas para registrar o voto dos eleitores, as chamadas DREs, na sigla em inglês. A reprodução da imagem foi autorizada pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral, mediante o alerta de que o posicionamento ou tamanho de qualquer país ou território, representado no mapa, não reflete a visão política deles. Foto: Reprodução/Idea

O Brasil destaca-se por fazer um uso mais amplo dos equipamentos. Aqui o registro dos votos dos eleitores é sempre feito por máquinas. A cédula de papel só é utilizada quando a urna eletrônica apresenta problemas técnicos. Em outros lugares, o equipamento é usado de forma parcial (em partes do território e em eleições menores).

Em Bangladesh, por exemplo, as urnas eletrônicas foram implementadas em eleições municipais, em 2010. Os equipamentos foram usados pela primeira vez em uma eleição nacional em 2018. Naquele ano, o voto foi registrado eletronicamente em seis distritos eleitorais do País. Em 2023, as eleições foram com cédulas de papel após a oposição protestar contra o uso de Máquinas de Votação Eletrônica.

No Brasil, as urnas eletrônicas foram implementadas em 1996 como uma resposta às fraudes que ocorriam com a votação de papel. Desde então, nunca foi comprovada irregularidade no pleito.

O Verifica entrou em contato com o autor do vídeo, mas não tivemos retorno até a publicação da reportagem

Como lidar com conteúdo do tipo: Recorrentemente, as urnas eletrônicas são alvo de desconfiança. Para que os eleitores não se deixem enganar, o Verifica listou 8 fakes sobre os equipamentos que circularam nas redes socais. Faça uma busca no Google por notícias como essa. Tanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável por realizar as eleições no País, quanto veículos profissionais de comunicação, produzem conteúdos explicativos sobre as máquinas de votação.

O que estão compartilhando: vídeo em que um homem afirma que somente o Brasil usa urnas eletrônicas e que isso faz as nossas eleições serem fraudulentas.

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é falso, porque além do Brasil outros 16 países, em alguma medida, usam urna eletrônica no processo eleitoral. Desde que os equipamentos passaram a ser usados no País, em 1996, não foram comprovadas fraudes no pleito.

Brasil faz parte de um grupo de 17 países que usam urna eletrônica Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Viralizou no Instagram um vídeo em que o autor diz que somente o Brasil usa urnas eletrônicas nas eleições e que os equipamentos não são confiáveis. “Nenhum outro lugar do mundo aceita isso, porque sabe que é altamente fraudulento”, afirma ele. A postagem foi feita no domingo à noite, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter confirmado que Pablo Marçal (PRTB) estava fora do segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Na avaliação do autor do conteúdo, o resultado foi manipulado para evitar que o ex-coach chegasse ao poder. Mas isso é falso. A postagem acumula, até o momento, 246 mil visualizações.

Urnas eletrônicas são usadas em outros países

Um levantamento feito pelo Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral (Idea), organização intergovernamental com sede em Estocolmo, na Suécia, com dados de fevereiro de 2023, contabiliza 17 países que utilizam, em alguma medida, urnas eletrônicas no processo eleitoral. São eles:

  1. Bangladesh
  2. Butão
  3. Brasil
  4. França
  5. Namíbia
  6. Albânia
  7. Bulgária
  8. Fiji
  9. Índia
  10. Irã
  11. México
  12. Omã
  13. Panamá
  14. Peru
  15. Rússia
  16. Venezuela
  17. Estados Unidos - em alguns estados

O mapa abaixo, desenvolvido pelo Idea, mostra que há uma divisão nesse grupo de 17 países, entre os que usam urnas eletrônicas que imprimem um comprovante de voto (os que estão destacados em azul) e os que têm urnas sem comprovante de voto impresso (pintados de verde). Bangladesh, Butão, Brasil, França e Namíbia estão no primeiro grupo. Nos Estados Unidos os dois tipos de equipamentos são usados. Confira:

O mapa destaca 17 países que usam máquinas eletrônicas para registrar o voto dos eleitores, as chamadas DREs, na sigla em inglês. A reprodução da imagem foi autorizada pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral, mediante o alerta de que o posicionamento ou tamanho de qualquer país ou território, representado no mapa, não reflete a visão política deles. Foto: Reprodução/Idea

O Brasil destaca-se por fazer um uso mais amplo dos equipamentos. Aqui o registro dos votos dos eleitores é sempre feito por máquinas. A cédula de papel só é utilizada quando a urna eletrônica apresenta problemas técnicos. Em outros lugares, o equipamento é usado de forma parcial (em partes do território e em eleições menores).

Em Bangladesh, por exemplo, as urnas eletrônicas foram implementadas em eleições municipais, em 2010. Os equipamentos foram usados pela primeira vez em uma eleição nacional em 2018. Naquele ano, o voto foi registrado eletronicamente em seis distritos eleitorais do País. Em 2023, as eleições foram com cédulas de papel após a oposição protestar contra o uso de Máquinas de Votação Eletrônica.

No Brasil, as urnas eletrônicas foram implementadas em 1996 como uma resposta às fraudes que ocorriam com a votação de papel. Desde então, nunca foi comprovada irregularidade no pleito.

O Verifica entrou em contato com o autor do vídeo, mas não tivemos retorno até a publicação da reportagem

Como lidar com conteúdo do tipo: Recorrentemente, as urnas eletrônicas são alvo de desconfiança. Para que os eleitores não se deixem enganar, o Verifica listou 8 fakes sobre os equipamentos que circularam nas redes socais. Faça uma busca no Google por notícias como essa. Tanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável por realizar as eleições no País, quanto veículos profissionais de comunicação, produzem conteúdos explicativos sobre as máquinas de votação.

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