O que estão compartilhando: que o Arizona se tornou o primeiro estado dos Estados Unidos a declarar vacinas de mRNA como “armas biológicas de guerra”.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: não há notícias ou publicações oficiais que confirmem isso. O site oficial do Departamento de Serviços de Saúde do Arizona continua a indicar locais para se vacinar contra covid-19. As vacinas de RNA mensageiro da Pfizer e da Moderna permanecem disponíveis no Arizona.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos recomenda a vacinação contra a doença com doses da Pfizer-BioNTech e da Moderna. O documento com orientações foi atualizado dia 14 deste mês.
Saiba mais: O conteúdo verificado aqui foi postado no Instagram do médico Davi Rodrigues e acumula mais de 10 mil curtidas na plataforma. Rodrigues foi desmentido em 2021 pelo Estadão Verifica, por recomendar ivermectina e composições para nebulização contra covid-19. Ambos são tratamentos sem eficácia contra o vírus, segundo agências de saúde internacionais. O Estadão Verifica tentou contato com o médico, mas não houve retorno até a publicação da checagem.
A alegação sobre o Arizona é semelhante a outra já desmentida pelo Projeto Comprova em julho de 2023. Na época, o boato era que a Flórida havia declarado que a vacina de mRNA contra covid era uma bioarma. Na verdade, quem havia classificado os imunizantes como uma “arma biológica” era o comitê-executivo do Partido Republicano de Brevard, um dos 67 condados da Flórida, e não o governo estadual. Resoluções semelhantes haviam sido aprovadas por comitês partidários de outros condados, mas não avançaram no Legislativo.
O Estadão Verifica desmentiu, em 2022, a alegação falsa de que as vacinas mRNA contra a covid-19 são “armas biológicas criminosas”. Os imunizantes são seguros e receberam aprovação das principais agências regulatórias do mundo. Reações adversas graves aos imunizantes existem, mas são raríssimas e constantemente monitoradas.
A alegação verificada aqui também foi desmentida pelo Boatos.org.