Vídeo de arroz ‘pegando fogo’ não prova que alimento é de plástico


Segundo especialista, produtos de plástico apresentam aspecto diferente ao serem expostos a chamas; Brasil não costuma importar arroz da China e edital para compra do grão pelo governo prevê que ele seja natural

Por Gabriel Belic
Atualização:

O que estão compartilhando: vídeo em que uma mulher coloca fogo em grãos de arroz. Segundo ela, o procedimento comprovaria que o alimento é feito de plástico. De acordo com a postagem, o arroz seria chinês e teria sido distribuído pela CDA Alimentos de Anápolis, em Goiás.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O procedimento de colocar o arroz no fogo não prova que ele é de plástico. Uma especialista consultada pelo Verifica explicou que, se um plástico fosse colocado diretamente em uma chama forte, o aspecto seria diferente do apresentado no vídeo.

A legenda da postagem reforça o boato de que o governo federal irá importar arroz chinês de plástico. Como mostrou o Estadão Verifica, isso é falso. Além disso, a lista de países que costuma exportar o alimento ao Brasil não inclui a China, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

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Vídeo de arroz pegando fogo não prova que alimento é de plástico Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: em 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo federal poderá importar até um milhão de toneladas de arroz em razão do desastre ambiental no Rio Grande do Sul, Estado responsável por cerca de 70% da safra nacional. O ministro explicou que a medida é uma forma de evitar um possível aumento no preço do grão.

Desde então, circulam postagens desinformativas sobre o assunto. Diferentes conteúdos virais afirmam que o arroz importado seria chinês, feito de plástico ou papel, ou que o alimento teria lombrigas. Isso é falso, como mostrou o Estadão Verifica em outras checagens. Veja abaixo.

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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher colocando grãos de arroz diretamente no fogo. A responsável pela postagem afirma, sem provas, que o procedimento comprovaria que o alimento é feito de plástico. Isso não é verdade.

A reportagem encaminhou a gravação para a professora Bianca Maniglia, da área de físico-química (ênfase em materiais) do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade São Paulo (USP). A especialista explicou que o procedimento não aparenta um suposto derretimento do “plástico de arroz”.

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Na verdade, a professora analisa que o procedimento se assemelha mais a uma carbonização, pois o alimento fica escuro. Ela acrescenta que se o mesmo teste for realizado com o arroz nacional, é possível que os grãos fiquem escuros da mesma forma, como sinal de uma degradação térmica.

“Se chamarmos de plástico materiais que são formados a base de polímeros artificiais como Polietileno (PE) e Polipropileno (PP), o simples fato de você cozinhar em água ou colocar numa chama forte iria apresentar um aspecto bem diferente do apresentado”, disse ela. Segundo a professora, se colocado em água, o plástico não cozinha; se colocado direto na chama, ele derrete e se degrada.

De acordo com a postagem, o alimento supostamente chinês teria sido distribuído pela CDA Alimentos de Anápolis. No entanto, segundo informações do site da companhia de distribuição, não há nenhuma marca internacional comercializada pela empresa.

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O site lista as seguintes marcas como integrantes da CDA Alimentos: Tio Jorge, Arroz Painho, Gol, Jorgito, BLK, Arroz Bom Nordestino, Arroz Cereal, Melhor Vida, Arroz Predileto, Arroz Tio Bonini, Arroz FK-1, VóNina, Combate, Show e Tio Ico. Todas são nacionais. A reportagem entrou em contato com a CDA Alimentos, mas não obteve retorno.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou ao Verifica que o edital da companhia para importação do arroz prevê que a “compra do arroz poderá ter origem em todos os países produtores e exportadores de arroz e que as variedades sejam compatíveis ao consumo brasileiro, conforme Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária n.º 06/2009″. O regulamento especifica que o arroz é proveniente da espécie Oryza sativa L. Sendo assim, não deve ser feito de plástico, como dizem as publicações virais.

A prática de importação de arroz não é novidade no País. Em nota à reportagem, o MDIC afirmou que, em 2023, 99% das importações de arroz feitas pelo Brasil vieram dos países do Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina). O 1% restante se dividiu entre Tailândia, Guiana, Itália, Suriname, Chile, Vietnã, Bolívia, Paquistão, Espanha, Índia, Camboja, Portugal e Estados Unidos. “Estes são os países que normalmente exportam arroz ao Brasil”, afirmou.

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Sendo assim, não é plausível que a responsável pela postagem tenha adquirido um arroz importado pelo governo federal da China. Isso porque a China sequer está listada como um país que costuma exportar o cereal ao Brasil.

Fávaro informou que uma nova portaria interministerial com as normativas para compra pública de arroz importado pela Conab deve ser publicada nesta terça-feira, 28. O edital de leilão para a compra deve ser publicado em sequência. O leilão de 104 mil toneladas do cereal estava previsto para última terça-feira, 21, mas foi suspenso.

Desde que o governo anunciou a importação de arroz em razão das enchentes no Rio Grande do Sul, conteúdos virais nas redes sociais criticam a ação. O Estadão Verifica mostrou que os produtores afirmam que não há desabastecimento e especialistas divergem sobre a medida.

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Como lidar com postagens do tipo: por se tratar de um assunto em evidência, as consequências do desastre ambiental no Rio Grande do Sul vem sendo alvo de desinformação nas redes sociais. Busque se informar em fontes seguras e confiáveis. Se receber algum conteúdo suspeito sobre a situação no Estado, envie para o WhatsApp do Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

O que estão compartilhando: vídeo em que uma mulher coloca fogo em grãos de arroz. Segundo ela, o procedimento comprovaria que o alimento é feito de plástico. De acordo com a postagem, o arroz seria chinês e teria sido distribuído pela CDA Alimentos de Anápolis, em Goiás.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O procedimento de colocar o arroz no fogo não prova que ele é de plástico. Uma especialista consultada pelo Verifica explicou que, se um plástico fosse colocado diretamente em uma chama forte, o aspecto seria diferente do apresentado no vídeo.

A legenda da postagem reforça o boato de que o governo federal irá importar arroz chinês de plástico. Como mostrou o Estadão Verifica, isso é falso. Além disso, a lista de países que costuma exportar o alimento ao Brasil não inclui a China, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Vídeo de arroz pegando fogo não prova que alimento é de plástico Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: em 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo federal poderá importar até um milhão de toneladas de arroz em razão do desastre ambiental no Rio Grande do Sul, Estado responsável por cerca de 70% da safra nacional. O ministro explicou que a medida é uma forma de evitar um possível aumento no preço do grão.

Desde então, circulam postagens desinformativas sobre o assunto. Diferentes conteúdos virais afirmam que o arroz importado seria chinês, feito de plástico ou papel, ou que o alimento teria lombrigas. Isso é falso, como mostrou o Estadão Verifica em outras checagens. Veja abaixo.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher colocando grãos de arroz diretamente no fogo. A responsável pela postagem afirma, sem provas, que o procedimento comprovaria que o alimento é feito de plástico. Isso não é verdade.

A reportagem encaminhou a gravação para a professora Bianca Maniglia, da área de físico-química (ênfase em materiais) do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade São Paulo (USP). A especialista explicou que o procedimento não aparenta um suposto derretimento do “plástico de arroz”.

Na verdade, a professora analisa que o procedimento se assemelha mais a uma carbonização, pois o alimento fica escuro. Ela acrescenta que se o mesmo teste for realizado com o arroz nacional, é possível que os grãos fiquem escuros da mesma forma, como sinal de uma degradação térmica.

“Se chamarmos de plástico materiais que são formados a base de polímeros artificiais como Polietileno (PE) e Polipropileno (PP), o simples fato de você cozinhar em água ou colocar numa chama forte iria apresentar um aspecto bem diferente do apresentado”, disse ela. Segundo a professora, se colocado em água, o plástico não cozinha; se colocado direto na chama, ele derrete e se degrada.

De acordo com a postagem, o alimento supostamente chinês teria sido distribuído pela CDA Alimentos de Anápolis. No entanto, segundo informações do site da companhia de distribuição, não há nenhuma marca internacional comercializada pela empresa.

O site lista as seguintes marcas como integrantes da CDA Alimentos: Tio Jorge, Arroz Painho, Gol, Jorgito, BLK, Arroz Bom Nordestino, Arroz Cereal, Melhor Vida, Arroz Predileto, Arroz Tio Bonini, Arroz FK-1, VóNina, Combate, Show e Tio Ico. Todas são nacionais. A reportagem entrou em contato com a CDA Alimentos, mas não obteve retorno.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou ao Verifica que o edital da companhia para importação do arroz prevê que a “compra do arroz poderá ter origem em todos os países produtores e exportadores de arroz e que as variedades sejam compatíveis ao consumo brasileiro, conforme Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária n.º 06/2009″. O regulamento especifica que o arroz é proveniente da espécie Oryza sativa L. Sendo assim, não deve ser feito de plástico, como dizem as publicações virais.

A prática de importação de arroz não é novidade no País. Em nota à reportagem, o MDIC afirmou que, em 2023, 99% das importações de arroz feitas pelo Brasil vieram dos países do Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina). O 1% restante se dividiu entre Tailândia, Guiana, Itália, Suriname, Chile, Vietnã, Bolívia, Paquistão, Espanha, Índia, Camboja, Portugal e Estados Unidos. “Estes são os países que normalmente exportam arroz ao Brasil”, afirmou.

Sendo assim, não é plausível que a responsável pela postagem tenha adquirido um arroz importado pelo governo federal da China. Isso porque a China sequer está listada como um país que costuma exportar o cereal ao Brasil.

Fávaro informou que uma nova portaria interministerial com as normativas para compra pública de arroz importado pela Conab deve ser publicada nesta terça-feira, 28. O edital de leilão para a compra deve ser publicado em sequência. O leilão de 104 mil toneladas do cereal estava previsto para última terça-feira, 21, mas foi suspenso.

Desde que o governo anunciou a importação de arroz em razão das enchentes no Rio Grande do Sul, conteúdos virais nas redes sociais criticam a ação. O Estadão Verifica mostrou que os produtores afirmam que não há desabastecimento e especialistas divergem sobre a medida.

Como lidar com postagens do tipo: por se tratar de um assunto em evidência, as consequências do desastre ambiental no Rio Grande do Sul vem sendo alvo de desinformação nas redes sociais. Busque se informar em fontes seguras e confiáveis. Se receber algum conteúdo suspeito sobre a situação no Estado, envie para o WhatsApp do Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

O que estão compartilhando: vídeo em que uma mulher coloca fogo em grãos de arroz. Segundo ela, o procedimento comprovaria que o alimento é feito de plástico. De acordo com a postagem, o arroz seria chinês e teria sido distribuído pela CDA Alimentos de Anápolis, em Goiás.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O procedimento de colocar o arroz no fogo não prova que ele é de plástico. Uma especialista consultada pelo Verifica explicou que, se um plástico fosse colocado diretamente em uma chama forte, o aspecto seria diferente do apresentado no vídeo.

A legenda da postagem reforça o boato de que o governo federal irá importar arroz chinês de plástico. Como mostrou o Estadão Verifica, isso é falso. Além disso, a lista de países que costuma exportar o alimento ao Brasil não inclui a China, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Vídeo de arroz pegando fogo não prova que alimento é de plástico Foto: Reprodução/Facebook

Saiba mais: em 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo federal poderá importar até um milhão de toneladas de arroz em razão do desastre ambiental no Rio Grande do Sul, Estado responsável por cerca de 70% da safra nacional. O ministro explicou que a medida é uma forma de evitar um possível aumento no preço do grão.

Desde então, circulam postagens desinformativas sobre o assunto. Diferentes conteúdos virais afirmam que o arroz importado seria chinês, feito de plástico ou papel, ou que o alimento teria lombrigas. Isso é falso, como mostrou o Estadão Verifica em outras checagens. Veja abaixo.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher colocando grãos de arroz diretamente no fogo. A responsável pela postagem afirma, sem provas, que o procedimento comprovaria que o alimento é feito de plástico. Isso não é verdade.

A reportagem encaminhou a gravação para a professora Bianca Maniglia, da área de físico-química (ênfase em materiais) do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade São Paulo (USP). A especialista explicou que o procedimento não aparenta um suposto derretimento do “plástico de arroz”.

Na verdade, a professora analisa que o procedimento se assemelha mais a uma carbonização, pois o alimento fica escuro. Ela acrescenta que se o mesmo teste for realizado com o arroz nacional, é possível que os grãos fiquem escuros da mesma forma, como sinal de uma degradação térmica.

“Se chamarmos de plástico materiais que são formados a base de polímeros artificiais como Polietileno (PE) e Polipropileno (PP), o simples fato de você cozinhar em água ou colocar numa chama forte iria apresentar um aspecto bem diferente do apresentado”, disse ela. Segundo a professora, se colocado em água, o plástico não cozinha; se colocado direto na chama, ele derrete e se degrada.

De acordo com a postagem, o alimento supostamente chinês teria sido distribuído pela CDA Alimentos de Anápolis. No entanto, segundo informações do site da companhia de distribuição, não há nenhuma marca internacional comercializada pela empresa.

O site lista as seguintes marcas como integrantes da CDA Alimentos: Tio Jorge, Arroz Painho, Gol, Jorgito, BLK, Arroz Bom Nordestino, Arroz Cereal, Melhor Vida, Arroz Predileto, Arroz Tio Bonini, Arroz FK-1, VóNina, Combate, Show e Tio Ico. Todas são nacionais. A reportagem entrou em contato com a CDA Alimentos, mas não obteve retorno.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou ao Verifica que o edital da companhia para importação do arroz prevê que a “compra do arroz poderá ter origem em todos os países produtores e exportadores de arroz e que as variedades sejam compatíveis ao consumo brasileiro, conforme Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária n.º 06/2009″. O regulamento especifica que o arroz é proveniente da espécie Oryza sativa L. Sendo assim, não deve ser feito de plástico, como dizem as publicações virais.

A prática de importação de arroz não é novidade no País. Em nota à reportagem, o MDIC afirmou que, em 2023, 99% das importações de arroz feitas pelo Brasil vieram dos países do Mercosul (Paraguai, Uruguai e Argentina). O 1% restante se dividiu entre Tailândia, Guiana, Itália, Suriname, Chile, Vietnã, Bolívia, Paquistão, Espanha, Índia, Camboja, Portugal e Estados Unidos. “Estes são os países que normalmente exportam arroz ao Brasil”, afirmou.

Sendo assim, não é plausível que a responsável pela postagem tenha adquirido um arroz importado pelo governo federal da China. Isso porque a China sequer está listada como um país que costuma exportar o cereal ao Brasil.

Fávaro informou que uma nova portaria interministerial com as normativas para compra pública de arroz importado pela Conab deve ser publicada nesta terça-feira, 28. O edital de leilão para a compra deve ser publicado em sequência. O leilão de 104 mil toneladas do cereal estava previsto para última terça-feira, 21, mas foi suspenso.

Desde que o governo anunciou a importação de arroz em razão das enchentes no Rio Grande do Sul, conteúdos virais nas redes sociais criticam a ação. O Estadão Verifica mostrou que os produtores afirmam que não há desabastecimento e especialistas divergem sobre a medida.

Como lidar com postagens do tipo: por se tratar de um assunto em evidência, as consequências do desastre ambiental no Rio Grande do Sul vem sendo alvo de desinformação nas redes sociais. Busque se informar em fontes seguras e confiáveis. Se receber algum conteúdo suspeito sobre a situação no Estado, envie para o WhatsApp do Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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