Arroz da marca ‘Cordão Azul’ não é de plástico; vídeo foi gravado na Angola em 2017


Governo angolano submeteu alimento a testes em três laboratórios diferentes, que confirmaram qualidade; Brasil importou grãos, mas edital de compra especifica que produto deve ser natural

Por Luciana Marschall
Atualização:

O que estão compartilhando: vídeo com o título “você sabe que arroz de plástico é este?” mostra um pacote de arroz da marca Cordão Azul. Uma mulher manipula o arroz e afirma se tratar do “próprio plástico”. Para provar seu ponto, ela pega faz uma bola com o alimento, que quica ao ser arremessada ao chão.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo não foi gravado no Brasil e circula desde 2017. Naquela ocasião, o governo da Angola apreendeu arroz da marca Cordão Azul e o submeteu a testes de qualidade em três laboratórios diferentes. Os resultados apontaram que o produto não é de plástico e que é considerado próprio para o consumo. O governo brasileiro importou 263,3 mil toneladas de arroz. O edital de compra especifica que o alimento precisa ser natural e do tipo 1, considerado de melhor qualidade.

Governo da Angola testou o arroz e identificou que ele é próprio para o consumo. Foto: Reprodução/TikTok
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Saiba mais: No início do vídeo, que circula no TikTok, a autora da gravação mostra um saco de arroz da marca Cordão Azul. A descrição do produto na embalagem está em inglês, e informa se tratar de “white rice broken”, um tipo do produto que no Brasil é comercializado como arroz fragmentado.

Algumas hashtags que acompanham a publicação dão a entender que o conteúdo foi gravado no Brasil, como #NotíciasBrasil e #JornalismoBrasileiro, porém, o sotaque da responsável pela gravação aponta para um português angolano. Ao fazer buscas pelo vídeo, a reportagem identificou que ele é compartilhado desde 2017, principalmente entre usuários de redes sociais na Angola, país da África Central que tem a língua portuguesa como idioma oficial.

A partir disso, foram feitas buscas pelo nome do país associado à marca que aparece na embalagem e o Estadão Verifica descobriu que o boato compartilhado no vídeo circulou com força naquela região e foi desmentido pelo governo angolano no mesmo ano.

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Conforme o noticiário local, em julho de 2017, após consumidores postarem conteúdos suspeitando do arroz, o Ministério do Comércio da Angola apreendeu 12.591 sacos do produto, que havia sido importado da Tailândia, para ser analisada e aferida a qualidade do alimento.

Posteriormente, em entrevista a canais de televisão, o então diretor nacional de Inspecção do Ministério do Comércio, Heleno Antunes, informou que o produto foi analisado por três laboratórios diferentes e que os resultados descartaram que o arroz fosse de plástico ou que estivesse causando danos à saúde pública, sendo considerado próprio para consumo.

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Brasil tem onda de desinformação sobre arroz após anúncio de importação do produto

A alegação aqui checada circula junto a uma onda de desinformação propagada após o governo brasileiro anunciar, em maio, uma medida provisória que autoriza a importação de 1 milhão de toneladas de arroz ao longo de 2024 para evitar a especulação no preço do alimento após a tragédia climática no Rio Grande do Sul.

Parte desses conteúdos alega que o arroz a ser importado é de plástico e produzido pela China, o que não é verdadeiro. Como demonstrado pelo Estadão Verifica (aqui e aqui), o edital da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a importação prevê que a “compra do arroz poderá ter origem em todos os países produtores e exportadores de arroz e que as variedades sejam compatíveis ao consumo brasileiro, conforme Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária n.º 06/2009″. Conforme o regulamento, o arroz deve ser natural, proveniente da espécie Oryza sativa L e do tipo 1, considerado de melhor qualidade. Ou seja, não pode ser feito de plástico.

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Nesta semana, a Conab comprou 263 mil toneladas do produto importado, mas as origens dos lotes serão informadas posteriormente pela empresa pública. O produto é do tipo 1, longo fino, polido e da safra 2023/24.

O que estão compartilhando: vídeo com o título “você sabe que arroz de plástico é este?” mostra um pacote de arroz da marca Cordão Azul. Uma mulher manipula o arroz e afirma se tratar do “próprio plástico”. Para provar seu ponto, ela pega faz uma bola com o alimento, que quica ao ser arremessada ao chão.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo não foi gravado no Brasil e circula desde 2017. Naquela ocasião, o governo da Angola apreendeu arroz da marca Cordão Azul e o submeteu a testes de qualidade em três laboratórios diferentes. Os resultados apontaram que o produto não é de plástico e que é considerado próprio para o consumo. O governo brasileiro importou 263,3 mil toneladas de arroz. O edital de compra especifica que o alimento precisa ser natural e do tipo 1, considerado de melhor qualidade.

Governo da Angola testou o arroz e identificou que ele é próprio para o consumo. Foto: Reprodução/TikTok

Saiba mais: No início do vídeo, que circula no TikTok, a autora da gravação mostra um saco de arroz da marca Cordão Azul. A descrição do produto na embalagem está em inglês, e informa se tratar de “white rice broken”, um tipo do produto que no Brasil é comercializado como arroz fragmentado.

Algumas hashtags que acompanham a publicação dão a entender que o conteúdo foi gravado no Brasil, como #NotíciasBrasil e #JornalismoBrasileiro, porém, o sotaque da responsável pela gravação aponta para um português angolano. Ao fazer buscas pelo vídeo, a reportagem identificou que ele é compartilhado desde 2017, principalmente entre usuários de redes sociais na Angola, país da África Central que tem a língua portuguesa como idioma oficial.

A partir disso, foram feitas buscas pelo nome do país associado à marca que aparece na embalagem e o Estadão Verifica descobriu que o boato compartilhado no vídeo circulou com força naquela região e foi desmentido pelo governo angolano no mesmo ano.

Conforme o noticiário local, em julho de 2017, após consumidores postarem conteúdos suspeitando do arroz, o Ministério do Comércio da Angola apreendeu 12.591 sacos do produto, que havia sido importado da Tailândia, para ser analisada e aferida a qualidade do alimento.

Posteriormente, em entrevista a canais de televisão, o então diretor nacional de Inspecção do Ministério do Comércio, Heleno Antunes, informou que o produto foi analisado por três laboratórios diferentes e que os resultados descartaram que o arroz fosse de plástico ou que estivesse causando danos à saúde pública, sendo considerado próprio para consumo.

Brasil tem onda de desinformação sobre arroz após anúncio de importação do produto

A alegação aqui checada circula junto a uma onda de desinformação propagada após o governo brasileiro anunciar, em maio, uma medida provisória que autoriza a importação de 1 milhão de toneladas de arroz ao longo de 2024 para evitar a especulação no preço do alimento após a tragédia climática no Rio Grande do Sul.

Parte desses conteúdos alega que o arroz a ser importado é de plástico e produzido pela China, o que não é verdadeiro. Como demonstrado pelo Estadão Verifica (aqui e aqui), o edital da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a importação prevê que a “compra do arroz poderá ter origem em todos os países produtores e exportadores de arroz e que as variedades sejam compatíveis ao consumo brasileiro, conforme Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária n.º 06/2009″. Conforme o regulamento, o arroz deve ser natural, proveniente da espécie Oryza sativa L e do tipo 1, considerado de melhor qualidade. Ou seja, não pode ser feito de plástico.

Nesta semana, a Conab comprou 263 mil toneladas do produto importado, mas as origens dos lotes serão informadas posteriormente pela empresa pública. O produto é do tipo 1, longo fino, polido e da safra 2023/24.

O que estão compartilhando: vídeo com o título “você sabe que arroz de plástico é este?” mostra um pacote de arroz da marca Cordão Azul. Uma mulher manipula o arroz e afirma se tratar do “próprio plástico”. Para provar seu ponto, ela pega faz uma bola com o alimento, que quica ao ser arremessada ao chão.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo não foi gravado no Brasil e circula desde 2017. Naquela ocasião, o governo da Angola apreendeu arroz da marca Cordão Azul e o submeteu a testes de qualidade em três laboratórios diferentes. Os resultados apontaram que o produto não é de plástico e que é considerado próprio para o consumo. O governo brasileiro importou 263,3 mil toneladas de arroz. O edital de compra especifica que o alimento precisa ser natural e do tipo 1, considerado de melhor qualidade.

Governo da Angola testou o arroz e identificou que ele é próprio para o consumo. Foto: Reprodução/TikTok

Saiba mais: No início do vídeo, que circula no TikTok, a autora da gravação mostra um saco de arroz da marca Cordão Azul. A descrição do produto na embalagem está em inglês, e informa se tratar de “white rice broken”, um tipo do produto que no Brasil é comercializado como arroz fragmentado.

Algumas hashtags que acompanham a publicação dão a entender que o conteúdo foi gravado no Brasil, como #NotíciasBrasil e #JornalismoBrasileiro, porém, o sotaque da responsável pela gravação aponta para um português angolano. Ao fazer buscas pelo vídeo, a reportagem identificou que ele é compartilhado desde 2017, principalmente entre usuários de redes sociais na Angola, país da África Central que tem a língua portuguesa como idioma oficial.

A partir disso, foram feitas buscas pelo nome do país associado à marca que aparece na embalagem e o Estadão Verifica descobriu que o boato compartilhado no vídeo circulou com força naquela região e foi desmentido pelo governo angolano no mesmo ano.

Conforme o noticiário local, em julho de 2017, após consumidores postarem conteúdos suspeitando do arroz, o Ministério do Comércio da Angola apreendeu 12.591 sacos do produto, que havia sido importado da Tailândia, para ser analisada e aferida a qualidade do alimento.

Posteriormente, em entrevista a canais de televisão, o então diretor nacional de Inspecção do Ministério do Comércio, Heleno Antunes, informou que o produto foi analisado por três laboratórios diferentes e que os resultados descartaram que o arroz fosse de plástico ou que estivesse causando danos à saúde pública, sendo considerado próprio para consumo.

Brasil tem onda de desinformação sobre arroz após anúncio de importação do produto

A alegação aqui checada circula junto a uma onda de desinformação propagada após o governo brasileiro anunciar, em maio, uma medida provisória que autoriza a importação de 1 milhão de toneladas de arroz ao longo de 2024 para evitar a especulação no preço do alimento após a tragédia climática no Rio Grande do Sul.

Parte desses conteúdos alega que o arroz a ser importado é de plástico e produzido pela China, o que não é verdadeiro. Como demonstrado pelo Estadão Verifica (aqui e aqui), o edital da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a importação prevê que a “compra do arroz poderá ter origem em todos os países produtores e exportadores de arroz e que as variedades sejam compatíveis ao consumo brasileiro, conforme Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária n.º 06/2009″. Conforme o regulamento, o arroz deve ser natural, proveniente da espécie Oryza sativa L e do tipo 1, considerado de melhor qualidade. Ou seja, não pode ser feito de plástico.

Nesta semana, a Conab comprou 263 mil toneladas do produto importado, mas as origens dos lotes serão informadas posteriormente pela empresa pública. O produto é do tipo 1, longo fino, polido e da safra 2023/24.

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