Boato falso alega que Bolsonaro mandou importar 'tecnologia israelense' que substitui cirurgia de câncer de mama


De acordo com o Ministério da Saúde, técnica ainda é experimental e não é indicada para todos os casos de câncer de mama; não há anúncio oficial sobre "importação" do método

Por Alessandra Monnerat
60 mil novos casos de câncer de mama podem ser diagnosticados no Brasil até 2019, de acordo com o Inca Foto: Sebastião Moreira/ Estadão

Não é verdade que o presidente Jair Bolsonaro mandou importar uma "tecnologia de Israel" que torna desnecessária a cirurgia para tratamento do câncer de mama. Embora existam testes para uso de uma técnica chamada "crioblação" no combate a lesões de mama, o Ministério da Saúde alerta que essa prática "não pode ser considerada ainda superior ao tratamento cirúrgico convencional". Além disso, não existe anúncio oficial do governo federal sobre importar o procedimento.

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O boato sobre crioblação, que obteve 5,9 mil compartilhamentos no Facebook desde o dia 7 de julho, já havia circulado em grupos de WhatsApp em janeiro deste ano. Na época, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) esclareceu, em nota, que o uso da técnica é apenas indicado para tumores pequenos (abaixo de 1 cm), únicos e com baixa complicação. Para a maioria das mulheres, ainda valem os tratamentos mais conhecidos: cirurgias conservadoras, mastectomias com reconstrução, quimioterapia e outros.

A crioblação é a inserção, no nódulo do câncer, de uma agulha que congela o tumor. Segundo a SBM, esse procedimento tem o objetivo de evitar uma cirurgia aberta. No entanto, embora a técnica de congelamento tenha se provado mais eficaz que outros métodos experimentais, como radiofrequência, laser, microondas e ultrassonografia de alta frequência e intensidade, ainda são necessários estudos mais consistentes sobre o uso no combate ao câncer de mama.

Além disso, a técnica da crioblação não é novidade no Brasil. De acordo com o Hospital Sírio Libânes, o procedimento está em uso desde 2007. Porém, a indicação é principalmente para combater pequenos tumores renais, além de alguns tumores nos pulmões e nos ossos.

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Este conteúdo foi selecionado para checagem por meio da parceria entre Estadão Verifica e Facebook. Os sites E-Farsas e Boatos.Org também desmentiram esse boato. Para sugerir verificações, envie uma mensagem por WhatsApp ao número (11) 99263-7900.

60 mil novos casos de câncer de mama podem ser diagnosticados no Brasil até 2019, de acordo com o Inca Foto: Sebastião Moreira/ Estadão

Não é verdade que o presidente Jair Bolsonaro mandou importar uma "tecnologia de Israel" que torna desnecessária a cirurgia para tratamento do câncer de mama. Embora existam testes para uso de uma técnica chamada "crioblação" no combate a lesões de mama, o Ministério da Saúde alerta que essa prática "não pode ser considerada ainda superior ao tratamento cirúrgico convencional". Além disso, não existe anúncio oficial do governo federal sobre importar o procedimento.

O boato sobre crioblação, que obteve 5,9 mil compartilhamentos no Facebook desde o dia 7 de julho, já havia circulado em grupos de WhatsApp em janeiro deste ano. Na época, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) esclareceu, em nota, que o uso da técnica é apenas indicado para tumores pequenos (abaixo de 1 cm), únicos e com baixa complicação. Para a maioria das mulheres, ainda valem os tratamentos mais conhecidos: cirurgias conservadoras, mastectomias com reconstrução, quimioterapia e outros.

A crioblação é a inserção, no nódulo do câncer, de uma agulha que congela o tumor. Segundo a SBM, esse procedimento tem o objetivo de evitar uma cirurgia aberta. No entanto, embora a técnica de congelamento tenha se provado mais eficaz que outros métodos experimentais, como radiofrequência, laser, microondas e ultrassonografia de alta frequência e intensidade, ainda são necessários estudos mais consistentes sobre o uso no combate ao câncer de mama.

Além disso, a técnica da crioblação não é novidade no Brasil. De acordo com o Hospital Sírio Libânes, o procedimento está em uso desde 2007. Porém, a indicação é principalmente para combater pequenos tumores renais, além de alguns tumores nos pulmões e nos ossos.

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60 mil novos casos de câncer de mama podem ser diagnosticados no Brasil até 2019, de acordo com o Inca Foto: Sebastião Moreira/ Estadão

Não é verdade que o presidente Jair Bolsonaro mandou importar uma "tecnologia de Israel" que torna desnecessária a cirurgia para tratamento do câncer de mama. Embora existam testes para uso de uma técnica chamada "crioblação" no combate a lesões de mama, o Ministério da Saúde alerta que essa prática "não pode ser considerada ainda superior ao tratamento cirúrgico convencional". Além disso, não existe anúncio oficial do governo federal sobre importar o procedimento.

O boato sobre crioblação, que obteve 5,9 mil compartilhamentos no Facebook desde o dia 7 de julho, já havia circulado em grupos de WhatsApp em janeiro deste ano. Na época, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) esclareceu, em nota, que o uso da técnica é apenas indicado para tumores pequenos (abaixo de 1 cm), únicos e com baixa complicação. Para a maioria das mulheres, ainda valem os tratamentos mais conhecidos: cirurgias conservadoras, mastectomias com reconstrução, quimioterapia e outros.

A crioblação é a inserção, no nódulo do câncer, de uma agulha que congela o tumor. Segundo a SBM, esse procedimento tem o objetivo de evitar uma cirurgia aberta. No entanto, embora a técnica de congelamento tenha se provado mais eficaz que outros métodos experimentais, como radiofrequência, laser, microondas e ultrassonografia de alta frequência e intensidade, ainda são necessários estudos mais consistentes sobre o uso no combate ao câncer de mama.

Além disso, a técnica da crioblação não é novidade no Brasil. De acordo com o Hospital Sírio Libânes, o procedimento está em uso desde 2007. Porém, a indicação é principalmente para combater pequenos tumores renais, além de alguns tumores nos pulmões e nos ossos.

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