Boato inventa que Israel cancelou venda de máquina contra o câncer ao Brasil; contrato nunca existiu


Desde 2019, circula o boato de que o ex-presidente Jair Bolsonaro importaria tecnologia capaz de detectar a doença em estágio inicial, o que não era verdade; nova versão alega que contrato foi rescindido após declarações de Lula sobre o conflito entre o país e o grupo palestino Hamas

Por Gabriela Meireles

O que estão compartilhando: que no dia 22 de fevereiro de 2024, Israel cancelou um contrato de exportação para o Brasil de um aparelho que detecta câncer de mama e de próstata “a partir da primeira célula” e faz a retirada do tumor sem cortes. O contrato teria sido firmado por Jair Bolsonaro e os aparelhos começariam a chegar ao País em agosto deste ano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. O instituto completa que algumas técnicas de ablação [tipo de tratamento menos invasivo] de pequenos tumores estão sendo utilizadas em casos selecionados, mas não se trata de uma tecnologia israelense. “Essas técnicas já existem há anos e não estão relacionadas a um contrato específico com Israel”, esclarece.

Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. Foto: Reprodução/Instagram
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Saiba mais: Um boato semelhante ao verificado aqui já foi desmentido pelo Estadão Verifica em novembro de 2019. Na época, a postagem falsa mencionava uma “tecnologia de Israel que torna desnecessária a cirurgia para tratamento do câncer de mama”. A postagem também dizia que a importação tecnologia seria feita graças ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, assim como nesta verificação, foi constatado que não existia anúncio oficial sobre “importação” do método.

Quanto à tecnologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) afirmou na época que a chamada “crioablação”, que consiste na inserção de uma agulha que congela o tumor, só era indicada para nódulos pequenos (abaixo de 1 cm), únicos e com baixa complicação. Foram recomendados os tratamentos mais conhecidos para a maioria das mulheres, incluindo cirurgias conservadoras, mastectomias com reconstrução, quimioterapia e outros.

Consultada novamente para esta checagem, a SBM reforçou que a crioablação pode ser indicada apenas para mulheres com tumores únicos e pequenos. “Embora restrita para um grupo selecionado de mulheres, a crioablação é uma técnica para tratamento e não para diagnóstico”, enfatizaram. A SBM completa que detectar o câncer a partir da primeira célula é um desafio científico e tecnológico que ainda não foi atingido. De acordo com a Sociedade, ainda é recomendada a mamografia de rastreamento para a detecção precoce do câncer de mama, em estágios iniciais.

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“Vale destacar que o principal método de detecção precoce do câncer em Israel continua sendo a mamografia, assim como acontece no Brasil”, afirma a SBM.

Como lidar com postagens desse tipo: O conteúdo verificado aqui foi postado dia 22 de fevereiro de 2024. Isso foi três dias depois do ministro das Relações Exteriores de Israel ter afirmado que o presidente Lula é considerado persona non grata em Israel, até que se desculpe pelas declarações em que compara a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus feito pela Alemanha Nazista. É importante ficar atento, pois algumas postagens utilizam a reação negativa à fala de Lula para espalhar desinformação sobre as relações entre os dois países.

O que estão compartilhando: que no dia 22 de fevereiro de 2024, Israel cancelou um contrato de exportação para o Brasil de um aparelho que detecta câncer de mama e de próstata “a partir da primeira célula” e faz a retirada do tumor sem cortes. O contrato teria sido firmado por Jair Bolsonaro e os aparelhos começariam a chegar ao País em agosto deste ano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. O instituto completa que algumas técnicas de ablação [tipo de tratamento menos invasivo] de pequenos tumores estão sendo utilizadas em casos selecionados, mas não se trata de uma tecnologia israelense. “Essas técnicas já existem há anos e não estão relacionadas a um contrato específico com Israel”, esclarece.

Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Um boato semelhante ao verificado aqui já foi desmentido pelo Estadão Verifica em novembro de 2019. Na época, a postagem falsa mencionava uma “tecnologia de Israel que torna desnecessária a cirurgia para tratamento do câncer de mama”. A postagem também dizia que a importação tecnologia seria feita graças ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, assim como nesta verificação, foi constatado que não existia anúncio oficial sobre “importação” do método.

Quanto à tecnologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) afirmou na época que a chamada “crioablação”, que consiste na inserção de uma agulha que congela o tumor, só era indicada para nódulos pequenos (abaixo de 1 cm), únicos e com baixa complicação. Foram recomendados os tratamentos mais conhecidos para a maioria das mulheres, incluindo cirurgias conservadoras, mastectomias com reconstrução, quimioterapia e outros.

Consultada novamente para esta checagem, a SBM reforçou que a crioablação pode ser indicada apenas para mulheres com tumores únicos e pequenos. “Embora restrita para um grupo selecionado de mulheres, a crioablação é uma técnica para tratamento e não para diagnóstico”, enfatizaram. A SBM completa que detectar o câncer a partir da primeira célula é um desafio científico e tecnológico que ainda não foi atingido. De acordo com a Sociedade, ainda é recomendada a mamografia de rastreamento para a detecção precoce do câncer de mama, em estágios iniciais.

“Vale destacar que o principal método de detecção precoce do câncer em Israel continua sendo a mamografia, assim como acontece no Brasil”, afirma a SBM.

Como lidar com postagens desse tipo: O conteúdo verificado aqui foi postado dia 22 de fevereiro de 2024. Isso foi três dias depois do ministro das Relações Exteriores de Israel ter afirmado que o presidente Lula é considerado persona non grata em Israel, até que se desculpe pelas declarações em que compara a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus feito pela Alemanha Nazista. É importante ficar atento, pois algumas postagens utilizam a reação negativa à fala de Lula para espalhar desinformação sobre as relações entre os dois países.

O que estão compartilhando: que no dia 22 de fevereiro de 2024, Israel cancelou um contrato de exportação para o Brasil de um aparelho que detecta câncer de mama e de próstata “a partir da primeira célula” e faz a retirada do tumor sem cortes. O contrato teria sido firmado por Jair Bolsonaro e os aparelhos começariam a chegar ao País em agosto deste ano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. O instituto completa que algumas técnicas de ablação [tipo de tratamento menos invasivo] de pequenos tumores estão sendo utilizadas em casos selecionados, mas não se trata de uma tecnologia israelense. “Essas técnicas já existem há anos e não estão relacionadas a um contrato específico com Israel”, esclarece.

Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Um boato semelhante ao verificado aqui já foi desmentido pelo Estadão Verifica em novembro de 2019. Na época, a postagem falsa mencionava uma “tecnologia de Israel que torna desnecessária a cirurgia para tratamento do câncer de mama”. A postagem também dizia que a importação tecnologia seria feita graças ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, assim como nesta verificação, foi constatado que não existia anúncio oficial sobre “importação” do método.

Quanto à tecnologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) afirmou na época que a chamada “crioablação”, que consiste na inserção de uma agulha que congela o tumor, só era indicada para nódulos pequenos (abaixo de 1 cm), únicos e com baixa complicação. Foram recomendados os tratamentos mais conhecidos para a maioria das mulheres, incluindo cirurgias conservadoras, mastectomias com reconstrução, quimioterapia e outros.

Consultada novamente para esta checagem, a SBM reforçou que a crioablação pode ser indicada apenas para mulheres com tumores únicos e pequenos. “Embora restrita para um grupo selecionado de mulheres, a crioablação é uma técnica para tratamento e não para diagnóstico”, enfatizaram. A SBM completa que detectar o câncer a partir da primeira célula é um desafio científico e tecnológico que ainda não foi atingido. De acordo com a Sociedade, ainda é recomendada a mamografia de rastreamento para a detecção precoce do câncer de mama, em estágios iniciais.

“Vale destacar que o principal método de detecção precoce do câncer em Israel continua sendo a mamografia, assim como acontece no Brasil”, afirma a SBM.

Como lidar com postagens desse tipo: O conteúdo verificado aqui foi postado dia 22 de fevereiro de 2024. Isso foi três dias depois do ministro das Relações Exteriores de Israel ter afirmado que o presidente Lula é considerado persona non grata em Israel, até que se desculpe pelas declarações em que compara a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus feito pela Alemanha Nazista. É importante ficar atento, pois algumas postagens utilizam a reação negativa à fala de Lula para espalhar desinformação sobre as relações entre os dois países.

O que estão compartilhando: que no dia 22 de fevereiro de 2024, Israel cancelou um contrato de exportação para o Brasil de um aparelho que detecta câncer de mama e de próstata “a partir da primeira célula” e faz a retirada do tumor sem cortes. O contrato teria sido firmado por Jair Bolsonaro e os aparelhos começariam a chegar ao País em agosto deste ano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. O instituto completa que algumas técnicas de ablação [tipo de tratamento menos invasivo] de pequenos tumores estão sendo utilizadas em casos selecionados, mas não se trata de uma tecnologia israelense. “Essas técnicas já existem há anos e não estão relacionadas a um contrato específico com Israel”, esclarece.

Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Um boato semelhante ao verificado aqui já foi desmentido pelo Estadão Verifica em novembro de 2019. Na época, a postagem falsa mencionava uma “tecnologia de Israel que torna desnecessária a cirurgia para tratamento do câncer de mama”. A postagem também dizia que a importação tecnologia seria feita graças ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, assim como nesta verificação, foi constatado que não existia anúncio oficial sobre “importação” do método.

Quanto à tecnologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) afirmou na época que a chamada “crioablação”, que consiste na inserção de uma agulha que congela o tumor, só era indicada para nódulos pequenos (abaixo de 1 cm), únicos e com baixa complicação. Foram recomendados os tratamentos mais conhecidos para a maioria das mulheres, incluindo cirurgias conservadoras, mastectomias com reconstrução, quimioterapia e outros.

Consultada novamente para esta checagem, a SBM reforçou que a crioablação pode ser indicada apenas para mulheres com tumores únicos e pequenos. “Embora restrita para um grupo selecionado de mulheres, a crioablação é uma técnica para tratamento e não para diagnóstico”, enfatizaram. A SBM completa que detectar o câncer a partir da primeira célula é um desafio científico e tecnológico que ainda não foi atingido. De acordo com a Sociedade, ainda é recomendada a mamografia de rastreamento para a detecção precoce do câncer de mama, em estágios iniciais.

“Vale destacar que o principal método de detecção precoce do câncer em Israel continua sendo a mamografia, assim como acontece no Brasil”, afirma a SBM.

Como lidar com postagens desse tipo: O conteúdo verificado aqui foi postado dia 22 de fevereiro de 2024. Isso foi três dias depois do ministro das Relações Exteriores de Israel ter afirmado que o presidente Lula é considerado persona non grata em Israel, até que se desculpe pelas declarações em que compara a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus feito pela Alemanha Nazista. É importante ficar atento, pois algumas postagens utilizam a reação negativa à fala de Lula para espalhar desinformação sobre as relações entre os dois países.

O que estão compartilhando: que no dia 22 de fevereiro de 2024, Israel cancelou um contrato de exportação para o Brasil de um aparelho que detecta câncer de mama e de próstata “a partir da primeira célula” e faz a retirada do tumor sem cortes. O contrato teria sido firmado por Jair Bolsonaro e os aparelhos começariam a chegar ao País em agosto deste ano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. O instituto completa que algumas técnicas de ablação [tipo de tratamento menos invasivo] de pequenos tumores estão sendo utilizadas em casos selecionados, mas não se trata de uma tecnologia israelense. “Essas técnicas já existem há anos e não estão relacionadas a um contrato específico com Israel”, esclarece.

Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer negam que o contrato entre os dois países tenha sequer existido. Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Um boato semelhante ao verificado aqui já foi desmentido pelo Estadão Verifica em novembro de 2019. Na época, a postagem falsa mencionava uma “tecnologia de Israel que torna desnecessária a cirurgia para tratamento do câncer de mama”. A postagem também dizia que a importação tecnologia seria feita graças ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, assim como nesta verificação, foi constatado que não existia anúncio oficial sobre “importação” do método.

Quanto à tecnologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) afirmou na época que a chamada “crioablação”, que consiste na inserção de uma agulha que congela o tumor, só era indicada para nódulos pequenos (abaixo de 1 cm), únicos e com baixa complicação. Foram recomendados os tratamentos mais conhecidos para a maioria das mulheres, incluindo cirurgias conservadoras, mastectomias com reconstrução, quimioterapia e outros.

Consultada novamente para esta checagem, a SBM reforçou que a crioablação pode ser indicada apenas para mulheres com tumores únicos e pequenos. “Embora restrita para um grupo selecionado de mulheres, a crioablação é uma técnica para tratamento e não para diagnóstico”, enfatizaram. A SBM completa que detectar o câncer a partir da primeira célula é um desafio científico e tecnológico que ainda não foi atingido. De acordo com a Sociedade, ainda é recomendada a mamografia de rastreamento para a detecção precoce do câncer de mama, em estágios iniciais.

“Vale destacar que o principal método de detecção precoce do câncer em Israel continua sendo a mamografia, assim como acontece no Brasil”, afirma a SBM.

Como lidar com postagens desse tipo: O conteúdo verificado aqui foi postado dia 22 de fevereiro de 2024. Isso foi três dias depois do ministro das Relações Exteriores de Israel ter afirmado que o presidente Lula é considerado persona non grata em Israel, até que se desculpe pelas declarações em que compara a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus feito pela Alemanha Nazista. É importante ficar atento, pois algumas postagens utilizam a reação negativa à fala de Lula para espalhar desinformação sobre as relações entre os dois países.

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