Não é verdade que a substância taurina, contida em bebidas energéticas, venha da urina ou do sêmen do touro. Um artigo que traz à tona a antiga lenda urbana voltou a viralizar no Facebook nesta semana. A taurina é um dos aminoácidos mais abundantes no corpo humano e também está presente em altas concentrações em várias espécies do reino animal. Em bebidas energéticas e outros produtos da indústria alimentícia, a substância é sintetizada artificialmente.
A taurina tem esse nome porque foi isolada pela primeira vez da bílis do touro. A bílis é um fluído produzido pelo fígado que serve para facilitar a digestão de gordura. No entanto, a substância não está restrita a bovinos, sendo encontrada também em muitos mamíferos, insetos e até algas.
De acordo com um artigo das universidades federais do Ceará e de Viçosa, a taurina desempenha papel de neurotransmissor, uma espécie de mensageiro químico para o sistema nervoso. Outras funções do aminoácido incluem desintoxicação de substâncias químicas estranhas e produção e ação da bílis. A taurina também faz parte de vários outros processos do organismo.
O mesmo artigo também aponta que a ingestão de taurina por pessoas que bebem energéticos fica entre 0,4 e 1 grama. Não existem efeitos colaterais sérios relatados para essas doses da substância. Segundo os pesquisadores, este aminoácido geralmente é bem tolerado.
Esta lenda urbana já foi desmentida por vários sites: Snopes, Boatos.Org, E-Farsas, Superinteressante. O conteúdo foi selecionado para checagem por meio da parceria entre Estadão Verifica e Facebook. Para sugerir checagens, envie uma mensagem ao número (11) 99263-7900.