Brasil e Israel não anunciaram fim da diplomacia; conta responsável pela informação não é do Brics


Postagem diz ter se baseada em anúncio da conta do Brics no X, mas alegação é falsa; embaixadas continuam nos dois países continuam funcionando, o que indica que relações estão mantidas

Por Giovana Frioli

O que estão compartilhando: homem alega que o perfil oficial do Brics no X (antigo Twitter) confirmou que o Brasil encerrou as relações diplomáticas com Israel.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso. A conta oficial do Brics não publicou no X que o Brasil rompeu relações diplomáticas com Israel, diferentemente do que alega post. Na rede social, é possível pesquisar pelo usuário que é usado como fonte da informação e verificar que não se trata da representação do grupo de países. O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente. Isso significa que as relações entre os dois países estão mantidas.

Perfil que anunciou rompimento de relações diplomáticas entre Brasil e Israel não pertence ao Brics Foto: Foto
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Saiba mais: Em postagem feita no Instagram, homem alega que a conta oficial do Brics no X (antigo Twitter) anunciou o rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Segundo ele, a confirmação ocorreu após o presidente convocar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv de volta para o País. No entanto, a página que é fonte da informação não é o perfil oficial do Brics. Não houve anúncio, até o momento, da interrupção na diplomacia entre Brasil e Israel.

A conta que é citada no vídeo checado se define como uma “cobertura imparcial e incomparável de todos os assuntos do Brics em tempo real”. Ou seja, trata-se de uma página não oficial e que não representa a aliança de países. O usuário possui o selo dourado no X porque está vinculado a uma organização de mídia verificada pela plataforma, como é possível visualizar na descrição da rede social.

Ao Estadão Verifica, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, informou que a Embaixada do Brasil em Tel-Aviv e a Embaixada de Israel em Brasília continuam funcionando normalmente. Os países entraram em uma crise diplomática após o presidente Lula comparar o Holocausto às ações do exército israelense na Faixa de Gaza.

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Brasil e Israel não anunciaram rompimento de relação diplomática

O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente, o que indica que não houve rompimento na diplomacia entre os países até o momento. Na avaliação de Bruno Huberman, professor e especialista em conflitos internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), “a relação entre os países foi abalada, mas está longe de ser encerrada”.

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O pesquisador vê que o choque diplomático aconteceu, sobretudo, devido às respostas de Israel, mas que ainda não há sinais de rompimento. “Há um risco devido às falas feitas pelo presidente e, principalmente, por conta das reações de Israel e humilhação feita por Israel Katz, ministro israelense, ao embaixador brasileiro”. “Os dois países mantêm relações comerciais muito profundas, apesar de politicamente haver essa atenção”, explicou.

O presidente Lula e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se encontraram no dia 21 de fevereiro no Palácio do Planalto, em Brasília. 

Sobre o impacto na diplomacia com outros países do mundo, o professor não vê que a relação com o Brasil foi afetada até o momento. “Lula é um líder importante na América do Sul. Em países com posições próximas da israelense, pode haver um abalo, mas não vejo isso acontecendo a curto prazo”, diz ele. Huberman cita que o maior aliado de Israel na guerra, os Estados Unidos, manteve a boa relação com o Brasil.

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O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, expressou que os EUA discordam da comparação feita pelo presidente Lula entre as ações de Israel em Gaza e o Holocausto. “O secretário de Estado americano, Antony Blinken, discorda da posição de Lula, mas afirmou uma boa relação entre os países. Estamos falando do maior aliado de Israel”, opinou o professor Huberman.

Israel declara Lula como “persona non grata” e pede retratação

A relação entre Israel e Brasil se abalou após Lula declarar que o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza não é “uma guerra, mas um genocídio” e compará-lo ao Holocausto. “O que está acontecendo em Gaza não ocorreu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o chefe do Executivo em entrevista coletiva no dia 18 de fevereiro. O presidente brasileiro também afirmou que Israel não obedece as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU) e defendeu a criação de um Estado palestino.

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Logo após as falas, Israel declarou o chefe brasileiro como “persona non grata” e sinalizou que Lula não é bem-vindo ao país a menos que se retrate. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse que “ao comparar a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas, uma organização terrorista genocida, ao Holocausto, o presidente da Silva desonra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e demoniza o Estado judeu como o mais virulento dos antissemitas. Deveria ter vergonha”.

O Brasil decidiu então chamar para consultas o seu embaixador em Tel-Aviv e o representante diplomático israelense para reuniões. Como mostrou o Estadão, a convocação dos embaixadores foi uma reação do governo para expressar a insatisfação sobre a maneira com que autoridades israelenses responderam a Lula. Apesar de Israel exigir uma retratação do presidente, não houve recuo do petista até o momento.

A situação diplomática foi ocasionada após discurso do presidente brasileiro na cerimônia de abertura da Assembleia da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia. Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR
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Como lidar com postagens do tipo: Em uma busca rápida no Google, conseguiríamos concluir que não houve anúncio de rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Por ter consequências econômicas e políticas, a decisão seria amplamente noticiada pela imprensa profissional. Também poderíamos procurar pelo perfil que anunciou a informação e checar que não se trata de um conta oficial do Brics. É comum que durante crises e conflitos cresçam desinformações sobre assuntos de interesse público, por isso, é necessário atenção com publicações feitas nas redes sociais.

O que estão compartilhando: homem alega que o perfil oficial do Brics no X (antigo Twitter) confirmou que o Brasil encerrou as relações diplomáticas com Israel.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso. A conta oficial do Brics não publicou no X que o Brasil rompeu relações diplomáticas com Israel, diferentemente do que alega post. Na rede social, é possível pesquisar pelo usuário que é usado como fonte da informação e verificar que não se trata da representação do grupo de países. O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente. Isso significa que as relações entre os dois países estão mantidas.

Perfil que anunciou rompimento de relações diplomáticas entre Brasil e Israel não pertence ao Brics Foto: Foto

Saiba mais: Em postagem feita no Instagram, homem alega que a conta oficial do Brics no X (antigo Twitter) anunciou o rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Segundo ele, a confirmação ocorreu após o presidente convocar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv de volta para o País. No entanto, a página que é fonte da informação não é o perfil oficial do Brics. Não houve anúncio, até o momento, da interrupção na diplomacia entre Brasil e Israel.

A conta que é citada no vídeo checado se define como uma “cobertura imparcial e incomparável de todos os assuntos do Brics em tempo real”. Ou seja, trata-se de uma página não oficial e que não representa a aliança de países. O usuário possui o selo dourado no X porque está vinculado a uma organização de mídia verificada pela plataforma, como é possível visualizar na descrição da rede social.

Ao Estadão Verifica, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, informou que a Embaixada do Brasil em Tel-Aviv e a Embaixada de Israel em Brasília continuam funcionando normalmente. Os países entraram em uma crise diplomática após o presidente Lula comparar o Holocausto às ações do exército israelense na Faixa de Gaza.

Brasil e Israel não anunciaram rompimento de relação diplomática

O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente, o que indica que não houve rompimento na diplomacia entre os países até o momento. Na avaliação de Bruno Huberman, professor e especialista em conflitos internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), “a relação entre os países foi abalada, mas está longe de ser encerrada”.

O pesquisador vê que o choque diplomático aconteceu, sobretudo, devido às respostas de Israel, mas que ainda não há sinais de rompimento. “Há um risco devido às falas feitas pelo presidente e, principalmente, por conta das reações de Israel e humilhação feita por Israel Katz, ministro israelense, ao embaixador brasileiro”. “Os dois países mantêm relações comerciais muito profundas, apesar de politicamente haver essa atenção”, explicou.

O presidente Lula e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se encontraram no dia 21 de fevereiro no Palácio do Planalto, em Brasília. 

Sobre o impacto na diplomacia com outros países do mundo, o professor não vê que a relação com o Brasil foi afetada até o momento. “Lula é um líder importante na América do Sul. Em países com posições próximas da israelense, pode haver um abalo, mas não vejo isso acontecendo a curto prazo”, diz ele. Huberman cita que o maior aliado de Israel na guerra, os Estados Unidos, manteve a boa relação com o Brasil.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, expressou que os EUA discordam da comparação feita pelo presidente Lula entre as ações de Israel em Gaza e o Holocausto. “O secretário de Estado americano, Antony Blinken, discorda da posição de Lula, mas afirmou uma boa relação entre os países. Estamos falando do maior aliado de Israel”, opinou o professor Huberman.

Israel declara Lula como “persona non grata” e pede retratação

A relação entre Israel e Brasil se abalou após Lula declarar que o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza não é “uma guerra, mas um genocídio” e compará-lo ao Holocausto. “O que está acontecendo em Gaza não ocorreu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o chefe do Executivo em entrevista coletiva no dia 18 de fevereiro. O presidente brasileiro também afirmou que Israel não obedece as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU) e defendeu a criação de um Estado palestino.

Logo após as falas, Israel declarou o chefe brasileiro como “persona non grata” e sinalizou que Lula não é bem-vindo ao país a menos que se retrate. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse que “ao comparar a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas, uma organização terrorista genocida, ao Holocausto, o presidente da Silva desonra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e demoniza o Estado judeu como o mais virulento dos antissemitas. Deveria ter vergonha”.

O Brasil decidiu então chamar para consultas o seu embaixador em Tel-Aviv e o representante diplomático israelense para reuniões. Como mostrou o Estadão, a convocação dos embaixadores foi uma reação do governo para expressar a insatisfação sobre a maneira com que autoridades israelenses responderam a Lula. Apesar de Israel exigir uma retratação do presidente, não houve recuo do petista até o momento.

A situação diplomática foi ocasionada após discurso do presidente brasileiro na cerimônia de abertura da Assembleia da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia. Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

Como lidar com postagens do tipo: Em uma busca rápida no Google, conseguiríamos concluir que não houve anúncio de rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Por ter consequências econômicas e políticas, a decisão seria amplamente noticiada pela imprensa profissional. Também poderíamos procurar pelo perfil que anunciou a informação e checar que não se trata de um conta oficial do Brics. É comum que durante crises e conflitos cresçam desinformações sobre assuntos de interesse público, por isso, é necessário atenção com publicações feitas nas redes sociais.

O que estão compartilhando: homem alega que o perfil oficial do Brics no X (antigo Twitter) confirmou que o Brasil encerrou as relações diplomáticas com Israel.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso. A conta oficial do Brics não publicou no X que o Brasil rompeu relações diplomáticas com Israel, diferentemente do que alega post. Na rede social, é possível pesquisar pelo usuário que é usado como fonte da informação e verificar que não se trata da representação do grupo de países. O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente. Isso significa que as relações entre os dois países estão mantidas.

Perfil que anunciou rompimento de relações diplomáticas entre Brasil e Israel não pertence ao Brics Foto: Foto

Saiba mais: Em postagem feita no Instagram, homem alega que a conta oficial do Brics no X (antigo Twitter) anunciou o rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Segundo ele, a confirmação ocorreu após o presidente convocar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv de volta para o País. No entanto, a página que é fonte da informação não é o perfil oficial do Brics. Não houve anúncio, até o momento, da interrupção na diplomacia entre Brasil e Israel.

A conta que é citada no vídeo checado se define como uma “cobertura imparcial e incomparável de todos os assuntos do Brics em tempo real”. Ou seja, trata-se de uma página não oficial e que não representa a aliança de países. O usuário possui o selo dourado no X porque está vinculado a uma organização de mídia verificada pela plataforma, como é possível visualizar na descrição da rede social.

Ao Estadão Verifica, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, informou que a Embaixada do Brasil em Tel-Aviv e a Embaixada de Israel em Brasília continuam funcionando normalmente. Os países entraram em uma crise diplomática após o presidente Lula comparar o Holocausto às ações do exército israelense na Faixa de Gaza.

Brasil e Israel não anunciaram rompimento de relação diplomática

O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente, o que indica que não houve rompimento na diplomacia entre os países até o momento. Na avaliação de Bruno Huberman, professor e especialista em conflitos internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), “a relação entre os países foi abalada, mas está longe de ser encerrada”.

O pesquisador vê que o choque diplomático aconteceu, sobretudo, devido às respostas de Israel, mas que ainda não há sinais de rompimento. “Há um risco devido às falas feitas pelo presidente e, principalmente, por conta das reações de Israel e humilhação feita por Israel Katz, ministro israelense, ao embaixador brasileiro”. “Os dois países mantêm relações comerciais muito profundas, apesar de politicamente haver essa atenção”, explicou.

O presidente Lula e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se encontraram no dia 21 de fevereiro no Palácio do Planalto, em Brasília. 

Sobre o impacto na diplomacia com outros países do mundo, o professor não vê que a relação com o Brasil foi afetada até o momento. “Lula é um líder importante na América do Sul. Em países com posições próximas da israelense, pode haver um abalo, mas não vejo isso acontecendo a curto prazo”, diz ele. Huberman cita que o maior aliado de Israel na guerra, os Estados Unidos, manteve a boa relação com o Brasil.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, expressou que os EUA discordam da comparação feita pelo presidente Lula entre as ações de Israel em Gaza e o Holocausto. “O secretário de Estado americano, Antony Blinken, discorda da posição de Lula, mas afirmou uma boa relação entre os países. Estamos falando do maior aliado de Israel”, opinou o professor Huberman.

Israel declara Lula como “persona non grata” e pede retratação

A relação entre Israel e Brasil se abalou após Lula declarar que o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza não é “uma guerra, mas um genocídio” e compará-lo ao Holocausto. “O que está acontecendo em Gaza não ocorreu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o chefe do Executivo em entrevista coletiva no dia 18 de fevereiro. O presidente brasileiro também afirmou que Israel não obedece as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU) e defendeu a criação de um Estado palestino.

Logo após as falas, Israel declarou o chefe brasileiro como “persona non grata” e sinalizou que Lula não é bem-vindo ao país a menos que se retrate. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse que “ao comparar a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas, uma organização terrorista genocida, ao Holocausto, o presidente da Silva desonra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e demoniza o Estado judeu como o mais virulento dos antissemitas. Deveria ter vergonha”.

O Brasil decidiu então chamar para consultas o seu embaixador em Tel-Aviv e o representante diplomático israelense para reuniões. Como mostrou o Estadão, a convocação dos embaixadores foi uma reação do governo para expressar a insatisfação sobre a maneira com que autoridades israelenses responderam a Lula. Apesar de Israel exigir uma retratação do presidente, não houve recuo do petista até o momento.

A situação diplomática foi ocasionada após discurso do presidente brasileiro na cerimônia de abertura da Assembleia da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia. Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

Como lidar com postagens do tipo: Em uma busca rápida no Google, conseguiríamos concluir que não houve anúncio de rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Por ter consequências econômicas e políticas, a decisão seria amplamente noticiada pela imprensa profissional. Também poderíamos procurar pelo perfil que anunciou a informação e checar que não se trata de um conta oficial do Brics. É comum que durante crises e conflitos cresçam desinformações sobre assuntos de interesse público, por isso, é necessário atenção com publicações feitas nas redes sociais.

O que estão compartilhando: homem alega que o perfil oficial do Brics no X (antigo Twitter) confirmou que o Brasil encerrou as relações diplomáticas com Israel.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso. A conta oficial do Brics não publicou no X que o Brasil rompeu relações diplomáticas com Israel, diferentemente do que alega post. Na rede social, é possível pesquisar pelo usuário que é usado como fonte da informação e verificar que não se trata da representação do grupo de países. O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente. Isso significa que as relações entre os dois países estão mantidas.

Perfil que anunciou rompimento de relações diplomáticas entre Brasil e Israel não pertence ao Brics Foto: Foto

Saiba mais: Em postagem feita no Instagram, homem alega que a conta oficial do Brics no X (antigo Twitter) anunciou o rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Segundo ele, a confirmação ocorreu após o presidente convocar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv de volta para o País. No entanto, a página que é fonte da informação não é o perfil oficial do Brics. Não houve anúncio, até o momento, da interrupção na diplomacia entre Brasil e Israel.

A conta que é citada no vídeo checado se define como uma “cobertura imparcial e incomparável de todos os assuntos do Brics em tempo real”. Ou seja, trata-se de uma página não oficial e que não representa a aliança de países. O usuário possui o selo dourado no X porque está vinculado a uma organização de mídia verificada pela plataforma, como é possível visualizar na descrição da rede social.

Ao Estadão Verifica, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, informou que a Embaixada do Brasil em Tel-Aviv e a Embaixada de Israel em Brasília continuam funcionando normalmente. Os países entraram em uma crise diplomática após o presidente Lula comparar o Holocausto às ações do exército israelense na Faixa de Gaza.

Brasil e Israel não anunciaram rompimento de relação diplomática

O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente, o que indica que não houve rompimento na diplomacia entre os países até o momento. Na avaliação de Bruno Huberman, professor e especialista em conflitos internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), “a relação entre os países foi abalada, mas está longe de ser encerrada”.

O pesquisador vê que o choque diplomático aconteceu, sobretudo, devido às respostas de Israel, mas que ainda não há sinais de rompimento. “Há um risco devido às falas feitas pelo presidente e, principalmente, por conta das reações de Israel e humilhação feita por Israel Katz, ministro israelense, ao embaixador brasileiro”. “Os dois países mantêm relações comerciais muito profundas, apesar de politicamente haver essa atenção”, explicou.

O presidente Lula e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se encontraram no dia 21 de fevereiro no Palácio do Planalto, em Brasília. 

Sobre o impacto na diplomacia com outros países do mundo, o professor não vê que a relação com o Brasil foi afetada até o momento. “Lula é um líder importante na América do Sul. Em países com posições próximas da israelense, pode haver um abalo, mas não vejo isso acontecendo a curto prazo”, diz ele. Huberman cita que o maior aliado de Israel na guerra, os Estados Unidos, manteve a boa relação com o Brasil.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, expressou que os EUA discordam da comparação feita pelo presidente Lula entre as ações de Israel em Gaza e o Holocausto. “O secretário de Estado americano, Antony Blinken, discorda da posição de Lula, mas afirmou uma boa relação entre os países. Estamos falando do maior aliado de Israel”, opinou o professor Huberman.

Israel declara Lula como “persona non grata” e pede retratação

A relação entre Israel e Brasil se abalou após Lula declarar que o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza não é “uma guerra, mas um genocídio” e compará-lo ao Holocausto. “O que está acontecendo em Gaza não ocorreu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o chefe do Executivo em entrevista coletiva no dia 18 de fevereiro. O presidente brasileiro também afirmou que Israel não obedece as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU) e defendeu a criação de um Estado palestino.

Logo após as falas, Israel declarou o chefe brasileiro como “persona non grata” e sinalizou que Lula não é bem-vindo ao país a menos que se retrate. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse que “ao comparar a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas, uma organização terrorista genocida, ao Holocausto, o presidente da Silva desonra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e demoniza o Estado judeu como o mais virulento dos antissemitas. Deveria ter vergonha”.

O Brasil decidiu então chamar para consultas o seu embaixador em Tel-Aviv e o representante diplomático israelense para reuniões. Como mostrou o Estadão, a convocação dos embaixadores foi uma reação do governo para expressar a insatisfação sobre a maneira com que autoridades israelenses responderam a Lula. Apesar de Israel exigir uma retratação do presidente, não houve recuo do petista até o momento.

A situação diplomática foi ocasionada após discurso do presidente brasileiro na cerimônia de abertura da Assembleia da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia. Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

Como lidar com postagens do tipo: Em uma busca rápida no Google, conseguiríamos concluir que não houve anúncio de rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Por ter consequências econômicas e políticas, a decisão seria amplamente noticiada pela imprensa profissional. Também poderíamos procurar pelo perfil que anunciou a informação e checar que não se trata de um conta oficial do Brics. É comum que durante crises e conflitos cresçam desinformações sobre assuntos de interesse público, por isso, é necessário atenção com publicações feitas nas redes sociais.

O que estão compartilhando: homem alega que o perfil oficial do Brics no X (antigo Twitter) confirmou que o Brasil encerrou as relações diplomáticas com Israel.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso. A conta oficial do Brics não publicou no X que o Brasil rompeu relações diplomáticas com Israel, diferentemente do que alega post. Na rede social, é possível pesquisar pelo usuário que é usado como fonte da informação e verificar que não se trata da representação do grupo de países. O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente. Isso significa que as relações entre os dois países estão mantidas.

Perfil que anunciou rompimento de relações diplomáticas entre Brasil e Israel não pertence ao Brics Foto: Foto

Saiba mais: Em postagem feita no Instagram, homem alega que a conta oficial do Brics no X (antigo Twitter) anunciou o rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Segundo ele, a confirmação ocorreu após o presidente convocar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv de volta para o País. No entanto, a página que é fonte da informação não é o perfil oficial do Brics. Não houve anúncio, até o momento, da interrupção na diplomacia entre Brasil e Israel.

A conta que é citada no vídeo checado se define como uma “cobertura imparcial e incomparável de todos os assuntos do Brics em tempo real”. Ou seja, trata-se de uma página não oficial e que não representa a aliança de países. O usuário possui o selo dourado no X porque está vinculado a uma organização de mídia verificada pela plataforma, como é possível visualizar na descrição da rede social.

Ao Estadão Verifica, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, informou que a Embaixada do Brasil em Tel-Aviv e a Embaixada de Israel em Brasília continuam funcionando normalmente. Os países entraram em uma crise diplomática após o presidente Lula comparar o Holocausto às ações do exército israelense na Faixa de Gaza.

Brasil e Israel não anunciaram rompimento de relação diplomática

O Ministério das Relações Exteriores informou que as embaixadas no Brasil e em Israel continuam funcionando normalmente, o que indica que não houve rompimento na diplomacia entre os países até o momento. Na avaliação de Bruno Huberman, professor e especialista em conflitos internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), “a relação entre os países foi abalada, mas está longe de ser encerrada”.

O pesquisador vê que o choque diplomático aconteceu, sobretudo, devido às respostas de Israel, mas que ainda não há sinais de rompimento. “Há um risco devido às falas feitas pelo presidente e, principalmente, por conta das reações de Israel e humilhação feita por Israel Katz, ministro israelense, ao embaixador brasileiro”. “Os dois países mantêm relações comerciais muito profundas, apesar de politicamente haver essa atenção”, explicou.

O presidente Lula e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se encontraram no dia 21 de fevereiro no Palácio do Planalto, em Brasília. 

Sobre o impacto na diplomacia com outros países do mundo, o professor não vê que a relação com o Brasil foi afetada até o momento. “Lula é um líder importante na América do Sul. Em países com posições próximas da israelense, pode haver um abalo, mas não vejo isso acontecendo a curto prazo”, diz ele. Huberman cita que o maior aliado de Israel na guerra, os Estados Unidos, manteve a boa relação com o Brasil.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, expressou que os EUA discordam da comparação feita pelo presidente Lula entre as ações de Israel em Gaza e o Holocausto. “O secretário de Estado americano, Antony Blinken, discorda da posição de Lula, mas afirmou uma boa relação entre os países. Estamos falando do maior aliado de Israel”, opinou o professor Huberman.

Israel declara Lula como “persona non grata” e pede retratação

A relação entre Israel e Brasil se abalou após Lula declarar que o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza não é “uma guerra, mas um genocídio” e compará-lo ao Holocausto. “O que está acontecendo em Gaza não ocorreu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o chefe do Executivo em entrevista coletiva no dia 18 de fevereiro. O presidente brasileiro também afirmou que Israel não obedece as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU) e defendeu a criação de um Estado palestino.

Logo após as falas, Israel declarou o chefe brasileiro como “persona non grata” e sinalizou que Lula não é bem-vindo ao país a menos que se retrate. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse que “ao comparar a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas, uma organização terrorista genocida, ao Holocausto, o presidente da Silva desonra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e demoniza o Estado judeu como o mais virulento dos antissemitas. Deveria ter vergonha”.

O Brasil decidiu então chamar para consultas o seu embaixador em Tel-Aviv e o representante diplomático israelense para reuniões. Como mostrou o Estadão, a convocação dos embaixadores foi uma reação do governo para expressar a insatisfação sobre a maneira com que autoridades israelenses responderam a Lula. Apesar de Israel exigir uma retratação do presidente, não houve recuo do petista até o momento.

A situação diplomática foi ocasionada após discurso do presidente brasileiro na cerimônia de abertura da Assembleia da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia. Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

Como lidar com postagens do tipo: Em uma busca rápida no Google, conseguiríamos concluir que não houve anúncio de rompimento nas relações diplomáticas entre Brasil e Israel. Por ter consequências econômicas e políticas, a decisão seria amplamente noticiada pela imprensa profissional. Também poderíamos procurar pelo perfil que anunciou a informação e checar que não se trata de um conta oficial do Brics. É comum que durante crises e conflitos cresçam desinformações sobre assuntos de interesse público, por isso, é necessário atenção com publicações feitas nas redes sociais.

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