Cantora gospel foi presa por suspeita de incentivar atos do 8/1, e não por cantar sobre liberdade


Postagens nas redes sociais omitem que Fernanda Ôliver foi presa na 14ª fase da Operação Lesa Prátia, da Polícia Federal, que mira suspeitos de terem incentivado os ataques às sedes dos Três Poderes

Por Maria Eduarda Nascimento

O que estão compartilhando: que a cantora gospel Fernanda Ôliver foi presa por cantar música sobre liberdade.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: não é bem assim. A cantora gospel Fernanda Rodrigues de Oliveira, cujo nome artístico é Fernanda Ôliver, foi presa na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que mirou suspeitos de terem incentivado os ataques às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília. Ao Verifica, o Supremo Tribunal Federal (STF) informou que Fernanda foi presa a pedido da PF por envolvimento nos atos golpistas. De acordo com a Corte, ela fazia parte de um “grupo que organizava o transporte das pessoas para o dia da invasão”. “Esse grupo ficou conhecido nas redes sociais como ‘Festa da Selma’”, comunicou o Tribunal. O caso corre em sigilo.

O advogado Clebson Vieira Neres, que atua na defesa da cantora, explicou à reportagem que ainda não teve acesso ao processo para verificar pelo que Fernanda está sendo investigada e quais são as provas contra ela. Neres informou que a defesa solicitou acesso aos autos do inquérito, mas aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República e posterior liberação do processo, que será feita pelo ministro Alexandre de Moraes.

continua após a publicidade
Fernanda Ôliver foi presa na última quinta-feira, 17, na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal Foto: Reprodução

Saiba mais: Publicações nas redes sociais exibem um vídeo em que Fernanda canta uma versão adaptada da música Stand Up, que tem como intérprete original a atriz e cantora Cynthia Erivo. Nessa versão, a artista adiciona o lema “Deus, pátria e família”, repetido com frequência pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Os autores das postagens alegam que a cantora gospel teria sido presa por cantar a canção que fala sobre liberdade.

De acordo com a defesa, os comentários que alegam que Fernanda teria sido presa por cantar a canção representam o sentimento de indignação das pessoas que a conhecem. “A Fernanda é uma pessoa conhecida no meio evangélico, então todos que conhecem ela sabem que ela é uma pessoa idônea, que ela não tem envolvimento com nada de errado”, disse Clebson. “Algumas pessoas, conhecendo ela, estão fazendo essa comparação de que ela foi presa por ter cantado”, explicou.

continua após a publicidade

Clebson diz que até o momento não foi apresentado para a defesa nenhum tipo de prova de que Fernanda teria feito algo contrário do que a lei prevê. “Inclusive, a nossa tese de defesa é em cima disso, que na verdade ela realmente cantou em alguns locais porque ela é cantora, tanto é que o trabalho dela é esse, cantar, então simplesmente por isso”, disse.

Um vídeo publicado por Fernanda no Instagram mostra que ela esteve em acampamentos junto com bolsonaristas. A gravação exibe imagens aéreas de manifestações contra o resultado das eleições, registros de Fernanda cantando em cima de um palco para apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, além de momentos em que ela tira fotos com outros manifestantes. Ao fundo, o vídeo reproduz a canção que fez sucesso entre os bolsonaristas. De acordo com a Polícia Federal, os alvos desta fase da operação são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de “Festa da Selma”.

Segundo o advogado, Fernanda garantiu que não esteve presente nos atos do 8 de janeiro. “Ela me falou que fizeram algumas montagens dela, ela é uma cantora gospel, então todo local que ela chega é bem recebida e o pessoal que aprecia o trabalho dela vem tirar foto. Talvez essas montagens tenham sido confundidas com a questão que está tentando prejudicar ela”, explicou. “Eu posso dizer que talvez ela possa ter participado de algum evento aqui em Goiânia, algum evento em alguma situação, mas no dia 8 de janeiro isso eu garanto que ela não estava”.

continua após a publicidade

A equipe de Fernanda também se manifestou sobre a prisão da jovem por meio de comunicados publicados no perfil do Instagram e no canal da artista no YouTube. A primeira publicação pede uma contribuição via Pix para custear as despesas do processo de liberdade da cantora. Já a segunda postagem consiste em uma nota de esclarecimento assinada pela defesa de Fernanda. O texto informa que estão sendo tomadas as medidas cabíveis para o esclarecimento dos fatos que motivaram a inclusão dela na investigação da 14ª fase da Operação Lesa Pátria.

Após a prisão da cantora, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro compartilhou um vídeo de Fernanda cantando a versão adaptada da música Stand Up. A publicação demonstra apoio à cantora e tem como legenda um versículo bíblico que fala sobre perseguição. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus, Mateus 5:10. Que Deus sare, cure e liberte a nossa nação!”, escreveu Michelle.

Operação Lesa Pátria

continua após a publicidade

Deflagrada na última quinta-feira, 17, a 14ª fase da operação teve como objetivo identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram o movimento chamado de “Festa da Selma”, codinome utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões das sedes dos Três Poderes. A operação cumpriu oito dos dez mandados de prisão preventiva e, entre os presos, estão o pastor Dirlei Paz, a cantora Fernanda Ôliver e os influenciadores Isac Ferreira e Rodrigo Lima. A Polícia Federal também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em endereços nos estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.

O que estão compartilhando: que a cantora gospel Fernanda Ôliver foi presa por cantar música sobre liberdade.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: não é bem assim. A cantora gospel Fernanda Rodrigues de Oliveira, cujo nome artístico é Fernanda Ôliver, foi presa na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que mirou suspeitos de terem incentivado os ataques às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília. Ao Verifica, o Supremo Tribunal Federal (STF) informou que Fernanda foi presa a pedido da PF por envolvimento nos atos golpistas. De acordo com a Corte, ela fazia parte de um “grupo que organizava o transporte das pessoas para o dia da invasão”. “Esse grupo ficou conhecido nas redes sociais como ‘Festa da Selma’”, comunicou o Tribunal. O caso corre em sigilo.

O advogado Clebson Vieira Neres, que atua na defesa da cantora, explicou à reportagem que ainda não teve acesso ao processo para verificar pelo que Fernanda está sendo investigada e quais são as provas contra ela. Neres informou que a defesa solicitou acesso aos autos do inquérito, mas aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República e posterior liberação do processo, que será feita pelo ministro Alexandre de Moraes.

Fernanda Ôliver foi presa na última quinta-feira, 17, na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal Foto: Reprodução

Saiba mais: Publicações nas redes sociais exibem um vídeo em que Fernanda canta uma versão adaptada da música Stand Up, que tem como intérprete original a atriz e cantora Cynthia Erivo. Nessa versão, a artista adiciona o lema “Deus, pátria e família”, repetido com frequência pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Os autores das postagens alegam que a cantora gospel teria sido presa por cantar a canção que fala sobre liberdade.

De acordo com a defesa, os comentários que alegam que Fernanda teria sido presa por cantar a canção representam o sentimento de indignação das pessoas que a conhecem. “A Fernanda é uma pessoa conhecida no meio evangélico, então todos que conhecem ela sabem que ela é uma pessoa idônea, que ela não tem envolvimento com nada de errado”, disse Clebson. “Algumas pessoas, conhecendo ela, estão fazendo essa comparação de que ela foi presa por ter cantado”, explicou.

Clebson diz que até o momento não foi apresentado para a defesa nenhum tipo de prova de que Fernanda teria feito algo contrário do que a lei prevê. “Inclusive, a nossa tese de defesa é em cima disso, que na verdade ela realmente cantou em alguns locais porque ela é cantora, tanto é que o trabalho dela é esse, cantar, então simplesmente por isso”, disse.

Um vídeo publicado por Fernanda no Instagram mostra que ela esteve em acampamentos junto com bolsonaristas. A gravação exibe imagens aéreas de manifestações contra o resultado das eleições, registros de Fernanda cantando em cima de um palco para apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, além de momentos em que ela tira fotos com outros manifestantes. Ao fundo, o vídeo reproduz a canção que fez sucesso entre os bolsonaristas. De acordo com a Polícia Federal, os alvos desta fase da operação são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de “Festa da Selma”.

Segundo o advogado, Fernanda garantiu que não esteve presente nos atos do 8 de janeiro. “Ela me falou que fizeram algumas montagens dela, ela é uma cantora gospel, então todo local que ela chega é bem recebida e o pessoal que aprecia o trabalho dela vem tirar foto. Talvez essas montagens tenham sido confundidas com a questão que está tentando prejudicar ela”, explicou. “Eu posso dizer que talvez ela possa ter participado de algum evento aqui em Goiânia, algum evento em alguma situação, mas no dia 8 de janeiro isso eu garanto que ela não estava”.

A equipe de Fernanda também se manifestou sobre a prisão da jovem por meio de comunicados publicados no perfil do Instagram e no canal da artista no YouTube. A primeira publicação pede uma contribuição via Pix para custear as despesas do processo de liberdade da cantora. Já a segunda postagem consiste em uma nota de esclarecimento assinada pela defesa de Fernanda. O texto informa que estão sendo tomadas as medidas cabíveis para o esclarecimento dos fatos que motivaram a inclusão dela na investigação da 14ª fase da Operação Lesa Pátria.

Após a prisão da cantora, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro compartilhou um vídeo de Fernanda cantando a versão adaptada da música Stand Up. A publicação demonstra apoio à cantora e tem como legenda um versículo bíblico que fala sobre perseguição. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus, Mateus 5:10. Que Deus sare, cure e liberte a nossa nação!”, escreveu Michelle.

Operação Lesa Pátria

Deflagrada na última quinta-feira, 17, a 14ª fase da operação teve como objetivo identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram o movimento chamado de “Festa da Selma”, codinome utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões das sedes dos Três Poderes. A operação cumpriu oito dos dez mandados de prisão preventiva e, entre os presos, estão o pastor Dirlei Paz, a cantora Fernanda Ôliver e os influenciadores Isac Ferreira e Rodrigo Lima. A Polícia Federal também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em endereços nos estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.

O que estão compartilhando: que a cantora gospel Fernanda Ôliver foi presa por cantar música sobre liberdade.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: não é bem assim. A cantora gospel Fernanda Rodrigues de Oliveira, cujo nome artístico é Fernanda Ôliver, foi presa na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que mirou suspeitos de terem incentivado os ataques às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília. Ao Verifica, o Supremo Tribunal Federal (STF) informou que Fernanda foi presa a pedido da PF por envolvimento nos atos golpistas. De acordo com a Corte, ela fazia parte de um “grupo que organizava o transporte das pessoas para o dia da invasão”. “Esse grupo ficou conhecido nas redes sociais como ‘Festa da Selma’”, comunicou o Tribunal. O caso corre em sigilo.

O advogado Clebson Vieira Neres, que atua na defesa da cantora, explicou à reportagem que ainda não teve acesso ao processo para verificar pelo que Fernanda está sendo investigada e quais são as provas contra ela. Neres informou que a defesa solicitou acesso aos autos do inquérito, mas aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República e posterior liberação do processo, que será feita pelo ministro Alexandre de Moraes.

Fernanda Ôliver foi presa na última quinta-feira, 17, na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal Foto: Reprodução

Saiba mais: Publicações nas redes sociais exibem um vídeo em que Fernanda canta uma versão adaptada da música Stand Up, que tem como intérprete original a atriz e cantora Cynthia Erivo. Nessa versão, a artista adiciona o lema “Deus, pátria e família”, repetido com frequência pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Os autores das postagens alegam que a cantora gospel teria sido presa por cantar a canção que fala sobre liberdade.

De acordo com a defesa, os comentários que alegam que Fernanda teria sido presa por cantar a canção representam o sentimento de indignação das pessoas que a conhecem. “A Fernanda é uma pessoa conhecida no meio evangélico, então todos que conhecem ela sabem que ela é uma pessoa idônea, que ela não tem envolvimento com nada de errado”, disse Clebson. “Algumas pessoas, conhecendo ela, estão fazendo essa comparação de que ela foi presa por ter cantado”, explicou.

Clebson diz que até o momento não foi apresentado para a defesa nenhum tipo de prova de que Fernanda teria feito algo contrário do que a lei prevê. “Inclusive, a nossa tese de defesa é em cima disso, que na verdade ela realmente cantou em alguns locais porque ela é cantora, tanto é que o trabalho dela é esse, cantar, então simplesmente por isso”, disse.

Um vídeo publicado por Fernanda no Instagram mostra que ela esteve em acampamentos junto com bolsonaristas. A gravação exibe imagens aéreas de manifestações contra o resultado das eleições, registros de Fernanda cantando em cima de um palco para apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, além de momentos em que ela tira fotos com outros manifestantes. Ao fundo, o vídeo reproduz a canção que fez sucesso entre os bolsonaristas. De acordo com a Polícia Federal, os alvos desta fase da operação são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de “Festa da Selma”.

Segundo o advogado, Fernanda garantiu que não esteve presente nos atos do 8 de janeiro. “Ela me falou que fizeram algumas montagens dela, ela é uma cantora gospel, então todo local que ela chega é bem recebida e o pessoal que aprecia o trabalho dela vem tirar foto. Talvez essas montagens tenham sido confundidas com a questão que está tentando prejudicar ela”, explicou. “Eu posso dizer que talvez ela possa ter participado de algum evento aqui em Goiânia, algum evento em alguma situação, mas no dia 8 de janeiro isso eu garanto que ela não estava”.

A equipe de Fernanda também se manifestou sobre a prisão da jovem por meio de comunicados publicados no perfil do Instagram e no canal da artista no YouTube. A primeira publicação pede uma contribuição via Pix para custear as despesas do processo de liberdade da cantora. Já a segunda postagem consiste em uma nota de esclarecimento assinada pela defesa de Fernanda. O texto informa que estão sendo tomadas as medidas cabíveis para o esclarecimento dos fatos que motivaram a inclusão dela na investigação da 14ª fase da Operação Lesa Pátria.

Após a prisão da cantora, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro compartilhou um vídeo de Fernanda cantando a versão adaptada da música Stand Up. A publicação demonstra apoio à cantora e tem como legenda um versículo bíblico que fala sobre perseguição. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus, Mateus 5:10. Que Deus sare, cure e liberte a nossa nação!”, escreveu Michelle.

Operação Lesa Pátria

Deflagrada na última quinta-feira, 17, a 14ª fase da operação teve como objetivo identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram o movimento chamado de “Festa da Selma”, codinome utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões das sedes dos Três Poderes. A operação cumpriu oito dos dez mandados de prisão preventiva e, entre os presos, estão o pastor Dirlei Paz, a cantora Fernanda Ôliver e os influenciadores Isac Ferreira e Rodrigo Lima. A Polícia Federal também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em endereços nos estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.