O que estão compartilhando: que o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) postou uma foto segurando uma arma e um vaso de flores minutos após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Publicações no Twitter resgataram uma imagem postada em 2016 pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para espalhar desinformação sobre o assassinato de Marielle Franco, que aconteceu no dia 14 de março de 2018. No Twitter, o político comentou a recente viralização e disse que “não é sobre quem faz, mesmo que acusem sem comprovar nada há anos”.
Saiba mais: Nesta segunda-feira, 24, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, em entrevista coletiva, que Élcio Queiroz fez um acordo de delação premiada para revelar novas informações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O ex-policial confessou sua participação no assassinato e confirmou que Ronnie Lessa foi o autor dos disparos. Além disso, também revelou o envolvimento do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel.
“Com isso, nós temos, sob a óptica da Polícia Federal e dos demais participantes da investigação, a conclusão e o fechamento de uma fase da investigação, com a confirmação de tudo que aconteceu na execução do crime”, declarou o ministro. Flávio Dino não mencionou Carlos Bolsonaro ou outro membro da família do ex-presidente.
De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxwell teria participado de ações de vigilância e acompanhamento da vereadora. O ex-bombeiro também teria ajudado na ocultação de provas. Maxwell foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira, após a delação de Élcio.
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A partir dos novos desdobramentos do caso, postagens nas redes sociais resgataram uma imagem de Carlos segurando uma arma e um vaso de flores. De acordo com as peças desinformativas, que acumulam mais de 300 mil visualizações, Carlos teria postado a fotografia “minutos após o assassinato de Marielle”, o que não é verdade. A imagem, na verdade, foi publicada em 2016, em seu perfil no Twitter.
Em 2019, um ano após o crime, o mesmo boato foi replicado diversas vezes nas redes sociais e foi desmentido pelas agências de checagem Aos Fatos e Lupa. Recentemente, AFP, Aos Fatos e UOL Confere também classificaram as postagens analisadas como falsas.
Como lidar com postagens do tipo: Os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes ainda estão sob investigação. Por isso, é importante ter cautela ao compartilhar conteúdos que sensacionalizam o caso. Uma pesquisa junto à imprensa ou canais oficiais pode ser útil para sanar dúvidas sobre o assunto.