Cloro e sal não são formas mais eficazes de combater focos do mosquito da dengue


Mensagem que divulga uso dos produtos nos ralos de casa pode desviar atenção da população das medidas principais de prevenção

Por Bernardo Costa
Atualização:

O que estão compartilhando: mensagem que diz que a Vigilância Sanitária teria pedido para colocar cloro e sal duas vezes por semana nos ralos de casa como medida de segurança contra a dengue.

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é enganoso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou que tenha divulgado a orientação. O Ministério da Saúde não recomenda essa medida, mas sim desobstruir e tapar ralos. Outros órgãos governamentais e profissionais de saúde consultados pelo Verifica não indicam o uso de cloro e sal como a forma mais eficaz de combater os focos do mosquito transmissor da dengue. A recomendação principal é eliminar qualquer ocorrência de água parada.

Captura de tela postagem verificada Foto: Reprodução/Instagram
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Saiba mais: O Ministério da Saúde recomenda tapar ralos, pias e caixas d’água para combater focos de mosquito da dengue. Em resposta ao Verifica, a pasta enviou as recomendações seguintes:

• uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de transmissão reconhecida;

• remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

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• vedação dos reservatórios e caixas de água;

• desobstrução de calhas, lajes e ralos;

• participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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O Estadão Verifica encontrou a recomendação de utilização de cloro ou de sal em ralos não utilizados com frequência como forma alternativa de combater as larvas do Aedes aegypti. Esse conselho está nos sites das prefeituras de Ribeirão Preto, Guarujá e Santos, em São Paulo.

A Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou que os produtos podem ser usados em condições específicas para prevenir criadouros do mosquito da dengue. Porém, segundo a pasta, eles devem ser usados separadamente, pois não há comprovação científica da efetividade da utilização dos dois em conjunto. A secretaria alerta que o sal e o cloro são eficazes apenas na concentração, periodicidade e local recomendados.

Neste documento encaminhado pela pasta, o cloro aparece indicado para uso em piscina e em vaso sanitário em desuso. Já o uso do sal está indicado para calhas e pneus em desuso. A água sanitária, que tem o cloro em sua composição, é recomendada para caixa de descarga sem tampa e sem uso diário e para ralos e canaletas de drenagem para água de chuva. As outras recomendações podem ser acessadas no documento neste link.

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A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) diz que o que é realmente eficaz é manter o ralo fechado. “Caso o ralo não feche, deve-se colocar uma tela por cima. Isso é chamado de controle mecânico, porque inviabiliza o acesso do mosquito ao local com água. É também necessário vedar as caixas d’água, os barris etc”, afirmou o órgão. “Vale lembrar que a mistura do cloro com sal não substitui a vedação dos locais com água”.

A Secretaria do Rio recomenda ainda outros cuidados, como colocar areia nos pratos de vasos de plantas, manter caixas d’água e cisternas bem fechadas e eliminar recipientes que acumulam água. “Bastam dez minutos por semana dedicados a evitar a proliferação do Aedes aegypti”, informou.

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Orientação divulgada isoladamente pode confundir

Para Túlio Batista Franco, diretor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF), a orientação de colocar sal e cloro nos ralos internos da casa, quando divulgada isoladamente em redes sociais e por WhatsApp, pode confundir a população e fazer as pessoas desviarem o foco do principal: eliminar qualquer poça de água que possa servir como criadouro do mosquito transmissor da dengue.

“Mesmo que você coloque cloro em ralos, por exemplo, essa medida seria insuficiente”, disse. “A conscientização passa por entender que a única ação realmente eficaz para combater a epidemia é não ter locais com água acumulada, impedindo, assim, a proliferação do vetor (o mosquito)”.

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A infectologista Eliana Bicudo, assessora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), aponta que o mais eficaz é tapar os ralos internos das casas. “Isso seria mais efetivo, sem ter necessidade de ficar jogando produtos toda semana. Se o ralo está acumulando água ou está dando retorno, é mais indicado que se conserte esse ralo e depois jogue água sanitária”. disse.

Ela não recomenda misturar cloro e sal: “Isso pode causar uma reação química indesejada”.

O que estão compartilhando: mensagem que diz que a Vigilância Sanitária teria pedido para colocar cloro e sal duas vezes por semana nos ralos de casa como medida de segurança contra a dengue.

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é enganoso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou que tenha divulgado a orientação. O Ministério da Saúde não recomenda essa medida, mas sim desobstruir e tapar ralos. Outros órgãos governamentais e profissionais de saúde consultados pelo Verifica não indicam o uso de cloro e sal como a forma mais eficaz de combater os focos do mosquito transmissor da dengue. A recomendação principal é eliminar qualquer ocorrência de água parada.

Captura de tela postagem verificada Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O Ministério da Saúde recomenda tapar ralos, pias e caixas d’água para combater focos de mosquito da dengue. Em resposta ao Verifica, a pasta enviou as recomendações seguintes:

• uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de transmissão reconhecida;

• remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

• vedação dos reservatórios e caixas de água;

• desobstrução de calhas, lajes e ralos;

• participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Estadão Verifica encontrou a recomendação de utilização de cloro ou de sal em ralos não utilizados com frequência como forma alternativa de combater as larvas do Aedes aegypti. Esse conselho está nos sites das prefeituras de Ribeirão Preto, Guarujá e Santos, em São Paulo.

A Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou que os produtos podem ser usados em condições específicas para prevenir criadouros do mosquito da dengue. Porém, segundo a pasta, eles devem ser usados separadamente, pois não há comprovação científica da efetividade da utilização dos dois em conjunto. A secretaria alerta que o sal e o cloro são eficazes apenas na concentração, periodicidade e local recomendados.

Neste documento encaminhado pela pasta, o cloro aparece indicado para uso em piscina e em vaso sanitário em desuso. Já o uso do sal está indicado para calhas e pneus em desuso. A água sanitária, que tem o cloro em sua composição, é recomendada para caixa de descarga sem tampa e sem uso diário e para ralos e canaletas de drenagem para água de chuva. As outras recomendações podem ser acessadas no documento neste link.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) diz que o que é realmente eficaz é manter o ralo fechado. “Caso o ralo não feche, deve-se colocar uma tela por cima. Isso é chamado de controle mecânico, porque inviabiliza o acesso do mosquito ao local com água. É também necessário vedar as caixas d’água, os barris etc”, afirmou o órgão. “Vale lembrar que a mistura do cloro com sal não substitui a vedação dos locais com água”.

A Secretaria do Rio recomenda ainda outros cuidados, como colocar areia nos pratos de vasos de plantas, manter caixas d’água e cisternas bem fechadas e eliminar recipientes que acumulam água. “Bastam dez minutos por semana dedicados a evitar a proliferação do Aedes aegypti”, informou.

Orientação divulgada isoladamente pode confundir

Para Túlio Batista Franco, diretor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF), a orientação de colocar sal e cloro nos ralos internos da casa, quando divulgada isoladamente em redes sociais e por WhatsApp, pode confundir a população e fazer as pessoas desviarem o foco do principal: eliminar qualquer poça de água que possa servir como criadouro do mosquito transmissor da dengue.

“Mesmo que você coloque cloro em ralos, por exemplo, essa medida seria insuficiente”, disse. “A conscientização passa por entender que a única ação realmente eficaz para combater a epidemia é não ter locais com água acumulada, impedindo, assim, a proliferação do vetor (o mosquito)”.

A infectologista Eliana Bicudo, assessora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), aponta que o mais eficaz é tapar os ralos internos das casas. “Isso seria mais efetivo, sem ter necessidade de ficar jogando produtos toda semana. Se o ralo está acumulando água ou está dando retorno, é mais indicado que se conserte esse ralo e depois jogue água sanitária”. disse.

Ela não recomenda misturar cloro e sal: “Isso pode causar uma reação química indesejada”.

O que estão compartilhando: mensagem que diz que a Vigilância Sanitária teria pedido para colocar cloro e sal duas vezes por semana nos ralos de casa como medida de segurança contra a dengue.

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é enganoso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou que tenha divulgado a orientação. O Ministério da Saúde não recomenda essa medida, mas sim desobstruir e tapar ralos. Outros órgãos governamentais e profissionais de saúde consultados pelo Verifica não indicam o uso de cloro e sal como a forma mais eficaz de combater os focos do mosquito transmissor da dengue. A recomendação principal é eliminar qualquer ocorrência de água parada.

Captura de tela postagem verificada Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O Ministério da Saúde recomenda tapar ralos, pias e caixas d’água para combater focos de mosquito da dengue. Em resposta ao Verifica, a pasta enviou as recomendações seguintes:

• uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de transmissão reconhecida;

• remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

• vedação dos reservatórios e caixas de água;

• desobstrução de calhas, lajes e ralos;

• participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Estadão Verifica encontrou a recomendação de utilização de cloro ou de sal em ralos não utilizados com frequência como forma alternativa de combater as larvas do Aedes aegypti. Esse conselho está nos sites das prefeituras de Ribeirão Preto, Guarujá e Santos, em São Paulo.

A Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou que os produtos podem ser usados em condições específicas para prevenir criadouros do mosquito da dengue. Porém, segundo a pasta, eles devem ser usados separadamente, pois não há comprovação científica da efetividade da utilização dos dois em conjunto. A secretaria alerta que o sal e o cloro são eficazes apenas na concentração, periodicidade e local recomendados.

Neste documento encaminhado pela pasta, o cloro aparece indicado para uso em piscina e em vaso sanitário em desuso. Já o uso do sal está indicado para calhas e pneus em desuso. A água sanitária, que tem o cloro em sua composição, é recomendada para caixa de descarga sem tampa e sem uso diário e para ralos e canaletas de drenagem para água de chuva. As outras recomendações podem ser acessadas no documento neste link.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) diz que o que é realmente eficaz é manter o ralo fechado. “Caso o ralo não feche, deve-se colocar uma tela por cima. Isso é chamado de controle mecânico, porque inviabiliza o acesso do mosquito ao local com água. É também necessário vedar as caixas d’água, os barris etc”, afirmou o órgão. “Vale lembrar que a mistura do cloro com sal não substitui a vedação dos locais com água”.

A Secretaria do Rio recomenda ainda outros cuidados, como colocar areia nos pratos de vasos de plantas, manter caixas d’água e cisternas bem fechadas e eliminar recipientes que acumulam água. “Bastam dez minutos por semana dedicados a evitar a proliferação do Aedes aegypti”, informou.

Orientação divulgada isoladamente pode confundir

Para Túlio Batista Franco, diretor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF), a orientação de colocar sal e cloro nos ralos internos da casa, quando divulgada isoladamente em redes sociais e por WhatsApp, pode confundir a população e fazer as pessoas desviarem o foco do principal: eliminar qualquer poça de água que possa servir como criadouro do mosquito transmissor da dengue.

“Mesmo que você coloque cloro em ralos, por exemplo, essa medida seria insuficiente”, disse. “A conscientização passa por entender que a única ação realmente eficaz para combater a epidemia é não ter locais com água acumulada, impedindo, assim, a proliferação do vetor (o mosquito)”.

A infectologista Eliana Bicudo, assessora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), aponta que o mais eficaz é tapar os ralos internos das casas. “Isso seria mais efetivo, sem ter necessidade de ficar jogando produtos toda semana. Se o ralo está acumulando água ou está dando retorno, é mais indicado que se conserte esse ralo e depois jogue água sanitária”. disse.

Ela não recomenda misturar cloro e sal: “Isso pode causar uma reação química indesejada”.

O que estão compartilhando: mensagem que diz que a Vigilância Sanitária teria pedido para colocar cloro e sal duas vezes por semana nos ralos de casa como medida de segurança contra a dengue.

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é enganoso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou que tenha divulgado a orientação. O Ministério da Saúde não recomenda essa medida, mas sim desobstruir e tapar ralos. Outros órgãos governamentais e profissionais de saúde consultados pelo Verifica não indicam o uso de cloro e sal como a forma mais eficaz de combater os focos do mosquito transmissor da dengue. A recomendação principal é eliminar qualquer ocorrência de água parada.

Captura de tela postagem verificada Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O Ministério da Saúde recomenda tapar ralos, pias e caixas d’água para combater focos de mosquito da dengue. Em resposta ao Verifica, a pasta enviou as recomendações seguintes:

• uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de transmissão reconhecida;

• remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

• vedação dos reservatórios e caixas de água;

• desobstrução de calhas, lajes e ralos;

• participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Estadão Verifica encontrou a recomendação de utilização de cloro ou de sal em ralos não utilizados com frequência como forma alternativa de combater as larvas do Aedes aegypti. Esse conselho está nos sites das prefeituras de Ribeirão Preto, Guarujá e Santos, em São Paulo.

A Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou que os produtos podem ser usados em condições específicas para prevenir criadouros do mosquito da dengue. Porém, segundo a pasta, eles devem ser usados separadamente, pois não há comprovação científica da efetividade da utilização dos dois em conjunto. A secretaria alerta que o sal e o cloro são eficazes apenas na concentração, periodicidade e local recomendados.

Neste documento encaminhado pela pasta, o cloro aparece indicado para uso em piscina e em vaso sanitário em desuso. Já o uso do sal está indicado para calhas e pneus em desuso. A água sanitária, que tem o cloro em sua composição, é recomendada para caixa de descarga sem tampa e sem uso diário e para ralos e canaletas de drenagem para água de chuva. As outras recomendações podem ser acessadas no documento neste link.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) diz que o que é realmente eficaz é manter o ralo fechado. “Caso o ralo não feche, deve-se colocar uma tela por cima. Isso é chamado de controle mecânico, porque inviabiliza o acesso do mosquito ao local com água. É também necessário vedar as caixas d’água, os barris etc”, afirmou o órgão. “Vale lembrar que a mistura do cloro com sal não substitui a vedação dos locais com água”.

A Secretaria do Rio recomenda ainda outros cuidados, como colocar areia nos pratos de vasos de plantas, manter caixas d’água e cisternas bem fechadas e eliminar recipientes que acumulam água. “Bastam dez minutos por semana dedicados a evitar a proliferação do Aedes aegypti”, informou.

Orientação divulgada isoladamente pode confundir

Para Túlio Batista Franco, diretor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF), a orientação de colocar sal e cloro nos ralos internos da casa, quando divulgada isoladamente em redes sociais e por WhatsApp, pode confundir a população e fazer as pessoas desviarem o foco do principal: eliminar qualquer poça de água que possa servir como criadouro do mosquito transmissor da dengue.

“Mesmo que você coloque cloro em ralos, por exemplo, essa medida seria insuficiente”, disse. “A conscientização passa por entender que a única ação realmente eficaz para combater a epidemia é não ter locais com água acumulada, impedindo, assim, a proliferação do vetor (o mosquito)”.

A infectologista Eliana Bicudo, assessora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), aponta que o mais eficaz é tapar os ralos internos das casas. “Isso seria mais efetivo, sem ter necessidade de ficar jogando produtos toda semana. Se o ralo está acumulando água ou está dando retorno, é mais indicado que se conserte esse ralo e depois jogue água sanitária”. disse.

Ela não recomenda misturar cloro e sal: “Isso pode causar uma reação química indesejada”.

O que estão compartilhando: mensagem que diz que a Vigilância Sanitária teria pedido para colocar cloro e sal duas vezes por semana nos ralos de casa como medida de segurança contra a dengue.

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é enganoso. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou que tenha divulgado a orientação. O Ministério da Saúde não recomenda essa medida, mas sim desobstruir e tapar ralos. Outros órgãos governamentais e profissionais de saúde consultados pelo Verifica não indicam o uso de cloro e sal como a forma mais eficaz de combater os focos do mosquito transmissor da dengue. A recomendação principal é eliminar qualquer ocorrência de água parada.

Captura de tela postagem verificada Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: O Ministério da Saúde recomenda tapar ralos, pias e caixas d’água para combater focos de mosquito da dengue. Em resposta ao Verifica, a pasta enviou as recomendações seguintes:

• uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de transmissão reconhecida;

• remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

• vedação dos reservatórios e caixas de água;

• desobstrução de calhas, lajes e ralos;

• participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Estadão Verifica encontrou a recomendação de utilização de cloro ou de sal em ralos não utilizados com frequência como forma alternativa de combater as larvas do Aedes aegypti. Esse conselho está nos sites das prefeituras de Ribeirão Preto, Guarujá e Santos, em São Paulo.

A Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou que os produtos podem ser usados em condições específicas para prevenir criadouros do mosquito da dengue. Porém, segundo a pasta, eles devem ser usados separadamente, pois não há comprovação científica da efetividade da utilização dos dois em conjunto. A secretaria alerta que o sal e o cloro são eficazes apenas na concentração, periodicidade e local recomendados.

Neste documento encaminhado pela pasta, o cloro aparece indicado para uso em piscina e em vaso sanitário em desuso. Já o uso do sal está indicado para calhas e pneus em desuso. A água sanitária, que tem o cloro em sua composição, é recomendada para caixa de descarga sem tampa e sem uso diário e para ralos e canaletas de drenagem para água de chuva. As outras recomendações podem ser acessadas no documento neste link.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) diz que o que é realmente eficaz é manter o ralo fechado. “Caso o ralo não feche, deve-se colocar uma tela por cima. Isso é chamado de controle mecânico, porque inviabiliza o acesso do mosquito ao local com água. É também necessário vedar as caixas d’água, os barris etc”, afirmou o órgão. “Vale lembrar que a mistura do cloro com sal não substitui a vedação dos locais com água”.

A Secretaria do Rio recomenda ainda outros cuidados, como colocar areia nos pratos de vasos de plantas, manter caixas d’água e cisternas bem fechadas e eliminar recipientes que acumulam água. “Bastam dez minutos por semana dedicados a evitar a proliferação do Aedes aegypti”, informou.

Orientação divulgada isoladamente pode confundir

Para Túlio Batista Franco, diretor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF), a orientação de colocar sal e cloro nos ralos internos da casa, quando divulgada isoladamente em redes sociais e por WhatsApp, pode confundir a população e fazer as pessoas desviarem o foco do principal: eliminar qualquer poça de água que possa servir como criadouro do mosquito transmissor da dengue.

“Mesmo que você coloque cloro em ralos, por exemplo, essa medida seria insuficiente”, disse. “A conscientização passa por entender que a única ação realmente eficaz para combater a epidemia é não ter locais com água acumulada, impedindo, assim, a proliferação do vetor (o mosquito)”.

A infectologista Eliana Bicudo, assessora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), aponta que o mais eficaz é tapar os ralos internos das casas. “Isso seria mais efetivo, sem ter necessidade de ficar jogando produtos toda semana. Se o ralo está acumulando água ou está dando retorno, é mais indicado que se conserte esse ralo e depois jogue água sanitária”. disse.

Ela não recomenda misturar cloro e sal: “Isso pode causar uma reação química indesejada”.

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