É falso que eleitores do Espírito Santo já tenham votado no 2º turno das eleições de 2022


Foto mostra comprovantes de votação dos dois turnos em nome de três eleitores capixabas, mas eles não são documentos originais, e sim material com erro que acabou sendo descartado de forma inadequada por gráfica

Por Clarissa Pacheco
Atualização:

É falso que eleitores do município de Pancas, no Espírito Santo, já tenham votado para o segundo turno das eleições deste ano. O boato se espalhou por causa de uma foto nas redes sociais, enviada ao Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490, que mostra cinco comprovantes de votação de 2022 - dois do primeiro turno e três do segundo - em nome de três eleitores diferentes da cidade. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), a imagem não mostra comprovantes oficiais, e sim uma prova de impressão que continha erros e que foi descartada de forma inadequada pela gráfica contratada para fazer os cadernos de votação deste ano.

O Estadão Verifica conversou com um dos eleitores cujo nome aparece na imagem e ele assegurou que votou no primeiro turno e recebeu apenas um comprovante de votação. "Eu votei no primeiro turno e recebi mesmo só o comprovante que eu votei no primeiro turno. Essa foto já chegou aqui à cidade de Pancas e tem tanta gente me perguntando sobre isso, e na verdade, eu não estou entendendo o que aconteceu", disse Juranilton Pereira, que é pastor em uma igreja evangélica da cidade. A foto mostra os comprovantes dele do 1º e do 2º turno. No perfil pessoal de Juranilton nas redes sociais, a foto foi postada em forma de comentário e, na sequência, ele foi acusado de já ter votado duas vezes. Os comentários denunciavam fraude e exigiam que o eleitor se pronunciasse.

 Foto: Estadão
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Uma nota do TRE-ES explica o que aconteceu: "A gráfica licitada pelo TSE para fazer a impressão dos cadernos de votação para o TRE-ES, ao detectar um erro numa prova de impressão, não fez o descarte adequado do material, deixando os comprovantes de votação íntegros", explica o Tribunal.

A empresa que venceu o edital de licitação de número 11/2020 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para imprimir os cadernos de votação de todos os estados e distrito federal é a Indústria Gráfica Brasileira (IGB), que fica em Tamboré, na Grande São Paulo, a 73 quilômetros de Atibaia. Foi em Atibaia que, segundo os posts virais, os comprovantes de votação foram encontrados junto com restos de papel para reciclagem em uma fábrica de Bom Jesus dos Perdões.

Problema na tritura do papel

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De acordo com Enrico Rimini, um dos sócios da IGB, o problema aconteceu depois que o contratante, o TSE, pediu uma reposição dos lotes de cadernos de votação do Espírito Santo, provavelmente por causa de alguma atualização no arquivo de nomes após a impressão. A reposição foi feita imediatamente e os cadernos já impressos foram enviados para a fragmentação e, depois, para a trituração.

"Todos os cuidados foram tomados com relação a estes impressos, apesar de não serem formulários com valores faciais ou até mesmo premiações. Mesmo assim, foram tratados como tal devido aos teores de confidencialidade e exigências do nosso contratante. O processo de fragmentação é feito por um equipamento industrial similar a exemplo destas pequenas fragmentadores de escritório. Este equipamento refila todas as folhas em tiras com 4,5 cm de largura. Observe, porém, que o canhoto é muito pequeno. Ele tem apenas 3 cm de largura", explica Enrico.

Segundo ele, foram fragmentadas aproximadamente 4,8 toneladas de material e todo o volume foi depositado aleatoriamente em uma esteira que transporta papeis para dentro de uma trituradora. "As probabilidades são pequenas mas, dependendo da posição que os cadernos caem nas facas trituradoras, é possível que algumas unidades acabaram não sendo refiladas corretamente porque as trituras acontecem com 4,5 cm e o canhoto tem 3 cm de largura. Infelizmente, foi o que ocorreu. Aliás, fato inusitado. Apesar de tantos e tantos anos de experiências e produções, nunca nos ocorreu que isto poderia acontecer", disse Enrico.

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Ele acrescentou, ainda, que após o ocorrido, a empresa está providenciando uma dupla tritura de material descartado e considera alterar o equipamento para fazer cortes em 2,5 cm de largura, e não mais em 4,5 cm. "O importante agora é documentar que não se trata de qualquer tipo de adulteração ou falsificação. Foi apenas um procedimento de fragmentação inadequado e que estará sendo corrigido de imediato", disse.

Caderno único

Os cinco comprovantes de votação que aparecem na imagem são de eleitores da 36ª Zona Eleitoral do Espírito Santo, que fica no município de Pancas, cidade de 23 mil habitantes a 186 quilômetros da capital, Vitória. "O TRE-ES reforça que o cartório da 36ª Zona Eleitoral recebeu apenas um caderno de votação para cada turno e que nenhum eleitor votou para o próximo pleito, que será realizado no dia 30 de outubro", diz nota do tribunal.

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A seção 67, a que todos os eleitores da foto pertencem, tem 347 eleitores aptos e 275 compareceram para votar no primeiro turno. Foram 155 votos para Jair Bolsonaro (PL), 102 para Lula (PT), quatro para Ciro Gomes (PDT), dois para Simone Tebet (MDB), dois para Léo Péricles (UP) e um para Felipe D'Ávila (Novo). Dois eleitores votaram em branco e sete votaram nulo.

É falso que eleitores do município de Pancas, no Espírito Santo, já tenham votado para o segundo turno das eleições deste ano. O boato se espalhou por causa de uma foto nas redes sociais, enviada ao Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490, que mostra cinco comprovantes de votação de 2022 - dois do primeiro turno e três do segundo - em nome de três eleitores diferentes da cidade. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), a imagem não mostra comprovantes oficiais, e sim uma prova de impressão que continha erros e que foi descartada de forma inadequada pela gráfica contratada para fazer os cadernos de votação deste ano.

O Estadão Verifica conversou com um dos eleitores cujo nome aparece na imagem e ele assegurou que votou no primeiro turno e recebeu apenas um comprovante de votação. "Eu votei no primeiro turno e recebi mesmo só o comprovante que eu votei no primeiro turno. Essa foto já chegou aqui à cidade de Pancas e tem tanta gente me perguntando sobre isso, e na verdade, eu não estou entendendo o que aconteceu", disse Juranilton Pereira, que é pastor em uma igreja evangélica da cidade. A foto mostra os comprovantes dele do 1º e do 2º turno. No perfil pessoal de Juranilton nas redes sociais, a foto foi postada em forma de comentário e, na sequência, ele foi acusado de já ter votado duas vezes. Os comentários denunciavam fraude e exigiam que o eleitor se pronunciasse.

 Foto: Estadão

Uma nota do TRE-ES explica o que aconteceu: "A gráfica licitada pelo TSE para fazer a impressão dos cadernos de votação para o TRE-ES, ao detectar um erro numa prova de impressão, não fez o descarte adequado do material, deixando os comprovantes de votação íntegros", explica o Tribunal.

A empresa que venceu o edital de licitação de número 11/2020 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para imprimir os cadernos de votação de todos os estados e distrito federal é a Indústria Gráfica Brasileira (IGB), que fica em Tamboré, na Grande São Paulo, a 73 quilômetros de Atibaia. Foi em Atibaia que, segundo os posts virais, os comprovantes de votação foram encontrados junto com restos de papel para reciclagem em uma fábrica de Bom Jesus dos Perdões.

Problema na tritura do papel

De acordo com Enrico Rimini, um dos sócios da IGB, o problema aconteceu depois que o contratante, o TSE, pediu uma reposição dos lotes de cadernos de votação do Espírito Santo, provavelmente por causa de alguma atualização no arquivo de nomes após a impressão. A reposição foi feita imediatamente e os cadernos já impressos foram enviados para a fragmentação e, depois, para a trituração.

"Todos os cuidados foram tomados com relação a estes impressos, apesar de não serem formulários com valores faciais ou até mesmo premiações. Mesmo assim, foram tratados como tal devido aos teores de confidencialidade e exigências do nosso contratante. O processo de fragmentação é feito por um equipamento industrial similar a exemplo destas pequenas fragmentadores de escritório. Este equipamento refila todas as folhas em tiras com 4,5 cm de largura. Observe, porém, que o canhoto é muito pequeno. Ele tem apenas 3 cm de largura", explica Enrico.

Segundo ele, foram fragmentadas aproximadamente 4,8 toneladas de material e todo o volume foi depositado aleatoriamente em uma esteira que transporta papeis para dentro de uma trituradora. "As probabilidades são pequenas mas, dependendo da posição que os cadernos caem nas facas trituradoras, é possível que algumas unidades acabaram não sendo refiladas corretamente porque as trituras acontecem com 4,5 cm e o canhoto tem 3 cm de largura. Infelizmente, foi o que ocorreu. Aliás, fato inusitado. Apesar de tantos e tantos anos de experiências e produções, nunca nos ocorreu que isto poderia acontecer", disse Enrico.

Ele acrescentou, ainda, que após o ocorrido, a empresa está providenciando uma dupla tritura de material descartado e considera alterar o equipamento para fazer cortes em 2,5 cm de largura, e não mais em 4,5 cm. "O importante agora é documentar que não se trata de qualquer tipo de adulteração ou falsificação. Foi apenas um procedimento de fragmentação inadequado e que estará sendo corrigido de imediato", disse.

Caderno único

Os cinco comprovantes de votação que aparecem na imagem são de eleitores da 36ª Zona Eleitoral do Espírito Santo, que fica no município de Pancas, cidade de 23 mil habitantes a 186 quilômetros da capital, Vitória. "O TRE-ES reforça que o cartório da 36ª Zona Eleitoral recebeu apenas um caderno de votação para cada turno e que nenhum eleitor votou para o próximo pleito, que será realizado no dia 30 de outubro", diz nota do tribunal.

A seção 67, a que todos os eleitores da foto pertencem, tem 347 eleitores aptos e 275 compareceram para votar no primeiro turno. Foram 155 votos para Jair Bolsonaro (PL), 102 para Lula (PT), quatro para Ciro Gomes (PDT), dois para Simone Tebet (MDB), dois para Léo Péricles (UP) e um para Felipe D'Ávila (Novo). Dois eleitores votaram em branco e sete votaram nulo.

É falso que eleitores do município de Pancas, no Espírito Santo, já tenham votado para o segundo turno das eleições deste ano. O boato se espalhou por causa de uma foto nas redes sociais, enviada ao Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490, que mostra cinco comprovantes de votação de 2022 - dois do primeiro turno e três do segundo - em nome de três eleitores diferentes da cidade. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), a imagem não mostra comprovantes oficiais, e sim uma prova de impressão que continha erros e que foi descartada de forma inadequada pela gráfica contratada para fazer os cadernos de votação deste ano.

O Estadão Verifica conversou com um dos eleitores cujo nome aparece na imagem e ele assegurou que votou no primeiro turno e recebeu apenas um comprovante de votação. "Eu votei no primeiro turno e recebi mesmo só o comprovante que eu votei no primeiro turno. Essa foto já chegou aqui à cidade de Pancas e tem tanta gente me perguntando sobre isso, e na verdade, eu não estou entendendo o que aconteceu", disse Juranilton Pereira, que é pastor em uma igreja evangélica da cidade. A foto mostra os comprovantes dele do 1º e do 2º turno. No perfil pessoal de Juranilton nas redes sociais, a foto foi postada em forma de comentário e, na sequência, ele foi acusado de já ter votado duas vezes. Os comentários denunciavam fraude e exigiam que o eleitor se pronunciasse.

 Foto: Estadão

Uma nota do TRE-ES explica o que aconteceu: "A gráfica licitada pelo TSE para fazer a impressão dos cadernos de votação para o TRE-ES, ao detectar um erro numa prova de impressão, não fez o descarte adequado do material, deixando os comprovantes de votação íntegros", explica o Tribunal.

A empresa que venceu o edital de licitação de número 11/2020 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para imprimir os cadernos de votação de todos os estados e distrito federal é a Indústria Gráfica Brasileira (IGB), que fica em Tamboré, na Grande São Paulo, a 73 quilômetros de Atibaia. Foi em Atibaia que, segundo os posts virais, os comprovantes de votação foram encontrados junto com restos de papel para reciclagem em uma fábrica de Bom Jesus dos Perdões.

Problema na tritura do papel

De acordo com Enrico Rimini, um dos sócios da IGB, o problema aconteceu depois que o contratante, o TSE, pediu uma reposição dos lotes de cadernos de votação do Espírito Santo, provavelmente por causa de alguma atualização no arquivo de nomes após a impressão. A reposição foi feita imediatamente e os cadernos já impressos foram enviados para a fragmentação e, depois, para a trituração.

"Todos os cuidados foram tomados com relação a estes impressos, apesar de não serem formulários com valores faciais ou até mesmo premiações. Mesmo assim, foram tratados como tal devido aos teores de confidencialidade e exigências do nosso contratante. O processo de fragmentação é feito por um equipamento industrial similar a exemplo destas pequenas fragmentadores de escritório. Este equipamento refila todas as folhas em tiras com 4,5 cm de largura. Observe, porém, que o canhoto é muito pequeno. Ele tem apenas 3 cm de largura", explica Enrico.

Segundo ele, foram fragmentadas aproximadamente 4,8 toneladas de material e todo o volume foi depositado aleatoriamente em uma esteira que transporta papeis para dentro de uma trituradora. "As probabilidades são pequenas mas, dependendo da posição que os cadernos caem nas facas trituradoras, é possível que algumas unidades acabaram não sendo refiladas corretamente porque as trituras acontecem com 4,5 cm e o canhoto tem 3 cm de largura. Infelizmente, foi o que ocorreu. Aliás, fato inusitado. Apesar de tantos e tantos anos de experiências e produções, nunca nos ocorreu que isto poderia acontecer", disse Enrico.

Ele acrescentou, ainda, que após o ocorrido, a empresa está providenciando uma dupla tritura de material descartado e considera alterar o equipamento para fazer cortes em 2,5 cm de largura, e não mais em 4,5 cm. "O importante agora é documentar que não se trata de qualquer tipo de adulteração ou falsificação. Foi apenas um procedimento de fragmentação inadequado e que estará sendo corrigido de imediato", disse.

Caderno único

Os cinco comprovantes de votação que aparecem na imagem são de eleitores da 36ª Zona Eleitoral do Espírito Santo, que fica no município de Pancas, cidade de 23 mil habitantes a 186 quilômetros da capital, Vitória. "O TRE-ES reforça que o cartório da 36ª Zona Eleitoral recebeu apenas um caderno de votação para cada turno e que nenhum eleitor votou para o próximo pleito, que será realizado no dia 30 de outubro", diz nota do tribunal.

A seção 67, a que todos os eleitores da foto pertencem, tem 347 eleitores aptos e 275 compareceram para votar no primeiro turno. Foram 155 votos para Jair Bolsonaro (PL), 102 para Lula (PT), quatro para Ciro Gomes (PDT), dois para Simone Tebet (MDB), dois para Léo Péricles (UP) e um para Felipe D'Ávila (Novo). Dois eleitores votaram em branco e sete votaram nulo.

É falso que eleitores do município de Pancas, no Espírito Santo, já tenham votado para o segundo turno das eleições deste ano. O boato se espalhou por causa de uma foto nas redes sociais, enviada ao Estadão Verifica pelo número (11) 97683-7490, que mostra cinco comprovantes de votação de 2022 - dois do primeiro turno e três do segundo - em nome de três eleitores diferentes da cidade. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), a imagem não mostra comprovantes oficiais, e sim uma prova de impressão que continha erros e que foi descartada de forma inadequada pela gráfica contratada para fazer os cadernos de votação deste ano.

O Estadão Verifica conversou com um dos eleitores cujo nome aparece na imagem e ele assegurou que votou no primeiro turno e recebeu apenas um comprovante de votação. "Eu votei no primeiro turno e recebi mesmo só o comprovante que eu votei no primeiro turno. Essa foto já chegou aqui à cidade de Pancas e tem tanta gente me perguntando sobre isso, e na verdade, eu não estou entendendo o que aconteceu", disse Juranilton Pereira, que é pastor em uma igreja evangélica da cidade. A foto mostra os comprovantes dele do 1º e do 2º turno. No perfil pessoal de Juranilton nas redes sociais, a foto foi postada em forma de comentário e, na sequência, ele foi acusado de já ter votado duas vezes. Os comentários denunciavam fraude e exigiam que o eleitor se pronunciasse.

 Foto: Estadão

Uma nota do TRE-ES explica o que aconteceu: "A gráfica licitada pelo TSE para fazer a impressão dos cadernos de votação para o TRE-ES, ao detectar um erro numa prova de impressão, não fez o descarte adequado do material, deixando os comprovantes de votação íntegros", explica o Tribunal.

A empresa que venceu o edital de licitação de número 11/2020 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para imprimir os cadernos de votação de todos os estados e distrito federal é a Indústria Gráfica Brasileira (IGB), que fica em Tamboré, na Grande São Paulo, a 73 quilômetros de Atibaia. Foi em Atibaia que, segundo os posts virais, os comprovantes de votação foram encontrados junto com restos de papel para reciclagem em uma fábrica de Bom Jesus dos Perdões.

Problema na tritura do papel

De acordo com Enrico Rimini, um dos sócios da IGB, o problema aconteceu depois que o contratante, o TSE, pediu uma reposição dos lotes de cadernos de votação do Espírito Santo, provavelmente por causa de alguma atualização no arquivo de nomes após a impressão. A reposição foi feita imediatamente e os cadernos já impressos foram enviados para a fragmentação e, depois, para a trituração.

"Todos os cuidados foram tomados com relação a estes impressos, apesar de não serem formulários com valores faciais ou até mesmo premiações. Mesmo assim, foram tratados como tal devido aos teores de confidencialidade e exigências do nosso contratante. O processo de fragmentação é feito por um equipamento industrial similar a exemplo destas pequenas fragmentadores de escritório. Este equipamento refila todas as folhas em tiras com 4,5 cm de largura. Observe, porém, que o canhoto é muito pequeno. Ele tem apenas 3 cm de largura", explica Enrico.

Segundo ele, foram fragmentadas aproximadamente 4,8 toneladas de material e todo o volume foi depositado aleatoriamente em uma esteira que transporta papeis para dentro de uma trituradora. "As probabilidades são pequenas mas, dependendo da posição que os cadernos caem nas facas trituradoras, é possível que algumas unidades acabaram não sendo refiladas corretamente porque as trituras acontecem com 4,5 cm e o canhoto tem 3 cm de largura. Infelizmente, foi o que ocorreu. Aliás, fato inusitado. Apesar de tantos e tantos anos de experiências e produções, nunca nos ocorreu que isto poderia acontecer", disse Enrico.

Ele acrescentou, ainda, que após o ocorrido, a empresa está providenciando uma dupla tritura de material descartado e considera alterar o equipamento para fazer cortes em 2,5 cm de largura, e não mais em 4,5 cm. "O importante agora é documentar que não se trata de qualquer tipo de adulteração ou falsificação. Foi apenas um procedimento de fragmentação inadequado e que estará sendo corrigido de imediato", disse.

Caderno único

Os cinco comprovantes de votação que aparecem na imagem são de eleitores da 36ª Zona Eleitoral do Espírito Santo, que fica no município de Pancas, cidade de 23 mil habitantes a 186 quilômetros da capital, Vitória. "O TRE-ES reforça que o cartório da 36ª Zona Eleitoral recebeu apenas um caderno de votação para cada turno e que nenhum eleitor votou para o próximo pleito, que será realizado no dia 30 de outubro", diz nota do tribunal.

A seção 67, a que todos os eleitores da foto pertencem, tem 347 eleitores aptos e 275 compareceram para votar no primeiro turno. Foram 155 votos para Jair Bolsonaro (PL), 102 para Lula (PT), quatro para Ciro Gomes (PDT), dois para Simone Tebet (MDB), dois para Léo Péricles (UP) e um para Felipe D'Ávila (Novo). Dois eleitores votaram em branco e sete votaram nulo.

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