Corte de 76% nos empregos da Petrobras no Nordeste não aconteceu no governo Lula


Posts usam reportagem com dados dos últimos nove anos para atribuir ao atual presidente a redução no número de postos de trabalho na petroleira

Por Clarissa Pacheco
Atualização:

O que estão compartilhando: que presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mandou a Petrobras reduzir em 76% os empregos no Nordeste, justificando os cortes como sendo parte de um “plano estratégico” da estatal.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O conteúdo gerou publicações em diversas plataformas de redes sociais, como o TikTok, o Facebook e o Instagram. Todas elas usam como base uma notícia verdadeira publicada originalmente pelo Estadão – de que a Petrobras reduziu em 76% o número de empregos da companhia na região Nordeste –, mas mentem ao atribuir os cortes ao atual governo ou diretamente ao presidente Lula. Na realidade, os cortes não aconteceram no governo Lula, e sim entre 2013 e 2022.

Card Petrobras enganoso Foto: Reprodução
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Saiba mais: No último dia 3 de agosto, o Estadão publicou uma reportagem com base em um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) feito em parceria com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Os dados mostram que o número de trabalhadores da Petrobras na região Nordeste caiu 76% nos últimos nove anos, encerrados em 2022.

Para o Dieese, os cortes seriam uma consequência da privatização da empresa e da concentração da operação na região Sudeste. Esta região também teve cortes em cargos nos últimos nove anos, mas em menor volume, de 29%: passou de 53 mil funcionários em 2013 para 37,6 mil no final de 2022. O Nordeste, por outro lado, saiu de 17,4 mil trabalhadores na petroleira para 4,1 mil no mesmo período.

Nos últimos nove anos, a Petrobras vendeu 96 ativos, sendo 82 no Brasil e 14 no exterior. No Nordeste, o estado mais atingido foi a Bahia, com a venda de 14 ativos, entre eles a Refinaria Landulfo Alves, no governo de Jair Bolsonaro.

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Ao Estadão, a Petrobras afirmou que a diminuição de empregos em todas as regiões do País se deve aos programas de Desligamento Voluntário (PDV), que foram usados como uma ferramenta de “gestão” da companhia com foco na redução de custos e na adequação do perfil da empresa.

Logo após assumir a presidência, Lula assinou um ato determinando a suspensão do processo de privatização de algumas estatais, entre elas os Correios e a Petrobras. Em maio, falou que não pretende vender mais ativos da petroleira.

Postagens criticam Nordeste e ironizam: “Faz o L”

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Embora a reportagem nem sequer cite o atual governo, publicações nas redes sociais reproduzem apenas a manchete fora de contexto para atribuir os cortes a Lula. As postagens ironizam a população do Nordeste, que votou majoritariamente no petista. No TikTok, um homem disse que “papai Lula mandou cortar 76% dos empregos do Nordeste gerados pela Petrobras” e que, agora, a população do Nordeste terá que ir para o Sul, governado pela direita.

No Instagram, outra publicação compartilhou, primeiro, um vídeo de petroleiros comemorando a vitória de Lula na eleição passada, e depois, o título da reportagem do Estadão. A legenda atribui as demissões ao atual governo: “Fizeram festa com a eleição de Lula e agora choram com o desemprego e demissões!”.

O deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP) também postou sobre o assunto nas redes sociais, usando o título do conteúdo do Estadão e republicado pelo portal Terra, seguido da expressão “Faz o L”. Apoiadores do presidente utilizam a frase para celebrar notícias positivas da atual gestão, ao passo que opositores a utilizam de forma irônica para apontar aspectos negativos. Questionado, Marco Feliciano negou que falasse sobre o governo: “O faz o L que eu citei tem a ver com L de lamento = tristeza; lindo = em tom irônico; lástima = pena; lágrimas = de angústia”.

O que estão compartilhando: que presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mandou a Petrobras reduzir em 76% os empregos no Nordeste, justificando os cortes como sendo parte de um “plano estratégico” da estatal.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O conteúdo gerou publicações em diversas plataformas de redes sociais, como o TikTok, o Facebook e o Instagram. Todas elas usam como base uma notícia verdadeira publicada originalmente pelo Estadão – de que a Petrobras reduziu em 76% o número de empregos da companhia na região Nordeste –, mas mentem ao atribuir os cortes ao atual governo ou diretamente ao presidente Lula. Na realidade, os cortes não aconteceram no governo Lula, e sim entre 2013 e 2022.

Card Petrobras enganoso Foto: Reprodução

Saiba mais: No último dia 3 de agosto, o Estadão publicou uma reportagem com base em um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) feito em parceria com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Os dados mostram que o número de trabalhadores da Petrobras na região Nordeste caiu 76% nos últimos nove anos, encerrados em 2022.

Para o Dieese, os cortes seriam uma consequência da privatização da empresa e da concentração da operação na região Sudeste. Esta região também teve cortes em cargos nos últimos nove anos, mas em menor volume, de 29%: passou de 53 mil funcionários em 2013 para 37,6 mil no final de 2022. O Nordeste, por outro lado, saiu de 17,4 mil trabalhadores na petroleira para 4,1 mil no mesmo período.

Nos últimos nove anos, a Petrobras vendeu 96 ativos, sendo 82 no Brasil e 14 no exterior. No Nordeste, o estado mais atingido foi a Bahia, com a venda de 14 ativos, entre eles a Refinaria Landulfo Alves, no governo de Jair Bolsonaro.

Ao Estadão, a Petrobras afirmou que a diminuição de empregos em todas as regiões do País se deve aos programas de Desligamento Voluntário (PDV), que foram usados como uma ferramenta de “gestão” da companhia com foco na redução de custos e na adequação do perfil da empresa.

Logo após assumir a presidência, Lula assinou um ato determinando a suspensão do processo de privatização de algumas estatais, entre elas os Correios e a Petrobras. Em maio, falou que não pretende vender mais ativos da petroleira.

Postagens criticam Nordeste e ironizam: “Faz o L”

Embora a reportagem nem sequer cite o atual governo, publicações nas redes sociais reproduzem apenas a manchete fora de contexto para atribuir os cortes a Lula. As postagens ironizam a população do Nordeste, que votou majoritariamente no petista. No TikTok, um homem disse que “papai Lula mandou cortar 76% dos empregos do Nordeste gerados pela Petrobras” e que, agora, a população do Nordeste terá que ir para o Sul, governado pela direita.

No Instagram, outra publicação compartilhou, primeiro, um vídeo de petroleiros comemorando a vitória de Lula na eleição passada, e depois, o título da reportagem do Estadão. A legenda atribui as demissões ao atual governo: “Fizeram festa com a eleição de Lula e agora choram com o desemprego e demissões!”.

O deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP) também postou sobre o assunto nas redes sociais, usando o título do conteúdo do Estadão e republicado pelo portal Terra, seguido da expressão “Faz o L”. Apoiadores do presidente utilizam a frase para celebrar notícias positivas da atual gestão, ao passo que opositores a utilizam de forma irônica para apontar aspectos negativos. Questionado, Marco Feliciano negou que falasse sobre o governo: “O faz o L que eu citei tem a ver com L de lamento = tristeza; lindo = em tom irônico; lástima = pena; lágrimas = de angústia”.

O que estão compartilhando: que presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mandou a Petrobras reduzir em 76% os empregos no Nordeste, justificando os cortes como sendo parte de um “plano estratégico” da estatal.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O conteúdo gerou publicações em diversas plataformas de redes sociais, como o TikTok, o Facebook e o Instagram. Todas elas usam como base uma notícia verdadeira publicada originalmente pelo Estadão – de que a Petrobras reduziu em 76% o número de empregos da companhia na região Nordeste –, mas mentem ao atribuir os cortes ao atual governo ou diretamente ao presidente Lula. Na realidade, os cortes não aconteceram no governo Lula, e sim entre 2013 e 2022.

Card Petrobras enganoso Foto: Reprodução

Saiba mais: No último dia 3 de agosto, o Estadão publicou uma reportagem com base em um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) feito em parceria com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Os dados mostram que o número de trabalhadores da Petrobras na região Nordeste caiu 76% nos últimos nove anos, encerrados em 2022.

Para o Dieese, os cortes seriam uma consequência da privatização da empresa e da concentração da operação na região Sudeste. Esta região também teve cortes em cargos nos últimos nove anos, mas em menor volume, de 29%: passou de 53 mil funcionários em 2013 para 37,6 mil no final de 2022. O Nordeste, por outro lado, saiu de 17,4 mil trabalhadores na petroleira para 4,1 mil no mesmo período.

Nos últimos nove anos, a Petrobras vendeu 96 ativos, sendo 82 no Brasil e 14 no exterior. No Nordeste, o estado mais atingido foi a Bahia, com a venda de 14 ativos, entre eles a Refinaria Landulfo Alves, no governo de Jair Bolsonaro.

Ao Estadão, a Petrobras afirmou que a diminuição de empregos em todas as regiões do País se deve aos programas de Desligamento Voluntário (PDV), que foram usados como uma ferramenta de “gestão” da companhia com foco na redução de custos e na adequação do perfil da empresa.

Logo após assumir a presidência, Lula assinou um ato determinando a suspensão do processo de privatização de algumas estatais, entre elas os Correios e a Petrobras. Em maio, falou que não pretende vender mais ativos da petroleira.

Postagens criticam Nordeste e ironizam: “Faz o L”

Embora a reportagem nem sequer cite o atual governo, publicações nas redes sociais reproduzem apenas a manchete fora de contexto para atribuir os cortes a Lula. As postagens ironizam a população do Nordeste, que votou majoritariamente no petista. No TikTok, um homem disse que “papai Lula mandou cortar 76% dos empregos do Nordeste gerados pela Petrobras” e que, agora, a população do Nordeste terá que ir para o Sul, governado pela direita.

No Instagram, outra publicação compartilhou, primeiro, um vídeo de petroleiros comemorando a vitória de Lula na eleição passada, e depois, o título da reportagem do Estadão. A legenda atribui as demissões ao atual governo: “Fizeram festa com a eleição de Lula e agora choram com o desemprego e demissões!”.

O deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP) também postou sobre o assunto nas redes sociais, usando o título do conteúdo do Estadão e republicado pelo portal Terra, seguido da expressão “Faz o L”. Apoiadores do presidente utilizam a frase para celebrar notícias positivas da atual gestão, ao passo que opositores a utilizam de forma irônica para apontar aspectos negativos. Questionado, Marco Feliciano negou que falasse sobre o governo: “O faz o L que eu citei tem a ver com L de lamento = tristeza; lindo = em tom irônico; lástima = pena; lágrimas = de angústia”.

O que estão compartilhando: que presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mandou a Petrobras reduzir em 76% os empregos no Nordeste, justificando os cortes como sendo parte de um “plano estratégico” da estatal.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O conteúdo gerou publicações em diversas plataformas de redes sociais, como o TikTok, o Facebook e o Instagram. Todas elas usam como base uma notícia verdadeira publicada originalmente pelo Estadão – de que a Petrobras reduziu em 76% o número de empregos da companhia na região Nordeste –, mas mentem ao atribuir os cortes ao atual governo ou diretamente ao presidente Lula. Na realidade, os cortes não aconteceram no governo Lula, e sim entre 2013 e 2022.

Card Petrobras enganoso Foto: Reprodução

Saiba mais: No último dia 3 de agosto, o Estadão publicou uma reportagem com base em um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) feito em parceria com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Os dados mostram que o número de trabalhadores da Petrobras na região Nordeste caiu 76% nos últimos nove anos, encerrados em 2022.

Para o Dieese, os cortes seriam uma consequência da privatização da empresa e da concentração da operação na região Sudeste. Esta região também teve cortes em cargos nos últimos nove anos, mas em menor volume, de 29%: passou de 53 mil funcionários em 2013 para 37,6 mil no final de 2022. O Nordeste, por outro lado, saiu de 17,4 mil trabalhadores na petroleira para 4,1 mil no mesmo período.

Nos últimos nove anos, a Petrobras vendeu 96 ativos, sendo 82 no Brasil e 14 no exterior. No Nordeste, o estado mais atingido foi a Bahia, com a venda de 14 ativos, entre eles a Refinaria Landulfo Alves, no governo de Jair Bolsonaro.

Ao Estadão, a Petrobras afirmou que a diminuição de empregos em todas as regiões do País se deve aos programas de Desligamento Voluntário (PDV), que foram usados como uma ferramenta de “gestão” da companhia com foco na redução de custos e na adequação do perfil da empresa.

Logo após assumir a presidência, Lula assinou um ato determinando a suspensão do processo de privatização de algumas estatais, entre elas os Correios e a Petrobras. Em maio, falou que não pretende vender mais ativos da petroleira.

Postagens criticam Nordeste e ironizam: “Faz o L”

Embora a reportagem nem sequer cite o atual governo, publicações nas redes sociais reproduzem apenas a manchete fora de contexto para atribuir os cortes a Lula. As postagens ironizam a população do Nordeste, que votou majoritariamente no petista. No TikTok, um homem disse que “papai Lula mandou cortar 76% dos empregos do Nordeste gerados pela Petrobras” e que, agora, a população do Nordeste terá que ir para o Sul, governado pela direita.

No Instagram, outra publicação compartilhou, primeiro, um vídeo de petroleiros comemorando a vitória de Lula na eleição passada, e depois, o título da reportagem do Estadão. A legenda atribui as demissões ao atual governo: “Fizeram festa com a eleição de Lula e agora choram com o desemprego e demissões!”.

O deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP) também postou sobre o assunto nas redes sociais, usando o título do conteúdo do Estadão e republicado pelo portal Terra, seguido da expressão “Faz o L”. Apoiadores do presidente utilizam a frase para celebrar notícias positivas da atual gestão, ao passo que opositores a utilizam de forma irônica para apontar aspectos negativos. Questionado, Marco Feliciano negou que falasse sobre o governo: “O faz o L que eu citei tem a ver com L de lamento = tristeza; lindo = em tom irônico; lástima = pena; lágrimas = de angústia”.

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