Não, deputada do PSOL não tem projeto de lei para criar profissão de 'ladrão' e conceder aposentadoria


Postagens tiram de contexto proposta de Talíria Petrone para modificar legislação sobre furto

Por Pedro Prata

São falsas as postagens nas redes sociais que dizem que "deputada do PSOL quer criar a profissão de ladrão, com direito a aposentadoria e tudo". Os posts alegam se referir ao projeto de lei 4.540/2021, de autoria de Tali?ria Petrone, mas não há menção no texto à criação de uma nova categoria profissional nem de direitos trabalhistas, como aposentadoria.

Proposta de Talíria Petrone não menciona categoria profissional nem direitos trabalhistas. Foto: Reprodução
continua após a publicidade

A proposta foi apresentada em 17 de dezembro de 2021. Ela visa alterar o artigo 155 do Código Penal, que trata do crime de furto. A deputada pretende definir o furto por necessidade, quando for cometido "por agente em situação de pobreza ou extrema pobreza, para saciar a fome ou necessidade básica imediata sua ou de sua família". O projeto também cria a figura do furto insignificante, "se insignificante a lesão ao patrimônio do ofendido".

Se configurada uma das duas situações, o furto deixaria de ser considerado crime, de acordo com a proposta. O texto afirma ainda que, no caso de a absolvição não ser possível, o juiz deverá substituir a pena de reclusão por pena restritiva de direitos ou aplicar somente multa.

continua após a publicidade

Documento

PL 4540/2021PDF

Talíria Petrone alega que o crime de furto representa 11% das prisões feitas no País e que a medida poderia reduzir a lotação dos presídios. Ela também afirma que a prática é uma violação patrimonial sem violência, o que justificaria a substituição da pena de reclusão por medidas mais brandas. O projeto de lei ainda precisa ser despachado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que comece a ser discutido. Não há previsão para que isso ocorra.

Não há, no texto, nenhuma menção à criação de uma categoria profissional ou do ganho de benefícios como aposentadoria. Um post no Instagram da página Fofoquei Brasil Oficial, com essas alegações, recebeu ao menos 4.861 likes e 500 comentários. A conta não fornece uma forma de contato e não foi possível pedir um posicionamento.

continua após a publicidade

Este conteúdo também foi checado por Lupa e Boatos.org.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

continua após a publicidade

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

São falsas as postagens nas redes sociais que dizem que "deputada do PSOL quer criar a profissão de ladrão, com direito a aposentadoria e tudo". Os posts alegam se referir ao projeto de lei 4.540/2021, de autoria de Tali?ria Petrone, mas não há menção no texto à criação de uma nova categoria profissional nem de direitos trabalhistas, como aposentadoria.

Proposta de Talíria Petrone não menciona categoria profissional nem direitos trabalhistas. Foto: Reprodução

A proposta foi apresentada em 17 de dezembro de 2021. Ela visa alterar o artigo 155 do Código Penal, que trata do crime de furto. A deputada pretende definir o furto por necessidade, quando for cometido "por agente em situação de pobreza ou extrema pobreza, para saciar a fome ou necessidade básica imediata sua ou de sua família". O projeto também cria a figura do furto insignificante, "se insignificante a lesão ao patrimônio do ofendido".

Se configurada uma das duas situações, o furto deixaria de ser considerado crime, de acordo com a proposta. O texto afirma ainda que, no caso de a absolvição não ser possível, o juiz deverá substituir a pena de reclusão por pena restritiva de direitos ou aplicar somente multa.

Documento

PL 4540/2021PDF

Talíria Petrone alega que o crime de furto representa 11% das prisões feitas no País e que a medida poderia reduzir a lotação dos presídios. Ela também afirma que a prática é uma violação patrimonial sem violência, o que justificaria a substituição da pena de reclusão por medidas mais brandas. O projeto de lei ainda precisa ser despachado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que comece a ser discutido. Não há previsão para que isso ocorra.

Não há, no texto, nenhuma menção à criação de uma categoria profissional ou do ganho de benefícios como aposentadoria. Um post no Instagram da página Fofoquei Brasil Oficial, com essas alegações, recebeu ao menos 4.861 likes e 500 comentários. A conta não fornece uma forma de contato e não foi possível pedir um posicionamento.

Este conteúdo também foi checado por Lupa e Boatos.org.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

São falsas as postagens nas redes sociais que dizem que "deputada do PSOL quer criar a profissão de ladrão, com direito a aposentadoria e tudo". Os posts alegam se referir ao projeto de lei 4.540/2021, de autoria de Tali?ria Petrone, mas não há menção no texto à criação de uma nova categoria profissional nem de direitos trabalhistas, como aposentadoria.

Proposta de Talíria Petrone não menciona categoria profissional nem direitos trabalhistas. Foto: Reprodução

A proposta foi apresentada em 17 de dezembro de 2021. Ela visa alterar o artigo 155 do Código Penal, que trata do crime de furto. A deputada pretende definir o furto por necessidade, quando for cometido "por agente em situação de pobreza ou extrema pobreza, para saciar a fome ou necessidade básica imediata sua ou de sua família". O projeto também cria a figura do furto insignificante, "se insignificante a lesão ao patrimônio do ofendido".

Se configurada uma das duas situações, o furto deixaria de ser considerado crime, de acordo com a proposta. O texto afirma ainda que, no caso de a absolvição não ser possível, o juiz deverá substituir a pena de reclusão por pena restritiva de direitos ou aplicar somente multa.

Documento

PL 4540/2021PDF

Talíria Petrone alega que o crime de furto representa 11% das prisões feitas no País e que a medida poderia reduzir a lotação dos presídios. Ela também afirma que a prática é uma violação patrimonial sem violência, o que justificaria a substituição da pena de reclusão por medidas mais brandas. O projeto de lei ainda precisa ser despachado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que comece a ser discutido. Não há previsão para que isso ocorra.

Não há, no texto, nenhuma menção à criação de uma categoria profissional ou do ganho de benefícios como aposentadoria. Um post no Instagram da página Fofoquei Brasil Oficial, com essas alegações, recebeu ao menos 4.861 likes e 500 comentários. A conta não fornece uma forma de contato e não foi possível pedir um posicionamento.

Este conteúdo também foi checado por Lupa e Boatos.org.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

São falsas as postagens nas redes sociais que dizem que "deputada do PSOL quer criar a profissão de ladrão, com direito a aposentadoria e tudo". Os posts alegam se referir ao projeto de lei 4.540/2021, de autoria de Tali?ria Petrone, mas não há menção no texto à criação de uma nova categoria profissional nem de direitos trabalhistas, como aposentadoria.

Proposta de Talíria Petrone não menciona categoria profissional nem direitos trabalhistas. Foto: Reprodução

A proposta foi apresentada em 17 de dezembro de 2021. Ela visa alterar o artigo 155 do Código Penal, que trata do crime de furto. A deputada pretende definir o furto por necessidade, quando for cometido "por agente em situação de pobreza ou extrema pobreza, para saciar a fome ou necessidade básica imediata sua ou de sua família". O projeto também cria a figura do furto insignificante, "se insignificante a lesão ao patrimônio do ofendido".

Se configurada uma das duas situações, o furto deixaria de ser considerado crime, de acordo com a proposta. O texto afirma ainda que, no caso de a absolvição não ser possível, o juiz deverá substituir a pena de reclusão por pena restritiva de direitos ou aplicar somente multa.

Documento

PL 4540/2021PDF

Talíria Petrone alega que o crime de furto representa 11% das prisões feitas no País e que a medida poderia reduzir a lotação dos presídios. Ela também afirma que a prática é uma violação patrimonial sem violência, o que justificaria a substituição da pena de reclusão por medidas mais brandas. O projeto de lei ainda precisa ser despachado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que comece a ser discutido. Não há previsão para que isso ocorra.

Não há, no texto, nenhuma menção à criação de uma categoria profissional ou do ganho de benefícios como aposentadoria. Um post no Instagram da página Fofoquei Brasil Oficial, com essas alegações, recebeu ao menos 4.861 likes e 500 comentários. A conta não fornece uma forma de contato e não foi possível pedir um posicionamento.

Este conteúdo também foi checado por Lupa e Boatos.org.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.