É falso que 20 zonas eleitorais de São Paulo tenham registrado votação 'igual' no primeiro turno


Em vídeo que viralizou no Facebook, homem lê resultados de apuração na capital, mas não mostra que o porcentual de votos e a colocação dos candidatos a prefeito variou em cada região

Por Alessandra Monnerat

É falso que 20 zonas eleitorais em São Paulo tenham registrado votação "praticamente igual" no primeiro turno das eleições 2020 e que isso configure fraude. Em um vídeo que viralizou no Facebook e também circula no WhatsApp, um homem vê os resultados da votação para os candidatos a prefeito e diz que em pelo menos 20 zonas a votação foi "igual, na mesma proporção". Isso não é verdade: tanto o número total quanto o porcentual de votos variou de zona a zona. Em apenas uma das 20 zonas mostradas na gravação a colocação dos candidatos obedeceu à mesma ordem do resultado final na capital.

O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lista o resultado da votação por zona eleitoral por ordem de colocação na votação em geral. Ou seja, mesmo que um candidato tenha se saído melhor em uma determinada região, ele vai aparecer na colocação que obteve no total de votos da cidade. Veja um exemplo da 5ª zona eleitoral (Jardim Paulista), em que a lista não segue a ordem de votos.

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Reprodução/TSE Foto: Estadão

O resultado do 1º turno na disputa à Prefeitura de São Paulo foi o seguinte: em primeiro, Bruno Covas (PSDB), com 32,85% dos votos válidos; em segundo, Guilherme Boulos (PSOL), com 20,24%; terceiro, Márcio França (PSB), 13,64%; quarto, Celso Russomanno (Republicanos), 10,50%; quinto, Arthur do Val (Patriota), 9,78%; sexto, Jilmar Tatto (PT), 8,65%; sétimo, Joice Hasselmann (PSL), 1,84%; oitavo, Andrea Matarazzo (PSD), 1,55%; nono, Marina Helou (Rede), 0,41%; décimo, Orlando Silva (PCdoB), 0,23%; décimo-primeiro, Levy Fidelix (PRTB), 0,22%; décimo-segundo, Vera (PSTU), 0,06%.

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No vídeo que viralizou, no entanto, apenas uma das zonas eleitorais seguiu a mesma ordem de colocação: a 320, Jabaquara. Mesmo assim, a proporção de votos para os candidatos não foi igual: Covas obteve 35,86%, Boulos, 19,67%.

Reprodução/TSE Foto: Estadão
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Em todas as outras zonas eleitorais mostradas no vídeo, a votação e a colocação dos candidatos a prefeito foi diferente. O concorrente do PT, Jilmar Tatto, que obteve o sexto maior número de votos no resultado geral, teve performance melhor em sete das 20 zonas apresentadas no vídeo. O petista ficou em terceiro nas zonas 352 (Itaim Paulista), 418 (Pedreira) e 020 (Valo Velho); em quarto nas zonas 408 (Jardim São Luís), 397 (Jardim Helena) e 353 (Guaianases); e em quinto na 403ª zona eleitoral (Jaraguá).

Tatto teve mais votos na zona sul da cidade -- conhecida como Tattolândia, onde sua família exerce forte influência política.

O candidato do Patriota, Arthur do Val, ficou em quinto lugar na colocação geral mas também se saiu melhor em várias das zonas eleitorais apresentadas no vídeo analisado. O deputado estadual ficou em terceiro nas zonas 005 (Jardim Paulista), 346 (Butantã) e 251 (Pinheiros); e em quarto nas zonas 257 (Vila Prudente), 259 (Saúde), 348 (Vila Formosa), 260 (Ipiranga) e 249 (Santana).

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Até Levy Fidelix (PRTB), o penúltimo colocado na votação geral para prefeito, conseguiu ultrapassar Orlando Silva (PC do B), o antepenúltino, nas zonas 259 (Saúde), 005 (Jardim Paulista), 418 (Pedreira), 348 (Vila Formosa), 403 (Jaraguá), 260 (Ipiranga) e 256 (Tucuruvi).

No primeiro turno das eleições municipais, pela primeira vez um candidato ficou à frente em todas as zonas eleitorais. O resultado estável, no entanto, não indica fraude, como já mostrou o Estadão Verifica em parceria com o Comprova.

O cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira, coordenador do curso de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), disse ao Comprova que "a explicação é que os eleitores da cidade tiveram a mesma percepção dos candidatos". Segundo ele, a população votou "independentemente da classe social ou do território".

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou como os resultados da apuração na capital paulista permaneceram estáveis ao longo de toda a noite.

É falso que 20 zonas eleitorais em São Paulo tenham registrado votação "praticamente igual" no primeiro turno das eleições 2020 e que isso configure fraude. Em um vídeo que viralizou no Facebook e também circula no WhatsApp, um homem vê os resultados da votação para os candidatos a prefeito e diz que em pelo menos 20 zonas a votação foi "igual, na mesma proporção". Isso não é verdade: tanto o número total quanto o porcentual de votos variou de zona a zona. Em apenas uma das 20 zonas mostradas na gravação a colocação dos candidatos obedeceu à mesma ordem do resultado final na capital.

O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lista o resultado da votação por zona eleitoral por ordem de colocação na votação em geral. Ou seja, mesmo que um candidato tenha se saído melhor em uma determinada região, ele vai aparecer na colocação que obteve no total de votos da cidade. Veja um exemplo da 5ª zona eleitoral (Jardim Paulista), em que a lista não segue a ordem de votos.

Reprodução/TSE Foto: Estadão

O resultado do 1º turno na disputa à Prefeitura de São Paulo foi o seguinte: em primeiro, Bruno Covas (PSDB), com 32,85% dos votos válidos; em segundo, Guilherme Boulos (PSOL), com 20,24%; terceiro, Márcio França (PSB), 13,64%; quarto, Celso Russomanno (Republicanos), 10,50%; quinto, Arthur do Val (Patriota), 9,78%; sexto, Jilmar Tatto (PT), 8,65%; sétimo, Joice Hasselmann (PSL), 1,84%; oitavo, Andrea Matarazzo (PSD), 1,55%; nono, Marina Helou (Rede), 0,41%; décimo, Orlando Silva (PCdoB), 0,23%; décimo-primeiro, Levy Fidelix (PRTB), 0,22%; décimo-segundo, Vera (PSTU), 0,06%.

No vídeo que viralizou, no entanto, apenas uma das zonas eleitorais seguiu a mesma ordem de colocação: a 320, Jabaquara. Mesmo assim, a proporção de votos para os candidatos não foi igual: Covas obteve 35,86%, Boulos, 19,67%.

Reprodução/TSE Foto: Estadão

Em todas as outras zonas eleitorais mostradas no vídeo, a votação e a colocação dos candidatos a prefeito foi diferente. O concorrente do PT, Jilmar Tatto, que obteve o sexto maior número de votos no resultado geral, teve performance melhor em sete das 20 zonas apresentadas no vídeo. O petista ficou em terceiro nas zonas 352 (Itaim Paulista), 418 (Pedreira) e 020 (Valo Velho); em quarto nas zonas 408 (Jardim São Luís), 397 (Jardim Helena) e 353 (Guaianases); e em quinto na 403ª zona eleitoral (Jaraguá).

Tatto teve mais votos na zona sul da cidade -- conhecida como Tattolândia, onde sua família exerce forte influência política.

O candidato do Patriota, Arthur do Val, ficou em quinto lugar na colocação geral mas também se saiu melhor em várias das zonas eleitorais apresentadas no vídeo analisado. O deputado estadual ficou em terceiro nas zonas 005 (Jardim Paulista), 346 (Butantã) e 251 (Pinheiros); e em quarto nas zonas 257 (Vila Prudente), 259 (Saúde), 348 (Vila Formosa), 260 (Ipiranga) e 249 (Santana).

Até Levy Fidelix (PRTB), o penúltimo colocado na votação geral para prefeito, conseguiu ultrapassar Orlando Silva (PC do B), o antepenúltino, nas zonas 259 (Saúde), 005 (Jardim Paulista), 418 (Pedreira), 348 (Vila Formosa), 403 (Jaraguá), 260 (Ipiranga) e 256 (Tucuruvi).

No primeiro turno das eleições municipais, pela primeira vez um candidato ficou à frente em todas as zonas eleitorais. O resultado estável, no entanto, não indica fraude, como já mostrou o Estadão Verifica em parceria com o Comprova.

O cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira, coordenador do curso de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), disse ao Comprova que "a explicação é que os eleitores da cidade tiveram a mesma percepção dos candidatos". Segundo ele, a população votou "independentemente da classe social ou do território".

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou como os resultados da apuração na capital paulista permaneceram estáveis ao longo de toda a noite.

É falso que 20 zonas eleitorais em São Paulo tenham registrado votação "praticamente igual" no primeiro turno das eleições 2020 e que isso configure fraude. Em um vídeo que viralizou no Facebook e também circula no WhatsApp, um homem vê os resultados da votação para os candidatos a prefeito e diz que em pelo menos 20 zonas a votação foi "igual, na mesma proporção". Isso não é verdade: tanto o número total quanto o porcentual de votos variou de zona a zona. Em apenas uma das 20 zonas mostradas na gravação a colocação dos candidatos obedeceu à mesma ordem do resultado final na capital.

O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lista o resultado da votação por zona eleitoral por ordem de colocação na votação em geral. Ou seja, mesmo que um candidato tenha se saído melhor em uma determinada região, ele vai aparecer na colocação que obteve no total de votos da cidade. Veja um exemplo da 5ª zona eleitoral (Jardim Paulista), em que a lista não segue a ordem de votos.

Reprodução/TSE Foto: Estadão

O resultado do 1º turno na disputa à Prefeitura de São Paulo foi o seguinte: em primeiro, Bruno Covas (PSDB), com 32,85% dos votos válidos; em segundo, Guilherme Boulos (PSOL), com 20,24%; terceiro, Márcio França (PSB), 13,64%; quarto, Celso Russomanno (Republicanos), 10,50%; quinto, Arthur do Val (Patriota), 9,78%; sexto, Jilmar Tatto (PT), 8,65%; sétimo, Joice Hasselmann (PSL), 1,84%; oitavo, Andrea Matarazzo (PSD), 1,55%; nono, Marina Helou (Rede), 0,41%; décimo, Orlando Silva (PCdoB), 0,23%; décimo-primeiro, Levy Fidelix (PRTB), 0,22%; décimo-segundo, Vera (PSTU), 0,06%.

No vídeo que viralizou, no entanto, apenas uma das zonas eleitorais seguiu a mesma ordem de colocação: a 320, Jabaquara. Mesmo assim, a proporção de votos para os candidatos não foi igual: Covas obteve 35,86%, Boulos, 19,67%.

Reprodução/TSE Foto: Estadão

Em todas as outras zonas eleitorais mostradas no vídeo, a votação e a colocação dos candidatos a prefeito foi diferente. O concorrente do PT, Jilmar Tatto, que obteve o sexto maior número de votos no resultado geral, teve performance melhor em sete das 20 zonas apresentadas no vídeo. O petista ficou em terceiro nas zonas 352 (Itaim Paulista), 418 (Pedreira) e 020 (Valo Velho); em quarto nas zonas 408 (Jardim São Luís), 397 (Jardim Helena) e 353 (Guaianases); e em quinto na 403ª zona eleitoral (Jaraguá).

Tatto teve mais votos na zona sul da cidade -- conhecida como Tattolândia, onde sua família exerce forte influência política.

O candidato do Patriota, Arthur do Val, ficou em quinto lugar na colocação geral mas também se saiu melhor em várias das zonas eleitorais apresentadas no vídeo analisado. O deputado estadual ficou em terceiro nas zonas 005 (Jardim Paulista), 346 (Butantã) e 251 (Pinheiros); e em quarto nas zonas 257 (Vila Prudente), 259 (Saúde), 348 (Vila Formosa), 260 (Ipiranga) e 249 (Santana).

Até Levy Fidelix (PRTB), o penúltimo colocado na votação geral para prefeito, conseguiu ultrapassar Orlando Silva (PC do B), o antepenúltino, nas zonas 259 (Saúde), 005 (Jardim Paulista), 418 (Pedreira), 348 (Vila Formosa), 403 (Jaraguá), 260 (Ipiranga) e 256 (Tucuruvi).

No primeiro turno das eleições municipais, pela primeira vez um candidato ficou à frente em todas as zonas eleitorais. O resultado estável, no entanto, não indica fraude, como já mostrou o Estadão Verifica em parceria com o Comprova.

O cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira, coordenador do curso de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), disse ao Comprova que "a explicação é que os eleitores da cidade tiveram a mesma percepção dos candidatos". Segundo ele, a população votou "independentemente da classe social ou do território".

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou como os resultados da apuração na capital paulista permaneceram estáveis ao longo de toda a noite.

É falso que 20 zonas eleitorais em São Paulo tenham registrado votação "praticamente igual" no primeiro turno das eleições 2020 e que isso configure fraude. Em um vídeo que viralizou no Facebook e também circula no WhatsApp, um homem vê os resultados da votação para os candidatos a prefeito e diz que em pelo menos 20 zonas a votação foi "igual, na mesma proporção". Isso não é verdade: tanto o número total quanto o porcentual de votos variou de zona a zona. Em apenas uma das 20 zonas mostradas na gravação a colocação dos candidatos obedeceu à mesma ordem do resultado final na capital.

O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lista o resultado da votação por zona eleitoral por ordem de colocação na votação em geral. Ou seja, mesmo que um candidato tenha se saído melhor em uma determinada região, ele vai aparecer na colocação que obteve no total de votos da cidade. Veja um exemplo da 5ª zona eleitoral (Jardim Paulista), em que a lista não segue a ordem de votos.

Reprodução/TSE Foto: Estadão

O resultado do 1º turno na disputa à Prefeitura de São Paulo foi o seguinte: em primeiro, Bruno Covas (PSDB), com 32,85% dos votos válidos; em segundo, Guilherme Boulos (PSOL), com 20,24%; terceiro, Márcio França (PSB), 13,64%; quarto, Celso Russomanno (Republicanos), 10,50%; quinto, Arthur do Val (Patriota), 9,78%; sexto, Jilmar Tatto (PT), 8,65%; sétimo, Joice Hasselmann (PSL), 1,84%; oitavo, Andrea Matarazzo (PSD), 1,55%; nono, Marina Helou (Rede), 0,41%; décimo, Orlando Silva (PCdoB), 0,23%; décimo-primeiro, Levy Fidelix (PRTB), 0,22%; décimo-segundo, Vera (PSTU), 0,06%.

No vídeo que viralizou, no entanto, apenas uma das zonas eleitorais seguiu a mesma ordem de colocação: a 320, Jabaquara. Mesmo assim, a proporção de votos para os candidatos não foi igual: Covas obteve 35,86%, Boulos, 19,67%.

Reprodução/TSE Foto: Estadão

Em todas as outras zonas eleitorais mostradas no vídeo, a votação e a colocação dos candidatos a prefeito foi diferente. O concorrente do PT, Jilmar Tatto, que obteve o sexto maior número de votos no resultado geral, teve performance melhor em sete das 20 zonas apresentadas no vídeo. O petista ficou em terceiro nas zonas 352 (Itaim Paulista), 418 (Pedreira) e 020 (Valo Velho); em quarto nas zonas 408 (Jardim São Luís), 397 (Jardim Helena) e 353 (Guaianases); e em quinto na 403ª zona eleitoral (Jaraguá).

Tatto teve mais votos na zona sul da cidade -- conhecida como Tattolândia, onde sua família exerce forte influência política.

O candidato do Patriota, Arthur do Val, ficou em quinto lugar na colocação geral mas também se saiu melhor em várias das zonas eleitorais apresentadas no vídeo analisado. O deputado estadual ficou em terceiro nas zonas 005 (Jardim Paulista), 346 (Butantã) e 251 (Pinheiros); e em quarto nas zonas 257 (Vila Prudente), 259 (Saúde), 348 (Vila Formosa), 260 (Ipiranga) e 249 (Santana).

Até Levy Fidelix (PRTB), o penúltimo colocado na votação geral para prefeito, conseguiu ultrapassar Orlando Silva (PC do B), o antepenúltino, nas zonas 259 (Saúde), 005 (Jardim Paulista), 418 (Pedreira), 348 (Vila Formosa), 403 (Jaraguá), 260 (Ipiranga) e 256 (Tucuruvi).

No primeiro turno das eleições municipais, pela primeira vez um candidato ficou à frente em todas as zonas eleitorais. O resultado estável, no entanto, não indica fraude, como já mostrou o Estadão Verifica em parceria com o Comprova.

O cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira, coordenador do curso de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), disse ao Comprova que "a explicação é que os eleitores da cidade tiveram a mesma percepção dos candidatos". Segundo ele, a população votou "independentemente da classe social ou do território".

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou como os resultados da apuração na capital paulista permaneceram estáveis ao longo de toda a noite.

É falso que 20 zonas eleitorais em São Paulo tenham registrado votação "praticamente igual" no primeiro turno das eleições 2020 e que isso configure fraude. Em um vídeo que viralizou no Facebook e também circula no WhatsApp, um homem vê os resultados da votação para os candidatos a prefeito e diz que em pelo menos 20 zonas a votação foi "igual, na mesma proporção". Isso não é verdade: tanto o número total quanto o porcentual de votos variou de zona a zona. Em apenas uma das 20 zonas mostradas na gravação a colocação dos candidatos obedeceu à mesma ordem do resultado final na capital.

O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lista o resultado da votação por zona eleitoral por ordem de colocação na votação em geral. Ou seja, mesmo que um candidato tenha se saído melhor em uma determinada região, ele vai aparecer na colocação que obteve no total de votos da cidade. Veja um exemplo da 5ª zona eleitoral (Jardim Paulista), em que a lista não segue a ordem de votos.

Reprodução/TSE Foto: Estadão

O resultado do 1º turno na disputa à Prefeitura de São Paulo foi o seguinte: em primeiro, Bruno Covas (PSDB), com 32,85% dos votos válidos; em segundo, Guilherme Boulos (PSOL), com 20,24%; terceiro, Márcio França (PSB), 13,64%; quarto, Celso Russomanno (Republicanos), 10,50%; quinto, Arthur do Val (Patriota), 9,78%; sexto, Jilmar Tatto (PT), 8,65%; sétimo, Joice Hasselmann (PSL), 1,84%; oitavo, Andrea Matarazzo (PSD), 1,55%; nono, Marina Helou (Rede), 0,41%; décimo, Orlando Silva (PCdoB), 0,23%; décimo-primeiro, Levy Fidelix (PRTB), 0,22%; décimo-segundo, Vera (PSTU), 0,06%.

No vídeo que viralizou, no entanto, apenas uma das zonas eleitorais seguiu a mesma ordem de colocação: a 320, Jabaquara. Mesmo assim, a proporção de votos para os candidatos não foi igual: Covas obteve 35,86%, Boulos, 19,67%.

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Em todas as outras zonas eleitorais mostradas no vídeo, a votação e a colocação dos candidatos a prefeito foi diferente. O concorrente do PT, Jilmar Tatto, que obteve o sexto maior número de votos no resultado geral, teve performance melhor em sete das 20 zonas apresentadas no vídeo. O petista ficou em terceiro nas zonas 352 (Itaim Paulista), 418 (Pedreira) e 020 (Valo Velho); em quarto nas zonas 408 (Jardim São Luís), 397 (Jardim Helena) e 353 (Guaianases); e em quinto na 403ª zona eleitoral (Jaraguá).

Tatto teve mais votos na zona sul da cidade -- conhecida como Tattolândia, onde sua família exerce forte influência política.

O candidato do Patriota, Arthur do Val, ficou em quinto lugar na colocação geral mas também se saiu melhor em várias das zonas eleitorais apresentadas no vídeo analisado. O deputado estadual ficou em terceiro nas zonas 005 (Jardim Paulista), 346 (Butantã) e 251 (Pinheiros); e em quarto nas zonas 257 (Vila Prudente), 259 (Saúde), 348 (Vila Formosa), 260 (Ipiranga) e 249 (Santana).

Até Levy Fidelix (PRTB), o penúltimo colocado na votação geral para prefeito, conseguiu ultrapassar Orlando Silva (PC do B), o antepenúltino, nas zonas 259 (Saúde), 005 (Jardim Paulista), 418 (Pedreira), 348 (Vila Formosa), 403 (Jaraguá), 260 (Ipiranga) e 256 (Tucuruvi).

No primeiro turno das eleições municipais, pela primeira vez um candidato ficou à frente em todas as zonas eleitorais. O resultado estável, no entanto, não indica fraude, como já mostrou o Estadão Verifica em parceria com o Comprova.

O cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira, coordenador do curso de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), disse ao Comprova que "a explicação é que os eleitores da cidade tiveram a mesma percepção dos candidatos". Segundo ele, a população votou "independentemente da classe social ou do território".

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