O que estão compartilhando: que o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi chamado de “traidor” ao votar nas eleições municipais neste domingo, 6.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso, pois o vídeo não é recente. Na realidade, o registro é de 2 de outubro de 2022, data do primeiro turno das eleições gerais daquele ano. À época, Pacheco foi xingado no colégio eleitoral que vota, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
Saiba mais: circula nas redes sociais um vídeo em que o senador Rodrigo Pacheco é vaiado e chamado de “traidor”. De acordo com postagens virais, o registro seria deste domingo, 6, quando eleitores foram às urnas para escolher novos prefeitos e vereadores nas eleições municipais de 2024. O Estadão Verifica identificou, contudo, que a gravação não é recente, e sim de 2022.
Diferentes veículos de comunicação publicaram o mesmo vídeo em 2 de outubro daquele ano, data do primeiro turno das últimas eleições gerais (veja aqui, aqui e aqui). A imprensa detalhou que eleitores gritaram ofensas direcionadas ao senador no momento em que ele chegou ao seu colégio eleitoral, na região centro-sul de Belo Horizonte, capital mineira.
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As publicações enganosas que associam o registro às eleições municipais já acumulam mais de 3 mil curtidas. Leitores solicitaram checagem deste conteúdo por meio do WhatsApp do Estadão Verifica, pelo número (11) 97683-7490.
Boato similar foi desmentido pela AFP Checamos em março deste ano.
Como lidar com postagens do tipo: tirar vídeos de contexto para associar a um assunto em evidência é uma tática comum de desinformação. Existem maneiras de evitar esses tipos de narrativas enganosas, como, por exemplo, a busca reversa de imagens e a pesquisa por palavras-chave.
A busca reversa é uma ferramenta que ajuda a descobrir se uma determinada mídia já foi compartilhada antes na internet, em quais sites e em qual contexto. O Estadão Verifica já produziu um passo a passo de como utilizar o mecanismo (veja aqui). A pesquisa por palavras-chave é ainda mais simples: uma busca online com termos associados à postagem duvidosa. No caso da peça verificada, a reportagem pesquisou no Google por “Rodrigo Pacheco” e “traidor”. Os primeiros resultados já revelam o contexto original do vídeo compartilhado.