Em discurso na Paulista, Bolsonaro repete falsidades sobre insegurança das urnas


Presidente compareceu a ato convocado por ele mesmo e disse que o sistema eletrônico de votação é inseguro, apesar de não haver registro ou evidências de fraude desde sua implantação

Em discurso inflamado para apoiadores reunidos na avenida Paulista, em São Paulo, neste 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer, sem base em evidências, que as urnas eletrônicas utilizadas pela Justiça Eleitoral não são seguras. "Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições", disse Bolsonaro. A alegação é enganosa, pois o sistema tem vários mecanismos de segurança, e que sempre funcionaram, dado que, desde sua implementação, em 1996, nunca houve prova ou evidências de fraudes envolvendo urnas eletrônicas. A introdução do voto impresso foi rejeitada pela Câmara dos Deputados em agosto.

 
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O sistema utilizado nas urnas eletrônicas tem criptografia que impede que ele sofra alterações. Além disso, a urna eletrônica possui mecanismos de segurança que impedem que ela funcione com um sistema modificado. Da mesma forma, o sistema só roda em um aparelho autêntico da Justiça Eleitoral.

As urnas eletrônicas tampouco são conectadas à internet, o que impede que acesso remoto comprometa a integridade dos votos ali registrados. Ao final da votação, a urna imprime um boletim com o total de votos recebidos. Este boletim de urna é público e serve como uma das etapas de auditoria. Isso porque é possível conferir se o número impresso é o mesmo recebido pela central de totalização do TSE.

Para comprovar que os sistemas registram adequadamente o voto digitado, é realizada uma votação paralela no dia das eleições. Por sorteio, algumas urnas são utilizadas nessa simulação da votação. Depois de se certificar de que cada urna não tem nenhum voto registrado - por meio da impressão da zerésima, a prova de que há zero votos  - , os participantes votam normalmente e depois conferem se o resultado digitado é o mesmo computado pelas máquinas. Esse processo também é acompanhado publicamente.

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Na Avenida Paulista, em cima do carro de som, Bolsonaro falou que "não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável, porque não é". Essa alegação também é enganosa, porque o processo de segurança dos sistemas eleitorais é atestado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público e de partidos políticos.

Como uma resposta à desconfiança lançada pelo presidente sobre o processo eleitoral, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, informou que criará uma Comissão Externa de Transparência com membros da sociedade civil e instituições públicas para auditar cada etapa do processo eleitoral. Barroso já convidou as Forças Armadas para integrar o grupo.

Outra medida que já ocorre antes das eleições é o teste público de segurança do sistema eletrônico de votação. Ele conta com especialistas em tecnologia e segurança que tentam driblar os mecanismos de segurança dos softwares e hardwares da urna. Essa etapa é importante para detectar fragilidades e manter os sistemas atualizados. Para o TSE, é também uma etapa a mais de transparência.

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O presidente Bolsonaro usou a pauta do voto impresso para radicalizar a sua base e chegou a realizar uma transmissão de vídeo ao vivo, no final de julho, para supostamente apresentar provas. Acabou admitindo que não as possuía, mas sim "indícios" de irregularidades no sistema.

O que ele mostrou foi um conjunto de vídeos antigos com alegações falsas - muitas já checadas e amplamente refutadas. Depois da live, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que incluísse Bolsonaro no inquérito das fake news. A Corte Eleitoral também abriu um processo administrativo contra o presidente.

Como o Estadão Verifica mostrou, a pressão pelo voto impresso impulsionou desinformação sobre eleições. Os maiores volumes de postagens enganosas acompanharam os movimentos da política nacional, como quando o voto impresso foi rejeitado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados.

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Bolsonaro ataca o processo eleitoral em um momento em que pesquisas de opinião indicam perda de popularidade. Em maio, ele comentou uma pesquisa de intenção de voto segundo a qual ele perderia no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT). "Esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem", disse.

Em discurso inflamado para apoiadores reunidos na avenida Paulista, em São Paulo, neste 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer, sem base em evidências, que as urnas eletrônicas utilizadas pela Justiça Eleitoral não são seguras. "Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições", disse Bolsonaro. A alegação é enganosa, pois o sistema tem vários mecanismos de segurança, e que sempre funcionaram, dado que, desde sua implementação, em 1996, nunca houve prova ou evidências de fraudes envolvendo urnas eletrônicas. A introdução do voto impresso foi rejeitada pela Câmara dos Deputados em agosto.

 

O sistema utilizado nas urnas eletrônicas tem criptografia que impede que ele sofra alterações. Além disso, a urna eletrônica possui mecanismos de segurança que impedem que ela funcione com um sistema modificado. Da mesma forma, o sistema só roda em um aparelho autêntico da Justiça Eleitoral.

As urnas eletrônicas tampouco são conectadas à internet, o que impede que acesso remoto comprometa a integridade dos votos ali registrados. Ao final da votação, a urna imprime um boletim com o total de votos recebidos. Este boletim de urna é público e serve como uma das etapas de auditoria. Isso porque é possível conferir se o número impresso é o mesmo recebido pela central de totalização do TSE.

Para comprovar que os sistemas registram adequadamente o voto digitado, é realizada uma votação paralela no dia das eleições. Por sorteio, algumas urnas são utilizadas nessa simulação da votação. Depois de se certificar de que cada urna não tem nenhum voto registrado - por meio da impressão da zerésima, a prova de que há zero votos  - , os participantes votam normalmente e depois conferem se o resultado digitado é o mesmo computado pelas máquinas. Esse processo também é acompanhado publicamente.

Na Avenida Paulista, em cima do carro de som, Bolsonaro falou que "não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável, porque não é". Essa alegação também é enganosa, porque o processo de segurança dos sistemas eleitorais é atestado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público e de partidos políticos.

Como uma resposta à desconfiança lançada pelo presidente sobre o processo eleitoral, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, informou que criará uma Comissão Externa de Transparência com membros da sociedade civil e instituições públicas para auditar cada etapa do processo eleitoral. Barroso já convidou as Forças Armadas para integrar o grupo.

Outra medida que já ocorre antes das eleições é o teste público de segurança do sistema eletrônico de votação. Ele conta com especialistas em tecnologia e segurança que tentam driblar os mecanismos de segurança dos softwares e hardwares da urna. Essa etapa é importante para detectar fragilidades e manter os sistemas atualizados. Para o TSE, é também uma etapa a mais de transparência.

O presidente Bolsonaro usou a pauta do voto impresso para radicalizar a sua base e chegou a realizar uma transmissão de vídeo ao vivo, no final de julho, para supostamente apresentar provas. Acabou admitindo que não as possuía, mas sim "indícios" de irregularidades no sistema.

O que ele mostrou foi um conjunto de vídeos antigos com alegações falsas - muitas já checadas e amplamente refutadas. Depois da live, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que incluísse Bolsonaro no inquérito das fake news. A Corte Eleitoral também abriu um processo administrativo contra o presidente.

Como o Estadão Verifica mostrou, a pressão pelo voto impresso impulsionou desinformação sobre eleições. Os maiores volumes de postagens enganosas acompanharam os movimentos da política nacional, como quando o voto impresso foi rejeitado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados.

Bolsonaro ataca o processo eleitoral em um momento em que pesquisas de opinião indicam perda de popularidade. Em maio, ele comentou uma pesquisa de intenção de voto segundo a qual ele perderia no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT). "Esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem", disse.

Em discurso inflamado para apoiadores reunidos na avenida Paulista, em São Paulo, neste 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer, sem base em evidências, que as urnas eletrônicas utilizadas pela Justiça Eleitoral não são seguras. "Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições", disse Bolsonaro. A alegação é enganosa, pois o sistema tem vários mecanismos de segurança, e que sempre funcionaram, dado que, desde sua implementação, em 1996, nunca houve prova ou evidências de fraudes envolvendo urnas eletrônicas. A introdução do voto impresso foi rejeitada pela Câmara dos Deputados em agosto.

 

O sistema utilizado nas urnas eletrônicas tem criptografia que impede que ele sofra alterações. Além disso, a urna eletrônica possui mecanismos de segurança que impedem que ela funcione com um sistema modificado. Da mesma forma, o sistema só roda em um aparelho autêntico da Justiça Eleitoral.

As urnas eletrônicas tampouco são conectadas à internet, o que impede que acesso remoto comprometa a integridade dos votos ali registrados. Ao final da votação, a urna imprime um boletim com o total de votos recebidos. Este boletim de urna é público e serve como uma das etapas de auditoria. Isso porque é possível conferir se o número impresso é o mesmo recebido pela central de totalização do TSE.

Para comprovar que os sistemas registram adequadamente o voto digitado, é realizada uma votação paralela no dia das eleições. Por sorteio, algumas urnas são utilizadas nessa simulação da votação. Depois de se certificar de que cada urna não tem nenhum voto registrado - por meio da impressão da zerésima, a prova de que há zero votos  - , os participantes votam normalmente e depois conferem se o resultado digitado é o mesmo computado pelas máquinas. Esse processo também é acompanhado publicamente.

Na Avenida Paulista, em cima do carro de som, Bolsonaro falou que "não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável, porque não é". Essa alegação também é enganosa, porque o processo de segurança dos sistemas eleitorais é atestado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público e de partidos políticos.

Como uma resposta à desconfiança lançada pelo presidente sobre o processo eleitoral, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, informou que criará uma Comissão Externa de Transparência com membros da sociedade civil e instituições públicas para auditar cada etapa do processo eleitoral. Barroso já convidou as Forças Armadas para integrar o grupo.

Outra medida que já ocorre antes das eleições é o teste público de segurança do sistema eletrônico de votação. Ele conta com especialistas em tecnologia e segurança que tentam driblar os mecanismos de segurança dos softwares e hardwares da urna. Essa etapa é importante para detectar fragilidades e manter os sistemas atualizados. Para o TSE, é também uma etapa a mais de transparência.

O presidente Bolsonaro usou a pauta do voto impresso para radicalizar a sua base e chegou a realizar uma transmissão de vídeo ao vivo, no final de julho, para supostamente apresentar provas. Acabou admitindo que não as possuía, mas sim "indícios" de irregularidades no sistema.

O que ele mostrou foi um conjunto de vídeos antigos com alegações falsas - muitas já checadas e amplamente refutadas. Depois da live, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que incluísse Bolsonaro no inquérito das fake news. A Corte Eleitoral também abriu um processo administrativo contra o presidente.

Como o Estadão Verifica mostrou, a pressão pelo voto impresso impulsionou desinformação sobre eleições. Os maiores volumes de postagens enganosas acompanharam os movimentos da política nacional, como quando o voto impresso foi rejeitado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados.

Bolsonaro ataca o processo eleitoral em um momento em que pesquisas de opinião indicam perda de popularidade. Em maio, ele comentou uma pesquisa de intenção de voto segundo a qual ele perderia no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT). "Esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem", disse.

Em discurso inflamado para apoiadores reunidos na avenida Paulista, em São Paulo, neste 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer, sem base em evidências, que as urnas eletrônicas utilizadas pela Justiça Eleitoral não são seguras. "Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições", disse Bolsonaro. A alegação é enganosa, pois o sistema tem vários mecanismos de segurança, e que sempre funcionaram, dado que, desde sua implementação, em 1996, nunca houve prova ou evidências de fraudes envolvendo urnas eletrônicas. A introdução do voto impresso foi rejeitada pela Câmara dos Deputados em agosto.

 

O sistema utilizado nas urnas eletrônicas tem criptografia que impede que ele sofra alterações. Além disso, a urna eletrônica possui mecanismos de segurança que impedem que ela funcione com um sistema modificado. Da mesma forma, o sistema só roda em um aparelho autêntico da Justiça Eleitoral.

As urnas eletrônicas tampouco são conectadas à internet, o que impede que acesso remoto comprometa a integridade dos votos ali registrados. Ao final da votação, a urna imprime um boletim com o total de votos recebidos. Este boletim de urna é público e serve como uma das etapas de auditoria. Isso porque é possível conferir se o número impresso é o mesmo recebido pela central de totalização do TSE.

Para comprovar que os sistemas registram adequadamente o voto digitado, é realizada uma votação paralela no dia das eleições. Por sorteio, algumas urnas são utilizadas nessa simulação da votação. Depois de se certificar de que cada urna não tem nenhum voto registrado - por meio da impressão da zerésima, a prova de que há zero votos  - , os participantes votam normalmente e depois conferem se o resultado digitado é o mesmo computado pelas máquinas. Esse processo também é acompanhado publicamente.

Na Avenida Paulista, em cima do carro de som, Bolsonaro falou que "não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável, porque não é". Essa alegação também é enganosa, porque o processo de segurança dos sistemas eleitorais é atestado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público e de partidos políticos.

Como uma resposta à desconfiança lançada pelo presidente sobre o processo eleitoral, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, informou que criará uma Comissão Externa de Transparência com membros da sociedade civil e instituições públicas para auditar cada etapa do processo eleitoral. Barroso já convidou as Forças Armadas para integrar o grupo.

Outra medida que já ocorre antes das eleições é o teste público de segurança do sistema eletrônico de votação. Ele conta com especialistas em tecnologia e segurança que tentam driblar os mecanismos de segurança dos softwares e hardwares da urna. Essa etapa é importante para detectar fragilidades e manter os sistemas atualizados. Para o TSE, é também uma etapa a mais de transparência.

O presidente Bolsonaro usou a pauta do voto impresso para radicalizar a sua base e chegou a realizar uma transmissão de vídeo ao vivo, no final de julho, para supostamente apresentar provas. Acabou admitindo que não as possuía, mas sim "indícios" de irregularidades no sistema.

O que ele mostrou foi um conjunto de vídeos antigos com alegações falsas - muitas já checadas e amplamente refutadas. Depois da live, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que incluísse Bolsonaro no inquérito das fake news. A Corte Eleitoral também abriu um processo administrativo contra o presidente.

Como o Estadão Verifica mostrou, a pressão pelo voto impresso impulsionou desinformação sobre eleições. Os maiores volumes de postagens enganosas acompanharam os movimentos da política nacional, como quando o voto impresso foi rejeitado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados.

Bolsonaro ataca o processo eleitoral em um momento em que pesquisas de opinião indicam perda de popularidade. Em maio, ele comentou uma pesquisa de intenção de voto segundo a qual ele perderia no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT). "Esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem", disse.

Em discurso inflamado para apoiadores reunidos na avenida Paulista, em São Paulo, neste 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer, sem base em evidências, que as urnas eletrônicas utilizadas pela Justiça Eleitoral não são seguras. "Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições", disse Bolsonaro. A alegação é enganosa, pois o sistema tem vários mecanismos de segurança, e que sempre funcionaram, dado que, desde sua implementação, em 1996, nunca houve prova ou evidências de fraudes envolvendo urnas eletrônicas. A introdução do voto impresso foi rejeitada pela Câmara dos Deputados em agosto.

 

O sistema utilizado nas urnas eletrônicas tem criptografia que impede que ele sofra alterações. Além disso, a urna eletrônica possui mecanismos de segurança que impedem que ela funcione com um sistema modificado. Da mesma forma, o sistema só roda em um aparelho autêntico da Justiça Eleitoral.

As urnas eletrônicas tampouco são conectadas à internet, o que impede que acesso remoto comprometa a integridade dos votos ali registrados. Ao final da votação, a urna imprime um boletim com o total de votos recebidos. Este boletim de urna é público e serve como uma das etapas de auditoria. Isso porque é possível conferir se o número impresso é o mesmo recebido pela central de totalização do TSE.

Para comprovar que os sistemas registram adequadamente o voto digitado, é realizada uma votação paralela no dia das eleições. Por sorteio, algumas urnas são utilizadas nessa simulação da votação. Depois de se certificar de que cada urna não tem nenhum voto registrado - por meio da impressão da zerésima, a prova de que há zero votos  - , os participantes votam normalmente e depois conferem se o resultado digitado é o mesmo computado pelas máquinas. Esse processo também é acompanhado publicamente.

Na Avenida Paulista, em cima do carro de som, Bolsonaro falou que "não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável, porque não é". Essa alegação também é enganosa, porque o processo de segurança dos sistemas eleitorais é atestado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público e de partidos políticos.

Como uma resposta à desconfiança lançada pelo presidente sobre o processo eleitoral, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, informou que criará uma Comissão Externa de Transparência com membros da sociedade civil e instituições públicas para auditar cada etapa do processo eleitoral. Barroso já convidou as Forças Armadas para integrar o grupo.

Outra medida que já ocorre antes das eleições é o teste público de segurança do sistema eletrônico de votação. Ele conta com especialistas em tecnologia e segurança que tentam driblar os mecanismos de segurança dos softwares e hardwares da urna. Essa etapa é importante para detectar fragilidades e manter os sistemas atualizados. Para o TSE, é também uma etapa a mais de transparência.

O presidente Bolsonaro usou a pauta do voto impresso para radicalizar a sua base e chegou a realizar uma transmissão de vídeo ao vivo, no final de julho, para supostamente apresentar provas. Acabou admitindo que não as possuía, mas sim "indícios" de irregularidades no sistema.

O que ele mostrou foi um conjunto de vídeos antigos com alegações falsas - muitas já checadas e amplamente refutadas. Depois da live, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que incluísse Bolsonaro no inquérito das fake news. A Corte Eleitoral também abriu um processo administrativo contra o presidente.

Como o Estadão Verifica mostrou, a pressão pelo voto impresso impulsionou desinformação sobre eleições. Os maiores volumes de postagens enganosas acompanharam os movimentos da política nacional, como quando o voto impresso foi rejeitado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados.

Bolsonaro ataca o processo eleitoral em um momento em que pesquisas de opinião indicam perda de popularidade. Em maio, ele comentou uma pesquisa de intenção de voto segundo a qual ele perderia no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT). "Esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem", disse.

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