Flávio Dino teve escolta policial ao visitar a Maré, ao contrário do que diz vídeo


Ministro da Justiça e Segurança Pública esteve no lançamento de boletim com dados sobre violência no maior complexo de favelas do Rio de Janeiro

Por Pedro Prata
Atualização:

É falso que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tenha participado de um compromisso em um complexo de favelas sem escolta policial. Ele compareceu ao lançamento de um boletim sobre criminalidade e violações de direitos no Complexo da Maré, maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro. O esquema de segurança das autoridades contou com efetivo de ao menos cinco corporações policiais.

Um vídeo no Facebook resgata reportagem, de outubro de 2022, sobre turistas italianos que tiveram o carro baleado ao entrar por engano na Maré. A legenda da postagem diz que seria “O mesmo lugar onde Dino entrou sem escolta”. Esse conteúdo foi compartilhado ao menos 4,4 mil vezes na rede social.

Ao menos cinco corporações policiais participaram do esquema de segurança de Dino na Maré. Foto: Redação
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O Ministério da Justiça informou que o esquema de segurança contou com reforço de quatro corporações: da Polícia Federal (PF), da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A PRF disse ao Estadão Verifica que policiais à paisana estavam no acesso à comunidade. A PF também confirmou atuação no aparato de segurança durante a visita. Já a Polícia Militar informou que o 22º Batalhão (Maré) reforçou o policiamento na Avenida Brasil. A Polícia Civil foi procurada, mas não respondeu até a publicação.

Visita de Dino

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Flávio Dino esteve na Maré para o lançamento do Boletim “Direito à segurança pública na Maré”. Iniciativa do grupo comunitário Redes da Maré, o documento traz dados sobre mortes causadas por armas de fogo, confrontos entre facções criminosas, operações policiais, entre outros. O intuito é ajudar no diálogo e na formulação de políticas públicas na área da segurança.

Estiveram na comunidade os secretários de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, além da diretora do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), Tamires Sampaio.

O Complexo da Maré foi onde cresceu Marielle Franco, vereadora do Rio assassinada a tiros, em 2018. Até hoje não se sabe quem foram os mandantes do crime. Anielle Franco, irmã de Marielle, é ministra da Igualdade Racial no governo Lula.

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Não é a primeira vez que a visita de uma autoridade a uma comunidade foi alvo de desinformação nas redes sociais. Durante a campanha eleitoral, o presidente Lula visitou o Complexo do Alemão, também no Rio de Janeiro. Uma foto do então candidato com um boné com as letras CPX (abreviação de Complexo) foi tirada de contexto, associando-o ao crime organizado.

É importante desconfiar de postagens que utilizam a pauta da segurança pública para criminalizar correntes políticas.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

É falso que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tenha participado de um compromisso em um complexo de favelas sem escolta policial. Ele compareceu ao lançamento de um boletim sobre criminalidade e violações de direitos no Complexo da Maré, maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro. O esquema de segurança das autoridades contou com efetivo de ao menos cinco corporações policiais.

Um vídeo no Facebook resgata reportagem, de outubro de 2022, sobre turistas italianos que tiveram o carro baleado ao entrar por engano na Maré. A legenda da postagem diz que seria “O mesmo lugar onde Dino entrou sem escolta”. Esse conteúdo foi compartilhado ao menos 4,4 mil vezes na rede social.

Ao menos cinco corporações policiais participaram do esquema de segurança de Dino na Maré. Foto: Redação

O Ministério da Justiça informou que o esquema de segurança contou com reforço de quatro corporações: da Polícia Federal (PF), da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A PRF disse ao Estadão Verifica que policiais à paisana estavam no acesso à comunidade. A PF também confirmou atuação no aparato de segurança durante a visita. Já a Polícia Militar informou que o 22º Batalhão (Maré) reforçou o policiamento na Avenida Brasil. A Polícia Civil foi procurada, mas não respondeu até a publicação.

Visita de Dino

Flávio Dino esteve na Maré para o lançamento do Boletim “Direito à segurança pública na Maré”. Iniciativa do grupo comunitário Redes da Maré, o documento traz dados sobre mortes causadas por armas de fogo, confrontos entre facções criminosas, operações policiais, entre outros. O intuito é ajudar no diálogo e na formulação de políticas públicas na área da segurança.

Estiveram na comunidade os secretários de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, além da diretora do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), Tamires Sampaio.

O Complexo da Maré foi onde cresceu Marielle Franco, vereadora do Rio assassinada a tiros, em 2018. Até hoje não se sabe quem foram os mandantes do crime. Anielle Franco, irmã de Marielle, é ministra da Igualdade Racial no governo Lula.

Não é a primeira vez que a visita de uma autoridade a uma comunidade foi alvo de desinformação nas redes sociais. Durante a campanha eleitoral, o presidente Lula visitou o Complexo do Alemão, também no Rio de Janeiro. Uma foto do então candidato com um boné com as letras CPX (abreviação de Complexo) foi tirada de contexto, associando-o ao crime organizado.

É importante desconfiar de postagens que utilizam a pauta da segurança pública para criminalizar correntes políticas.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

É falso que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tenha participado de um compromisso em um complexo de favelas sem escolta policial. Ele compareceu ao lançamento de um boletim sobre criminalidade e violações de direitos no Complexo da Maré, maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro. O esquema de segurança das autoridades contou com efetivo de ao menos cinco corporações policiais.

Um vídeo no Facebook resgata reportagem, de outubro de 2022, sobre turistas italianos que tiveram o carro baleado ao entrar por engano na Maré. A legenda da postagem diz que seria “O mesmo lugar onde Dino entrou sem escolta”. Esse conteúdo foi compartilhado ao menos 4,4 mil vezes na rede social.

Ao menos cinco corporações policiais participaram do esquema de segurança de Dino na Maré. Foto: Redação

O Ministério da Justiça informou que o esquema de segurança contou com reforço de quatro corporações: da Polícia Federal (PF), da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A PRF disse ao Estadão Verifica que policiais à paisana estavam no acesso à comunidade. A PF também confirmou atuação no aparato de segurança durante a visita. Já a Polícia Militar informou que o 22º Batalhão (Maré) reforçou o policiamento na Avenida Brasil. A Polícia Civil foi procurada, mas não respondeu até a publicação.

Visita de Dino

Flávio Dino esteve na Maré para o lançamento do Boletim “Direito à segurança pública na Maré”. Iniciativa do grupo comunitário Redes da Maré, o documento traz dados sobre mortes causadas por armas de fogo, confrontos entre facções criminosas, operações policiais, entre outros. O intuito é ajudar no diálogo e na formulação de políticas públicas na área da segurança.

Estiveram na comunidade os secretários de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, além da diretora do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), Tamires Sampaio.

O Complexo da Maré foi onde cresceu Marielle Franco, vereadora do Rio assassinada a tiros, em 2018. Até hoje não se sabe quem foram os mandantes do crime. Anielle Franco, irmã de Marielle, é ministra da Igualdade Racial no governo Lula.

Não é a primeira vez que a visita de uma autoridade a uma comunidade foi alvo de desinformação nas redes sociais. Durante a campanha eleitoral, o presidente Lula visitou o Complexo do Alemão, também no Rio de Janeiro. Uma foto do então candidato com um boné com as letras CPX (abreviação de Complexo) foi tirada de contexto, associando-o ao crime organizado.

É importante desconfiar de postagens que utilizam a pauta da segurança pública para criminalizar correntes políticas.

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Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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