Governo federal não cortou R$ 5 bilhões de ajuda ao Rio Grande do Sul; valor ia para leilão de arroz


Diferença entre valores do 4º e do 5º bimestre se dá por perda de eficácia de crédito extraordinário autorizado especificamente para importação de cereal, após leilão ser cancelado

Por Clarissa Pacheco

O que estão compartilhando: que o governo federal cortou R$ 5 bilhões de ajuda prometida ao Rio Grande do Sul por conta das enchentes que atingiram o Estado nos meses de maio e junho deste ano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: falta contexto. A diferença no valor dos créditos extraordinários concedidos ao Rio Grande do Sul entre o 4º e o 5º bimestre deste ano é de R$ 4,9 bilhões, mas isso não significa que o socorro ao Estado foi cortado.

O principal motivo do ajuste no valor foi a perda da vigência da medida provisória que autorizava um leilão para compra de arroz importado. Como o leilão foi cancelado e o recurso não poderia ser utilizado para outro fim, ele retornou aos cofres públicos.

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Segundo o governo, esse procedimento “não impacta as ações em habitação, infraestrutura, saúde, educação ou nos auxílios às famílias atingidas pelas enchentes”. A Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul informou que o governo federal destinou R$ 58,5 bilhões para atender as necessidades causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

 Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Diferentes publicações nas redes sociais acusam o governo federal de ter cortado R$ 5 bilhões em ajuda prometida ao Rio Grande do Sul. Algumas das publicações mostram, junto com a alegação, uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

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Outras acusam o governo de ter tirado verba destinada a atender demandas de habitação e infraestrutura após a catástrofe climática, o que não é verdade.

Dinheiro iria para leilão de arroz

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 4º bimestre de 2024, divulgado em setembro pelo Ministério do Planejamento e Orçamento aponta o montante de R$ 38,622 bilhões em créditos extraordinários autorizados pelo Legislativo para enfrentamento da calamidade pública no Rio Grande do Sul e suas consequências sociais e econômicas.

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Já o relatório referente ao 5º bimestre, publicado em setembro, mostra um crédito extraordinário de valor menor: R$ 33,640 bilhões. A diferença é de R$ 4,982 bilhões. A planilha presente no relatório do 5º bimestre mostra que não houve diferença nos valores de outros itens, exceto nos créditos extraordinários.

O próprio relatório diz que a diferença decorre “do movimento combinado de redução das dotações não empenhadas de créditos extraordinários que tiveram perda de eficácia, em observância ao § 2º do art. 56 da LDO-2024, no montante de R$ 6.939,4 milhões, e ampliação de dotações, no montante de R$ 2.895,7 milhões, por meio de abertura de novos créditos extraordinários”.

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A perda de eficácia à qual o documento se refere é um crédito aberto especificamente para importação de arroz. Na época, o governo anunciou que compraria arroz importado e o venderia com o preço máximo de R$ 4 por quilo, em embalagens com a logomarca do governo federal.

O leilão, contudo, foi anulado, e como os recursos não poderiam ser usados para outros fins, o crédito perdeu a finalidade. Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, toda a execução orçamentária referente à calamidade no Rio Grande do Sul pode ser acompanhada pelo Painel de Orçamento do governo, na aba “Calamidade Pública - RS”, sem a necessidade de senha ou cadastro.

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O Verifica desmentiu algumas publicações virais sobre o assunto. Veja abaixo.

O que estão compartilhando: que o governo federal cortou R$ 5 bilhões de ajuda prometida ao Rio Grande do Sul por conta das enchentes que atingiram o Estado nos meses de maio e junho deste ano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: falta contexto. A diferença no valor dos créditos extraordinários concedidos ao Rio Grande do Sul entre o 4º e o 5º bimestre deste ano é de R$ 4,9 bilhões, mas isso não significa que o socorro ao Estado foi cortado.

O principal motivo do ajuste no valor foi a perda da vigência da medida provisória que autorizava um leilão para compra de arroz importado. Como o leilão foi cancelado e o recurso não poderia ser utilizado para outro fim, ele retornou aos cofres públicos.

Segundo o governo, esse procedimento “não impacta as ações em habitação, infraestrutura, saúde, educação ou nos auxílios às famílias atingidas pelas enchentes”. A Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul informou que o governo federal destinou R$ 58,5 bilhões para atender as necessidades causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

 Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Diferentes publicações nas redes sociais acusam o governo federal de ter cortado R$ 5 bilhões em ajuda prometida ao Rio Grande do Sul. Algumas das publicações mostram, junto com a alegação, uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Outras acusam o governo de ter tirado verba destinada a atender demandas de habitação e infraestrutura após a catástrofe climática, o que não é verdade.

Dinheiro iria para leilão de arroz

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 4º bimestre de 2024, divulgado em setembro pelo Ministério do Planejamento e Orçamento aponta o montante de R$ 38,622 bilhões em créditos extraordinários autorizados pelo Legislativo para enfrentamento da calamidade pública no Rio Grande do Sul e suas consequências sociais e econômicas.

Já o relatório referente ao 5º bimestre, publicado em setembro, mostra um crédito extraordinário de valor menor: R$ 33,640 bilhões. A diferença é de R$ 4,982 bilhões. A planilha presente no relatório do 5º bimestre mostra que não houve diferença nos valores de outros itens, exceto nos créditos extraordinários.

O próprio relatório diz que a diferença decorre “do movimento combinado de redução das dotações não empenhadas de créditos extraordinários que tiveram perda de eficácia, em observância ao § 2º do art. 56 da LDO-2024, no montante de R$ 6.939,4 milhões, e ampliação de dotações, no montante de R$ 2.895,7 milhões, por meio de abertura de novos créditos extraordinários”.

A perda de eficácia à qual o documento se refere é um crédito aberto especificamente para importação de arroz. Na época, o governo anunciou que compraria arroz importado e o venderia com o preço máximo de R$ 4 por quilo, em embalagens com a logomarca do governo federal.

O leilão, contudo, foi anulado, e como os recursos não poderiam ser usados para outros fins, o crédito perdeu a finalidade. Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, toda a execução orçamentária referente à calamidade no Rio Grande do Sul pode ser acompanhada pelo Painel de Orçamento do governo, na aba “Calamidade Pública - RS”, sem a necessidade de senha ou cadastro.

O Verifica desmentiu algumas publicações virais sobre o assunto. Veja abaixo.

O que estão compartilhando: que o governo federal cortou R$ 5 bilhões de ajuda prometida ao Rio Grande do Sul por conta das enchentes que atingiram o Estado nos meses de maio e junho deste ano.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: falta contexto. A diferença no valor dos créditos extraordinários concedidos ao Rio Grande do Sul entre o 4º e o 5º bimestre deste ano é de R$ 4,9 bilhões, mas isso não significa que o socorro ao Estado foi cortado.

O principal motivo do ajuste no valor foi a perda da vigência da medida provisória que autorizava um leilão para compra de arroz importado. Como o leilão foi cancelado e o recurso não poderia ser utilizado para outro fim, ele retornou aos cofres públicos.

Segundo o governo, esse procedimento “não impacta as ações em habitação, infraestrutura, saúde, educação ou nos auxílios às famílias atingidas pelas enchentes”. A Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul informou que o governo federal destinou R$ 58,5 bilhões para atender as necessidades causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

 Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Diferentes publicações nas redes sociais acusam o governo federal de ter cortado R$ 5 bilhões em ajuda prometida ao Rio Grande do Sul. Algumas das publicações mostram, junto com a alegação, uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Outras acusam o governo de ter tirado verba destinada a atender demandas de habitação e infraestrutura após a catástrofe climática, o que não é verdade.

Dinheiro iria para leilão de arroz

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 4º bimestre de 2024, divulgado em setembro pelo Ministério do Planejamento e Orçamento aponta o montante de R$ 38,622 bilhões em créditos extraordinários autorizados pelo Legislativo para enfrentamento da calamidade pública no Rio Grande do Sul e suas consequências sociais e econômicas.

Já o relatório referente ao 5º bimestre, publicado em setembro, mostra um crédito extraordinário de valor menor: R$ 33,640 bilhões. A diferença é de R$ 4,982 bilhões. A planilha presente no relatório do 5º bimestre mostra que não houve diferença nos valores de outros itens, exceto nos créditos extraordinários.

O próprio relatório diz que a diferença decorre “do movimento combinado de redução das dotações não empenhadas de créditos extraordinários que tiveram perda de eficácia, em observância ao § 2º do art. 56 da LDO-2024, no montante de R$ 6.939,4 milhões, e ampliação de dotações, no montante de R$ 2.895,7 milhões, por meio de abertura de novos créditos extraordinários”.

A perda de eficácia à qual o documento se refere é um crédito aberto especificamente para importação de arroz. Na época, o governo anunciou que compraria arroz importado e o venderia com o preço máximo de R$ 4 por quilo, em embalagens com a logomarca do governo federal.

O leilão, contudo, foi anulado, e como os recursos não poderiam ser usados para outros fins, o crédito perdeu a finalidade. Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, toda a execução orçamentária referente à calamidade no Rio Grande do Sul pode ser acompanhada pelo Painel de Orçamento do governo, na aba “Calamidade Pública - RS”, sem a necessidade de senha ou cadastro.

O Verifica desmentiu algumas publicações virais sobre o assunto. Veja abaixo.

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